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Como é feita a cirurgia de hemorroida e qual o tempo de recuperação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de hemorroida pode ser feita de diversas formas a depender do grau da hemorroida e da indicação clínica do/a paciente.

Em geral, as hemorroidas internas que não são exteriorizadas podem ser removidas com escleroterapia ou laqueadura com elástico.

Na escleroterapia, o/a proctologista injeta uma substância que provoca o fechamento desse vaso sanguíneo dilatado e, por consequência, acaba com a hemorroida.

Na laqueadura, é aplicado um elástico na base da hemorroida para cessar o fluxo de sangue e fechar a hemorroida.

As hemorroidas externas ou que possuem um grau avançado de exteriorização podem ser removidas por meio de cirurgia, com necessidade de anestesia geral ou raquidiana, em que é feito o corte da hemorroida e a posterior retirada do vaso sanguíneo afetado.

Outras técnicas também podem ser indicadas como por exemplo:

  • Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD) em que o vaso sanguíneo que supre a hemorroida é suturado sem a necessidade de cortes;
  • Laser;
  • Crioterapia;
  • Coagulação por raios infravermelhos;
  • Grampeamento - técnica de hemorroidopexia (PPH).

O tempo de recuperação será diferente de acordo com a técnica cirúrgica empregada, podendo variar de 7 a 30 dias. Esse tempo também pode ser maior caso a pessoa apresente alguma complicação como infecção no sítio cirúrgico.

Leia também:

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Qual o tratamento para flebite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para flebite inclui:

  • Aplicação de calor úmido no local;
  • Medicamentos anti-inflamatórios;
  • Repouso com elevação da perna;
  • Orientação para movimentação ativa da perna, para evitar imobilização e formação de coágulos que podem se desprender e tornar-se trombos;
  • Uso de meia elástica compressiva;
  • Uso de anticoagulantes;
  • Tratamento cirúrgico (em alguns casos).

As complicações mais graves da flebite são a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar, embora na maioria dos casos a evolução seja de caráter benigno, sem comprometimento da circulação e raramente apresentando embolismo pulmonar.

É fundamental que ao notar os primeiros sinais e sintomas de flebite, o/a paciente procure ou seja encaminhado para o/a médico/a angiologista, para uma avaliação adequada do comprometimento vascular existente.

Veja também o artigo: O que é flebite e quais os sintomas?

Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais rápido o tratamento será realizado, com maiores chances de uma resposta satisfatória ao tratamento.

Fístula anal: como é a cirurgia e o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da fístula anal é quase sempre feito através de cirurgia. A operação permite abrir e expor o trajeto fistuloso (fistulotomia) ou fechar esse trajeto suturando o local fistulectomia). O tipo de cirurgia é escolhido de acordo com as características e a profundidade da fístula.

O tratamento das fístulas anais mais superficiais normalmente é mais simples. A técnica escolhida nesses casos é a fistulotomia, que consiste em abrir e fazer uma raspagem dos trajetos. Na cirurgia é feita uma abertura nos tecidos até chegar à fístula, expondo o seu trajeto e permitindo que a fístula cicatrize de dentro para fora.

Já as fístulas mais complexas podem ser difíceis de tratar. Por exemplo, se a fístula anal tiver um trajeto alto e envolver o músculo esfíncter, a abordagem do tratamento torna-se mais difícil e delicada. O esfíncter controla a abertura do ânus e, consequentemente, a eliminação de fezes e gases.

Quando a remoção ou a exposição da fístula pode destruir esse músculo, é realizada uma drenagem do trajeto por meio de um fio cirúrgico que deixa o canal limpo e aberto, impedindo o desenvolvimento de abcessos.

A colocação desse fio, chamado sedenho, favorece a cicatrização simultânea dos tecidos e ajuda a evitar a incontinência fecal.

Após a limpeza da fístula, também é possível fechar a sua abertura interna e preencher o trajeto fistuloso com uma substância específica que favorece a cicatrização a partir do interior.

Outra forma de fechar a abertura interna da fístula é colocando um retalho feito com a mucosa que recobre o canal anal e o reto. Esse procedimento cirúrgico é usado sobretudo para tratar casos de fístulas anais mais complexas ou que acometem uma grande área do esfíncter. 

As cirurgias de fístula anal geralmente são feitas em duas etapas. Isso significa que os pacientes são submetidos a 2 procedimentos cirúrgicos durante o tratamento. O tempo de espera entre cada operação varia entre 2 e 4 meses.

O objetivo do tratamento cirúrgico é eliminar a fístula e preservar a função do esfíncter. Vale lembrar que a fístula pode voltar após a cirurgia, não importa a técnica utilizada.

A  cirurgia de fístula anal deve ser feita por um médico cirurgião coloproctologista.

Também pode lhe interessar o artigo: Fissura anal tem cura? Qual o tratamento?

Quais são os sintomas do lúpus?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico são decorrentes das reações inflamatórias e variam conforme a fase da doença e o órgão acometido. As fases podem ser surto (ativa) ou remissão (inativa). Os locais mais acometidos são: a pele, articulações, nervos, cérebro, rins, pleura (pulmão) e pericárdio (coração).

Existe ainda uma classificação de casos de lúpus eritematoso, aonde só acomete a pele, e lúpus sistêmico, que como o nome diz, acomete todos os sistemas, principalmente órgãos internos.

Em casos mais graves de lúpus, pode haver comprometimento renal com alterações urinárias, complicações cardíacas, confusão mental, convulsões e até mesmo morte.

Os sintomas gerias de lúpus, que acometem todos os tipos da doença são:

Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

  • Febre baixa;
  • Mal-estar,
  • Emagrecimento,
  • Perda de apetite,
  • Desânimo,
  • Fraqueza,
  • Manchas na pele,
  • Dores articulares,
  • Inflamação da pleura (pleurite) e pericárdio (pericardite),
  • Problemas renais.

Outros sintomas mais específicos, que não são comuns a todos os tipos, podem ser:

  • Queda de cabelo, dores musculares, cansaço extremo,
  • Sensibilidade ao sol,
  • Dedos das mãos ou pés pálidos ou roxos,
  • Aparecimento de gânglios pelo corpo,
  • Anemia, leucócitos e plaquetas baixas.

Os sinais e sintomas podem surgir de maneira isolada, em conjunto ou sequencialmente.

Manchas vermelhas na pele

As lesões na pele estão presentes em mais de 80% dos casos de acordo com a evolução da doença. São lesões que acometem as maçãs do rosto e nariz, dando aspecto semelhante a uma "asa de borboleta". Não costumam deixar, e são mais evidentes em áreas expostas à luz.

As manchas causadas pelo lúpus não provocam dor, ficam diferentes com o passar do tempo, não causam muita coceira e podem surgir em qualquer parte do corpo, apesar de serem mais frequentes no rosto.

Dor nas articulações

Quase todos os pacientes com lúpus irão apresentar em algum período da doença dores nas articulações das mãos, joelhos e pés. A dor costuma ser intensa e pode vir acompanhada de inchaço e tendinite (inflamação no tendão), alternando períodos de melhora e piora.

Vasculite

A vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos que dificulta o fluxo para diversas partes do corpo, levando ao aparecimento de manchas dolorosas vermelhas ou arroxeadas nas pontas dos dedos das mãos ou dos pés.

Trata-se de uma complicação do lúpus que pode causar diversos sinais e sintomas, como febre, dores musculares, articulares e abdominais, cansaço, escurecimento da urina, perda do apetite, emagrecimento, fraqueza, entre outros.

Sensibilidade ao sol

O lúpus provoca uma sensibilidade exagerada ao sol. Poucos minutos de exposição à claridade ou luz solar já podem ser suficientes para desencadear o aparecimento de sintomas como febre, fadiga ou manchas na pele.

Queda de cabelo

É muito comum pessoas com lúpus terem queda de cabelo, sobretudo quando a doença está ativa. Contudo, em grande parte dos casos tratados, os fios voltam a crescer normalmente.

Dor no peito e falta de ar

Outra complicação comum do lúpus é a pericardite e a pleurite. A primeira é uma inflamação do pericárdio, uma membrana que recobre o coração, enquanto a segunda é uma inflamação da pleura, membrana que recobre os pulmões.

Essas inflamações podem ser leves e não causar sintomas ou, em outros casos, pode provocar dor no peito. Na pericardite, a dor pode ser acompanhada por aumento dos batimentos cardíacos e falta de ar. Na pleurite, a pessoa sente dor no peito ao respirar e pode apresentar ainda falta de ar e tosse seca.

Nefrite

A nefrite é uma inflamação nos rins. Afeta aproximadamente metade das pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, sendo uma das complicações mais graves da doença. Nos casos severos, pode causar sinais e sintomas que incluem aumento da pressão arterial, inchaço nos membros inferiores e redução do volume de urina, que se torna espumosa.

Sem um tratamento rápido, a nefrite pode afetar seriamente o funcionamento dos rins, levando à insuficiência renal. Nos casos avançados acaba por ser indicado transplante renal ou tratamento conservador com diálise.

Alterações no sistema nervoso

Embora seja menos comum, o lúpus também pode afetar o sistema nervoso e causar convulsões, depressão, mudanças de humor ou comportamento, alterações na medula espinhal e nervos periféricos.

Anemia, hemorragias e baixa imunidade

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico desenvolve anticorpos contra as células do sangue do próprio corpo, causando a destruição delas.

Assim, pode haver anemia devido à redução do número de hemácias (glóbulos vermelhos), diminuição da imunidade pela destruição de glóbulos brancos (células de defesa) e hemorragias devido à destruição de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea.

O que é lúpus?

O lúpus é uma doença crônica inflamatória autoimune, de causa desconhecida, embora saibamos que existem fatores genéticos, ambientais e emocionais que participam desse processo, provocada por anticorpos que atacam o próprio organismo. Acometendo diferentes sistemas do corpo, incluindo articulações, pele, rins, coração, pulmões, vasos sanguíneos e cérebro.

Quais os tipos de lúpus?

Lúpus eritematoso sistêmico: é o mais comum. Compromete órgãos internos e externos (pele), de graus de intensidade variados.

Lúpus discoide: causa uma erupção cutânea que não desaparece. Saiba mais em: O que é lúpus discoide e quais são os sintomas?

Lúpus cutâneo subagudo: causa bolhas após exposição ao sol.

Lúpus induzido por drogas: Literalmente esse tipo se origina, é induzido por certos medicamentos. Geralmente desaparece quando a pessoa para de tomar o medicamento.

Lúpus neonatal: Não é comum e afeta recém-nascidos. É provável que seja causado por certos anticorpos da mãe.

Lúpus tem cura?

Lúpus não tem cura. Trata-se de uma doença autoimune, em que o organismo produz anticorpos que atacam o próprio corpo. Não existe um medicamento ou tratamento capaz de impedir a produção desses anticorpos e curar o lúpus. Porém, com medicamentos e cuidados gerais é possível manter a doença sob controle.

Os objetivos do tratamento do lúpus são: evitar surtos, aliviar os sintomas e reduzir danos aos órgãos e outras complicações.

Como é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus inclui medidas de cuidados gerais e o uso de medicamentos para reduzir a inflamação e a dor, evitar ou diminuir os surtos, ajudar o sistema imunológico, diminuir ou evitar danos nas articulações e equilibrar níveis hormonais.

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos, exercícios, repouso, dieta, controle do estresse e não exposição ao sol.

Medicamentos

Os medicamentos mais usados para tratar o lúpus são os anti-inflamatórios, que reduzem a inflamação e a dor, sobretudo nas fases agudas do lúpus. Os corticoides são especialmente indicados nos casos graves de lúpus e nos tipos cutâneos e articulares.

Também são utilizados medicamentos que ajudam a equilibrar o sistema imunológico, imunossupressores (diminuem a resposta inflamatória autoimune), imunoglobulinas e terapia biológica.

Além de tomar medicamentos para o lúpus, pode ser necessário tomar medicações para problemas relacionados ao lúpus, como colesterol alto, pressão alta ou infecções.

Exercício físico e repouso

Além dos medicamentos, é muito importante manter um equilíbrio adequado entre exercício físico, preferencialmente fisioterapia, e repouso.

Dieta

A alimentação deve ser ajustada de acordo com o caso, principalmente quando há comprometimento dos rins.

Não se expor ao sol

No tratamento do lúpus, é fundamental evitar a exposição ao sol ou a raios ultravioleta artificiais. A luz solar pode desencadear surtos, com comprometimento na pele e em outros órgãos.

Recomenda-se o uso de protetor solar com fator de proteção (FPS) superior a 15, sempre que a pessoa estiver ao ar livre, além de evitar a exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia e usar roupas compridas e chapéu para se proteger dos raios solares.

O reumatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do lúpus, que pode envolver médicos de outras especialidades, conforme os órgãos acometidos pela doença.

Saiba mais em:

Pessoa com lúpus pode fazer selante no cabelo?

Quem tem lúpus pode engravidar?

Cortisol alto: Quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas de cortisol alto podem incluir aumento de peso, aumento da pressão arterial, perda de massa óssea e muscular, alterações de humor, depressão, cansaço, insônia, perdas de memória, dificuldade de concentração e aprendizagem, diminuição da libido, menstruação irregular, entre outros.

Os sintomas podem variar, dependendo da quantidade de cortisol e do tempo que os níveis permanecem altos na circulação sanguínea, bem como das causas desse aumento e da concentração de outros hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais.

Assim, em alguns casos pode haver ainda estrias na pele, acne, aumento da oleosidade da pele, crescimento de pelos no rosto e no peito, fraqueza muscular, diabetes, doenças cardiovasculares, trombose, transtornos psicológicos e psiquiátricos, como ansiedade, depressão, irritabilidade e ataques de pânico.

Níveis altos de cortisol também afetam o sistema imunológico, baixando a imunidade do corpo e deixando o organismo com mais chances de desenvolver doenças e infecções.

Outra característica importante das pessoas que têm o cortisol elevado é o acúmulo de gordura na região abdominal. O indivíduo ganha peso, mas a gordura concentra-se sobretudo na barriga, o que deixa os braços e as pernas com uma aparência próxima do normal.

Tratamento

O tratamento para casos de cortisol alto depende da causa do aumento dos níveis desse hormônio. Na maioria dos casos, o tratamento é feito através do controle do estresse e da ansiedade, mudanças no estilo de vida, como praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação saudável e equilibrada, bem como evitar situações que possam desencadear ansiedade e estresse.

Se o cortisol elevado for decorrente do uso de corticoides, o medicamento deve ser retirado aos poucos, seguindo orientação médica.

Para casos em que o nível alto de cortisol é causado pela presença de um tumor, como por exemplo o adenoma de hipófise, o tratamento inclui medicamentos específicos para controlar as taxas do hormônio e cirurgia para retirada do tumor, quando indicada.

Causas

A principal causa para uma elevação significativa e mantida dos níveis de cortisol é o uso prolongado de corticoides. Outras condições que podem deixar o cortisol alto incluem:

  • Exercícios físicos intensos;
  • Pular refeições ao longo do dia;
  • Sono irregular;
  • Estresse;
  • Infecções ou inflamações;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Café.

cortisol é um hormônio que prepara o corpo para lidar com situações adversas, como estresse, luta ou fuga. Trata-se de um hormônio muito importante, mas níveis elevados podem trazer consequências indesejadas para o organismo.

O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos casos de cortisol elevado.

Saiba mais em: O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?

É possível fazer inseminação artificial após laqueadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível fazer inseminação artificial após laqueadura, a menos que a mulher desfaça a laqueadura. Para haver fecundação e, consequentemente, uma gravidez, é preciso que haja o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que não é possível se a mulher tiver feito laqueadura, mesmo através de inseminação artificial, pois esse procedimento depende do adequado funcionamento de pelo menos uma tuba uterina.

A gravidez só é possível se a mulher desfizer a laqueadura ou realizar o tratamento de fertilização in vitro. No entanto, a reversão da laqueadura é um processo lento, com poucas chances de sucesso de engravidar, pelo que a fertilização in vitro é a mais indicada nesses casos.

A diferença entre o tratamento de fertilização in vitro e a inseminação artificial é que na fertilização in vitro a fecundação do óvulo ocorre fora do corpo da mulher, em laboratório, sendo a seguir transferido para o útero. Já na inseminação artificial a fecundação ocorre no útero, o óvulo é inserido dentro do útero e fecundado nas tubas uterinas, por isso esse é um processo que fica impedido de ocorrer se a mulher tiver sido laqueada.

A mulher deve consultar o seu médico ginecologista para avaliar qual o melhor procedimento a adotar.

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Qual o tratamento para herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.

O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.

Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.

O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.

Veja também: Herpes genital tem cura?

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.

Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.

Leia também:

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Veja também:

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

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Útero aumentado, quais as principais causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de útero aumentado são: a adenomiose, a presença de miomas e tumores.

Entretanto, é importante saber que o útero pode variar de tamanho durante toda a vida da mulher, devido a condições normais. A gravidez e a menopausa, estão entre as alterações hormonais naturais do organismo da mulher, que leva ao aumento uterino.

Conheça neste artigo as doenças mais comuns que levam ao aumento do tamanho uterino e os seus sintomas. Para definir o melhor tratamento, o ginecologista precisa ser consultado.

Adenomiose

A adenomiose uterina acontece quando o tecido que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce para dentro da musculatura uterina. Apesar de provocar o aumento do volume uterino, a adenomiose não evolui para o câncer.

Os sintomas da adenomiose incluem:

  • Menstruação longa e de sangramento abundante,
  • Cólicas menstruais intensas,
  • Dor durante as relações sexuais,
  • Dor pélvica,
  • Sangramentos fora do período menstrual,
  • Dificuldade de engravidar (em alguns casos)

Como tratar? O tratamento é feito com analgésicos para aliviar a dor e o uso de anticoncepcionais orais. Para o tratamento adequado e definitivo da adenomiose é preciso passar pela avaliação de um ginecologista. Nos casos mais graves, pode ser indicado a retirada do útero (histerectomia).

Mioma

O mioma é um tumor benigno que pode ocorrer no útero e é formado, principalmente, por tecido muscular. Nem sempre causa sintomas, mas nos casos de mioma volumoso, pode apresentar:

  • Sangramento menstrual mais longo e intenso que o habitual,
  • Dor ou sensação de peso no baixo ventre durante, ou entre uma menstruação e outra,
  • Vontade de urinar com maior frequência,
  • Prisão de ventre,
  • Aborto espontâneo e
  • Sensação de inchaço na barriga.

Como tratar? Muitas vezes não tem indicação de tratamento, mas quando causam incômodos ou são muito grandes, são indicados analgésicos para aliviar os sintomas e hormônios para reduzir o tamanho dos miomas. Quando os miomas são muito grandes é indicado tratamento cirúrgico para a sua retirada. O ginecologista é o especialista indicado para avaliar o melhor tratamento, caso a caso.

Câncer de útero

O câncer de útero, inicialmente não causa sintomas. Com o seu desenvolvimento e resultar nos seguintes sintomas:

  • Sangramento entre as menstruações,
  • Menstruações irregulares e mais longas que o normal e
  • Perda de peso.

Como tratar? O tratamento do câncer de útero consiste na retirada do tumor e em casos, mais graves, do próprio útero, tubas uterinas e/ou ovários. Em algumas situações é necessário também realizar quimioterapia ou radiologia.

Qual o tamanho normal do útero?

Em uma mulher a adulta, o tamanho do útero pode variar entre 50 a 90 cm3 e pode ser medido durante a realização de ultrassonografia abdominal e transvaginal.

Se você perceber anormalidades como sangramento irregular, menstruações longas e dolorosas, do durante o ato sexual, sensação de pressão ou peso na região inferior do abdome, procure um ginecologista para definir a causa e definir o melhor tratamento.

Para saber mais sobre tamanho e aumento do útero, leia os seguintes textos:

Referências:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.