O exame de ureia é um exame que mede a quantidade de ureia no sangue ou na urina. A ureia é um subproduto resultante do metabolismo de proteínas no organismo. A ureia é excretada pelos rins. Por isso, o resultado do exame de ureia pode avaliar a função renal. Uma taxa de ureia elevada pode ser um sinal de que os rins não estão funcionando de maneira eficiente.
Pessoas que estão nos estágios iniciais de uma doença renal podem não notar nenhum sintoma. O exame de ureia pode detectar problemas renais em um estágio inicial, quando o tratamento é mais eficaz.
A principal função dos rins é eliminar os resíduos e o excesso de líquidos do corpo. A ureia é um dos resíduos que os rins removem do sangue. Se a pessoa tiver uma doença renal, o material residual pode se acumular no sangue e causar sérios problemas de saúde, como pressão alta, anemia e doença cardíaca.
Além de ser usado para diagnosticar ou monitorar uma doença ou um distúrbio renal, o exame de ureia serve ainda para verificar o equilíbrio proteico de uma pessoa e a quantidade de proteína necessária nos alimentos para indivíduos gravemente doentes. Também é usado para determinar quanta proteína uma pessoa consome.
Quando o exame de ureia é indicado?Alguns fatores que aumentam o risco de doença renal e podem ser indicativos para solicitar o exame de ureia incluem:
- História familiar de problemas renais;
- Diabetes;
- Pressão alta;
- Doença cardíaca.
Os níveis de ureia também podem ser avaliados se a pessoa tiver sintomas de doença renal avançada, como:
- Urinar com pouca frequência;
- Coceira pelo corpo;
- Cansaço constante;
- Inchaço nos braços, pernas ou pés;
- Cãibras musculares;
- Dificuldade para dormir.
O exame de ureia é apenas uma das maneiras de avaliar o funcionamento dos rins. Se houver suspeita de doença renal, poderão ser recomendados outros testes, com o exame de creatinina, outro produto filtrado pelos rins, que avalie a eficácia com que os rins estão filtrando o sangue.
Quais são os valores de referência da ureia?Os valores de referência da ureia variam de 12 a 20 gramas por 24 horas (428,4 a 714 mmol/dia). Esses são os valores de ureia considerados normais. As faixas de valores normais podem variar um pouco entre os laboratórios.
Ureia baixa: o que pode ser?Ureia baixa geralmente é sinal de problemas renais ou desnutrição (falta de proteína na dieta).
Ureia alta: o que pode ser?Ureia alta pode ser sinal de doença renal, aumento da quebra de proteínas no corpo ou ingestão excessiva de proteínas. Pode ocorrer ainda em casos de desidratação, queimaduras, uso de certos medicamentos ou outros fatores, como idade. Normalmente, a taxa de ureia fica mais elevada à medida que a pessoa envelhece.
Para entender o resultado do exame de ureia, consulte o médico que solicitou o exame de sangue ou de urina.
Trombocitose, ou plaquetas altas, pode não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.
Muitas vezes não requer tratamento e é temporária. Em alguns casos, especialmente se o número de plaquetas for superior a 1.000.000/mm3, pode ser necessário o uso de ácido acetil salicílico, pelo risco de trombose, e hidroxiureia, um agente citorredutor (que diminui a contagem das células do sangue).
Não há evidência de que seja necessário evitar ou preferir alimentos ou que a prática de outras modalidades de tratamento seja benéfica.
A avaliação da causa da trombocitose e se há necessidade de tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.
O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.
Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.
Exames de sangue que não precisam de jejumHemograma completoPara realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.
O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.
Exames com jejum de 3 horasSódioVerificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).
PotássioO potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.
UreiaVerificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .
TGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.
O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.
Exames com jejum de 4 horasFerroO ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.
Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.
LH (hormônio luteinizante)As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.
FSH (hormônio folículo-estimulante)Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.
T3 (tri-iodotironina)O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.
PSA (Antígeno específico da próstata)A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.
O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.
Exames com jejum de 8 horas ou maisGlicemiaO exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.
Curvas glicêmicasO exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.
É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.
Curvas insulínicasA curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.
As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).
Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.
Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".
Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.
TriglicéridesA quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).
É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.
Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.
Posso beber água durante o período de jejum?Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.
Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.
Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.
O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.
Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.
Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.
- Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
- Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
- Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
- Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
- Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
- No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
- Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
- Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
- Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.
Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.
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Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?
O principal perigo quando as plaquetas estão muito baixas é a hemorragia. Isso acontece por as plaquetas serem células importantes no processo de coagulação do sangue.
As hemorragias graves podem acontecer sem haver outro motivo além das plaquetas muito baixas. Isso é raro (mais frequente quando as plaquetas estão abaixo de 20.000/mm³).
As mais perigosas podem acontecer no aparelho digestivo e no sistema nervoso central (causando acidente vascular cerebral hemorrágico). O AVC hemorrágico é muito grave.
Quando preciso ter cuidado?É preciso ter cuidado quando as plaquetas estão muito baixas e quando há outros problemas de saúde que podem aumentar o risco de hemorragias. Nos casos em que já houve uma hemorragia, quando há manchas roxas na pele ou mucosas e sangue na urina (hematúria), o risco de hemorragias é muito alto.
A baixa concentração de plaquetas no sangue é chamada plaquetopenia ou trombocitopenia. Quando ela é leve (plaquetas entre 100.000 a 150.000/mm³), deve apenas ser acompanhada pelo médico, através da realização de exames de sangue periodicamente. Esses valores podem ser normais para algumas pessoas.
O risco de hemorragias pode ser maior quando você tem:
- Problemas de coagulação do sangue
- Inflamação, infecção ou febre
- Defeitos anatômicos ou cicatrizes cirúrgicas
- Plaquetas que não “funcionam” direito
Quando a plaquetopenia é moderada (plaquetas entre 50.000 e 99.000/mm³) ou grave (plaquetas abaixo de 50.000/mm³), algumas condições de saúde que levam à sua diminuição também podem trazer riscos para a saúde. Por isso, é importante investigar a causa para poder tratá-la. Algumas delas são:
- Câncer com supressão da medula óssea (onde as plaquetas são formadas), como as leucemias e linfomas
- Problemas de medula óssea
- Doença autoimune e síndrome antifosfolípide
- Infecções: infecções virais (vírus causadores de covid-19, HIV, zica, hepatite C, Epstein-Barr) e malária são alguns exemplos
- Deficiências alimentares: falta de vitamina B12, folato e cobre; excesso de zinco
- Doença crônica grave do fígado (como a cirrose) e baço aumentado
- Coagulação intravascular disseminada
- Infecções bacterianas com sepse (infecção generalizada)
- Pré-eclâmpsia
Nesse caso, é possível receber uma transfusão de plaquetas. A transfusão também pode ser realizada antes de um procedimento de urgência que vá causar sangramento (como uma cirurgia).
A quantidade de plaquetas e a frequência das transfusões dependem da concentração / contagem de plaquetas que você tem e da gravidade do sangramento.
Outra situação em que pode ser indicada é para aumentar o número de plaquetas e evitar sangramentos prolongados. Nesses casos e sempre que o risco de hemorragia for verificado com antecedência, outras alternativas podem ser o uso intravenoso de imunoglobulinas (anticorpos) ou de corticoides.
O que faço para tentar evitar as hemorragias?Evitar as situações em que você pode se machucar é a principal medida. Como há alguns medicamentos que podem ser responsáveis pela baixa contagem de plaquetas, suspender o uso pode ser importante para evitar as hemorragias. O álcool e as drogas também precisam ser evitados.
O risco de hemorragia em qualquer caso em que houver rompimento de vasos sanguíneos será maior quando as plaquetas estiverem muito baixas. Os vasos podem romper:
- Com um corte
- Em um acidente
- Com uma pancada
- Durante uma cirurgia
Por isso, enquanto as plaquetas estiverem muito baixas, essas situações precisam ser evitadas sempre que possível.
Atividades físicas em geral devem ser evitadas, principalmente as que podem levar a quedas. Dobre o cuidado ao manipular facas, tesouras, objetos de vidro e lâminas.
Em alguns casos, o que causa a plaquetopenia é o uso de medicamentos. Alguns exemplos são:
- Heparina — que também pode causar trombose
- Quinina (inclusive na água tônica)
- Alguns antibióticos: sulfonamidas (como a trimetoprima e o sulfametoxazol), ampicilina, rifampicina e vancomicina são exemplos
- Paracetamol
- Cimetidina
- Carbamazepina, ácido valproico e fenitoína
- Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno e o naproxeno
- Alguns medicamentos para câncer
Nesses casos, a primeira medida para evitar hemorragias é parar de tomá-lo. O médico irá dizer como parar de usá-lo e substitui-lo, se for necessário. A contagem de plaquetas normalmente volta ao normal entre 5 e 7 dias após a interrupção.
O uso de álcool em excesso e de drogas também podem causar a diminuição das plaquetas.
Há outros riscos quando as plaquetas estão baixas?Raramente, há risco de trombose venosa ou arterial. Isso pode acontecer principalmente nos casos em que a trombocitopenia foi desenvolvida devido:
- Ao uso de heparina
- À administração das vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca e Janssen / Johnson & Johnson (muito raro)
- Ao desenvolvimento de síndrome antifosfolípide (uma doença autoimune que pode ser causada pelo lúpus, uso de alguns medicamentos, infecções e câncer)
- À coagulação intravascular disseminada (que pode acontecer em caso de infecção bacteriana generalizada, por exemplo)
Tanto as hemorragias quanto a trombose são problemas graves de saúde. Os casos graves de plaquetopenia necessitam de acompanhamento e tratamento urgentes para preveni-las.
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Referências:
UpToDate. Platelet transfusion: Indications, ordering, and associated risks
UpToDate. Diagnostic approach to the adult with unexplained thrombocytopenia
O colesterol e os triglicerídeos, também chamados triglicérides, são gorduras que desempenham diferentes funções no organismo. Tanto o colesterol como os triglicerídeos estão presentes em certos alimentos e também são produzidos pelo corpo. Ter um nível alto de triglicérides ou colesterol pode aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
O que é colesterol?O colesterol é um tipo de gordura que está presente em todas as células do corpo, responsáveis pela produção de hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam a digerir os alimentos. O colesterol é produzido pelo fígado e também encontrado em alimentos de origem animal, como gemas de ovos, carnes e queijos.
Qual a diferença entre colesterol HDL, LDL e VLDL?O colesterol HDL, LDL e VLDL são lipoproteínas, ou seja, uma combinação de gorduras (lipídios) e proteínas. Os lipídios precisam estar ligados às proteínas para serem transportados no sangue. Caso, contrário, as gorduras não poderiam se misturar com a água do sangue.
HDL é a sigla em inglês para lipoproteína de alta densidade. É chamado de colesterol "bom" porque transporta o colesterol “ruim” (LDL) para o fígado, onde é eliminado do corpo. Além disso, por ter alta densidade, o HDL “afunda” no sangue e não se acumula na parede das artérias.
LDL é a sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade. É chamado de colesterol "ruim" porque um alto nível de LDL leva ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. Isso ocorre devido à sua baixa densidade, que faz com que flutue na superfície do sangue e se deposite nas paredes dos vasos sanguíneos. As placas de gordura podem obstruir ou diminuir o fluxo sanguíneo no coração e no cérebro, aumentando os riscos de doenças obstrutivas como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
VLDL é a sigla em inglês para lipoproteína de muito baixa densidade. Também é considerado como colesterol "ruim", porque contribui para o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. Contudo, o LDL e o VLDL são diferentes. O VLDL transporta triglicerídeos e o LDL carrega principalmente colesterol.
O que pode deixar o nível de colesterol alto?- Hábitos alimentares pouco saudáveis;
- Falta de atividade física;
- Tabagismo;
- Genética;
- Idade e
- Excesso de peso.
É possível baixar o colesterol através de mudanças no estilo de vida. Ter uma alimentação saudável, pobre em alimentos processados e gordurosos e rica em fibras, além de controlar o peso e praticar atividade física regularmente, são boas formas de baixar o colesterol alto.
Quando as essas mudanças no estilo de vida não são suficientes, pode ser necessário tomar medicamentos para controlar os níveis de colesterol. Contudo, mesmo com a medicação, os exercícios e os cuidados com a alimentação e o peso devem ser mantidos.
Algumas pessoas com hipercolesterolemia familiar podem precisar fazer aférese das lipoproteínas. Este tratamento utiliza uma máquina de filtragem que remove o colesterol ruim (LDL) do sangue e devolve o sangue novamente na circulação sanguínea.
Leia também: O que fazer no caso de colesterol alto?
Quais são os valores de referência do colesterol LDL?Valores de colesterol LDL | Classificação |
Menos de 100 mg/dL | Ideal |
100-129 mg/dL | Quase ideal/Pouco melhor que o ideal |
130-159 mg/dL | Limite alto |
160-189 mg/dL | Alto |
190 mg/dL ou mais | Muito alto |
Idade | Valores de colesterol HDL |
Homens e mulheres com até 19 anos | Mais de 45 mg/dL |
Homens a partir dos 20 anos | Mais de 40 mg/dL |
Mulheres a partir dos 20 anos | Mais de 50 mg/dL |
Os triglicerídeos são o tipo de gordura mais comum presente no corpo. Estão presentes em alimentos como manteiga, óleos e outras gorduras. Os triglicerídeos também são produzidos pelo corpo. Isso ocorre quando ingerimos mais calorias do que aquelas que o organismo consome. O excesso de calorias provenientes da alimentação é transformado em triglicerídeos, que são armazenados nas células de gordura. Quando o corpo precisa de energia, ele libera os triglicerídeos.
Leia também: O que são triglicerídeos?
O que pode deixar o nível de triglicerídeos alto?- Consumir mais calorias do que aquelas que o corpo queima, sobretudo se a pessoa consome muito açúcar;
- Excesso de peso ou obesidade;
- Fumar;
- Consumo excessivo de álcool;
- Uso de certos medicamentos;
- Alguns distúrbios genéticos;
- Doenças da tireoide;
- Diabetes tipo 2 mal controlado;
- Doenças hepáticas ou renais.
Leia também: Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?
Como baixar os triglicerídeos?Para baixar os triglicerídeos elevados, são recomendadas mudanças no estilo de vida, como:
- Controlar o peso;
- Praticar atividade física regularmente;
- Não fumar;
- Reduzir o consumo de açúcar e alimentos refinados;
- Diminuir o consumo de álcool;
- Substituir as gorduras de origem animal por gorduras de origem vegetal.
Veja também:
O que fazer para baixar os triglicerídeos?
Qual o tratamento para triglicerídeos altos?
Algumas pessoas precisam tomar medicamentos para colesterol para baixar os triglicerídeos.
Quais são os valores de referência dos triglicerídeos?Categoria | Valores de triglicérides |
Normal | Menos que 150 mg/dL |
Limite alto | 150 a 199 mg/dL |
Alto | 200 a 499 mg/dL |
Muito alto | 500 mg / dL e mais |
Níveis de triglicerídeos superiores a 150 mg/dL podem aumentar o risco de doença cardíaca. Valores de triglicérides de 150 mg/dL ou mais também é um fator de risco para a síndrome metabólica.
Para maiores esclarecimentos sobre colesterol e triglicerídeos, consulte um médico de família ou um clínico geral.
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O exame T4 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireoide, conhecido como tiroxina (livre).
É um exame útil na avaliação da função tireoidiana. Encontra-se tipicamente aumentado no hipertireoidismo e diminuído no hipotireoidismo, embora também possa estar alterado em doenças não tireoideanas. Diante da instalação de disfunção tireoidiana, as concentrações séricas de TSH tendem a se alterar mais precocemente que as de T4L.
No hipotireoidismo subclínico, existe um aumento do TSH e T4L em relação ao valor de referência, indicando um risco de ocorrência de aterosclerose e infarto agudo do miocárdio. Inversamente, o hipertireoidismo subclínico implica uma redução do TSH e valores normais de T4L. Neste caso, existe um risco de fibrilação, osteoporose e progressão para hipertireoidismo franco.
A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.
Exames dentro do limite da normalidade.
No entanto, os exames realizados foram solicitados com um objetivo, seja como exames de rotina, ou na suspeita de alguma alteração identificada no exame clínico.
Por isso, apesar dos valores estarem todos dentro da normalidade, é importante que leve o resultado desse exame para o médico que o solicitou, que poderá interpretar esses valores de maneira mais detalhada e direcionada ao seu caso.
Exames de FSH e LHOs hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) são produzidos pela hipófise, com a função de coordenar o desenvolvimento e maturação puberal, processos reprodutivos e a secreção de esteroides sexuais nas gônadas (espermatozoides e óvulos).
Os valores normais de FSH e LH variam com a idade, sexo e período do ciclo, conforme detalhado abaixo:
FSHPara o sexo feminino:
- Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2,8 a 12 mUI/mL;
- Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 12 a 25 mUI/mL;
- Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 1,2 a 12 mUI/mL;
- Menopausa: > 30 mUI/mL.
Para o sexo masculino: 0,7 a 10 mUI/mL.
Para crianças antes da puberdade: menor que 4 mUI/mL
LHPara o sexo feminino:
- Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2 a 10 mUI/mL;
- Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 10 a 60 mUI/mL;
- Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 0,5 até 12 mUI/mL;
- Menopausa: entre 10 e 70 mUI/mL.
Para o sexo masculino: 1 a 9 mUI/mL.
Para crianças antes da puberdade: menor que 0,15 mUI/mL
Leia também: O que é FSH e qual a sua função?
TriglicerídeosOs triglicerídeos são gorduras ingeridas e também produzidas no organismo, capazes de armazenar energia. Não representam um problema, desde que estejam dentro dos limites de normalidade.
Os valores considerados normais para os triglicerídeos, são abaixo de 150 mg/dl.
Exame de TSH ultrassensível e T4 livreO exame de TSH ultrassensível (hormônio estimulante da tireoide), é indicado para auxiliar no diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide. Produzido pela hipófise, o TSH estimula a glândula tireoide a produzir os hormônios T3 e T4.
O T4 livre por sua vez, é transformado em T3, que participa ativamente do metabolismo do corpo.
Seus valores considerados normais são de: TSH = 0,5 e 5,0 µUI/mL e T4 livre = 0,7 a 2,7 ng/dl, sabendo que os valores podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório.
ProgesteronaA progesterona é um hormônio produzido pelo corpo lúteo após a ovulação e pela placenta durante a gestação. Tem como funções, a fertilidade feminina, ativar as células que revestem a parede uterina e aumentar o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.
Suas taxas consideradas normais, variam consideravelmente, de acordo com o ciclo menstrual, entre 0,15 a 20 ng/dl, na mulher não grávida, e na gestante, chega a mais de 200 ng/dl no terceiro trimestre. Na menopausa aparece menor do que 0,4.
ProlactinaA prolactina é outro hormônio produzido pela glândula hipófise, responsável pela estimulação de produção do leite, pelas mamas. O valor máximo normal da prolactina no sangue, normalmente não ultrapassa 20 ng/mL.
GlicemiaO valor normal para a glicemia de jejum, é constantemente reavaliado pela sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia, visto sua importância para o aumento de risco de diabetes e outras doenças crônicas comuns na população.
Atualmente, os valore considerado normal é abaixo de 100 mg/dl. A partir de 100 até 125 mg/dl, já é considerado um quadro chamado Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes).
Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.
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Os exames que devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar, são:
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Para a mulher:
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Tipagem sanguínea e fator Rh: Exame de sangue aonde será identificado o tipo sanguíneo da mãe e principalmente o fator RH. Nas mulheres com fator Rh negativo, é importante avaliar o fator do companheiro.
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Hemograma: É um exame de sangue usado para avaliar a série "vermelha", ou seja, o valor das hemácias da mãe, descartando anemia, um quadro que pode prejudicar a gestação.
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Teste de glicemia: Verifica os níveis de glicose (açúcar) no sangue e serve para detectar o diabetes ou saber se a mulher tem tendência para desenvolver a doença;
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Sorologia para toxoplasmose, sífilis, Citomegalovírus (CMV), Hepatites virais, rubéola e HIV: É importante saber se a mulher é imune a essas doenças ou não, para que sejam tomados os devidos cuidados para evitá-las. Se forem adquiridas durante gravidez, podem trazer sérias complicações para a mulher e para o feto, como:
- Parto prematuro, aborto espontâneo;
- Para o bebê, catarata, glaucoma, doença cardíaca, atraso mental, hidrocefalia, retardo mental, surdez, atraso do desenvolvimento;
- Colpocitologia oncológica: Exame de rastreio para alterações celulares que podem evoluir para câncer de colo de útero.
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Nos casos especiais, como mulheres acima de 35 anos de idade, obesas, diabéticas, ou com história prévia de abortos espontâneos, bebês muito grandes ou óbito fetal sem causa definida, podem ser acrescentados os seguintes exames:
- Mamografia: Pode ser indicada para mulheres acima de 35 anos de idade, ou com risco aumentado para câncer de mama;
- Ultrassom: Serve principalmente para detectar alterações no útero, como mudanças no seu formato e miomas, que podem causar aborto, além de endometriose, que pode dificultar a gravidez;
Tão importante quanto os exames antes de engravidar, é a avaliação médica quanto ao cartão de vacinação da mulher, atualizando todas as vacinas que forem necessárias, para prevenir doenças e ou complicações para a mulher e o bebê.
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Para o homem:
- Hemograma: Com o mesmo objetivo de avaliar possíveis doenças no sangue, como anemia;
- Sorologia para HIV: Da mesma forma que na mulher, é importante identificar doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê precocemente, para dar a opção de tratamento e orientações;
- Espermograma: Não é um exame obrigatório, mas aconselhável que o homem faça se o casal pretende engravidar, pois o exame avalia a capacidade reprodutiva do homem, através da análise da quantidade e qualidade dos seus espermatozoides.
Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?
O/A médico/a obstetra deverá orientar o casal quanto aos exames que ambos deverão fazer antes da gravidez.