A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:
- Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
- Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
- Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
- Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
- Pacientes oncológicos.
Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.
O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.
Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.
Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?
A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.
Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.
Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.
Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.
A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?
Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:
- Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
- Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
- Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
- Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
- Sintomas de gripe, resfriado e febre.
Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.
O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.
Também podem lhe interessar: