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Peito com caroço durante a amamentação: o que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Nódulos ou caroços na mama podem ser benignos ou malignos. Particularmente durante a amamentação, eles podem ser resultado de cistos lácteos (bolsas cheias de leite) e infecções (mastite), que são condições benignas, mas que requerem avaliação do ginecologista e tratamento em determinadas ocasiões.

Outras causas de nódulos na mama são: alterações fibrocísticas benignas, fibroadenomas, cistos e câncer de mama. Apenas após a avaliação do médico ginecologista e, se necessário, a realização de mamografia e ultrassonografia mamárias, poderá ser diagnosticada a causa do nódulo, e instituído o adequado tratamento.

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Queimação no estômago pode ser gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Talvez, apesar de não ser um sintoma típico de gravidez, a queimação no estômago pode ser decorrente das grandes alterações hormonais do início da gestação. Portanto, uma mulher grávida pode apresentar sim sintomas de azia e queimação, mas este não é um sintoma definidor de gravidez, afinal a queimação pode ser decorrentes de inúmeros outros problemas. 

Se a queimação no estômago vier acompanhada de outros sintomas de gravidez, como atraso da menstruação, aumento da sensibilidade nas mamas, inchaço, cansaço, náuseas e vômitos, é provável que a mulher esteja grávida. É importante a realização de um teste de gravidez para confirmação.

Outras possíveis causas de queimação no estômago incluem:

  • Doença do refluxo gastroesofágico;
  • Gastrite;
  • Úlcera;
  • Estresse;
  • Tabagismo;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Alimentos ácidos, gordurosos e condimentados.

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Como aliviar a queimação no estômago na gravidez?
  • Comer em menores quantidades e mais vezes durante o dia. O ideal é fazer uma refeição ou lanche a cada 3 horas;
  • Evitar beber líquidos durante as refeições;
  • Evitar bebidas com gás ou bebidas quentes;
  • Beber chá de hortelã e suco de batata, pois ajudam a aliviar a azia e a queimação no estômago;
  • Comer pão puro, pois absorve um pouco do ácido estomacal;
  • Esperar de 2 a 3 horas para ir se deitar depois de jantar;
  • Evitar alimentos gordurosos.

Se a menstruação atrasar por mais de 15 dias, faça um teste de gravidez. Se o sintoma persistir, consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação.

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Tem problema em tomar a injeção 2 dias após a data?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Deve evitar ao máximo postergar a tomada da injeção para um período superior a 7 dias, sob o risco de engravidar. Tomar a injeção 2 dias após a data prevista não interfere na sua eficácia. No entanto, se esse período for superior a 7 dias, o risco de gravidez aumenta, caso tenha tido relações sexuais desprotegidas.

A mulher pode aplicar a injeção anticoncepcional até 1 semana antes ou 1 semana depois da data prevista para a nova aplicação.

O que fazer caso atrase a injeção mais de 7 dias?

Caso atrase a próxima injeção por mais de 7 dias, é recomendado o uso de método complementares como camisinha, diafragma ou espermicida até conseguir tomar a próxima injeção. Nessa situação, a mulher também pode usar a pílula seguinte, caso não tenha usado nenhum método complementar.

O uso do método contraceptivo complementar deve permanecer por mais uma semana após a tomada da injeção em atraso.

As mulheres que deixaram de tomar a injeção por mais de 7 dias da data prevista e mantiveram relação sexual desprotegida, precisam verificar se estão grávidas antes de voltar a realizar o anticoncepcional injetável. Neste caso, é indicada a realização de um teste de gravidez.

Caso ela não tenha tido relações sexuais ou caso tenha usado algum outro método contraceptivo nesse período ela pode tomar a nova injeção imediatamente.

Mesigyna é eficaz?

A Mesigyna® é um contraceptivo injetável mensal composto de enantato de noretisterona e valerato de estradiol, ou seja, por um progestágeno e um estrógeno. É um método eficaz se usado corretamente, apresenta um índice de falha de 1%, ou seja, a cada 100 mulheres que usam o método durante um ano somente uma engravida.

Para maiores orientações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que quer dizer ovário com aspecto micropolicístico?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ovário com aspecto micropolicístico é um ovário que tem vários cistos muito pequenos, visíveis durante o exame de ultrassom. Trata-se de uma condição também conhecida como ovário policístico.

Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.

A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher.

A síndrome dos ovários policísticos agrega um conjunto de sinais e sintomas que a mulher pode manifestar, provocando alterações nos ciclos menstruais (que podem ficar mais espaçados) e até dificultar a gravidez.

Como exemplo desses sintomas estão: 

  • Aumento de peso;
  • Acne;
  • Aumento da oleosidade da pele;
  • Alteração no humor;
  • Crescimento de pelos no rosto, peito e abdômen.

A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento, que geralmente inclui perda de peso e uso de anticoncepcionais hormonais.

Em caso que a mulher tenha o desejo de engravidar, é possível tomar medicamentos para estimular a ovulação e regularizar a menstruação. 

Leia também: Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

O que é cisto hemorrágico e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Cisto hemorrágico é um tipo de cisto de ovário em que ocorre sangramento no seu próprio interior. Trata-se de um saco fechado com conteúdo pastoso, líquido ou semi-sólido, cuja parede sangra para dentro do cisto.

O cisto hemorrágico é um tumor benigno e faz parte dos chamados cistos de ovário funcionais, o que significa que não estão relacionados com nenhuma doença. Os cistos funcionais são muito comuns em mulheres que não utilizam anticoncepcionais hormonais e estão em idade fértil. Esses cistos surgem durante a ovulação, a partir do crescimento dos folículos, que darão origem ao óvulo (cistos foliculares).

Quais os sintomas do cisto hemorrágico?

Normalmente o cisto hemorrágico provoca dor pélvica de início súbito no período da ovulação, geralmente do lado onde o cisto está localizado, direito ou esquerdo. Essa dor abdominal é decorrente do sangue que fica aprisionado no cisto.

Eventualmente o cisto hemorrágico pode se romper, causando o quadro de cisto hemorrágico roto, e o sangue se espalhar para a cavidade abdominal, causando fortes dores abdominais em casos de rotura de cistos muito grandes.

Se o sangramento for muito intenso, pode ser necessário fazer uma cirurgia para conter a hemorragia. Contudo, na maioria dos casos, o sangramento para espontaneamente e não requer procedimentos cirúrgicos.

Em caso de dor abdominal ou dor pélvica durante o período fértil, consulte um médico ginecologista.

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FSH alto ou baixo, o que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Há algumas condições que podem levar à alteração nos níveis de FSH. As doenças que cursam com diminuição nos níveis de FSH podem ser:

  • Congênitas: causadas por deficiência na produção do FSH pela hipófise, como Hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático Isolado, hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático associado a retardamento mental, síndrome de Kallman, craniofaringioma, deficiência hipofisária combinada e síndrome do Eunuco Fértil;
  • Adquiridas: quando algum tumor ou condição impede a produção adequada de FSH pela hipófise, como adenomas, cistos e neoplasias metastáticas hipofisários, cirurgias e/ou radioterapia hipotalâmicas / hipofisárias, lesões infiltrativas (hemocromatose, sarcoidose, histiocitose, linfoma), hipofisite linfocítica, meningite, apoplexia pituitária, trauma crânio-encefálico, síndrome de Cushing, hiperprolactinemia, hipotireoidismo primário, pacientes severamente doentes, exercícios extenuantes, tumores secretores de esteróides sexuais, hipogonadismo secundário intencional (iatrogênico),iInfarto hipofisário (p.ex.: Síndrome de Sheehan), doenças sistêmicas crônicas, anorexia nervosa, hiperplasia adrenal congênita e etilismo agudo.

As causas de aumento dos níveis de FSH podem ser:

  • Congênitas: quando as gônadas são disfuncionais e não conseguem produzir os hormônios sexuais ou quando o organismo não consegue absorvê-los, como síndrome de Klinefelter, síndrome de Sertoli, síndrome de Turner, mutação do gene receptor de FSH, criptorquismo, distúrbios da síntese de andrógenos, resistência androgênica e distrofia miotônica;
  • Adquiridas: condições que interferem na produção de hormônios sexuais pela gônadas, como infecções, radioterapia, antineoplásicos, glicocorticóides, cetoconazol, traumas, torção testicular, doenças sistêmicas crônicas, insuficiência ovariana, adenomas gonadotróficos, menopausa.

Nas mulheres, a secreção alterada do FSH levará a alterações no ciclo menstrual e, se presente desde o nascimento, levará a atraso puberal. Nos homens, haverá dificuldade para produzir gametas (alteração na fertilidade) e, se presente desde o nascimento, levará a alterações na aquisição dos caracteres secundários masculinos.

Na presença de alterações do FSH, deverá ser procurado um médico ginecologista, endocrinologista ou urologista.

Depois de retirar útero como fica a menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Depois de retirar o útero a mulher não vai menstruar, uma vez que a menstruação é o fluxo de sangue liberado pela descamação da camada interna do útero (endométrio).

A histerectomia (cirurgia de remoção do útero) pode ser total ou parcial. Quando ela é parcial ou subtotal, o colo do útero permanece e, nesse caso, se restar algumas células desse endométrio, a mulher pode ter algum sangramento parecido com o da menstruação.

Na histerectomia total, além do útero, é retirado o colo do útero e então não haverá esse sangramento.

Sem o útero, a mulher poderá continuar normalmente a sua vida sexual, porém não será possível engravidar.

Leia também: 

Quando é aconselhável a retirada do útero?

Histerectomia: como funciona a cirurgia de retirada do útero?

Posso tomar 2 comprimidos de fluconazol de uma vez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não se pode tomar 2 comprimidos de 150 mg de fluconazol ao mesmo tempo. A dose de fluconazol para o tratamento da candidíase é de um comprimido de 150 mg, uma única vez.

Pode acontecer, no entanto, situações em que o médico pode prescrever um tratamento mais prolongado com fluconazol, sendo necessário tomar o comprimido durante mais dias, mas apenas 1 comprimido de cada vez. Geralmente o tratamento mais prolongado é recomendado quando a candidíase é recorrente, ou seja, quando surgem quatro ou mais episódios de candidíase ao ano.

Na candidíase recorrente o médico pode recomendar o seguinte esquema:

  • 1 comprimido de 150 mg: no primeiro dia de tratamento;
  • 1 comprimido de 150 mg: no 4º dia de tratamento;
  • 1 comprimido de 150 mg: no 7º dia de tratamento.

Também pode ser prescrito um comprimido de fluconazol, uma vez por semana, por 6 meses como tratamento de manutenção.

É importante seguir sempre a orientação dada pelo seu médico para o uso do fluconazol, pois pode haver pequenas variações a depender dos sintomas e diagnóstico de cada pessoa. Além disso, o fluconazol é um medicamento antifúngico que se não for usado corretamente pode ocasionar efeitos adversos.

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Referências bibliográficas:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.