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O que é lesão por esforço repetitivo (LER)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As lesões por esforço repetitivo, mais conhecidas pela sigla LER, representam um grupo de doenças musculoesqueléticas causadas por atividades contínuas e repetitivas, geralmente relacionadas ao trabalho. Dentre as doenças que são enquadradas como LER estão as tendinites, tenossinovites, bursites e mialgias (dores musculares).

A lesão por esforço repetitivo normalmente é um processo inflamatório que se instala lentamente, sendo muitas vezes percebido quando já está avançado.

Os sintomas da LER podem incluir dor, formigamento, dormência, sensação de agulhadas ou pontadas, diminuição da força muscular, inchaço, dificuldade de realizar movimentos, entre outros.

Além da atividade repetitiva, há ainda outros tipos de sobrecarga no trabalho que podem ser nocivos para o trabalhador, como a necessidade de manter os músculos contraídos por muito tempo, uso de instrumentos que vibram excessivamente, má postura, entre outros. Por isso, criou-se a sigla DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) para se referir a esse grupo de doenças. Ambos os termos costuma ser usados em conjunto.

Saiba mais em: Qual é a diferença entre LER e DORT?

São consideradas LER ou DORT: tendinites de bíceps, supraespinhoso, flexores e extensores dos dedos, bursite de ombro, tenossinovites braquiorradial e De Quervain, síndrome do túnel do carpo, epicondilite, lombalgia (dor na coluna lombar), cervicalgia (dor no pescoço) e ciatalgia (dor no nervo ciático).

As mais comuns são as tendinites, tenossinovites e bursites de ombro, cotovelo e punho, as lombalgias e as mialgias (dores musculares).

O tratamento da LER depende do diagnóstico e pode incluir mudanças no ambiente de trabalho, fisioterapia, medicamentos, infiltrações e uso de órteses, como talas.

Veja também: LER e DORT: Como identificar e tratar?

Geralmente a LER/DORT pode ser avaliada inicialmente por um médico de família ou clínico geral. Em alguns casos o seu seu seguimento pode incluir o médico ortopedista, médico do trabalho, fisiatra entre outros profissionais.

Como Melhorar a Postura
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para melhorar a postura é preciso fazer exercícios para fortalecer e alongar a musculatura da coluna, preferencialmente técnicas de fisioterapia, além de ter alguns cuidados com a postura no trabalho e nas atividades diárias.

A fisioterapia, através da RPG (Reeducação Postural Global), além de melhorar a postura, pode também:

  • Aliviar a dor nas costas, pescoço ou coluna;
  • Permitir a prática de esportes sem dor;
  • Aumentar a flexibilidade muscular;
  • Promover melhora do bem-estar geral.

A Reeducação Postural Global tem como objetivo alongar a musculatura (incluindo os músculos das costas que afetam a coluna) trabalhando o sistema respiratório e fortalecer esses músculos para a melhorar a postura.

Leia também: O que é RPG e para que serve?

Exercícios para Melhorar a Postura

Indicações antes de iniciar os exercícios:

  • O movimentos devem ser feitos de forma lenta e progressiva;
  • Os exercícios devem ser feitos de 3 a 5 vezes por semana;
  • No início, faça 5 repetições em cada série de exercícios, até atingir 10.
Alongamentos para Melhorar a Postura

Alongamento da coluna lombar:

  1. Em pé ou deitado de barriga para cima, dobre a perna e traga o joelho lentamente em direção ao peito, segurando a parte de trás da coxa;
  2. Mantenha durante 30 segundos e faça o mesmo com o outro lado.

Alongamento da região posterior da coxa:

Sentado:

  1. Sente-se numa cadeira mantendo uma perna esticada e o outro joelho dobrado em 90º, com a planta do pé completamente apoiada no chão;
  2. Coloque as mãos na cintura, dobrando o tronco para frente;
  3. Mantenha durante 30 segundos e faça o mesmo com o outro lado.

Em pé:

  1. Fique em frente a uma cadeira;
  2. Estique uma perna e deixe-a apoiada sobre a mesma, com o tornozelo em 90º;
  3. Mantenha uma ligeira flexão no joelho, apoiando a mãos na bacia;
  4. Mantenha por 30 segundos e repita com o lado oposto.

Alongamento do pescoço:

  1. Flexione lentamente o pescoço para frente, levando o queixo na direção ao peito;
  2. Rode o pescoço, alinhando o queixo ao ombro;
  3. Incline a orelha em direção ao ombro oposto, puxando a cabeça com mão;
  4. Mantenha por 30 segundos e repita no lado oposto.

Fortalecimento da Musculatura do Abdômen

Isométricos (podem ser feitos em pé ou sentado):

  1. Solte todo o ar dos pulmões e mantenha os abdominais mais contraídos possível;
  2. Permaneça assim por 30 segundos e repita.

Deitado:

  1. Deite-se de barriga para cima, com os joelhos dobrados e os pés completamente apoiados no solo;
  2. Levante o pescoço, com os braços esticados, tocando os dedos nos joelhos;
  3. Permaneça assim por 5 segundos;
  4. Repita o exercício.

Ainda deitado:

  1. Dobre um joelho, mantendo o pé completamente apoiado no chão;
  2. Estique a outra perna e levante todo o membro do solo cerca de 30 cm;
  3. Mantenha a posição por 5 segundos e volte à posição original, relaxando;
  4. Repita do lado oposto.
Recomendações para Melhorar a Postura
  • Use um travesseiro que deixe o pescoço numa posição neutra, nem muito alto, nem muito baixo;
  • Evite dormir de barriga para baixo;
  • Tente dormir de lado, com os joelhos levemente dobrados e com um travesseiro ou almofada entre eles;
  • Use vassouras e rodos com cabos altos para não curvar muito as costas;
  • Não carregue pesos sobre a cabeça ou ombro;
  • Sentar-se sempre com a coluna ereta, apoiando a coluna lombar no encosto da cadeira; por isso, o apoio da cadeira deve acompanhar as curvaturas naturais da coluna.

Mesmo com alguns exercícios e cuidados no dia a dia, o mais indicado é procurar um médico ortopedista ou fisiatra especializado em problemas posturais, que juntamente com o fisioterapeuta indicará o tratamento e os exercícios mais adequados para melhorar a postura.

Tenho osteoporose, que cuidados devo ter?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados que uma pessoa com osteoporose deve ter devem estar relacionados principalmente com a prevenção de quedas para evitar fraturas. Os ossos ficam mais fracos, aumentando risco de fraturas mais facilmente, com uma queda simples, pancadas leves e até mesmo com uma crise de tosse.

Para evitar quedas e prevenir fraturas, recomenda-se:

  • Não deixar objetos espalhados pelo chão da casa;
  • Não deixar fios soltos ou expostos no chão;
  • Usar calçados antiderrapantes e baixos;
  • Não encerar o chão da casa;
  • Não andar em lugares escuros com o chão molhado;
  • Não deixar tapetes nas escadas;
  • Colocar os objetos em lugares baixos para evitar subir em bancos, cadeiras ou escadas a fim de alcançá-los;
  • Sentar-se em um banco de plástico para lavar os pés na hora do banho;
  • Instalar barras de apoio no banheiro, especialmente dentro do box para auxílio;
  • Sempre que possível, utilizar piso antiderrapante no banheiro e na cozinha;
  • Aguardar uns minutos para se levantar no meio da noite para ir urinar.

Qual é o tratamento para osteoporose?

O tratamento da osteoporose inclui mudanças no estilo de vida, prática de atividade física, uso de suplementos de cálcio e vitamina D, medicamentos, banhos de sol, entre outros cuidados que deverão ser orientados pelo/a médico/a assistente.

Os medicamentos indicados pelo médico são fundamentais para o tratamento da osteoporose e não devem ser substituídos por outras medidas.

Veja também: Osteoporose tem cura? Qual o tratamento?

Cálcio

Para aumentar a ingestão diária de cálcio, recomenda-se alimentos ricos no mineral, tais como gergelim, sardinha, leite, queijos, iogurte, linhaça, amêndoas, vegetais verde-escuros (espinafre, brócolis, couve...).

Vitamina D

A vitamina D é fundamental para o aproveitamento do cálcio pelo organismo, pois ela atua na absorção e fixação de cálcio nos ossos. O nutriente é encontrado em peixes de água salgada e fria, como salmão, sardinha e atum, camarão, gema de ovo, cereais e fígado.

Para garantir que as quantidades diárias de cálcio e vitamina D estão sendo ingeridas, os suplementos quase sempre são indicados.

Exposição solar

Para que a vitamina D seja ativada ela precisa ser exposta aos raios solares. É através da exposição da pele à luz solar que ela se transforma em vitamina D3 e participa na absorção de cálcio e fixação do mineral no esqueleto. Daí ser muito importante tomar sol todos os dias durante 30 minutos, nas horas menos quentes do dia (entre 6hs e 10hs e após as 16hs).

Atividade física

As atividades físicas estão entre os cuidados mais importantes que uma pessoa com osteoporose deve ter. O impacto moderado do osso no chão e a tração exercida pelos tendões deixa os ossos mais fortes. Caminhadas, musculação ou outros exercícios de fortalecimento muscular estão entre as atividades mais indicadas.

Outros cuidados recomendados para pacientes com osteoporose incluem a redução do consumo de café, sal e bebidas alcoólicas, além de não fumar.

O tratamento da osteoporose, bem como as orientações quanto aos cuidados diários, são da responsabilidade dos médicos reumatologista, ortopedista e, no caso das mulheres, ginecologista.

O que é cisto de Baker?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O cisto de Baker ou cisto poplíteo é o acúmulo de líquido articular (sinovial) na região posterior do joelho. O líquido sinovial acumula-se nas bainhas dos tendões e nas bursas da articulação, localizadas atrás do joelho.

O líquido sinovial normalmente circula entrando e saindo das bursas do joelho, através de um sistema de válvulas que são responsáveis por controlar a quantidade de líquido articular que entra e sai dessas bolsas.

Porém, há casos em que o joelho produz uma quantidade de líquido sinovial exacerbada (sinovite), o que leva ao acúmulo de líquido na bursa e ao consequente aparecimento do cisto de Baker.

Quais as causas do cisto de Baker?

Nos adultos, o aparecimento do cisto de Baker normalmente está relacionado com patologias intra-articulares do joelho, como lesões nas estruturas internas do joelho (menisco, ligamentos, cartilagem), que levam ao aumento da produção ou extravasamento do líquido sinovial.

Como identificar o cisto de Baker?

O cisto de Baker surge como uma saliência atrás do joelho que não provoca dor, tornando-se mais nítido quando o joelho está estendido. Embora possa provocar um pequeno desconforto ou rigidez, geralmente não provoca sintomas. Quando presentes, os sintomas geralmente estão relacionados com a compressão das estruturas da parte posterior do joelho.

Dependendo do tamanho do cisto, pode causar dor ou desconforto na região posterior do joelho ao agachar ou após atividade física.

Pode ocorrer ainda uma diminuição dos limites de movimento provocada pela dor ou pelo tamanho do cisto de Baker. Há casos em que pode haver travamento, bloqueio, dor ou outros sintomas de desgaste patelar.

Em algumas situações, o cisto pode se romper e desencadear um inchaço na panturrilha, causando dor intensa e deixando a área vermelha e mais quente, com sintomas semelhantes aos da trombose venosa profunda (TVP).

Como é feito o diagnóstico do cisto de Baker?

O diagnóstico do cisto de Baker é feito através da anamnese e do exame físico, durante o qual o médico irá procurar por um caroço mole na parte de trás do joelho. No caso do cisto ser pequeno, comparar o joelho afetado ao joelho normal pode ser útil.

A confirmação do diagnóstico geralmente é feita por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. A ressonância pode identificar também a causa primária que levou ao cisto.

A aplicação de luz no cisto (transiluminação) pode indicar que o mesmo está repleto de líquido. Se o caroço aumentar rapidamente ou se ocorrer dor noturna, dor forte ou febre, mais exames são necessários para garantir que não existem outros tipos de tumor.

Qual é o tratamento para cisto de Baker?

O tratamento inicial do cisto de Baker pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, redução da atividade física, aplicação de gelo e acompanhamento regular.

No entanto, o tratamento do cisto de Baker normalmente é voltado para a causa, ou seja, para a lesão interna do joelho. Muitas vezes, os pacientes apresentam melhora após a artroscopia para tratamento das lesões intra-articulares. Também é comum o cisto de Baker desaparecer espontaneamente.

A cirurgia para remover o cisto de Baker raramente é indicada, a não ser que o cisto seja muito grande ou doloroso.

Em caso de suspeita de cisto de Baker, um médico clínico geral, médico de família ou ortopedista deverá ser consultado para confirmar o diagnóstico e orientar quanto ao tratamento mais adequado.

Para que serve o Emplastro Sabiá?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O emplastro serve para aliviar a dor, mas é mais usado para dores musculares.

Uma costela parece estar crescendo, isso é possível?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Uma costela estar crescendo é pouco provável. O que pode causar um aumento na região do osso ou na sua cartilagem é o aparecimento de tumores. Os tumores ocorrem devido a uma multiplicação e crescimento desordenado de células. Os tumores nas costelas são raros e podem ser benignos ou malignos, sendo que estes são os podem invadir outras regiões do corpo (metástases).

Alguns tumores que podem atingir as costelas:

  • displasia fibrosa,
  • osteocondromas,
  • condrossarcomas.

O tratamento dos tumores pode ser realizado com quimioterapia, radioterapia e cirurgia dependendo do tipo do tumor. Mas, antes de mais nada, deve-se procurar um médico para a avaliação da possível causa desse problema.

Dor nas costas do lado direito, o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os problemas musculares são a causa mais comum de dor de um lá só das costas, seja do lado direito ou do lado esquerdo. A má postura, falta de atividade física e peso excessivo nas bolsas e mochilas, aumentam os problemas de coluna e dores nas costas.

Entretanto, outras situações como problemas de coluna, pedra nos rins e doenças pulmonares também podem desencadear esse tipo de dor.

O tratamento inicial deve ser feito com repouso e compressa morna no local da dor. Se a dor permanecer ou apresentar outros sintomas, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e orientar o tratamento mais adequado.

1. Dor nas costas por problemas musculares

Os problemas musculares são a principal causa de dores nas costas, que pode se apresentar a direita ou a esquerda, de acordo com a situação.

O envelhecimento natural, a postura ruim durante o dia e a falta de exercícios, contribuem para o enfraquecimento da musculatura das costas, dando origem a dor e tensão muscular.

Pegar um peso de mau jeito ou além da sua capacidade física também pode desencadear estiramento dessa musculatura e com isso, apresentar dor e edema nas costas.

Como tratar?

O tratamento inicialmente deve ser feito com:

  • Repouso,
  • Compressa morna e
  • Remédios para aliviar a dor: de preferência relaxante muscular como a ciclobenzaprina e/ou anti inflamatórios como o ibuprofeno.

Após passar a crise de dor, é preciso iniciar tratamento para fortalecimento muscular e reeducação postural, evitando assim novas crises. Para isso é recomendado:

  • Fisioterapia,
  • Osteopatia ou
  • RPG (reeducação postural global).

O médico clínico geral ou ortopedista são capacitados para essa avaliação, planejamento do tratamento caso a caso, e manter o acompanhamento até quando for necessário.

2. Dor nas costas por problemas na coluna

Os problemas de coluna vem logo a seguir aos problemas musculares, sendo os mais comuns, os desvios de coluna (lordose, cifose, escoliose) e a hérnia de disco.

Por vezes são doenças de origem hereditária, já nascemos com essas alterações, e outras vezes, situações que ocorrem no decorrer da vida como hábitos ruins, posturas inadequadas, aumento de peso ou mesmo durante a gravidez, pelas modificações naturais desse período.

Como tratar?

O tratamento vai depender da causa e da gravidade da situação. Inicialmente é sempre recomendado tentar métodos pouco invasivos, como:

  • Repouso,
  • FIsioterapia, RPG,
  • Relaxante muscular e Antiinflamatórios.

Em especial, as mulheres grávidas não devem usar medicamentos sem recomendação médica para resguardar a sua saúde e a do bebê.

A cirurgia pode ser indicada nos casos mais graves, de hérnia de disco extrusa ou dor intratável.

O médico ortopedista ou neurocirurgião são os responsáveis por essa avaliação.

3. Dor nas costas por pedra nos rins

A dor nas costas, à direita ou à esquerda, por pedra nos rins, tem como características principais, ser uma dor de início súbito, de forte intensidade, descrita como a "pior dor da vida", associada a suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos.

É comum ainda a queixa de ardência na urina, urina mais amarelada, com ou sem a presença de sangue.

Como tratar?

O tratamento varia de acordo com a sua gravidade. Em geral, inclui:

  • Analgésicos potentes por via venosa, para o alívio mais rápido da dor,
  • Coleta de exames de sangue e de urina, para investigar infecção e
  • Exame de imagem para identificar a presença e localização de cálculos, que podem ser ultrassonografia, raio-X ou tomografia. O exame possibilita avaliar se o cálculo está obstruindo ou não o fluxo de urina, o que interfere no tratamento.

Após essas avaliações, é possível planejar o tratamento definitivo, que pode incluir:

  • Antibióticos (via venosa), no caso de infecção urinária
  • Cirurgia para retirada de cálculos, de maneira urgente no caso de inflamação dessa via, ou ambulatorial, quando possível.

O médico urologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento nestes casos.

4. Dor nas costas por problemas pulmonares

Os problemas pulmonares como a asma, crise de bronquite e tumores pulmonares não costumam causar dor nas costas, a não ser que haja tosse frequente ou um processo infecciosos, como a pneumonia.

Como tratar?

Nas crises de asma, a esforço repetitivo de tosse, leva a uma contratura muscular e dores nas costas por esse esforço. Neste caso o tratamento deve ser:

  • Resolver a crise de asma, com os medicamentos apropriados, nebulização, aerolin, corticoide, entre outros,
  • Repouso,
  • Hidratação e
  • Fisioterapia ou Terapias alternativas para evitar novas crises.

No caso de pneumonia, ou doenças da pleura (película que recobre os pulmões), a dor virá associada a piora quando respira fundo, tosse com catarro e/ou febre alta. Neste caso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente, com:

  • Antibióticos e
  • Fisioterapia respiratória.

Mais raramente, um tumor no pulmão pode causar dor nas costas, e quando ocorre é comum a associação com queixas de falta de apetite, emagrecimento e tosse seca esporádica.

Dicas para aliviar a dor nas costas
  1. Praticar atividade física regularmente - a prática de exercício favorece o fortalecimento muscular, com isso diminui a tensão e dores localizadas;
  2. Adaptar o ambiente de trabalho - Procure usar uma cadeira que mantenha a sua postura adequada durante o trabalho, assim como o apoio de braços e pés. Movimentar-se várias vezes durante o dia e se alongar também ajuda a reduzir consideravelmente as dores nas costas;
  3. Escolher um bom colchão e travesseiro - como passamos muitas horas dormindo, é importante que seja confortável, para um relaxamento muscular suficiente;
  4. Manter um estilo de vida saudável - a alimentação adequada possibilita manter um peso e metabolismo adequado, com isso evita a sobrecarga na coluna, uma outra causa frequente de dor nas costas e
  5. Evitar o estresse - situações de estresse levam a contratura muscular involuntária, principalmente na região do pescoço e costas, por isso deve ser evitado sempre que possível. Quando os sintomas de tensão e ansiedade forem frequentes, é importante procurar um psiquiatra para avaliação e tratamento.

Leia também o artigo sobre a dor nas costas do lado esquerdo: Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?

Referências:

  • Stephanie G Wheeler,, et al.; Evaluation of low back pain in adults. UpToDate: Jun 25, 2019.
  • Peter A Nigrovic, et al.; Back pain in children and adolescents: Causes. UpToDate: May 13, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Urologia - Portal da Urologia.
Formigamento nas mãos: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O formigamento nas mãos tem como principal causa, a compressão do nervo mediano, na altura do punho, conhecida por síndrome do túnel do carpo.

No entanto, existem diversas outras causas que devem ser investigadas, como:

  • Problemas de circulação sanguínea;
  • Complicações do diabetes (Neuropatia diabética);
  • Problemas na coluna - hérnia de disco;
  • Ansiedade;
  • Doenças neurodegenerativas como a Esclerose múltipla;
  • Doenças reumáticas (fibromialgia, artrite reumatoide, osteoartrite).
1. Síndrome do túnel do carpo Nervo mediano comprimido (em vermelho), por uma capa de fibrose.

Essa síndrome é mais comum em pessoas que trabalham com as mãos, como os digitadores, professor escolar, manicures e massagistas, além de ser mais prevalente nas mulheres com meia-idade, provavelmente devido ao efeito dos hormônios femininos.

A doença acomete quase sempre as duas mãos e os sintomas são de fraqueza e "formigamento", que dificultam a realização de tarefas simples, como segurar um copo ou um prato por mais tempo. Com a evolução da doença, a dor aumenta, a fraqueza piora, as coisas começam a cair das mãos e a dor pode acordar a pessoa de noite, de tão intensa.

O tratamento com a fisioterapia e terapia ocupacional podem resolver o problema, nos estágios iniciais. No entanto, o tratamento definitivo é feito através de uma cirurgia, que libera esse nervo do que esteja a comprimir. O médico indicado para esse diagnóstico e tratamento, é o neurocirurgião.

2. Problemas de circulação sanguínea

Os problemas de circulação, seja uma obstrução ou doença vascular, diminui o fluxo de sangue, com isso de oxigênio e nutrientes, para a região comprometida.

Os sintomas são de formigamento em todos os dedos, de apenas uma das mãos, temperatura mais fria, quando comparada a mão que não está comprometida e coloração arroxeada ou azulada.

Na suspeita de doença vascular, procure imediatamente um angiologista ou cirurgião vascular para avaliação e tratamento. Nos casos mais leves, o tratamento é com uso de anticoagulantes, porém se for identificado um sinal de maior risco, sendo preciso indicar uma cirurgia de urgência.

3. Complicação da diabetes (neuropatia diabética)

A diabetes mal controlada, permite que os níveis de açúcar (glicose) se mantenham elevados durante muito tempo no sangue. Os altos níveis de glicose danificam os nervos mais distais, porque são menores e mais sensíveis, o que chamamos de neuropatia diabética.

Os sintomas são de formigamento ou dormência nas duas mãos e dedos. Pode acometer ainda os pés, dando um aspecto de dormência em "meias e luvas", ao mesmo tempo.

Neste caso é importante procurar um médico de família ou endocrinologista para ajustes e melhor controle da doença. As orientações de alimentação, exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis, são fundamentais para a resposta ao tratamento.

4. Hérnia de disco

A hérnia de disco é uma doença, onde o disco gelatinoso que fica entre as vértebras, se desloca, comprimindo um nervo que sai da medula.

Os sintomas são de formigamento, dormência ou sensação de "choque", no trajeto de um nervo, apenas de um lado. A dor é intermitente, vai e volta.

Nestes casos, é importante consultar um neurologista ou ortopedista para que a causa da compressão seja identificada e o tratamento, seja efetuado. Os tratamentos podem incluir desde os medicamentos como os anti-inflamatórios ou analgésicos, fisioterapia ou cirurgia.

Hérnia de disco em azul - comprimindo o nervo (imagem ampliada) 5. Ansiedade

A crise de ansiedade é mais uma causa comum de formigamento, que podem vir associados a tremores, e sensação de dormência, nas extremidades, pés e mãos.

Atualmente com a quantidade de atividades exigidas na população, de trabalho e sobrecarga emocional, as crises de ansiedade têm sido ainda mais frequentes.

O tratamento pode ser feito com psicoterapia, atividade física regular e mudança de hábitos de vida, até o uso concomitante de medicamentos antidepressivos. Cabe ao médico clínico geral, neurologista ou psiquiatra, definir o melhor tratamento para cada caso.

6. Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, autoimune, na qual o organismo produz anticorpos contra o próprio organismo. Na EM, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, camada de revestimento dos neurônios, o que faz com que o fluxo normal dos impulsos elétricos ao longo dos nervos seja lentificado.

Os sintomas de formigamento ou dormência acontecem subitamente, em geral, apenas de um lado e desaparecem de forma espontânea também. A alteração de sensibilidade, com frequência é o primeiro sinal da doença, o que muitas vezes faz com que o paciente seja diagnosticado.

Atualmente dispomos de muitos tratamentos para essa doença e outras doenças desmielinizantes, que retardam a evolução da doença e melhoram a qualidade de vida de forma importante. O neurologista é o médico responsável por esses casos.

7. Doenças reumáticas

Nas doenças reumáticas como a fibromialgia, artrite reumatoide e osteoartrite, um sintoma comum é o formigamento nas mãos, o que pode confundir com a compressão do nervo algumas vezes. Associado ao formigamento, outros sintomas são a dor, deformidades ósseas e piora dos sintomas com o frio.

Neste caso, o médico responsável pela avaliação e cuidado, é o reumatologista.

Outras situações como hipotireoidismo, carência de vitaminas e problemas dermatológicos, também podem causar coceira, desconforto, por vezes difíceis de descrever.

Para esclarecer o motivo para o seu formigamento e definir a conduta, procure um/a médico/a clínico geral, médico da família ou neurologista.

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Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

Referências:

  • ABN - Academia Brasileira de Neurologia
  • SBR - Sociedade Brasileira de Reumatologia
  • UpToDate. Devon I Rubin. Neurologic manifestations of hypothyroidism. Oct 25, 2018.
  • American Family Physician - JENNIFER WIPPERMANCarpal Tunnel Syndrome: Diagnosis and Management. Volume 94, Number 12 ◆ December 15, 2016.