Dor antes da menstruação tipo fisgada, cólica ou contínua (vários tipos) são muito comuns, podem significar apenas variações hormonais normais ou fazer parte da TPM (tensão pré-menstrual), como podem estar associadas com várias doenças como no caso dos cistos de ovário. Precisa ir a um ginecologista para ver o que está acontecendo e tratar.
Leia também: É normal ter cólica fora do período menstrual? O que pode ser e o que fazer?
A mulher pode fazer o exame preventivo logo após terminar a menstruação.
O sangramento pode dificultar a coleta do material por parte do profissional de saúde, por isso é bom realizar o teste fora do período menstrual.
Relações sexuais, duchas íntimas, absorvente interno, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais podem reduzir a quantidade de células locais, mas não diminui a capacidade de detectar alterações provocadas pelo câncer do colo do útero.
O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Saúde da Família (USF) por enfermeiros e médicos.
Engravidar sem ter menstruação pode acontecer no período pós parto. Nessa fase, devido aos hormônios da amamentação, a mulher pode ficar um período longo sem menstruar e a primeira ovulação após o parto ocorrerá antes da primeira menstruação e, dessa forma, a mulher pode engravidar sem ter menstruação.
Fora dessa situação específica é muito improvável que a mulher engravide sem ter menstruação. Se ela não está menstruando, é quase certo que não esteja ovulando, entrou na menopausa ou está com alguma irregularidade menstrual que precisa ser investigada. A mulher que ovula e libera um óvulo por mês irá menstruar se esse óvulo não for fecundado.
Quando a mulher fica sem menstruação durante mais de 12 meses consecutivos, é provável que ela esteja na menopausa e já não tenha a capacidade de engravidar, pois deixou de ovular.
O ciclo menstrual, em geral, dura cerca de 28 a 30 dias, mas pode variar de 21 a 36 dias, sendo que o tempo de duração do sangramento é em torno de 4 dias. Pequenas variações nesses períodos são normais e aceitáveis.
No entanto, se essas variações ultrapassarem os limites daquilo que é considerado normal para a mulher, pode ser um caso de irregularidade menstrual, com diversas causas. Algumas delas são: alterações nos mecanismos que regulam o ciclo menstrual, medicamentos hormonais, gravidez, endometriose, miomas uterinos, síndrome dos ovários policísticos, entre outras.
A ausência de menstruação ou irregularidades no ciclo menstrual podem ser avaliadas pelo/a médico/a ginecologista.
Pode ocorrer alteração no fluxo menstrual após a laqueadura. A frequência de alterações menstruais varia de 2,5 a 60%. Estudo realizado pela Universidade de Botucatu com mais de trezentas mulheres encontrou uma porcentagem inferior a 10% de alterações menstruais.
As causas da alteração menstrual não são inteiramente conhecidas. Existem algumas tentativas para explicá-las, como por exemplo: falha ou interrupção do fornecimento de sangue do ovário, modificação dos impulsos nervosos da trompa e/ou do ovário, torção do ovário e aderências pélvicas. Outra explicação possível é uma insuficiência na fase lútea causada pela supressão da irrigação entre útero e ovário.
Além disso, parar de usar o DIU (dispositivo intra-uterino) ou a pílula também pode causar alterações na menstruação. O DIU predispõe ao aumento da quantidade e da duração do fluxo menstrual. Quando a usuária deixa de usá-lo, esses sinais têm a tendência de diminuir. O ciclo menstrual é normalizado e a quantidade de fluxo diminui quando são usados contraceptivos hormonais. Assim, quando deixam de usar esse método, frequentemente os ciclos menstruais irregulares regressam.
É importante ter em conta os padrões menstruais anteriores à esterilização. Se os ciclos menstruais eram irregulares, provavelmente serão irregulares outra vez.
Na presença de ciclos menstruais irregulares, poderá ser prescrita pílula hormonal, na tentativa de regularizar o fluxo. O médico ginecologista deverá ser consultado.
Sim, ao parar a injeção anticoncepcional a menstruação pode atrasar.
O anticoncepcional injetável pode causar irregularidade menstrual e essa alteração pode se prolongar mesmo após parar o uso da medicação a depender do tipo de injeção que você tomava, mensal ou trimestral.
A Perlutan é uma injeção mensal que em geral apresenta uma readaptação mais ágil e uma volta à regularidade menstrual com maior rapidez.
Os efeitos do anticoncepcional injetável trimestral demoram de 6 a 8 meses para desaparecer depois da última injeção. Em mulheres com excesso de peso esse desaparecimento é ainda mais lento.
Após parar de tomar a injeção ocorrerá uma adaptação hormonal capaz de reordenar os hormônios e recomeçar os novos ciclos menstruais. Essa readaptação pode demorar um pouco de tempo a depender de cada mulher.
Como você parou de usar a injeção de anticoncepcional, é importante fazer uso de algum outro método contraceptivo nesse período, como, por exemplo, o preservativo.
Além disso, marcar uma consulta com o/a seu/sua médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para reavaliarem o uso de um método mais adequado para você.
As fases folicular, ovulatória e luteínica são as fases do ciclo menstrual feminino.
Fase FolicularA fase folicular caracteriza-se pelo desenvolvimento de um folículo ovariano com um óvulo dentro, bem como a preparação do útero para receber o óvulo fecundado.
Tem duração variável e estende-se do primeiro dia de menstruação até o momento que antecede o aumento do hormônio luteinizante, que leva à liberação do óvulo (ovulação). Recebe este nome por causa do desenvolvimento característico dos folículos ovarianos.
Na primeira metade da fase folicular, a hipófise aumenta a produção de hormônio foliculoestimulante e, como consequência, estimula o crescimento de 3 a 30 folículos, sendo que cada um dele contém um óvulo.
Porém, apenas um desses folículos continua a crescer, enquanto que os outros degeneram. A fase folicular tende a ficar mais curta, à medida que a menopausa se aproxima.
Fase OvulatóriaA fase ovulatória começa com o aumento do hormônio luteinizante. O óvulo é libertado de 16 a 32 horas após o aumento hormonal. Cresce então um único folículo, que sobressai da superfície do ovário, arrebenta e libera o óvulo.
Durante a ovulação, algumas mulheres sentem uma pequena dor num dos lados da parte inferior do abdômen, que pode durar alguns minutos ou horas. A dor pode vir antes ou depois da rotura do folículo e não ocorre em todos os ciclos. A causa precisa da dor, no entanto, é desconhecida.
A fase luteínica tem início após a ovulação e dura 14 dias, terminando exatamente antes do período.
Depois de libertar o óvulo, o folículo fecha-se e forma um corpo lúteo (amarelo) que produz uma quantidade cada vez maior de progesterona.
A progesterona provoca um pequeno aumento da temperatura corpórea durante a fase luteínica e permanece alta até o início do período menstrual.
Depois de 14 dias, se não houve fecundação do óvulo, o corpo lúteo degenera-se e começa um novo ciclo menstrual.
Caso o óvulo seja fecundado, o corpo lúteo começa a produzir gonadotropina coriônica humana (HCG), um hormônio que irá manter o corpo lúteo, produtor de progesterona, até que o feto comece a produzir os seus próprios hormônios.
Os testes de gravidez utilizam o aumento nos níveis de gonadotropina coriônica humana para detectar a gestação.
Com o uso contínuo e correto do anticoncepcional, não é comum a menstruação não parar. A presença de sangramento vaginal contínuo deve ser sempre investigada.
O uso correto e sem falhas da medicação anticoncepcional ao longo do mês garante uma proteção contraceptiva. Nenhum método anticoncepcional é 100% seguro, então a possibilidade de gravidez, mesmo sendo muito reduzida, é possível.
Em geral, a gravidez é caracterizada pela ausência de menstruação e ela pode ser diagnosticada a partir do momento em que a amenorreia (ausência de menstruação) é detectada. Qualquer sangramento que ocorre durante a gravidez, independente da idade gestacional, também deve ser investigado.
Não é comum haver sangramento contínuo durante a gravidez. Em uso de anticoncepcional e na presença de sangramento permanente, a mulher deve procurar um serviço de saúde para uma avaliação pormenorizada da causa desse sangramento.
A dor sentida na região do ovário direito pode ser , na realidade, uma dor pélvica, que pode ter origem nos ovários, nas trompas, no útero, no aparelho urinário (ureteres, bexiga), ou ainda nos intestinos, músculos ou nervos localizados na porção inferior do abdômen.
Em geral, uma dor pélvica que dura dois dias e depois desaparece está associada à ovulação e é bastante comum.
Existe uma série de causas para as dores pélvicas femininas, cujas características podem fornecer pistas importante quanto ao órgão afetado:
- Dor de início súbito, que aumenta de intensidade progressivamente: Pode se tratar de uma emergência cirúrgica, como apendicite, torção de cisto ovariano, ruptura de uma gravidez tubária. O diagnóstico é confirmado através de exame físico, exames de sangue e urina, raio-x, ultrassom, tomografia ou ressonância magnética;
- Dor periódica, associado a momento específico do ciclo menstrual: Pode ter várias causas, desde cólicas menstruais a dores com duração máxima de 48 horas, que ocorrem durante a ovulação;
- Dor crônica, de instalação lenta e com episódios que duram mais de 6 meses: Pode ter origem nos intestinos ou outras vísceras pélvicas, coluna lombar, parede abdominal ou ainda ser causa por aderências ou endometriose.
Em caso de dor pélvica, a mulher deve consultar o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família. Através das informações prestadas pela paciente, dos resultados do exame físico e exames complementares (sangue, urina, ultrassom) o/a médico/a poderá diagnosticar a origem da dor e indicar o tratamento correto.