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Hérnia inguinal durante a gravidez é perigoso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Hérnia inguinal na gravidez pode ser perigoso devido ao risco de aumento ou estrangulamento da hérnia, uma vez que na gestação o crescimento da barriga aumenta a pressão intra-abdominal, o que pode agravar ou até causar uma hérnia nesse período.

A hérnia é uma parte da alça intestinal, que passa por dentro de uma abertura anormal da cavidade, mais frequentemente para região inguinal. 

O estrangulamento ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento. Como resultado, a alça intestinal estrangulada sofre uma torção e deixa de receber sangue e oxigênio. A parte afetada então pode evoluir com isquemia (morte das células), ruptura da alça, perfuração dessa parte do intestino, causando extravasamento de fezes e líquido intestinal, o que poderia levar a morte da gestante e ou do bebê, por infecção generalizada.

Grávidas com hérnias inguinais sintomáticas devem se submeter à cirurgia de correção da hérnia durante ou após o 2º trimestre de gravidez para evitar complicações que podem ser fatais. Já as hérnias inguinais que não causam sintomas podem ser tratadas cirurgicamente depois do parto.

Dentre os sintomas da hérnia inguinal estão o abaulamento local, desconforto na região, dores intensas, náuseas, vômitos e mal-estar generalizado.

Saiba mais em: O que é hérnia inguinal e quais os sintomas?

O ideal é que mulheres que têm hérnia inguinal e pretendem engravidar façam a cirurgia de correção pelo menos 6 meses antes da gravidez.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra ou médico de família.

Leia também:

Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?

Quem teve hérnia inguinal pode ter filhos?

Hérnia inguinal: como é a cirurgia e recuperação pós operatório?

Meus olhos estão amarelos e a urina está escura, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Olhos amarelos e urina escura podem ser sintomas de doença no fígado ou na vesícula biliar, as mais comuns são: Hepatite A, B, C, Hepatite autoimune e coledocolitíase (pedra na vesícula).

Apesar das hepatites apresentarem causas distintas, os sintomas são semelhantes e incluem:

  • Olhos e pele amarelados (icterícia);
  • Urina escura;
  • Dor de cabeça e no corpo;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Perda de apetite;
  • Aumento do abdômen, por acúmulo de líquido;
  • Febre;
  • Fezes claras.

Vale lembrar que a hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda. 

Hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus (hepatites virais), bactérias, medicamentos, drogas ou álcool. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B, C, embora existam também hepatites causadas pelos vírus D, E, G.

Uma outra condição que pode deixar os olhos amarelos e a urina escura é a coledocolitíase (cálculo no principal canal biliar). Trata-se de um cálculo ("pedra") que sai da vesícula e aloja-se no principal canal (colédoco) que leva a bile ao intestino.

Além de olhos amarelos e urina escura, os sintomas incluem também:

  • Dores abdominais;
  • Cólicas, náuseas, vômitos e mal-estar;
  • Fezes claras;
  • Pode haver também febre com calafrios.

Seja qual for a causa dos olhos amarelos e da urina escura, é muito provável que você esteja com algum problema relacionado com o fígado ou vesícula, e precisa ser visto com urgência por um médico, de preferência um gastroenterologista ou hepatologista.

Saiba mais em: Urina escura: o que pode ser?

Prisão de ventre pode ser câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, prisão de ventre pode ser um sintoma de câncer de intestino. Nesses casos, a constipação intestinal pode se alternar com diarreia e a pessoa pode apresentar também anemia, fraqueza, cólicas, perda de peso, sangue ou muco nas fezes, perda de apetite, dor no estômago, entre outros sintomas.

Contudo, vale frisar que existem diversas causas para a prisão de ventre, sendo a baixa ingestão de fibras e água uma das principais. Outras doenças do aparelho digestivo e o uso de alguns medicamentos também podem prender o intestino.

No caso do câncer de cólon, a prisão de ventre e outros sinais e sintomas geralmente só se manifestam quando a doença está avançada, já que o câncer de intestino não costuma causar sintomas na fase inicial. Além disso, a alteração dos hábitos intestinais (prisão de ventre ou diarreia) nesses casos não está associada à alimentação.

Veja também: O que é prisão de ventre e quais são as suas causas?

Os fatores de risco para desenvolver câncer de intestino incluem idade acima de 50 anos, alimentação pobre em fibras e rica em gorduras, excesso de peso, sedentarismo, tabagismo e história de câncer ou pólipos intestinais na família.

O diagnóstico do câncer de intestino é feito através de colonoscopia. Se for detectada no início, a doença pode ter cura, daí ser muito importante ter atenção aos sinais e sintomas.

Leia também: Colonoscopia pode detectar câncer de intestino?

Em caso de prisão de ventre (menos de 3 evacuações por semana) ou diarreia acompanhados de algum dos sintomas apresentados, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista para uma avaliação.

Saiba mais em:

O que fazer se ficar mais de uma semana sem evacuar?

Quais são os sintomas de prisão de ventre?

Qual é o melhor tratamento para acabar com a prisão de ventre?

Como é feita a colonoscopia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame de colonoscopia é feito com um aparelho constituído por um tubo fino e flexível, com luzes, pinças e uma câmera na sua extremidade. O colonoscópio ou fibroscópio, como é chamado o aparelho, permite visualizar o interior do intestino grosso e observar alterações na sua estrutura, bem como retirar material para realização de exames (biópsia), quando necessário.

No dia do exame o paciente é orientado a vestir uma espécie de camisola e recebe um sedativo e analgésico por via endovenosa.

Essa medicação é importante para proporcionar o relaxamento da pessoa e facilitar assim a realização da colonoscopia. É comum o paciente dormir e só acordar quando o exame já estiver finalizado.

O médico inicia a colonoscopia introduzindo, cuidadosamente, o fibroscópio pelo ânus do paciente, procurando visualizar todas as suas estruturas internas conforme o aparelho segue pelo trajeto do intestino.

Durante o exame, é injetada uma pequena quantidade de ar no intestino para facilitar o afastamento das sua paredes e a progressão do fibroscópio.

Caso seja identificada alguma estrutura anormal, como pólipos ou divertículos, o médico fará a sua retirada durante o exame (colonoscopia com biópsia) e enviar o material para análise.

Colonoscopia dói?

Na maioria da vezes, a colonoscopia não causa dor. Raramente, os pacientes referem algum desconforto, como cólicas, que podem ocorrer devido ao ar que foi injetado no intestino.

Como é o preparo para a colonoscopia?

O preparo para a colonoscopia começa 1 a 2 dias antes do exame. A preparação baseia-se na utilização de laxantes, medicamentos para gases e náuseas, além de dieta líquida e sem fibras para promover o esvaziamento e a limpeza do intestino permitindo melhor visualização interna durante o exame.

Geralmente, o jejum é iniciado na noite anterior ao exame. As instruções para o preparo da colonoscopia são fornecidas pelo médico ou pelo local onde será realizado o exame e podem variar um pouco de um local para outro.

Pessoas diabéticas devem informar ao médico, por vezes as orientações são diferenciadas nesses casos, visto que não deve ficar em jejum por muito tempo, ou mesmo aproximar as medidas de glicemia evitando riscos a saúde.

Como é a recuperação após a colonoscopia?

Após a colonoscopia, é necessário que o paciente aguarde entre 1 e 2 horas até acabar toda a sedação e estar em condições para ir embora. É importante ter alguém para acompanhar o paciente até a sua casa depois do exame, pois não é permitido dirigir após o exame.

A colonoscopia deve ser feita apenas por um médico gastroenterologista, coloproctologista ou colonoscopista, devidamente treinado e capacitado para a realização do exame.

Conheça mais sobre esse assunto no artigo: Preparo para colonoscopia: o que devo fazer?

8 causas de diarreia com sangue e como tratar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diarreia com sangue costuma ocorrer na presença de infecção intestinal (gastroenterite), junto com dor na barriga e febre. No entanto, pode acontecer também na presença de vermes, úlceras, inflamação, diverticulite, nos casos de tumor ou como efeito colateral de certos medicamentos.

O sangramento tem uma coloração mais escura e um cheiro forte, por ser parcialmente digerido na passagem pelo intestino. Já nos casos de sangue vivo, as causas mais comuns são as feridas no ânus e hemorroidas.

O tratamento varia de acordo com a causa e gravidade dos sintomas, mas na maioria das vezes, a presença de sangue nas fezes é um sinal de alerta, por isso deve ser avaliado por um médico.

1. Gastroenterite

As infecções intestinais podem ser causadas por vírus e bactérias por meio da ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Geralmente, as infecções bacterianas são mais intensas e as mais comuns são causadas pela Escherichia coli e Shigella spp.

Os sintomas incluem diarreia sanguinolenta, dor abdominal intensa e febre. No caso da Shigella spp., também vem acompanhada de muco nas fezes. A infecção dura em torno de 5 a 7 dias.

O tratamento é feito com medicamentos para dor e antibióticos. Neste período, você deve ingerir alimentos de fácil digestão, de preferência cozidos, e pode utilizar alimentos ou suplementos probióticos que ajudarão a reequilibrar a sua flora intestinal.

Não utilize medicamentos para evitar a diarreia, pois isto pode piorar o quadro. Apesar de incômoda a diarreia é uma forma de o nosso próprio organismo eliminar as bactérias.

2. Parasitas intestinais (vermes)

A presença de parasitas ou vermes intestinais pode provocar diarreia com sangue, especialmente, se existem muitos vermes no intestino (carga parasitária alta). Nestes casos, é comum que você tenha também sensação de inchaço e dor na barriga, náuseas, vômitos, falta de apetite e perda de peso.

O tratamento é simples e feito com medicamentos específicos para o tipo de verme que está causando a infecção. Pode ser necessário realizar um exame de sangue e/ou fezes para verificar o grau da verminose.

Além do uso do medicamento indicado conforme orientação médica, é importante que você se alimente de forma adequada e priorize alimentos que possam recompor a flora intestinal como iogurtes e leites fermentados.

3. Doença de Crohn e colite ulcerativa

Nas doenças inflamatórias, o intestino fica inflamado e geralmente leva a dor abdominal e diarreias recorrentes (diarreia que cessa, mas volta). Os dois tipos principais de doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

Embora seja difícil de diferenciar as duas doenças, algumas características são típicas:

  • Doença de Crohn: afeta qualquer parte do trato digestivo e o paciente apresenta diarreia crônica e dor abdominal.
  • Colite ulcerativa: afeta quase sempre somente o intestino grosso e pessoa sente episódios intermitentes (que vai e volta) de dores abdominais e diarreia sanguinolenta.

A doença de Crohn e a colite ulcerativa ainda não têm cura, mas medicamentos como anti-inflamatórios, corticoides e antibióticos são utilizados, de acordo com a avaliação médica, para aliviar os sintomas.

A alimentação saudável rica em fibras e com baixo teor de gordura ajudam a reduzir as crises de dor e diarreia. Além disso, controlar o estresse, praticar atividade física regularmente, exercícios de respiração e a meditação podem ser importantes aliados.

4. Diverticulite

A diverticulite é uma inflamação ou infecção dos divertículos, bolsas em formato de balão que se localizam no intestino e que retém pequenas quantidades de fezes.

Os sintomas variam de acordo com a gravidade da doença e incluem: diarreia com sangue, dor abaixo do umbigo (principalmente do lado esquerdo do abdome), febre, náuseas e vômitos. Mais raramente pode apresentar também certa dificuldade de urinar.

Nos casos mais leves, a diverticulite pode ser tratada com analgésicos, antibióticos e alimentação leve. Entretanto, nos casos mais graves pode ser necessário uma cirurgia de urgência. Por este motivo, se você perceber sintomas de diverticulite, procure uma emergência hospitalar.

5. Úlcera gástrica

A úlcera gástrica é uma ferida no revestimento do estômago ou na parte inicial do intestino que provoca sensação de dor e queimação na região superior do abdome, que corresponde à localização do estômago.

Quando não tratadas, as úlceras podem se agravar e causar sangramento volumoso, com risco de complicações como óbito, devido à hemorragia. A diarreia é caracterizada por fezes pastosas, de cor muito escura, quase negras, cheiro forte e aspecto brilhoso. Pode haver ainda, vômitos com sinais de sangue.

Trata-se de uma emergência médica, na suspeita de úlcera gástrica procure um serviço de emergência. O tratamento é feito por endoscopia e quando não for possível, cirurgia de urgência.

6. Câncer de intestino

A presença de um câncer de intestino pode provocar sangramento e, por vezes, diarreia com sangue. Entretanto, é possível que o sangramento ocorra em pouca quantidade e não seja percebido.

Por este motivo, fique também atento aos seguintes sintomas: fezes em fita (fezes finas), constipação, dor abdominal, anemia e emagrecimento.

Nestes casos, é importante procurar atendimento de um médico de família, clínico geral ou proctologista. Provavelmente será solicitada uma colonoscopia para avaliar o seu intestino, efetuar o diagnóstico e definir o melhor tratamento.

7. Uso de medicamentos

Medicamentos como anti-inflamatórios e antibióticos podem desencadear diarreia sanguinolenta, como efeito colateral. Os antiinflamatórios estão ainda relacionados com formação de úlceras ou piora dessas feridas.

Sendo assim, não deve ser usado em pacientes sabidamente portadores de feridas no estômago.

Neste caso, na presença de diarreia sanguinolenta após o início de um novo tratamento, entre em contato imediatamente com o médico que o prescrever a medicação, para avaliar a suspensão ou troca da medicação

8. Hemorroidas

A hemorroida não é exatamente uma causa de diarreia com sangue, mas é uma causa comum de sangue vivo nas fezes, em casos de diarreia frequente.

Neste caso, o sangue é vermelho vivo, visto que o problema está bem próximo da saída das fezes, e por isso não passou por processo de digestão. O sangramento costuma ser em pequena quantidade e está presente quando a higiene é feita com papel higiênico.

O tratamento pode ser local, através de banho de assento, pomadas cicatrizantes e supositórios, ou cirúrgica, nos casos de hemorroida volumosa ou sangramento frequente. O proctologista é responsável por avaliar e definir o melhor tratamento.

Quando devo procurar o médico?

Em todos os casos de diarreia com sangue. Na presença desse sintomas, entre em contato imediatamente com um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista, especialmente os casos associados aos seguintes sinais:

  • 3 ou mais episódios de diarreia com sangue (no mesmo dia ou mesma semana)
  • Vômito com sangue vivo ou escuro
  • Febre acima de 38,0oC
  • Calafrios
  • Suor frio
  • Pele pálida
  • Rigidez no abdome
  • Dificuldade de respirar
  • Desmaio

Estes sinais indicam sangramento intenso que coloca a sua vida em risco. Por este motivo, procure o mais rapidamente possível uma emergência hospitalar.

Não utilize medicamentos sem orientação médica.

Para saber mais sobre sangue nas fezes, leia também

Referências

  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
Qual a dieta indicada para quem tem esteatose hepática?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Algumas orientações devem ser seguidas por todos os pacientes com esteatose hepática, como interromper o consumo de álcool e perder peso.

A dieta de preferência deverá ser orientada por nutricionista e individualizada para cada paciente, mas, de maneira geral, deve ser rica em frutas, vegetais, ácidos graxos poli e monoinsaturados e alimentos integrais. Algumas orientações básicas sobre a escolha de alimentos está listada abaixo:

  • a dieta deve ser hipolipídica, sendo a quantidade de lipídeos aconselhada de aproximadamente 25% em relação ao valor calórico total da dieta;
  • a fonte de carboidratos deve ser alimentos integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas, porque têm uma maior quantidade de fibras solúveis. Estas são essenciais no caso da esteatose hepática, porque se unem com a glicose e com lipídeos presentes no bolo alimentar, o que dificulta a sua absorção; 
  • Os leites e derivados devem ser sempre desnatados e com o menor teor de gordura possível. Os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados;
  • Doces e alimentos com muito açúcar devem ser evitados, porque o excesso de glicose provoca um aumento dos níveis de triglicerídeos no sangue, o que agrava a esteatose hepática;
  • Deve ser dada preferência a frutas e outros alimentos com baixo índice glicêmico;
  • É importante a gestão de ácidos graxos mono e poli insaturados, têm um caraterísitica cardioprotetora e podem alterar o perfil lipídico sérico. Alguns alimentos que contêm estes ácidos graxos são: castanhas, nozes, azeite, salmão, atum e sardinha e cereais como linhaça e quinoa.

O nutricionista, em conjunto com o médico gastroenterologista deverão orientá-lo sobre a dieta para reverter a esteatose hepática.

O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Úlcera gástrica é uma ferida localizada na parede interna do estômago, cujo principal sintoma é uma dor em queimação referida na "boca do estômago".

Se a ferida estiver localizada no duodeno (porção inicial do intestino delgado), será denominada úlcera duodenal. A úlcera pode atingir ainda o esôfago (porção do trato digestivo que antecede o estômago).

Normalmente, a mucosa que reveste o estômago é capaz de proteger o órgão do ácido gástrico produzido para a quebra dos alimentos. Entretanto, algumas situações podem levar ao enfraquecimento ou desgaste da parede do estômago, facilitando na formação da ferida, denominada úlcera gástrica.

A úlcera é causada por excesso de ácido gástrico ou substâncias ácidas prejudiciais ao estômago e capazes de provocar esse dano, como, por exemplo, o uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios.

Quais são os sintomas de úlcera gástrica?

Os sintomas mais comuns de úlcera gástrica incluem

  • Dores abdominais tipo queimação,
  • Má digestão,
  • Sensação de estômago cheio,
  • Dificuldade para beber a quantidade habitual de líquido,
  • Mau hálito,
  • Náuseas, vômitos,
  • Fadiga e
  • Perda de peso.

Outros sintomas que podem estar presentes:

  • Fezes pretas ou com sangue;
  • Presença de sangue no vômito;
  • Dor no peito;
  • Acidez gástrica constante.

Em geral, a dor abdominal surge algumas horas após as refeições e se localiza na "boca do estômago", piorando após jejum prolongado e durante a noite. Nesses casos, é possível aliviar a dor comendo mais vezes em pequenas quantidades e fazendo uso regular de antiácidos.

Quando a úlcera péptica evolui ao ponto de perfurar a parede do estômago, o que ocorre nos casos mais graves, as dores são intensas, o abdômen fica rígido e o sangramento pode ser evidenciado nas fezes (melena) ou pelos vômitos (hematêmese). Esses sinais e sintomas são indicativos de uma emergência médica e o paciente necessita ser levado ao hospital imediatamente.

Dentre as possíveis complicações da úlcera gástrica estão: úlcera perfurada e hemorragia digestiva.

Quais as causas de úlcera gástrica?

A principal causa de úlcera gástrica é a infecção no estômago causada pela bactéria Helicobacter pylori. A H. pylori está presente no estômago da maioria das pessoas, porém, apenas algumas, com fatores de risco mais elevado, desenvolvem a ferida.

Os seguintes fatores contribuem para a formação de uma úlcera gástrica:

  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Uso regular de medicamentos anti-inflamatórios;
  • Tabagismo;
  • Tratamento com radioterapia;
  • Estresse;
  • Síndrome de Zolliger-Ellison.
Como é feito o diagnóstico da úlcera gástrica?

O diagnóstico da úlcera gástrica é feito através de endoscopia digestiva alta. O procedimento é realizado através do endoscópio, uma sonda com câmera na ponte, que entra pela boca, e permite a visualização de todo revestimento do esôfago, estômago e porção inicial do intestino delgado (duodeno).

Saiba mais no link: Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Também é necessário realizar um exame para H. pylori, que pode ser feito através de uma biópsia durante a endoscopia.

Qual é o tratamento para úlcera gástrica?

O tratamento da úlcera gástrica é feito com medicamentos usados para eliminar a bactéria H. pylori, se for o caso, e diminuir os níveis de ácido no estômago. Os mais prescritos são a ranitidina® e o pantoprazol®.

Se a úlcera péptica estiver relacionada com infecção por H. pylori, o tratamento padrão usa diferentes combinações de medicamentos, incluindo antibióticos e inibidores da bomba de prótons, por 7 a 14 dias.

O uso dos inibidores da bomba de prótons pode se estender por 8 semanas se não houver infecção por H. pylori e se a úlcera foi causada pela ingestão excessiva de anti-inflamatórios.

Leia também: H. pylori tem cura? Qual é o tratamento?

No caso de sangramento da úlcera, dependendo da gravidade, está indicado o tratamento via endoscópica, com ligadura do vaso sangrante ou medicamento local para auxiliar na coagulação, ou para os casos mais graves, deve ser indicado o tratamento cirúrgico.

O/A médico/a gastroenterologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da úlcera gástrica.

Esteatose hepática grau 1, qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da esteatose hepática é feito através de dieta equilibrada, com pouca gordura e açúcar, exercícios físicos, emagrecimento e interrupção do consumo de álcool. O objetivo dessas medidas é reverter o acúmulo de gordura no fígado. Há casos de esteatose hepática que precisam de medicamentos.

Nos casos de esteatose hepática em que é necessário emagrecer, a perda de peso deve ser lenta e gradual, com dieta adequada e atividade física. Perdas de peso rápidas, com dietas muito restritivas, podem aumentar o acúmulo de gordura no fígado.

Os exercícios físicos, além de atuar no emagrecimento, também ajudam a controlar o diabetes e baixar os níveis de colesterol e triglicérides, que também são medidas importantes para tratar a esteatose hepática.

O consumo de bebidas alcoólicas deve ser interrompido, mesmo que o consumo seja moderado.

Se não for devidamente tratada, a esteatose hepática pode se agravar e causar inflamação do fígado, podendo evoluir para insuficiência hepática, cirrose, diabetes tipo 2 e câncer de fígado.

Quais são as causas da esteatose hepática?

A esteatose hepática pode ter diversas causas. Dentre elas estão: consumo frequente de álcool, hepatites virais, diabetes, colesterol e triglicérides altos, excesso de peso, uso contínuo de certos medicamentos como corticoides, aumento ou perda repentina de peso.

Quais são os sintomas da esteatose hepática?

A esteatose hepática não provoca sintomas nas fases iniciais. As manifestações só ocorrem com a evolução da esteatose hepática. Quando presentes, os sintomas podem incluir: dor na porção superior direita do abdômen, icterícia (olhos e pele amarelados), boca seca e indisposição depois de comer alimentos gordurosos.

O/A médico/a gastroenterologista ou o/a hepatologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a esteatose hepática.