O risco de fazer tatuagem durante a amamentação nunca foi avaliado. Por isso, por precaução, se recomenda não fazer tatuagens nesse período.
Alguns problemas que podem acontecer caso a mãe faça uma tatuagem amamentando são:
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Transmissão de infecções para o bebê: o risco de infecção para a mãe é baixo (desde que a tatuagem seja feita respeitando os cuidados de higiene), mas existe. Dependendo do tipo de infecção, ela pode passar para o bebê ao amamentar;
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Intoxicação com as tintas para tatuagem: alguns pigmentos usados para fazer tatuagem podem conter substâncias tóxicas, como metais pesados.
Por outro lado, o risco que existe para uma mãe que está amamentando ao ser tatuada é o mesmo que para qualquer pessoa.
Leia também:
Referência:
Kluger N. Contraindications for tattooing. Curr Probl Dermatol. 2015; 48: 76-87.
Não é recomendado beber energético durante a gravidez. Isso porque as bebidas energéticas têm composições muito variáveis, mas que normalmente incluem:
- Cafeína;
- Taurina;
- Vitaminas;
- Aromatizantes;
- Corantes.
O consumo de algumas destas substâncias não é recomendado durante a gravidez. Por exemplo, o consumo de cafeína durante a gestação pode levar a complicações e perda gestacional, além de restrição de crescimento e baixo peso do bebê ao nascer.
Além disso, as bebidas energéticas podem conter açúcar. O consumo de uma elevada quantidade de açúcar pode levar ao aumento do peso da gestante, diabetes gestacional, além de alterações de paladar e do metabolismo do bebê, aumentando o risco de obesidade.
Se quiser saber mais sobre o que pode e o que não pode tomar durante a gravidez, leia também:
Referências:
ABIR. Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas. Energéticos. Saiba mais sobre os energéticos.
Goran MI, Plows JF, Ventura EE. Effects of consuming sugars and alternative sweeteners during pregnancy on maternal and child health: evidence for a secondhand sugar effect. Proc Nutr Soc. 2019; 78(3): 262-71.
Qian J, Chen Q, Ward SM, Duan E, Zhang Y. Impacts of Caffeine during Pregnancy. Trends Endocrinol Metab. 2020; 31(3): 218–27.
Sim, dependendo da doença, existem maneiras de evitar doenças genéticas e hereditárias. Através de um método conhecido como aconselhamento genético, a pessoa é informada sobre as características da doença, a probabilidade e o risco de desenvolvê-la ou transmiti-la, além das opções de prevenção e melhora da condição.
O aconselhamento genético é definido após estudos e avaliações da família por uma equipe médica especializada em Genética Clínica. Trata-se de um processo complexo e delicado.
Primeiro é importante lembrar que toda doença hereditária é genética, mas nem toda doença genética é hereditária.
Isso significa que as doenças hereditárias (passadas de pais para filhos) são sempre decorrentes de algum problema nos genes do indivíduo, que favorece o desenvolvimento da doença. Já as doenças genéticas não precisam ser necessariamente herdadas dos pais e podem surgir pela primeira vez na família, como acontece na Síndrome de Down.
Portanto, o aconselhamento nos casos de doenças hereditárias com alto risco de transmissão e com riscos de vida, pode ser de desaconselhar a gestação. Nos casos de doenças leves ou diagnosticadas já na gestação, podem ser orientações de tratamentos ou medidas para tornar as doenças hereditárias e genéticas menos graves ou pelo menos sob controle.
Por exemplo, se o paciente sabe que há uma tendência familiar para ter colesterol alto ou diabetes, ele deve ter hábitos alimentares adequados desde a infância, para evitar o surgimento ou o agravamento do problema.
Essa avaliação e aconselhamento, acontece com todas as doenças que possuem uma vertente genética ou hereditária, desde alergias, hipertensão, transtornos psicológicos, ao câncer.
Porém, vale salientar que o fato de alguém ter tendência para desenvolver uma doença não significa, obrigatoriamente, que ela a terá. A probabilidade dessas doenças se manifestarem também depende da interação com o ambiente e os hábitos de vida de cada um.
O médico normalmente pede biópsia durante a endoscopia quando existe suspeita de infecção por Helicobacter pylori ou de câncer.
Quando o exame indica a presença de H. pylori, o tratamento normalmente precisa ser feito com um antibiótico. Já no caso de câncer, a biópsia confirma o diagnóstico e ajuda a identificar o estádio do tumor, permitindo que o médico indique o tratamento mais adequado.
A biópsia consiste na coleta de uma amostra muito pequena de tecido do estômago, que será examinada ao microscópio no laboratório. Ela não causa dor, nem desconforto, nem é perigosa.
Leia mais sobre a endoscopia com biópsia em:
Como é feita a endoscopia digestiva alta com biópsia?
Referência:
Vakil N. Úlcera péptica - Diagnóstico. Manual MSD.
Existem situações que impedem a doação de sangue temporariamente, e aquelas que tem mesmo contraindicação absoluta. Os critérios foram determinados pelo Ministério da saúde, e são devidamente revisados quando necessário.
Restrições temporárias para doar sangue1. Sinais de infecçãoPessoas com sinais de infecção, febre, gripe, resfriado, diarreia ou conjuntivite não podem doar sangue, durante pelo menos uma semana após terminar os sintomas.
Após sete dias sem sintomas, poderá ser um doador.
2. AnemiaPessoas com problemas de anemia, seja qual for a causa, devem aguardar a melhora do seu exame de sangue para reavaliar a doação.
3. Gestante, Pós-parto e AmamentaçãoGestantes e mulheres no pós-parto não podem doar sangue. Para parto normal está determinado aguardar pelo menos 3 meses. Para cesarianas, 6 meses.
Mulheres amamentando, a recomendação é de 1 ano para avaliar possibilidade de doação.
4. Tatuagem e/ou PiercingNos casos de Tatuagem e/ou piercing, poderá doar sangue após 12 meses do procedimento.
5. Procedimentos dentáriosPara procedimentos dentários mais simples, como extração dentária sem complicações, basta aguardar 72h (3 dias). Para cirurgias mais extensas com necessidade de anestesia, a recomendação são de 30 (trinta) dias.
6. Cirurgias e Procedimentos cirúrgicosOutras cirurgias, variam de acordo com o tipo de cirurgia, em média de 3 a 6 meses. Cabe ao cirurgião ou equipe do banco de sangue, definir essa orientação.
Procedimentos cirúrgicos mais invasivos, com Endoscopia digestiva (EDA), colonoscopia, procedimentos urológicos, devem aguardar pelo menos 6 meses.
7. Pessoas que já receberam transfusão de sanguePessoas que receberam transfusão de sangue em algum momento, devem aguardar por 1 ano.
8. Bebidas alcoólicasSe consumiu bebida alcoólica, deverá aguardar 12 horas para a doação.
9. VacinasApós vacinas, o tempo de espera varia conforme a vacina aplicada.
10. Pessoas que já trataram doenças contagiosasApós tratamento de tuberculose pulmonar, é necessário aguardar 5 anos.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST), deve ser avaliado caso a caso. Algumas doenças contraindicam a doação definitivamente.
11. MedicamentosMedicamentos também são avaliados caso a caso, os antibióticos, por exemplo, precisam aguardar 15 dias. Os anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, analgésicos e antidepressivos, não são impedimentos para a doação. Mas devem ser sempre informados.
Restrições permanentes para doar sangueSituações que impedem definitivamente a doação de sangue, seja para proteger a saúde do doador, ou para evitar uma contaminação de quem recebe a bolsa de sangue, são:
- Portadores de Hepatite B, Hepatite C, HIV ou HTLV;
- Já teve ou tem doença de Chagas;
- Já teve ou tem câncer;
- Problemas de coagulação no sangue;
- Diabete mellitus,
- Quando já fez uso de insulina;
- Pós operatório de neurocirurgia;
- Já teve ou tem hanseníase, elefantíase, brucelose ou esquistossomose;
- Tuberculose extrapulmonar,
- Transplante de órgãos ou de medula;
- Se é usuário de drogas ilícitas injetáveis;
- Se já teve Malária (confirmada).
Pessoas que estiveram em locais com alta prevalência de Malária, como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins, precisam aguardar 12 meses para a doação.
Menstruação impede a doação de sangue?Não. A menstruação não contraindica a doação, porque o volume perdido nessa fase do ciclo, mesmo para mulheres que tenham um fluxo intenso, mais o volume de sangue doado, não são suficientes para causar riscos à doadora.
De qualquer forma, antes da doação existe uma triagem bem criteriosa, onde são feitas perguntas pertinentes ao procedimento à fase do ciclo da mulher, e quando preciso, pode ser realizado rapidamente um teste de sangue, para descartar possível anemia.
Requisitos para doação de sanguePessoas com idade entre 16 e 69 anos, pesando mais de 50 kg, saudáveis e com documento oficial com foto. Menores de 18 anos precisam levar o consentimento formal dos responsáveis.
A pessoa deve estar alimentada, nunca em jejum, e evitar alimentos gordurosos 3 horas antes da coleta de sangue.
Importante que tenha passado uma boa noite de sono e se alimentado bem no dia anterior.
O cigarro deve ser evitado pelo menos 2 horas antes da coleta, e bebidas alcoólicas, 12 horas antes.
Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
Quanto tempo leva para o corpo recuperar o sangue doado?O corpo saudável é capaz de repor o sangue doado em 24 horas.
O nosso organismo tem em média 5 a 6 litros de sangue, e a retirada para doação não ultrapassa 450 ml, menos de 10% do volume total. Portanto, um valor que não costuma causar efeitos indesejados ao doador.
Mesmo assim, após a coleta é oferecido um pequeno lanche, e aconselhado a se alimentar bem durante as próximas 2 horas, aumentar o consumo de água, manter repouso por um tempo e evitar grandes esforços ou atividade física nesse dia.
Lembrando que, por lei, a pessoa que doa sangue, tem o direito de 1 dia de licença médica, o dia da coleta e doação do sangue, uma vez por ano. O atestado deve ser solicitado no momento da doação.
Quantas vezes é permitido doar sangue por ano?Para os homens, é recomendado um máximo de 4 doações ao ano, e para as mulheres, que já tem uma perda sanguínea mensal, são três.
O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres.
Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico de família, ou procure um banco de sangue, que poderá tirar qualquer dúvida sem compromisso.
Leia também:
Fonte:
HEMORIO. http://www.hemorio.rj.gov.br/
A duração da dor após extrair um dente varia de pessoa para pessoa. Isso porque a dor depende de fatores como:
- Dificuldade em extrair o dente;
- Quantidade de dentes extraídos;
- Motivo que levou à extração do dente.
Entretanto, há algumas situações em que a dor constante pode indicar problemas. Quando é acompanhada de inchaço que não diminui após 3 dias da extração, pode haver infecção. Quando a dor se inicia 2 ou 3 dias após a extração e irradia para a orelha, pode ser causada por uma alveolite. Nesses casos, deve-se consultar o médico.
Quem usa alguns tipos de medicamentos também precisa estar atento à dor duradoura ou intensa após a extração do dente. Alguns exemplos são os bisfosfonatos e alguns agentes anticâncer como bevacizumabe ou sunitinibe. Esses medicamentos aumentam o risco de osteonecrose da mandíbula após a extração de dente na parte debaixo da boca.
Se sentir dor após extrair o dente e achar que algo pode não estar bem, entre em contato com o dentista ou procure uma unidade básica de saúde.
Leia também:
Como aliviar a dor de dente insuportável?Referência:
Wajdowics MN. Problemas após extração. Manual MSD.
Para limpar o umbigo é necessário lavá-lo durante o banho com água e sabão, diariamente. Você deve passar um pouco de sabão na ponta do dedo e rodá-lo delicadamente no interior do umbigo molhado. Após o banho, não se esqueça de secar o umbigo, passando a toalha delicadamente.
Se você tiver alguma prega ou ruga no interior do umbigo, pode acumular sujeira nela. Neste caso, pode ser necessário usar um cotonete com água morna e sabão para conseguir remover a sujeira acumulada. Você também pode fazer essa limpeza apenas com água morna salgada e cotonete.
Se tiver um piercing no umbigo, deve ter mais cuidado para mantê-lo limpo, para evitar infecções. Use água morna salgada para limpar a região pelo menos 2 a 3 vezes por dia (ou conforme foi orientado a fazer). O piercing no umbigo pode demorar a cicatrizar e a limpeza vai facilitar o processo e evitar infecções.
Quando o umbigo tem mau cheiro, as causas mais comuns são suor e sujeira. Nesse caso, lavá-lo irá eliminar o problema. Se não resolver e apresentar sintomas como vermelhidão, dor e secreção, pode haver uma infecção. Caso suspeite de infecção, procure um médico - especialmente se você tiver um piercing.
Você pode quer ler sobre:
- Sai do meu umbigo um líquido pastoso com um odor forte. O que pode ser?
- Umbigo inflamado: o que pode ser?
Referência:
Chabra I, Lorenz M. How to Clean Your Belly Button. Wiki How.
O hermafroditismo é uma alteração genética, aonde as pessoas apresentam um desenvolvimento diferente na formação das estruturas genitais internas e externas durante a formação do bebê, que não corresponde a um único gênero quando nasce. Ou seja, a pessoa pode apresentar ao mesmo tempo genitais masculinos e femininos, desde o nascimento.
No ano de 2005 houve um consenso entre os pesquisadores da área, aonde foram propostas mudanças no nome e classificação das alterações. Desde então, o hermafroditismo e alterações semelhantes, passaram a ser denominadas Desordens do desenvolvimento sexual (DDS).
A classificação é bastante extensa, mas sobre o hermafroditismo, está dividida em três grupos básicos: pseudo-hermafroditismo masculino (genitália ambígua com testículos); pseudo-hermafroditismo feminino (genitália ambígua com ovários) e hermafroditismo verdadeiro (testículo e ovário com ou sem genitália ambígua)
Nova nomenclatura para o Hermafroditismo DSD ovotesticular (antigo Hermafroditismo verdadeiro)No hermafroditismo verdadeiro, a pessoa tem ovários, testículos e órgãos genitais masculinos e femininos. Na maioria dos casos, o hermafrodita verdadeiro tem cromossomos XX, portanto deveria ter apenas genitais femininos, já que as mulheres possuem um par de cromossomos X em cada célula.
O hermafroditismo nesse caso ocorre pelo desenvolvimento dos testículos, o que não deveria acontecer. Isso acontece devido a modificações de genes que ainda não são conhecidos, que agem sobre o gene SRY do cromossomo Y, estimulando o desenvolvimento dos órgãos masculinos.
Digenesia gonadal XY (Pseudo-hermafroditismo masculino)No pseudo-hermafroditismo masculino, o pseudo-hermafrodita geneticamente é homem, ou seja, possui um par de cromossomos XY. Porém, o pênis não é completamente desenvolvido. A anomalia ocorre devido a falhas durante o desenvolvimento embrionário.
Digenesia gonadal XX (Pseudo-hermafroditismo feminino)Já no pseudo-hermafroditismo feminino, seu cariótipo XX designa uma mulher, portanto a pessoa possui todos os órgãos reprodutores femininos. Contudo, numa fase do período de desenvolvimento intrauterino, o seu órgão genital passa por um processo de masculinização, com um crescimento excessivo do clitóris, resultando em uma genitália com aspecto de um pênis.
Quais são os sinais e sintomas das desordens do desenvolvimento sexual?Depende da desordem e idade em que se apresenta.
Por exemplo, nos casos de pessoas que nascem com genitália ambígua, já é possível identificar a alteração desde o nascimento.
Outros casos, por apresentar genitália normal mas órgãos internos do sexo oposto, desenvolverá sinais de atraso na puberdade, características ou identificação corporal e emocional diferente do esperado, só na fase de infância e pré-adolescência.
Existem casos ainda de diagnóstico apenas na idade adulta, quando a mulher está em investigação e tratamento para infertilidade.
Portanto a clínica dependerá do tipo de desordem que a pessoa apresente.
Qual a causa das desordens de desenvolvimento sexual?Na maioria das vezes, tem causas genéticas, mas existem também causas que não são genéticas. Por exemplo, se uma mulher estiver grávida e tomar certos hormônios, pode haver interferência no desenvolvimento dos genitais femininos, que podem ficar masculinizados.
Qual o tratamento?Não existe um tratamento definido. Na verdade, o mais importante é o esclarecimento e discussão multidisciplinar e individualizada para cada caso. Com o intuito sempre de promover o desenvolvimento saudável da pessoa e seus familiares.
Nos casos de doença genética existe uma discussão quanto ao melhor tratamento, e se for causada por déficit hormonal, deverá ser feito reposição hormonal adequada.
Aconselhamento genéticoPessoas que já têm um filho com alguma desordem do desenvolvimento sexual, devem receber aconselhamento genético, caso pretendam ter mais filhos, já que o risco de caso semelhante é de aproximadamente 25%.
O especialista responsável pelo diagnóstico e acompanhamento de cada caso é o/a médico/a geneticista.