A dor anal se origina no canal anal ou região perianal (áreas próximas ao ânus). Pode ser provocada por uma variedade de distúrbios, por isso é importante que você procure um médico para identificar a causa específica por meio de exame físico ou eventualmente outros exames.
Observe a sua dor (intensidade, quando e como se manifesta, entre outras características) para relatar a história da dor ao médico.
Como descrever a dor analPara que o diagnóstico da dor anal seja realizado você precisará descrever para ao seu médico as características da dor e outros sinais ou sintomas associados a ela. Para ajudar a descrever a sua dor, pense:
Características da Dor- Intensidade da dor: intensa, moderada e leve
- Dor constante ou intermitente (dor que vai e volta)
- Condição em que a dor é desencadeada: se a dor ocorre ao sentar, ao andar, ao evacuar
- De que forma é a dor: penetrante, em queimação, ardor
- Duração: há quanto tempo você sente esta dor?
Na região anal, você pode observar:
- Presença de lesões na região anal, como hemorroidas ou fissuras
- Saliência do ânus
- Presença de nódulos no ânus
- Edema (inchaço) anal
- Prurido (coceira)
- Rachadura na pele ao redor do ânus
- Sangramento anal ao evacuar
- Saída de fluidos esbranquiçados pelo ânus
Em alguns distúrbios que causam dor anal, alterações intestinais podem estar associadas:
- Presença de gases intestinais
- Dificuldade de defecar
- Diarreia com muco ou sangue
- Constipação (prisão de ventre)
- Presença de sangue nas fezes: observar se o sangue nas fezes é vermelho vivo ou se as fezes são escuras.
- Sensação de que o intestino não esvazia completamente
- Em mulheres, presença de sangramento intestinal durante a menstruação
- Vontade urgente para defecar após se alimentar
- Cansaço frequente e dores musculares
- Fraqueza ou fadiga
- Perda de peso inexplicável
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite
- Desconforto abdominal: cólicas, dor abdominal
- Fique sentado pelo menor tempo possível;
- Quando sentado utiliza, utilize proteção adequada: almofadas em forma de rosca tais como as câmaras de água ou ar ou acolchoadas com algodão ou espuma;
- Correção postural com fisioterapia.
A causa da dor anal é diagnosticada por meio de:
- História clínica do paciente com a descrição da dor e de outros sintomas;
- Exame físico que inclui a inspeção anal e perianal. Pode ser necessário o toque retal e a anuscopia (visualização do canal anal por meio de um tubo curto (anuscópio) conectado a uma fonte de luz.
Exames de imagem também podem ser solicitados:
- Ultrassom endoanal
- Ressonância magnética
- Fibrosigmoidoscopia
- Colonoscopia
O tratamento da dor anal depende da condição clínica que a provoca. Pode ser clínico ou cirúrgico.
- Uso de anti-inflamatórios;
- Utilização de analgésicos;
- Injeção local de solução com anestésicos de ação prologada, nos casos em que a medicação oral e a fisioterapia são insuficientes para o alívio da dor;
- Fisioterapia (massagem, mobilização e estiramento do cóccix).
O tratamento cirúrgico pode ser efetuado a depender da causa da dor anal, como em situações de doença hemorroidaria grave e quando o tratamento clínico não foi benéfico.
O resultado do tratamento cirúrgico é, de forma geral, efetuado com sucesso para tratar distúrbios que provocam dor anal.
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A couve é um alimento muito nutritivo e, por este motivo, traz diversos benefícios à saúde. É rica em proteínas, cálcio, ferro, vitamina C, betacaroteno e fibras. Por ser um vegetal crucífero, possui altas concentrações de vitaminas e minerais que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.
1. Promove uma melhor digestão e funcionamento intestinalO consumo de couve auxilia na manutenção da saúde do estômago. O fitoterápico chamado sulforafano, presente nos vegetais crucíferos, protege o estômago e impede a proliferação e a infecção por bactérias Helicobacter pylori, responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite, úlcera péptica e câncer de estômago.
As fibras presentes nas folhas de couve ajudam a manter o volume de água nos intestinos e a formar o bolo fecal. Deste modo, favorecem a motilidade, promovem a regularidade e o bom funcionamento intestinal.
2. Auxilia na redução do colesterolAs fibras, presentes em alta concentração nas folhas de couve, auxiliam no controle e redução do colesterol. Na medida em que estas fibras passam pelo intestino, a gordura ingerida com a alimentação é absorvida e, posteriormente, eliminada nas fezes.
A redução do colesterol ocorre também pela alta capacidade de ligação aos ácidos biliares no trato digestivo. Vale destacar que os ácidos biliares são constituídos a partir do colesterol e que a ligação adicional de colesterol aos ácidos biliares e a sua excreção provocam, portanto, uma redução efetiva dos níveis de colesterol no sangue.
Estudos demonstraram que as folhas de couve cozidas no vapor têm maior capacidade de se ligar aos ácidos biliares do que outros vegetais crucíferos como brócolis, repolho, couve de Bruxelas, mostarda e couve-flor.
Por ser rica em fibras, a ingestão regular de couve em um plano alimentar saudável pode auxiliar no controle dos níveis de insulina e, por consequência, no controle da diabetes. Estudos verificaram que pessoas portadoras de diabetes tipo 1 que consomem uma alimentação rica em fibras possuem reduzidos níveis de glicose.
Para quem tem diabetes tipo 2, a alimentação com alto teor de fibras tem a capacidade de reduzir os níveis de lipídios e de melhorar a concentração de insulina no sangue.
4. Atua na prevenção de câncerOs glucosinolatos, compostos encontrados nos vegetais crucíferos (couve, couve de Bruxelas, brócolis, mostarda e couve-flor), têm sido estudados quanto ao seu poder de impedir a proliferação de câncer de pulmão, mama, próstata e colorretal em diferentes estágios.
Estas substâncias também estão sendo estudadas para o combate ao câncer de pele, esôfago e pâncreas. Entretanto, os resultados das pesquisas para estes tipos de câncer ainda são preliminares e necessitam ser mais bem estudadas.
5. Fortalece os ossos e protege as células nervosasPor ser rica em vitamina K, a couve tem atuação importante para o aumento da massa óssea a para contenção de lesões dos neurônios.
A vitamina k atua como um importante modificador de proteínas da matriz óssea. Esta ação faz com que a absorção de cálcio aumente e a sua eliminação por meio da urina seja reduzida, o que propicia o aumento da massa óssea.
Além disso, a vitamina K é importante para pessoas com doença de Alzheimer uma vez que ela limita as lesões dos neurônios.
6. Benéfico para mulheres grávidasA couve é rica em ácido fólico que tem como principal função a produção de novas células. Além de auxiliar na manutenção da saúde do sistema nervoso, o ácido fólico ajuda a fechar o tubo neural dos bebês durante a gestação. Alguns estudos demonstraram também que a vitamina K pode reduzir o risco de lábio leporino e distúrbios cardíacos em bebês.
Uma alimentação saudável é chave para a sua saúde. Priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras e não faça dietas radicais sem orientação nutricional.
A síndrome do intestino irritável é uma doença caracterizada por episódios frequentes de dor e distensão abdominal, prisão de ventre e diarreia.
A causa ainda não está bem estabelecida, mas acredita-se que tenha relação com uma sensibilidade intestinal aumentada e com situações de ansiedade e estresse.
Sintomas da síndrome do intestino irritávelOs sintomas principais da síndrome são:
- Dor e distensão abdominal
- Prisão de ventre e diarreia (os períodos se intercalam)
- Excesso de gases (flatulência)
- Urgência para evacuar
- Melhora dos sintomas após a evacuação
- Piora dos sintomas com períodos longos de jejum
A presença de sangue nas fezes, perda de peso ou febre, não são comuns na síndrome do intestino irritável. Neste caso é preciso procurar um gastroenterologista para avaliação. Assim como a história de câncer de cólon na família.
Tratamento da síndrome do intestino irritávelO tratamento se baseia nas mudanças de hábitos de vida, remédios e psicoterapia.
1. Mudanças de hábitos de vida- Dieta FODMAP - a dieta mais indicada atualmente, tem o objetivo de evitar alimentos que fermentam com mais facilidade ou que sejam de difícil digestão, reduzindo assim a formação dos gases intestinais;
- Evitar jejum e comer mais vezes durante o dia, com quantidades menores, auxiliam na digestão;
- Evitar cigarro e bebidas alcoólicas ou gaseificadas, substâncias que precipitam as crises de dor;
- Aumentar o consumo de água, pois ajuda a diminuir a prisão de ventre e/ou repõe o volume de líquido perdido nos casos de diarreia.
A dieta deve ser planejada, de preferência, por um profissional da área, nutricionista ou nutrólogo, de acordo com as preferências e possibilidades de cada pessoa.
2. RemédiosOs remédios são indicados para aliviar os sintomas, mas devem ser sempre indicados por um médico.
- Probióticos - promovem equilíbrio intestinal, reduzindo a formação de gases, com isso diminui a distensão e a dor;
- Buscopan - diminui a cólica e desconforto na barriga;
- Laxantes - indicado nos casos de prisão de ventre, especialmente os casos que não melhoram apenas com a alimentação;
- Loperamida - indicado nos casos de diarreia volumosa, ou com sinais de desidratação (boca seca, muita sede e pouco xixi);
- Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina) - indicados para casos de dor associado a situações de ansiedade e/ou estresse;
- Antibióticos - situações sugestivas de infecção, com febre, mal-estar e muco nas fezes. Nesse caso é essencial uma avaliação médica.
O tratamento psicoterápico tem papel fundamental no tratamento da síndrome, principalmente quando a origem tem relação com crises de ansiedade ou estresse.
Dieta FODMAPA dieta FODMAP, da abreviação "Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides And Polyols", não restringe nenhum alimento, mas busca o equilíbrio entre os nutrientes, resultando no alívio dos sintomas.
O que evitar na alimentação:- Lacticínios - Leite, iogurtes, sorvete e queijos.
- Frutose - Frutas como maçã, damasco, pera, pêssego, manga, cereja, mirtilo e melancia. Mel. Açúcar e adoçante.
- Legumes e Vegetais - Couve, couve-flor, repolho, brócolis, alcachofra, cebola e alho.
- Grãos, frutas secas, amendoim, grão-de-bico, feijão, lentilha e produtos a base de soja.
- Doces - chiclete, balas, e remédios doces (xarope para tosse, por exemplo).
- Produtos sem lactose - Leite de arroz, leite de amêndoas, iogurte sem lactose, queijo light, queijo feta e brie.
- Frutas - banana, uvas, kiwi, limão, laranja, morango.
- Legumes - Brotos de bambu, broto de feijão, cenoura, batata cebolinha, pepino, berinjela, gengibre, alface, azeitonas e nabo.
- Proteína - Carne, carne de porco, frango, peixe, ovos e tofu.
- Sementes (com cautela - limite de 10 a 15 cada por dia): amêndoas, macadâmia, amendoins, pinhões e nozes.
- Grãos- Aveia, farelo de aveia, farelo de arroz, massas sem glúten, como arroz, milho, quinoa, arroz branco, farinha de milho e quinoa.
Para maiores esclarecimentos e melhor avaliação, procure o médico de família ou o gastroenterologista.
Referências:
SBMDN - Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia.
Mousavi T. et cols.; An update on efficacy and safety considerations for the latest drugs used to treat irritable bowel syndrome. Expert Opin Drug Metab Toxicol. 2020 May 8.
Harvard Heatlh Publishing. Try a FODMAPs diet to manage irritable bowel syndrome. Updated: September 17, 2019.
O médico normalmente pede biópsia durante a endoscopia quando existe suspeita de infecção por Helicobacter pylori ou de câncer.
Quando o exame indica a presença de H. pylori, o tratamento normalmente precisa ser feito com um antibiótico. Já no caso de câncer, a biópsia confirma o diagnóstico e ajuda a identificar o estádio do tumor, permitindo que o médico indique o tratamento mais adequado.
A biópsia consiste na coleta de uma amostra muito pequena de tecido do estômago, que será examinada ao microscópio no laboratório. Ela não causa dor, nem desconforto, nem é perigosa.
Leia mais sobre a endoscopia com biópsia em:
Como é feita a endoscopia digestiva alta com biópsia?
Referência:
Vakil N. Úlcera péptica - Diagnóstico. Manual MSD.
A barriga não cresce quando a pessoa tem hérnia umbilical. O que pode acontecer é que, ao ficar de pé ou ao fazer força, a pessoa pode notar que alguma região da barriga fica mais estufada.
Isso porque, no caso de ter uma hérnia, existe uma abertura na parede abdominal que mantém os órgãos no lugar correto. Quando a pressão dentro do abdômen aumenta, algo é empurrado para fora através dessa abertura, originando uma protuberância.
Em casos em que a hérnia estrangula, a barriga pode crescer um pouco devido à obstrução intestinal. No caso de hérnia estrangulada, também se pode sentir dor constante, que aumenta gradualmente, acompanhada de náuseas e vômitos. Se suspeitar de hérnia estrangulada é necessário ir com urgência para o hospital, para fazer uma cirurgia e resolver o problema.
Entretanto, as hérnias umbilicais pequenas não alteram a aparência da barriga. Elas são assintomáticas e não causam sequer a formação da protuberância.
Se a sua barriga cresceu e você tem sintomas como dor ou prisão de ventre, procure um médico de família ou um gastroenterologista.
Saiba mais sobre as hérnias umbilicais em:
Referências:
Asari P. Hérnias de parede abdominal. Manual MSD.
Brooks DC. Visão geral das hérnias de parede abdominal em adultos. UpToDate.
Depende. O espinafre é um alimento rico em ferro, e o ferro é um mineral essencial para a formação das hemácias. As hemácias são células do sangue responsáveis por transportar o oxigênio pelo corpo.
Por isso, o consumo de espinafre regularmente na dieta, aumenta a concentração de ferro no organismo e pode curar uma anemia, se foi ocasionada pela falta do ferro, a anemia ferropriva.
A anemia ferropriva é atualmente a principal causa de anemia no mundo atualmente. No entanto, dependendo da causa e gravidade da anemia, apenas o espinafre pode não ser suficiente para alcançar a cura. Pode ser preciso outro tratamento.
A causa da anemia deve ser sempre investigada pelo médico!
Espinafre e anemia EspinafreO espinafre, como os demais alimentos vegetais de cor verde-escura, são fontes de um tipo de ferro chamado ferro não-heme. Para que o ferro do espinafre seja melhor absorvido pelo organismo e ajude na prevenção e tratamento da anemia, é necessário que ele seja consumido junto com alimentos ricos em vitamina C (ácido ascórbico).
Além disso, outras medidas devem ser tomada para tratar uma anemia, como a busca pela causa desse problemas e evitar hábitos que reduzem a absorção do ferro pelo corpo. Por exemplo, o conusmo exagerado de cafeína, bebidas alcoólicas e cigarro.
Alimentos vegetais ricos em ferro- Espinafre
- Brócolis
- Couve
- Acelga
- Ervilha
- Feijões (preto, branco, verde)
- Lentilha
- Grão-de-bico
- Abóbora
- Beterraba
- Amendoim
- Sementes de abóbora
- Sementes de girassol
- Noz
- Uva passa
- Abacate
- Pistache
- Cacau em pó
- Tofu
- Aveia em flocos
O consumo destes vegetais deve ser acompanhado de outros alimentos ricos em vitamina C, como: morangos, laranja, limão, abacaxi, pimentão.
Quais são os sintomas de anemia?Os sintomas de anemia se iniciam de forma leve e vão se acentuando. São eles:
- Cansaço
- Palidez
- Dores de cabeça
- Dificuldade de concentração
- Unhas frágeis
- Tontura
- Falta de apetite
- Desmaio
- Falta de ar
O diagnóstico é feito com base nos sintomas clínicos e em exames laboratoriais de sangue.
O tratamento consiste em uma alimentação rica em ferro, vitaminas, bons hábitos de vida, e nos casos mais graves, pode ser preciso incluir suplementos, ferro injetável e transfusão de sangue.
Se você suspeita que pode estar com anemia, adote uma alimentação saudável e procure um/a médico/a. Não utilize suplementos sem prescrição.
Veja mais
- Anemia: Sintomas, Causas e Tratamento
- Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
- Que alimentos são indicados para quem tem anemia?
Referências:
ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia.
ABHH – Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
A hérnia umbilical só é perigosa pelo risco de estrangulamento do intestino, mas essa é uma condição que não acontece com muita frequência.
Quando acontece, a pessoa que tem a hérnia pode notar que alguma coisa está errada devido a:
- Prisão de ventre não habitual;
- Dor na barriga, que fica cada vez mais intensa;
- Náuseas e vômito.
Uma hérnia estrangulada precisa ser tratada com cirurgia de urgência.
No caso dos bebês, a hérnia umbilical raramente precisa de tratamento, já que não causa complicações e tende a desaparecer com o crescimento. Porém, caso seja necessário, o tratamento deve ser feito com cirurgia depois dos 2 anos.
Saiba mais sobre hérnia umbilical em:
Referência:
Ansari P. Hérnias de parede abdominal. Manual MSD.
Má digestão, dispepsia ou indigestão é um desconforto na parte superior do abdômen, ou na barriga.
Tem como principal sintoma a sensação de “estômago cheio” imediatamente depois de comer. Outros sintomas que geralmente estão associados são o enjoo, azia e falta de apetite.
Para evitar a má digestão é importante comer devagar mastigando bem os alimentos, evitar alimentos gordurosos e frituras e ingerir pouco ou nenhum líquido durante as refeições.
Quais os sintomas da má digestão?Os sintomas da má digestão, dispepsia ou indigestão incluem:
- Sensação de estômago cheio imediatamente após as refeições, mesmo se você comeu pouco,
- Arrotos (eructações) frequentes,
- Azia (sensação de queimação no estômago),
- Enjoos,
- Vômitos,
- Dores no estômago ou região abdominal,
- Sonolência e cansaço após as refeições,
- Gases e flatulência,
- Prisão de ventre ou diarreia.
Modificações nos hábitos alimentares e o uso de antiácidos ajudam a aliviar os sintomas de má digestão. Dentre as medidas indicadas estão:
1. Alimente-se de forma saudávelPrefira alimentos leves, ricos em fibras e de fácil digestão e que não irritem o estômago como: sucos de fruta, água de coco, gelatina, cereais integrais, pão sem recheio, bolachas do tipo água e sal e chás.
Evite beber líquidos durante as refeições, especialmente as bebidas com gás como os refrigerantes.
É importante também evitar os alimentos embutidos, alimentos industrializados e com alto teor de gordura como leite, manteiga e carnes vermelhas. São produtos que contém grande quantidade de gorduras, irritando a mucosa do estômago e do intestino.
2. Reserve tempo suficiente para as refeiçõesProcure fazer as suas refeições com calma e tempo suficiente para comer devagar. Mastigar bem os alimentos, pois a nossa digestão começa na boca, quando trituramos os alimentos.
Comer muito rápido e sem mastigar direito os alimentos faz com que eles cheguem ao estômago quase inteiros, o que dificulta a digestão e pode desencadear os sintomas de má indigestão.
Evite discussões durante as refeições. Elas podem alterar seu estado emocional comprometendo a mastigação e a digestão dos alimentos.
3. Evite exercita-se logo após as refeiçõesDeixe para realizar atividade física pelo menos de duas a três horas após as refeições. Nas primeiras horas após alimentar-se, o seu corpo todo se prepara para digerir os alimentos e absorver nutrientes. A atividade física neste momento desvia o fluxo de sangue e para outras regiões, como musculatura e órgãos em atividade, o que pode levar à má-digestão.
4. Remédios para indigestãoO uso de medicamentos antiácidos como ranitidina e omeprazol tem a função de aliviar os sintomas da dispepsia. O médico também pode prescrever esses medicamentos em doses mais altas ou por períodos mais longos, se for necessário
Evite usar medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios. Se precisar tomá-los, deve-se fazer com o estômago cheio e sob recomendação médica.
Se a causa da má digestão está relacionada com o estresse, busque relaxar, descansar mais, ou praticar meditação, para aliviar os sintomas da má digestão.
Quais as causas de má digestão?As causas mais comuns de dispepsia incluem:
- Consumo exagerado de bebidas com cafeína;
- Consumo de álcool em excesso;
- Comer alimentos condimentados ou gordurosos;
- Comer muito, ou rápido demais;
- Comer alimentos ricos em fibras;
- Fumar ou mascar tabaco;
- Estresse, nervosismo ou ansiedade.
Entretanto, alguns distúrbios gástricos e o uso de alguns medicamentos também podem causar a má-digestão. Estes distúrbios incluem:
- Cálculos biliares;
- Gastrite;
- Inflamação do pâncreas (pancreatite);
- Úlceras intestinais ou gástricas;
- Uso de certos medicamentos como antibióticos, aspirina e anti-inflamatórios não esteroides (AINE's), como ibuprofeno ou naproxeno.
Na maioria dos casos, a indigestão não é sinal de algum problema de saúde grave, a menos que ocorra junto com outros sintomas, tais como sangramento, dificuldade para engolir e perda de peso.
Quando procurar um médico em caso de má digestão?Se os sintomas de má digestão desaparecem quando você realiza mudanças na alimentação ou antiácidos, é sinal de que a sua saúde não corre riscos. Entretanto, procure ajuda médica se:
- Os sintomas da indigestão permanecerem por mais de uma semana;
- Ocorrer perda de peso inexplicável;
- Sentir súbita e intensa dor abdominal;
- Tiver dificuldade em engolir;
- Estiver com a pele e os olhos amarelados (icterícia);
- Vomitar sangue ou houver sangue nas fezes;
- Os sintomas vierem acompanhados de fezes escuras;
- Apresentar dor no peito que irradia para as costas, dor na mandíbula, transpiração abundante, ansiedade ou um sentimento de morte iminente: esses são sintomas de um possível ataque cardíaco. Neste caso, acione 192 (SAMU) ou 193 (Corpo de Bombeiros) ou procure imediatamente uma emergência hospitalar.
Se você perceber estes sinais, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista. Não utilize medicações sem orientação médica.
Referência:
Federação Brasileira de Gastroenterologia