Cisto no fígado pode virar câncer?
O risco de um cisto no fígado virar câncer é baixo, já que a grande maioria dos cistos hepáticos é benigna e não apresenta riscos de transformação maligna. Contudo, alguns tipos de cistos, como o cistoadenoma, pode evoluir para câncer em alguns casos.
Os cistoadenomas são considerados tumores pré-cancerígenos, com potencial para se transformarem em tumores malignos conhecidos como cistoadenocarcinomas. Felizmente, os adenomas representam apenas 5% dos cistos hepáticos.
As pessoas com mais chances de terem um adenoma são as mulheres que tomam pílula anticoncepcional há mais de 5 anos. Homens que fazem uso de anabolizantes também têm maior probabilidade de desenvolver cistoadenoma no fígado.
Além das chances de malignização, esse tipo de cisto hepático pode causar sangramentos e infecções.
Nos exames de imagem, as principais características que levantam suspeitas de que o cisto no fígado é, ou pode virar câncer são as suas marges irregulares, a forma ovalada e a presença de septações e calcificações no interior do tumor. É assim que tipicamente se apresentam os cistoadenomas (cistos pré-cancerígenos) e os adenocarcinomas (tumores malignos).
Por isso, o tratamento para os adenomas consiste na sua remoção cirúrgica. A cirurgia deve ser realizada tão logo o cisto seja diagnosticado. A ecografia é o primeiro exame mais usado para diagnosticar o tipo de tumor.
Porém, em alguns casos, pode ser necessário fazer tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia e exames de sangue para determinar com precisão se o cisto hepático é câncer ou pode originar a doença.
Contudo, para a grande maioria dos cistos no fígado, que são tumores benignos, muitas vezes o tratamento não é necessário. A cirurgia é indicada nos casos em que o cisto cresce muito e comprime outros órgãos que estão ao seu redor, como o estômago e a vesícula, ou ainda quando causa sangramentos.
Em geral, os cistos hepáticos não manifestam sintomas, exceto nos casos de cistos grandes que podem comprimir órgãos e estruturas próximas. Ainda assim, essas situações são raras e poucas vezes observadas.
O hepatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar, quando necessário, os cistos hepáticos.