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Quais são os riscos de ter osteoporose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O maior risco oferecido pela osteoporose é a ocorrência de fraturas, devido ao enfraquecimento dos ossos e perda de massa óssea, principalmente na coluna, quadril e punho.

Além disso, as vértebras da coluna são achatadas, causando encurvamento das costas ("corcunda"), diminuição da altura e dor lombar.

Situações comuns como pequenas pancadas, quedas simples, tropeços, e até mesmo crise de tosse, podem ocasionar uma fratura espontânea em pessoas portadoras de osteoporose. É comum a pessoa fraturar o osso da coxa e cair pensando que a queda originou a fratura, quando na verdade foi o oposto, a fratura que ocasionou a queda.

A osteoporose é uma doença silenciosa, que muitas vezes não provoca sintomas. A dor, quando presente, está normalmente relacionada a fraturas espontâneas.

Dentre os fatores de risco para desenvolver osteoporose estão a menopausa (diminuição dos níveis de estrógeno), envelhecimento (perda de massa óssea), hereditariedade (casos de osteoporose na família), baixa ingestão de cálcio na alimentação, excesso de álcool e cigarro, imobilização prolongada e uso de medicamentos, como os corticoides.

O tratamento da osteoporose inclui uso de suplementos de cálcio e vitamina D, medicamentos, exercícios físicos e mudanças no estilo de vida. Além disso, é altamente recomendado o acompanhamento com exames de rastreio para diagnóstico precoce de osteoporose.

O médico ortopedista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a osteoporose.

Saiba mais em:

Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Abaulamento discal difuso ou protrusão discal é o desgaste associado à perda de elasticidade do disco intervertebral, disco gelatinoso que fica localizado entre uma vértebra e tem como função amortecer impactos na coluna vertebral e facilitar os movimentos.

Seus principais sintomas incluem dor, dormência e sensação de formigamento.

O tratamento da protusão discal consiste no de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. A cirurgia somente é indicada quando a dor e a limitação de movimentos compromete a realização das atividades da rotina diária e não melhoram com outros tratamentos.

Sintomas de abaulamento (protusão) discal difusa

Os sintomas de abaulamento (protusão) discal variam de acordo com o local em que ela ocorre e se manifestam no trajeto do nervo que está sendo comprimido, por exemplo, se a protusão atingir a região lombar do lado direito, o comum é que os sintomas ocorram na perna direita.

De forma geral os sintomas incluem:

  • Dor,
  • Dormência,
  • Sensação de formigamento,
  • Redução da força muscular.

É comum que o abaulamento aconteça na região lombar ou região cervical.

Abaulamento na coluna lombar

Ao ocorrer abaulamento na coluna lombar, a dor pode irradiar desta região para a perna do mesmo lado da protusão. Além da dor, a pessoa sentirá formigamento, dormência e perda de força muscular no membro afetado. São comuns a dificuldade de manter-se em pé ou sentado por longo período e de praticar atividades que requeiram força nas pernas.

O abaulamento discal L4-L5 ocorre especificamente entre a 4ª vértebra lombar e 5ª lombar 5 (L4 – L5) e entre a quinta lombar e primeira sacral 1 (L5 - S1).

O abaulamento discal L5-S1 se dá entre as vértebras da região lombar e sacra da coluna vertebral, particularmente entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral 1 (L5 - S1). Neste tipo de protusão, pode ocorrer compressão do nervo ciático e a pessoa pode apresentar dor lombar e dor ciática.

Abaulamento na coluna cervical

No abaulamento na coluna cervical (pescoço), a dor irradia para o braço do mesmo lado da protusão e pode ocorrer perda de força muscular, dificuldade de movimentar o braço, além de formigamento.

Neste caso, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, conhecida como dor cervical ou cervicalgia.

Tratamento do abaulamento discal

O tratamento do abaulamento ou protusão discal, depende do grau de desconforto e limitação que ele provoca, da sua localização e da sua gravidade. Pode ser efetuado com medicamentos, exercícios de alongamento, fisioterapia e cirurgia.

  • Medicamentos: os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser indicados pelo médico para reduzir a dor, inchaço e reduzir a tensão muscular. É possível também o uso de medicamentos tópicos como sprays de gelo e adesivos anestésicos para alívio da dor e inflamação.
  • Aplicação de calor: o uso de bolsas de água quente serve para reduzir o espasmo muscular e produzir o efeito anestésico para redução da dor.
  • Fisioterapia: indicada para corrigir a postura e estrutura da coluna, fortalecer a musculatura e alongamento da região posterior do corpo para que a dor não se torne crônica.
  • Cirurgia: é efetuada em casos mais severos, especialmente quando a hérnia de disco está presente. Pode ser indicada também quando há muitas limitações de movimentos e quando as outras formas de tratamento não tiveram efeito.

A protusão discal corresponde à fase inicial das hérnias de disco. Isto indica que, quando não tratado, o abaulamento discal difuso pode evoluir para a hérnia de disco.

Ao sentir os sintomas de abaulamento ou protusão discal, procure o médico de família, ortopedista ou reumatologista para avaliação e tratamento adequados.

Para saber mais sobre abaulamento discal e hérnia de disco, você pode ler:

O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?

Abaulamento discal tem cura? Como é o tratamento?

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?

Referências

Peng B, DePalma MJ. Cervical disc degeneration and neck pain. Journal of pain research. 2018;11:2853.

Will JS, Bury DC, Miller JA. Mechanical low back pain. American family physician. 2018 Oct 1;98(7):421-8.

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Osteomielite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a osteomielite tem cura. O tratamento da osteomielite consiste em várias etapas. Em geral, é indicado um debridamento (raspagem) para retirar o tecido morto ao redor e parte do osso danificado. Além disso, é iniciado o tratamento medicamentoso com antibióticos para eliminar o micro-organismo causador da infecção.

A cura da osteomielite depende sobretudo de 2 fatores: limpeza cirúrgica e uso do antibiótico adequado.

O objetivo da limpeza cirúrgica é remover o foco da infecção, retirar a prótese infectada (se for o caso), fazer coleta de material do osso para biópsia (para confirmar diagnóstico) e fazer coleta de material para identificar o micro-organismo causador da infecção).

Remover o foco da infecção consiste em retirar o material que está encapsulado (abcessos) ou sem irrigação sanguínea.

Existem muitos micro-organismos (bactérias e fungos) que podem causar osteomielite e para cada grupo de micróbios existe um antimicrobiano específico. Por isso, a identificação do micro-organismo causador da infecção é fundamental para se acertar no tratamento e curar a osteomielite.

Mesmo com o uso da medicação correta, pode ser necessário realizar outras limpezas cirúrgicas durante o tratamento da osteomielite, sobretudo em pessoas com fatores de risco para complicações.

Se houver suspeita de infecção na articulação, pode ser realizada uma aspiração articular asséptica para retirar líquido da articulação e enviar para análise.

A duração total do tratamento irá depender do tipo de antibiótico selecionado pela equipe médica, do processo de cicatrização de cada pessoa e da localização do osso atingido e extensão da infecção.

Em alguns casos, podem ocorrer complicações que poderão prolongar o tratamento.

Quais as complicações da osteomielite?

Se a osteomielite não for curada, o próprio organismo pode ser capaz de conter a infecção e deixá-la inativa durante um período de tempo não definido. Em outros casos, a infecção pode atingir estruturas vizinhas ou se espalhar pelo corpo, causando uma infecção generalizada (sepse).

A osteomielite é uma infecção no osso que é acompanhada por alguns sintomas como a dor.

A escolha do tratamento mais recomendado irá depender do aspecto da lesão, das consequências da infecção e do micro-organismo causador da infecção.

Causas de dores nas pernas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:

  • Cansaço muscular,
  • Cãibras;
  • Problemas de circulação;
  • Problemas de articulação e
  • Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.

Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.

Causas de dores nas pernas1. Cansaço muscular

O mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.

Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.

Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.

2. Cãibras

As cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.

Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.

Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.

Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.

3. Problemas circulatórios3.1. Varizes

A sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.

Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.

Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.

A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.

A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.

3.2. Trombose

A trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.

O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.

A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.

Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.

4. Artrose

A artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.

As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.

Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.

Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.

Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.

5. Cisto de Baker

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.

Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.

Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.

6. Dor ciática

A dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.

Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.

Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.

Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.

O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.

O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?
  • Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
  • Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
  • Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
  • Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
  • Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
  • Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.

Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.

Dor na perna esquerda pode ser infarto?

Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.

A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.

Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.

É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.

Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.

Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Anticoncepcional pode enfraquecer os ossos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O anticoncepcional injetável pode enfraquecer os ossos da mulher, principalmente quando iniciado na adolescência e utilizados por tempo prolongado.

Diversos estudos mostraram que o anticoncepcional injetável, devido a baixa dosagem de progesterona e ausência do estrogênio, age reduzindo a massa óssea ou acelerando o processo de calcificação do osso, o que na adolescência é ainda mais prejudicial, visto que a mulher ainda não atingiu o pico de massa óssea, que costuma ocorrer entre os 20 e 25 anos de idade.

Entretanto quando o uso é suspendo e se preciso repor vitaminas e cálcio, os efeitos são reversíveis. Por isso, todo início de tratamento contraceptivo deve ser muito bem avaliado pelo profissional, caso a caso.

Já a pílula anticoncepcional, com a combinação de baixas doses de estrogênio e progesterona, parece ter uma ação contrária, ou seja, ao invés de enfraquecer os ossos, reduz a perda de cálcio ósseo que ocorre depois dos 40 anos, ajudando a prevenir osteoporose.

Portanto, devido ao efetivo colateral de perda de massa óssea pelo anticoncepcional injetável, ele deve ser evitado por mulheres que já apresentam fatores de risco para osteoporose, como:

  • Alcoolismo;
  • Tabagismo;
  • Uso crônico de medicamentos como anticonvulsivantes e corticoides;
  • História familiar de osteoporose;
  • Peso inferior a 57 kg e baixo índice de massa corporal (IMC menor que 19);
  • Distúrbios alimentares como bulimia e anorexia;
  • Doenças do metabolismo ósseo;
  • Doenças crônicas como artrite reumatoide, mal de Parkinson, hipertireoidismo.

Veja também: Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?

Além disso, é recomendável que todas as pacientes que utilizem anticoncepcional injetável tenham uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D.

Informe ao médico ginecologista se observar algum dos fatores de risco para desenvolver osteoporose, antes de iniciar qualquer tratamento com anticoncepcionais hormonais orais ou, principalmente, injetáveis.

Veja como é o tratamento para Espondilite Anquilosante
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da espondilite anquilosante é feito com medicamentos para controlar a dor, a inflamação e a progressão da doença, além de fisioterapia e exercícios para melhorar a postura e a mobilidade das articulações afetadas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária.

A espondilite anquilosante não tem cura. Porém, se o tratamento tiver início na fase inicial da doença, é possível mantê-la sob controle.

Para tratar a espondilite anquilosante são usados medicamentos analgésicos para aliviar a dor, relaxantes musculares e remédios capazes de alterar a evolução da doença, como os anti-inflamatórios não-hormonais.

A medicação normalmente só é necessária na fase aguda da espondilite. Após esse período, o tratamento consiste principalmente em fisioterapia e exercícios. Todavia, alguns pacientes podem precisar de um tratamento medicamentoso contínuo, com doses reduzidas.

Quando o tratamento convencional não traz resultados, pode ser indicada a terapia biológica, que consiste na injeção de medicamentos que atuam contra a dor, a inflamação e as alterações imunológicas verificadas nos pacientes com espondilite anquilosante.

A cirurgia é mais usada quando a espondilite afeta o quadril, sendo raros os casos de espondilite anquilosante na colune em que o tratamento cirúrgico é indicado.

Apesar da espondilite anquilosante ficar menos ativa com o passar do tempo, o tratamento deve ser mantido até ao fim da vida. O principal objetivo é aliviar os sintomas, conter a evolução da doença e manter ou melhorar a mobilidade das articulações.

O tratamento da espondilite anquilosante é da responsabilidade dos médicos reumatologista e ortopedista.

Auriculoterapia: o que é, para que serve e quais os benefícios?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Auriculoterapia ou acupuntura auricular é uma técnica terapêutica que considera a orelha como um microssistema em que cada um de seus pontos representa um órgão ou região corporal. É empregada no tratamento de várias enfermidades.

É uma prática integrativa e complementar que pode ser desenvolvida por profissionais de saúde especializados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A auriculoterapia não deve substituir medicamentos ou outros tratamentos convencionais indicados para o tratamento da disfunção de saúde que você apresenta.

Auriculoterapia com agulhas filiformes. Indicações e benefícios do tratamento com auriculoterapia

A auriculoterapia é indicada no tratamento de enfermidades dolorosas, inflamatórias, endocrinometabólicas, geniturinárias e doenças crônicas. Além destas, estudos realizados demonstram que a auriculoterapia também tem se mostrado eficaz na melhora de diversos quadros psicoemocionais. Dentre os benefícios podemos citar:

  • Redução do estresse;
  • Melhoria dos transtornos generalizados de ansiedade;
  • Tratamento de enxaquecas;
  • Melhora de quadros depressivos;
  • Diminuição da dor em casos de fibromialgia;
  • Redução de lombalgias (dores em região lombar);
  • Tratamento da obesidade;
  • Tratamento de contraturas musculares.
Como funciona a auriculoterapia

Para a auriculoterapia, o pavilhão auricular se relaciona com todas as partes do corpo humano onde se localizam pontos específicos para estimulação neural e tratamento de diversas doenças.

Antes de realizar tratamento com auriculoterapia você passará por uma consulta na qual o terapeuta especializado buscará compreender os sinais e sintomas que você apresenta e identificará os órgãos corporais afetados.

A partir da consulta, o profissional especializado definirá os pontos mais indicados para estimulação neural e fará pressão sobre estes pontos. Para isto, pode utilizar:

  • Agulhas filiformes: estas agulhas são aplicadas sobre os pontos correspondentes das regiões corporais afetadas por um intervalo de 10 a 30 minutos.
  • Agulhas intradérmicas: esses dispositivos são inseridos debaixo da pele e deve, permanecer na orelha por cerca de 7 dias.
  • Esferas magnéticas: as esperas são colocadas nos pontos auriculares por 5 dias, em média.
  • Sementes de mostarda: as sementes de mostarda, aquecidas ou não, são posicionadas sobre a pele por 5 dias.

A auriculoterapia é um tratamento adicional que pode auxiliar na melhora do quadro clínico apresentado e na prevenção de doenças.

Pontos auriculares

Os pontos auriculares correspondem a áreas específicas na superfície da orelha que refletem todas as partes do corpo humano, o que propicia a realização do diagnóstico e tratamento de doenças a partir da intervenção clínica nestes pontos específicos.

O conhecimento da localização e da função destes pontos é de fundamental importância para o profissional que atua na área de auriculoterapia. É preciso, portanto, que este profissional seja especializado na área.

O mapa da Medicina Tradicional Chinesa, base da auriculoterapia, preconiza a distribuição dos pontos auriculares de acordo com a anatomia da orelha. Um estudo estabeleceu ainda a correlação entre a orelha e o feto na posição invertida. Por analogia, o lóbulo da orelha representa a cabeça do feto em posição intrauterina.

Vantagens da auriculoterapia

Algumas vantagens podem ser apontadas quanto ao uso da auriculoterapia:

  • Técnica pouco invasiva
  • Segura
  • Aplicação simples
  • Baixo custo econômico

A prática da auriculoterapia ou acupuntura auricular foi aprovada, a partir de 2006, pela Portaria nº 971. Esta portaria aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.

A auriculoterapia pode ser empregada como terapia coadjuvante de diversas doenças. Medicamentos e demais tratamentos convencionais não devem ser suspensos ou substituídos pela auriculoterapia.

Busque sempre um profissional especializado em auriculoterapia para realizar, acompanhar e avaliar o seu tratamento.

O que significa o meu tipo sanguíneo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, O e AB. Além desses 4 grupos, uma proteína chamada fator Rh pode estar presente (Rh+) ou ausente (Rh-) nos glóbulos vermelhos do sangue. Dependendo da presença ou ausência do fator Rh, a cada tipo sanguíneo é atribuído um símbolo positivo ou negativo: A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+ e AB-.

O tipo sanguíneo de cada pessoa é herdado do pai e da mãe, sendo portanto determinado pela genética. Por exemplo: uma pessoa pode herdar o tipo sanguíneo A do pai e o tipo B da mãe, resultando no tipo sanguíneo AB. No caso de receber sangue tipo B do pai e da mãe, terá um tipo sanguíneo B.

O tipo sanguíneo O, por outro lado, não afeta os tipos sanguíneos A e B. Isso significa que, se alguém herdar um “O” de sua mãe e um “A” de seu pai, por exemplo, seu tipo sanguíneo será A.

Como saber se posso doar ou receber sangue de acordo com meu tipo sanguíneo?

Tipo sanguíneo O: o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. Pode receber apenas sangue tipo O.

Tipo sanguíneo A: pode doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Pode receber apenas sangue tipo A e tipo O.

Tipo sanguíneo B: pode doar sangue para o tipo B e tipo AB. Pode receber apenas sangue do tipo B e do tipo O.

Tipo sanguíneo AB: pode doar para o tipo AB. Pode receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O), sendo por isso chamado de “receptor universal”.

No entanto, não é apenas o tipo sanguíneo que determina a compatibilidade de doação. O fator Rh também é determinante. Pessoas Rh+ podem receber sangue Rh+ e Rh-. Já indivíduos Rh- só podem receber sangue Rh-.

Por exemplo: o tipo sanguíneo B pode receber sangue tipo B e tipo O. Assim, uma pessoa com tipo sanguíneo B+ pode receber sangue B+, B-, O+ e O-. Por outro lado, um indivíduo B- só pode receber sangue dos tipos B- e O-.

Por quê é importante haver compatibilidade entre os tipos sanguíneos?

O sistema imunológico possui anticorpos, que ajudam o organismo a combater micro-organismos como vírus e bactérias. No entanto, os anticorpos também podem atacar os glóbulos vermelhos de um sangue incompatível, pois não reconhece essas células como sendo as do próprio corpo.

Por exemplo, se alguém tiver sangue tipo B e receber sangue tipo A, seus anticorpos trabalharão para destruir os glóbulos vermelhos do tipo sanguíneo A. Isso pode levar à morte.

Vale ressaltar que os tipos sanguíneos nem sempre precisam ter uma correspondência exata para serem compatíveis. Por exemplo, uma pessoa com o tipo sanguíneo AB pode receber sangue A ou sangue B.

Além disso, qualquer indivíduo pode receber sangue tipo O, pois os anticorpos não atacam os glóbulos vermelhos desse tipo sanguíneo. É por isso que o sangue tipo O é considerado “doador universal”. No entanto, pessoas com sangue O podem receber apenas sangue tipo O.

Como o tipo sanguíneo afeta a gravidez?

A compatibilidade dos tipos sanguíneos do pai e da mãe podem ser motivo de preocupação durante a gravidez devido ao fator Rh. Se a mãe for Rh- e o filho for Rh+, as células sanguíneas da criança podem desencadear uma resposta imunológica na mãe.

Como resultado, o corpo da gestante produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos da criança. Se isso ocorrer, o bebê poderá precisar de uma transfusão de glóbulos vermelhos durante a gestação ou imediatamente após o parto.

Por isso, no início da gravidez, é feito um exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo da mãe. Se ela for Rh- e o bebê Rh+, a gravidez deve ser monitorada de perto e pode precisar de cuidados extras.