Os primeiros socorros em caso de fratura exposta consistem nos seguintes procedimentos:
- Dizer à vítima para permanecer quieta e não se mexer;
- Não tentar colocar o osso no lugar;
- Evitar contato direto com o ferimento ou com o osso exposto;
- Estancar hemorragias colocando um lenço ou pano limpo contra o sangramento;
- Limpar o ferimento usando apenas água e soro fisiológico;
- Cobrir o local da fratura exposta com uma gaze ou qualquer outro pano limpo, de preferência estéril, com cuidado para não mover o osso fraturado;
- Fixar o curativo firmemente com um cinto, uma gravata ou uma faixa de pano;
- Chamar uma ambulância ou levar a vítima até um serviço de urgência, mantendo o membro fraturado estabilizado e num nível mais elevado que o resto do corpo.
Uma fratura exposta deve ser tratada imediatamente por um médico ortopedista, para evitar uma infecção no osso ou no ferimento e prevenir possíveis sequelas.
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Bursite é a inflamação da bursa, uma espécie de bolsa que envolve a articulação. A bursa contém líquido sinovial e funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares, evitando o atrito entre essas estruturas durante os movimentos e protegendo as proeminências ósseas.
Quando a bursa alguma está "irritada" ou inflamada, ocorre acúmulo de líquido no seu interior, calor e distensão da sua cápsula, dando origem à bursite. As articulações mais afetadas são os ombros, os cotovelos e os joelhos.
Quais são os sintomas da bursite?Os sinais e sintomas mais comuns da bursite incluem: dor, inchaço, vermelhidão, aumento de temperatura local (calor local) e dificuldade na realização dos movimentos.
Quando a bursite é causada por traumatismo, o inchaço aparece rapidamente. Nos casos de lesões repetitivas, o processo é mais lento. Porém, na maioria dos casos, o edema (inchaço) é o primeiro sinal da bursite.
A presença de vermelhidão e/ou aumento da temperatura local podem indicar um processo infeccioso, que deve ser tratado para evitar cronificar a doença ou disseminar a infecção para outras partes do corpo. Nesses casos, dependendo da articulação, pode ocorrer saída espontânea de pus da bursa.
Com o tempo, a dor e o inchaço causam limitação dos movimentos, prejudicando as funções motoras e provocando inclusive atrofia muscular.
As crises de bursite crônica podem durar alguns dias ou várias semanas. As recaídas são comuns.
Quais as causas da bursite?A bursite pode ser idiopática, isto é, sem causa definida, ou ser causada por traumas, infecções, uso excessivo das articulações (como no caso das lesões por esforços repetitivos), artrite (inflamação das articulações), gota (depósito de cristais de ácido úrico nas articulações), entre outras.
Se a articulação não estiver muito inchada, se o inchaço surgir aos poucos e se não houver traumatismos, o tratamento inicial da bursite consiste em:
- Repouso, e interrupção das atividades que forçam a articulação;
- Gelo local, aplicação de gelo durante 20 minutos;
- Elevação da articulação afetada, auxiliando na drenagem da líquido;
- Fisioterapia;
- Anti-inflamatórios, se não houver contraindicação;
- Mais raramente, corticoides e antibióticos.
Em caso de traumatismo, se houver presença de vermelhidão e a dor se tornar mais intensa, é preciso excluir a possibilidade de fratura, entorse ou infecção.
Tratamento medicamentoso da bursiteO uso de medicamentos anti-inflamatórios é a base do tratamento medicamentoso da bursite, e mais raramente pode ser necessário realizar infiltração de corticoides.
Na suspeita de infecção, pode ser necessário aspirar o material acumulado na bursa para análise e definição de antibioticoterapia.
Para bursite aguda, pode ser indicado ainda o uso de medicamento corticoide por via oral durante alguns para aliviar a dor. Com o alívio da dor, podem ser realizados exercícios específicos para aumentar a amplitude dos movimentos.
No caso da bursite crônica, o tratamento é parecido. Contudo, o repouso e a imobilização podem não ser suficientes.
Cirurgia para bursiteQuando o tratamento com o anti-inflamatórios e outras medidas não surtem efeito, é indicada a cirurgia. O procedimento consiste na retirada da bursa e exige um breve período de imobilização para proteger a pele.
A fisioterapia é indicada no pós-operatório para melhorar a amplitude de movimento da articulação e posteriormente fortalecer a musculatura que atua sobre a articulação.
Em geral, o tempo de cicatrização é de 10 a 14 dias. Depois de 3 a 4 semanas, a articulação pode ser usada sem restrições, mas deve ser protegida durante alguns meses para evitar recaídas ou novas lesões.
Se a causa da bursite não for tratada ou afastada, a inflamação da bursa pode ser recorrente.
Em caso de suspeita de bursite, um médico clínico geral, médico de família ou ortopedista deve ser consultado, para avaliação e tratamento o quanto antes.
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O cisto de Baker tem cura e na maioria dos casos não requer tratamento. Nas crianças que apresentam cisto de Baker e são tratadas sem cirurgia, metade apresentará remissão total ou parcial e, apesar do tratamento cirúrgico, a recorrência de cisto em crianças é de aproximadamente 40%.
Nas crianças com sintomas dolorosos persistentes, pode ser indicada a excisão cirúrgica. Neste caso, o procedimento é realizado com a paciente em decúbito ventral (de barriga para baixo), e é feita uma incisão atrás do joelho, por onde se disseca o cisto e retira-o.
Nos adultos, na maioria dos casos, o tratamento do cisto de Baker não exige cirurgia. A ressecção isolada do cisto de Baker normalmente é suficiente para fazer o tumor regredir. Do mesmo jeito, a aspiração e injeção local de corticosteroides é uma medida temporária, pois apresenta alta taxa de recorrência do cisto.
Sendo assim, quando se opta pelo tratamento conservador, o cisto de Baker é apenas observado. Nestes casos, pode-se fazer aspiração e infiltração de corticosteroides para trazer algum alívio.
O tratamento cirúrgico do cisto de Baker demanda priorizar a abordagem à lesão intra-articular associada, usualmente realizado por via artroscópica. Nesta cirurgia, aborda-se somente à lesão associada, pois o cisto de Baker frequentemente apresenta redução de volume ou remissão após o procedimento artroscópico.
Em casos selecionados, quando o cisto de Baker não regride e persiste causando desconforto, considera-se a ressecção aberta. Nesse caso, é feita uma incisão atrás do joelho, dissecção do cisto e remoção desde sua base. Na base, é feito um ponto de fechamento para prevenir a sua recorrência.
O tratamento do cisto de Baker deve ser orientado pelo médico ortopedista.
A síndrome do túnel do carpo é uma condição provocada pela compressão do nervo mediano, que passa na região do punho, resultando em dor e formigamento nas mãos e braços.
O túnel do carpo é formado pelos ossos e ligamentos da região do punho. O nervo mediano, juntamente com outros nervos e alguns tendões, passa por essa região.
Quando, por algum motivo, esse nervo fica comprimido e o seu normal funcionamento é afetado, surgem os sintomas e pode-se dar origem à síndrome do túnel do carpo.
A causa para essa compressão do nervo mediano é desconhecida na maioria dos casos. Porém, a síndrome do túnel do carpo pode estar associada a doenças e condições como doenças da tireoide, artrite reumatoide, diabetes e gestação, devido à retenção de líquidos.
Quais são os sintomas da síndrome do túnel do carpo?Os sintomas da síndrome do túnel do carpo são dor e formigamento no punho ou na mão, além de formigamento e dormência nos dedos das mãos, sobretudo nos dedos indicador, médio e polegar. As dores e o formigamento podem irradiar para os braços.
Esses sintomas podem ser mais frequentes durante a noite ou após algumas atividades como dirigir, digitar, segurar o telefone e ler.
A síndrome do túnel do carpo pode atingir ambas as mãos, apesar dos sintomas serem mais fortes em um dos lados. Em alguns casos, pode haver também perda de força muscular.
O tratamento dos casos mais leves e iniciais da síndrome do túnel do carpo pode ser feito com medicamentos anti-inflamatórios, uso de tala para imobilizar a articulação durante a noite e mudanças posturais para aliviar os sintomas.
Quando a síndrome do túnel do carpo está avançada ou não responde ao tratamento conservador, pode ser necessário realizar uma cirurgia para aliviar a pressão sobre o nervo mediano.
O tratamento cirúrgico consiste em cortar o ligamento que forma o teto do túnel do carpo, através de um corte na região anterior do punho.
A resposta ao tratamento nos casos leves e moderados normalmente é muito boa. Contudo, quando a síndrome do túnel do carpo é muito grave ou de longa duração, a recuperação do nervo é mais incerta.
A síndrome do túnel do carpo pode ser diagnosticada pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família, através do exame físico e sintomas apresentados. O diagnóstico pode ser confirmado com eletroneuromiografia. Caso você sinta algum desses sintomas, procure algum/a desses médicos/as para uma avaliação detalhada.
O pectus carinatum, também conhecido como "peito de pombo", tórax de sapateiro ou tórax em quilha, é uma deformidade da caixa torácica que caracteriza-se pela protusão do osso esterno e das costelas. Em geral, aparece ou se torna mais evidente no início da puberdade, por volta dos 10 anos de idade.
O peito de pombo é uma condição permanente, que não melhora sozinho, e que traz consequências para a postura, podendo causar dores nas costas e no pescoço, além de problemas sociais e psicológicos relacionados à autoestima e ao bullying.
O tratamento para o peito de pombo depende gravidade do caso. O uso de um tipo de colete chamado CDT pode ser suficiente para remodelar a caixa torácica em alguns casos.
Contudo, nos casos mais graves, pode ser necessário fazer a cirurgia corretiva. Nesse caso, é fundamental que o paciente e sua família sejam profundamente esclarecidos sobre os riscos relacionados a anestesia, infecções, cicatrizes entre outros.
Com relação a fisioterapia e a musculação, elas têm seu papel no alívio da dor e da má postura, porém não são suficientes para resolver a deformidade óssea.
Vale lembrar que fazer musculação sem usar uma órtese pode piorar o peito de pombo ou tornar a deformidade mais rígida. O aumento de massa muscular somente disfarça o problema e não corrige a deformidade.
O médico ortopedista ou cirurgião torácico é o especialista responsável por diagnosticar o peito de pombo e indicar o tratamento mais adequado.
Escoliose tem cura e o seu tratamento depende de diversos fatores, podendo ser optado por um tratamento conservador, com fisioterapia, uso de órteses (coletes) e fortalecimento muscular; ou tratamento cirúrgico.
O tratamento conservador, com fisioterapia deve ser iniciado tão logo seja feito o diagnóstico.
O uso de coletes, está indicado quando a escoliose progride, e deve ser utilizado durante 20h/dia e mais 4h dedicadas à prática esportiva, para fortalecimento muscular e correção postural. O objetivo desse tratamento é de impedir a progressão da escoliose, pelas forças externas exercidas, apesar de não corrigir a deformidade. Sua eficácia gira em torno de 50 a 60% pelos últimos estudos apresentados.
A cirurgia está indicada nos casos de:
- Curvas graves (>40-50 graus dependendo da maturidade esquelética);
- Deformidade clínica;
- Risco de progressão;
- Escoliose congênita progressiva;
- Curvas progressivas em jovens, apesar de tratamento conservador;
- Comprometimento neurológico;
- Escoliose dolorosa com espondilolistese (desalinhamento da coluna);
- Deformidades neuromusculares.
- Dor intratável, ou desequilíbrio de tronco;
O acompanhamento clínico deve ser constante para que seja observada a evolução da escoliose. Em curvas de até 20 graus, a evolução da deformidade é verificada através de radiografias a cada 3 meses. Curvas mais graves podem ser solicitados exames mensais.
Portanto, o tratamento da escoliose se baseia no diagnóstico precoce e devido acompanhamento médico. Baseado nos resultados dos exames seriados e resposta ao tratamento conservador, serão indicados órteses (coletes), ou mesmo opções cirúrgicas, de acordo com cada caso.
O tratamento da escoliose é da responsabilidade do/a médico/a ortopedista ou neurocirurgião/ã.
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Dores na coluna relacionadas a excesso de peso, podem ser originadas de contratura musculares, desalinhamento da coluna, hérnia de disco, artrose, entre outras.
Deve procurar em neurocirurgião ou ortopedista, de preferência especialista em coluna.
Dores muscularesA má postura e esforço muscular podem levar a contraturas e dores musculares de forte intensidade. A contratura localizada na coluna cervical é conhecida por torcicolo Na coluna lombar, lombalgia..
O tratamento indicado para dor devido a contraturas são o repouso absoluto e medicamentos analgésicos e relaxante muscular.
Desalinhamento da colunaAs doenças da coluna, como escoliose, cifose, lordose e as listeses, são alterações ósseas e ou articulares, que causam desalinhamento, e com isso esforço muscular aumentado. O esforço muscular leva ao quadro de dor que pode irradiar para outros locais no corpo, como braços, pernas, nádegas ou sola do pé, dependendo da área acometida.
Nos casos de desalinhamento, o tratamento de repostura e fisioterapia intensificada, costumam ser eficazes e suficientes para a cura. A não ser que haja algum problema degenerativo, como a hérnia de disco, com indicação cirúrgica.
Por isso, antes de iniciar qualquer tratamento, mesmo que alternativo, é preciso antes descartar outras causas. O médico saberá orientar caso a caso.
Hérnia de discoA hérnia de disco é um dos casos que pode vezes tem indicação cirúrgica para cura completa. Trata-se de uma extrusão de parte ou todo o disco gelatinoso, que se encontra entre duas vértebras. O disco é o amortecedor das vértebras da coluna, porém quando essa estrutura é deslocada, e sua capsula rompida, o único tratamento definitivo é mesmo a cirurgia com ressecção dessa estrutura.
ArtroseA artrose é uma doença degenerativa, sem tratamento definitivo. Nesses casos o mais indicado é manter um peso ideal para sua altura, reduzindo a sobrecarga na coluna, além de manter atividade física regular, com o objetivo de fortalecimento da musculatura paravertebral.
Saiba mais em: Qual é a diferença entre artrite e artrose?
Cabe ao médico especialista em coluna, neurocirurgião ou ortopedista, avaliar o seu caso, e sugerir as possibilidade para resolução definitiva desse problema.
Talvez, o Torsilax é um remédio composto por diclofenaco, um anti-inflamatório, paracetamol, um analgésico, além de relaxante muscular, o carisoprodol. Pode assim aliviar as dores, inchaço e desconforto causados pela tendinite, que é considerada uma inflamação do tendão, sendo muitas vezes suficiente para o tratamento se usado adequadamente pelo período correto.
No entanto, há muitos casos de dores, edema associados ao tendão que não são causados por uma tendinite, ou seja, podem não estar associados a processos inflamatórios, mas estão mais relacionados ao processo de deterioração do tendão, nesse caso tem-se uma tendinopatia, que pode ou não cursar com a inflamação.
Em muitos casos além do uso de analgésicos, pode estar recomendado o tratamento com fisioterapia, que propicia através de diferentes técnicas, como ultrassom e exercícios de alongamento e força, recuperar a funcionalidade do tendão e diminuir o risco de novos episódios de dor.
Veja também: O que é tendinite?
Para mais informações consulte o seu médico de família ou clinico geral para uma avaliação, eventualmente pode ser necessário o acompanhamento por um médico ortopedista. Evite usar medicamentos que contenham anti-inflamatórios sem prescrição médica.
Leia mais sobre o assunto em: