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Estou sentido dor em cima do peito e queimação, pode ser esofagite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Dor no peito associado a queimação podem ser sintomas de esofagite, embora existam outras causas, com maior gravidade, que devem ser excluídas.

A esofagite é uma inflamação no esôfago, localizado na caixa torácica, causada principalmente por refluxo gastroesofágico, apesar de haver muitas outras causas, como no link: O que pode causar esofagite?

Os sintomas mais comuns de uma esofagite são: Sensação de queimação no peito, pescoço e garganta, que pioram após as refeições; Azia; Regurgitação frequente; Rouquidão; Mau hálito e nos casos mais crônico, tosse seca.

Apesar de esofagite ser a hipótese mais provável neste caso, é fundamental a exclusão de outras causas que podem ser desde benignas, como a ansiedade e os gases, até potencialmente graves, como o Infarto agudo do miocárdio; úlceras de estômago ou esôfago; lesões ósseas em arcos costais; Herpes Zoster em estágios iniciais e doenças pulmonares, como pneumonia e tumores.

Portanto, o mais adequado nesse caso é que procure um médico gastroenterologista ou clínico geral para avaliação e solicitação de exames que confirmem esse diagnóstico. Após a confirmação do diagnóstico poderá ser prescrito um tratamento adequado e específico, além das orientações dietéticas para seu caso.

Saiba mais sobre o assunto em:

Qual o tratamento para disenteria?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A maioria dos casos de disenteria pode ser tratado com hidratação e uso de soro caseiro. Em alguns casos, é preciso usar antibióticos, principalmente se a pessoa apresentar febre e piora do estado geral. Para infecções causadas por parasitas como ameba ou giárdia, são usados medicamentos antiparasitários.

Raramente e apenas em casos de desidratação grave é preciso internação hospitalar para que o paciente receba hidratação venosa e tenha uma recuperação adequada.

A suplementação com zinco também é indicada para diminuir o tempo de duração da diarreia e evitar novos episódios.

Além dos medicamentos, é importante beber bastante líquidos para combater a desidratação, caso o tratamento seja feito em casa. O paciente deve ser visto pelo médico novamente 2 dias após o início da medicação. Se a pessoa continuar a apresentar diarreia com sangue nas fezes depois dessas 48 horas, ela deve ser internada.

O tratamento da disenteria deve começar o quanto antes, já que os micróbios podem atingir outros órgãos, como fígado e pulmões, formando abcessos nos mesmos. A infecção também pode se generalizar pele corpo e causar forte desidratação.

O soro de reidratação é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) e vendido nas farmácias.

Como a transmissão ocorre com a ingestão de água ou alimentos contaminados com parasitas, as medidas de prevenção são importantes:

  • Lavar bem as frutas, legumes e vegetais antes de comer;
  • Beber água filtrada ou fervida;
  • Lavar as mãos antes das refeições;
  • Comer em locais que preparam os alimentos de forma higiênica.

Saiba mais em: 

O que é disenteria e quais os sintomas?

O que é balantidiose, quais os sintomas e como tratar?

Fiz colonoscopia e endoscopia e apareceu...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Meu parecer não é diferente da opinião que você já tem, quando faz um exame precisa estar preparada para todas as possibilidades, o mais importante é que você fez o certo e é uma pessoa preocupada com a saúde e com a prevenção, continue assim.

Qual o tratamento para pancreatite crônica?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O tratamento para a pancreatite crônica é feito com medicamentos para alívio da dor e para facilitar a digestão, mudanças de hábitos e dieta especial. Alguns sintomas da pancreatite crônica são perda de peso, náuseas, vômitos, fezes gordurosas e dor.

A dor é geralmente abdominal, podendo espalhar-se para as costas, piorando ao comer e beber. Ao tornar-se constante dificulta as tarefas do dia a dia. Em alguns casos a pessoa pode desenvolver diabetes mellitus secundário à pancreatite. O seu tratamento inicial é clínico, mas também pode ser necessária a realização de cirurgias..

Tratamento da pancreatite crônica:

  • não beber e não fumar, porque esses hábitos contribuem para a piora da pancreatite,
  • dieta controlada em pequenas quantidades, várias vezes ao dia e com redução de gorduras,
  • uso de enzimas digestivas para melhora das alterações digestivas e nutricionais,
  • uso de medicamentos para aliviar a dor,
  • procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos para alívio da dor, dependendo da sua causa e intensidade.

A pancreatite crônica ocorre geralmente por agressões contínuas ao pâncreas durante um longo período de tempo, causando inflamação, cicatrização e podendo levar à sua destruição gradativa. Sua causa mais comum é o alcoolismo

O tratamento do pâncreas é realizado pelo gastroenterologista. O endocrinologista também poderá ser necessário caso o paciente desenvolva diabetes.

Saiba mais em: Quais os sintomas de problemas no pâncreas?

Falta de vitamina B12: o que causa, quais os sintomas e como repor?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de vitamina B12 (cianacobalamina) pode ser causada pelo baixo consumo de alimentos de origem animal ou pela menor absorção dessa vitamina no corpo, como ocorre em doenças do trato gastrointestinal.

A anemia perniciosa (doença autoimune), dietas (vegetarianas e veganas), doença de Crohn, uso de alguns medicamentos e cirurgias que reduzem o tamanho do estômago, como as cirurgias bariátricas, são situações que provocam a deficiência dessa vitamina.

Sabendo que a vitamina B12 não é produzida pelo nosso organismo e tem um papel fundamental na formação de glóbulos vermelhos (sangue), proteínas e manutenção do sistema nervoso central, precisamos manter os níveis adequados, seja pela alimentação ou através de reposição com suplemento vitamínico.

O que causa falta de vitamina B12?1. Anemia perniciosa

A anemia perniciosa é a principal causa de deficiência de vitamina B12. Trata-se de uma doença autoimune em que o organismo produz anticorpos contra células do estômago, produtoras de fator intrínseco. O fator intrínseco é uma proteína produzida no estômago que atua na absorção desta vitamina.

Diabetes do tipo 1, vitiligo, hipotiroidismo e outras doenças autoimunes, aumentam o risco de anemia perniciosa.

O tratamento para casos de anemia perniciosa inclui uma dieta orientada pelo nutrólogo ou nutricionista e reposição da vitamina. A vitamina B12 pode ser reposta por injeções ou por suplementos vitamínicos.

2. Alimentação pobre em alimentos de origem animal

A falta de vitamina B12 é bastante comum em pessoas que têm hábitos alimentares que não incluem ou ingerem de forma muito reduzida, alimentos de origem animal como os ovos e carnes vermelhas.

Os veganos e vegetarianos geralmente precisam inserir suplementos de vitamina B12 na sua alimentação.

3. Inflamações no intestino

A carência de vitamina B12 também pode ocorrer devido a certos problemas de saúde e condições que podem dificultar a absorção de vitamina B12 pelo organismo como:

  • Consumo excessivo de álcool;
  • Doença de Crohn - doença inflamatória do sistema gastrointestinal;
  • Doença celíaca - uma doença autoimune que causa inflamação provocada pelo glúten, trigo, cevada ou centeio que afeta a parede interna do intestino delgado e reduz a absorção de nutrientes como a vitamina B12.
4. Cirurgias do estômago ou intestinos

As cirurgias feitas para remover certas partes do estômago ou intestino delgado como, por exemplo, as cirurgias bariátricas, reduzem a capacidade de o organismo absorver a vitamina 12 ingerida e podem provocar a carência de vitamina B12.

Estas pessoas, normalmente, precisam utilizar suplementos de vitamina B12 junto com a alimentação.

5. Uso de alguns medicamentos

O uso prolongado de medicamentos que reduzem a concentração de ácido no suco gástrico como os antiácidos, omeprazol e ranitidina podem provocar a deficiência de vitamina B12.

A metformina, bastante utilizada por pessoas diabéticas, também pode provocar carência de vitamina B12.

Quais os sintomas da falta de vitamina B12?

Os sintomas da carência de vitamina B12 podem incluir:

  • Fraqueza
  • Fadiga (falta de energia, tontura ao ficar em pé ou realizar esforço)
  • Palidez
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Perda de apetite
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Falta de ar, especialmente durante o exercício
  • Inchaço e vermelhidão da língua ou sangramento nas gengivas

Se a quantidade de vitamina B12 permanecer baixa por um período prologado, poderá sofrer ainda danos neurológicos. Os sintomas neurológicos devido à falta de vitamina B12 incluem:

  • Confusão ou alteração do estado mental (demência) em casos graves
  • Dificuldade de concentração
  • Psicose (perda de contato com a realidade)
  • Perda de equilíbrio
  • Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
  • Alucinações
Como posso repor a vitamina B12?

A reposição da vitamina se dá de maneira mais rápida e eficaz quando ingerida na forma de alimentos. No entanto, pode ser feito o uso da vitamina sintética, em forma de suplementos.

Alimentos ricos em vitamina B12
  • Carnes vermelhas (bovina, suína, fígado e outras vísceras)
  • Peixe (especialmente salmão e atum)
  • Frutos-do-mar
  • Aves
  • Ovos
  • Leite e derivados
Administração de vitamina B12 sintética

A reposição de vitamina B12 pode ser feita através de suplementos multivitamínicos, vitamina B12 injetável, gel nasal ou ainda vitamina B12 sublingual, que se dissolve sob a língua.

Vale lembrar que o corpo absorve melhor a vitamina B12 quando ela é tomada em conjunto com outras vitaminas do complexo B, como niacina (vitamina B3), riboflavina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), além de magnésio.

Como é feito o diagnóstico da falta de vitamina B12?

Para diagnosticar a deficiência da vitamina é preciso realizar um exame de sangue com a dosagem da vitamina B12.

Na maioria das vezes, o exame é realizado na presença de anemia, ou quando outros exames de sangue sugerem a presença de anemia perniciosa, uma forma de anemia causada por má absorção de vitamina B12.

A falta de vitamina B12 causa anemia?

Sim, pois a vitamina B12 é necessária para formação dos glóbulos vermelhos do nosso sangue. O tipo de anemia mais comum é causada pela deficiência de ferro, em seguida pela falta de vitamina B12.

Para maiores esclarecimentos sobre esse assunto, procure um médico da família, clínico geral ou nutrólogo.

Referência:

Associação Brasileira de Nutrologia

O que é ascite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ascite é o acúmulo anormal de líquido dentro do abdome. 

Pode ocorrer por diversas causas, como cirrose hepática (fibrose do fígado), esquistossomose (doença infecciosa conhecida popularmente como barriga d'água), tumores no ovário ou no peritônio (membrana que envolve o abdome) e insuficiência cardíaca e/ou renal.

O sintoma mais característico da ascite é o aumento anormal e progressivo do volume abdominal. Outro sintoma pode ser dor no abdome.

Além disso, outros sintomas como icterícia, perda de pelos, inchaço generalizado, aumento das veias do pescoço, antecedente de câncer, hepatite ou perda de peso devem ser pesquisados e podem ser pistas para se descobrir a causa da ascite.

Os tratamentos para a ascite podem ser diversos, e têm o objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade abdominal e controlar sua produção e extravasamento. Incluem o uso de diuréticos, a restrição de sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de albumina.

Saiba mais em: Ascite tem cura? Como é o tratamento?

No caso de suspeita de ascite, deve-se procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigação da causa e tratamento associado.

Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pele amarelada (icterícia) é um dos sinais de hepatite, mas é muito pouco provável que você tenha a doença desde o nascimento.

Icterícia (pele amarela)

A icterícia é um sinal, provocado pelo acúmulo de bilirrubina indireta no sangue, que então se deposita na epiderme, parte branca dos olhos e mucosas, deixando a pele e os olhos amarelados.

A bilirrubina é uma substância de cor amarela, resultante do metabolismo da hemoglobina (substância que dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos do sangue). Normalmente a bilirrubina é "conjugada", transformada em bilirrubina direta, no fígado, em seguida é lançada no intestino, para finalmente ser excretada. Quando existe algum defeito nesse circuito, a concentração de bilirrubina "não-conjugada" (indireta) aumenta no sangue, causando a icterícia.

Causas de icterícia

Dentre as condições e doenças que podem deixar a pele amarelada estão:

  • Condição fisiológica pós-parto, ou amamentação (condição bastante comum e benigna, causada pela imaturidade do organismo do bebê),
  • Hepatites;
  • Cirrose hepática;
  • Hemocromatose (doença genética que provoca uma absorção excessiva do ferro presente na alimentação);
  • Síndrome de Gilbert (condição benigna, também genética, que provoca uma elevação nos níveis de bilirrubina);
  • Câncer de fígado;
  • Anemia falciforme;
  • Cálculos ou tumores biliares;
  • Câncer de pâncreas.

Para cada caso existe um tipo de tratamento. Nos casos de icterícia neonatal fisiológica, está indicado exposição solar ou fototerapia. Para a maioria das hepatites, geralmente é indicado hidratação e orientações médicas. Porém em casos de tumores e outros mais graves, podem ser indicados cirurgia ou transplante hepático.

Portanto o mais importante é diagnosticar o quanto antes para iniciar o tratamento precocemente.

Também pode lhe interessar o artigo: Olhos amarelados, o que pode ser?

Hepatites

A hepatite é uma inflamação no tecido hepático (fígado), causada por infecções virais, excesso de medicamentos ou substâncias ilícitas, ou ainda secundária a doenças crônicas.

Os sintomas podem variar bastante, existem casos leves, que não chegam a manifestar qualquer sintoma, outros apresentam mal-estar, náuseas, vômitos, febre baixa, dor abdominal e icterícia. Nos casos mais graves, pode chegar a quadro de confusão mental e coma.

Na fase crônica da hepatite B, por exemplo, a maioria das pessoas não manifesta sintomas. Quando estes estão presentes, são causados pela insuficiência e cirrose do fígado, o que leva ao quadro de icterícia, e ainda:

  • Líquido acumulado no abdômen (ascite);
  • Inchaço nos membros inferiores;
  • Baço aumentado;
  • Confusão mental.

A icterícia pode ter diversas causas, para sua correta investigação é preciso realizar exames laboratoriais específicos.

Caso apresente esse sinal, recomendamos agendar uma consulta com médico clínico geral, médico de família ou hepatologista, para avaliação e orientações adequadas.

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Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.

Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.

Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.

Como saber se a dor no peito é infarto?

Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:

  • Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
  • Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
  • Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
  • A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
  • Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.

Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.

Tipos de dores no peito

Na avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.

Tipos de dor O que pode ser?
Dor no peito à esquerda

Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases.

Dor no meio do peito Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases.
Dor no peito à direita Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases.
Dor no peito que piora com a respiração profunda Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite.
21 causas de dores no peito diferentes de infarto 1. Angina

A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).

A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.

Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.

No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.

2. Endocardite

A endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.

Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.

O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.

3. Pericardite

A pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).

Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).

O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.

4. Derrame pericárdico

O derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.

O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.

5. Dissecção de aorta

A dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.

Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.

Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.

O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.

6. Pneumonia

A pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.

O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)

O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.

A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.

Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

8. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.

O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.

9. Derrame pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.

A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.

O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.

10. Trauma

No trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.

No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.

11. Tuberculose pulmonar

A tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.

A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.

O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.

12. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.

É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.

O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.

13. Excesso de gases

Os sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.

As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.

Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.

Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.

14. Refluxo gástrico / azia

A doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.

Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.

Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.

O refluxo é popularmente conhecido por azia.

Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.

O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.

15. Espasmo esofagiano

Os distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.

O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.

O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.

16. Tumor de esôfago

Nos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.

Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.

Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.

17. Gastrite

A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.

A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.

A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.

O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.

Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos

18. Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.

O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.

19. Pedras na vesícula

A vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.

No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.

Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.

O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.

O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.

20. Crises de ansiedade

A dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.

Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.

No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".

No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.

21. Dor muscular

A dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.

A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.

O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.

Quando deve procurar uma emergência / urgência?

Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:

  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
  • A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
  • A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
  • É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
  • Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
  • História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
  • Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.

Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.

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