Quais as possíveis consequências da hiperglicemia? Qual o tratamento?
A hiperglicemia raramente leva a sintomas agudamente, embora algumas vezes possa causar turvação visual, aumento da sede, aumento do volume de urina e emagrecimento, porém mais a longo prazo. Um estado hiperglicêmico crônico pode levar a diversas consequências:
- cegueira (sequela da retinopatia diabética);
- infarto do miocárdio e derrame cerebral;
- pé diabético, às vezes com necessidade de amputação do membro;
- impotência sexual;
- insuficiência renal, podendo ser necessária hemodiálise;
- neuropatia.
Quem tem um diagnóstico de diabetes (principal causa de hiperglicemia) deve mudar radicalmente certos hábitos, e por toda a vida, pois a doença não tem cura. Apenas um equilíbrio perfeito entre dieta, exercícios e medicamentos é capaz de manter a glicemia no nível adequado e evitar as temidas complicações.
A hiperglicemia, na fase aguda e naqueles pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1, deverá ser tratada com o uso de insulina. Atualmente, há diversos tipos de insulina, sendo que, é habitualmente utilizada uma insulina "basal", aplicada de uma a três vezes ao dia, associada a bôlus de outro tipo de insulina, de ação mais rápida, antes das refeições.
Os doentes com diabetes do tipo 2 normalmente produzem insulina e a grande maioria continua a produzir pelo resto da vida. Estima-se que apenas 25% desses indivíduos precisam de doses extras.
Por isso, o início do tratamento normalmente consiste em dieta e exercícios. Se necessário, o médico pode prescrever antidiabéticos orais, comprimidos que aumentam a secreção de insulina ou reduzem a resistência à sua ação.
Atualmente há diversos antidiabéticos orais disponíveis, que podem ser associados para um melhor controle da glicemia.
Na gestação, a hiperglicemia é muito perigosa, pois pode causar alterações no feto, tais como: excesso de peso, levando a um parto de risco, problemas respiratórios, hipoglicemia, icterícia e deficiência de cálcio. Na gestação, o controle da hiperglicemia é feito com dieta e atividade física e algumas vezes será necessário o uso de insulina.
Na presença de hiperglicemia, consulte um médico clínico geral ou endocrinologista para seguimento.