Sim, quem tem asma pode fazer academia, desde que a doença esteja bem controlada. Caso contrário, a atividade física poderá ser um desencadeante da asma e o paciente não será capaz de acompanhar o exercício nem irá obter os seus benefícios.
No entanto, se a asma estiver controlada e houver uma boa prescrição de exercício, o paciente terá um aumento da capacidade cardiorrespiratória que lhe dará reservas para enfrentar melhor as crises.
De fato, a atividade física é recomendada para tratar a asma, mas sabe-se que, por outro lado, ela pode desencadear as crises devido ao broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). A grande maioria dos asmáticos apresentam BIE.
O aumento do ritmo respiratório causado pelo exercício físico leva à perda de água e aumenta a temperatura na parede dos brônquios, o que parece ser a causa desses broncoespasmos.
Ao fazer academia, é importante escolher atividades que são menos propensas a desencadear crises asmáticas, como a natação, por exemplo. Corridas, judô, atletismo e ciclismo são atividades que podem mais facilmente desencadear crises.
Porém, se o paciente for bem orientado pelo médico e pelo professor de educação física, ele poderá praticar esportes sem grandes problemas.
Uma pessoa com asma que faz academia ou pratica exercício físico de forma regular e bem orientada, poderá obter diversos benefícios, como:
- Maior tolerância ao esforço;
- Redução do desconforto respiratório e do broncoespasmo;
- Melhora do sono e da mecânica respiratória;
- Correção e prevenção de alterações posturais;
- Prevenção de complicações pulmonares.
Para diminuir o risco de broncoespasmo induzido pelo exercício, é importante:
- Controlar a intensidade do exercício físico;
- Tomar um broncodilatador 15 minutos antes da atividade física;
- Fazer um aquecimento prévio;
- Não parar o exercício de forma brusca.
O pneumologista é o médico que deverá orientar o paciente asmático quanto a fazer academia e praticar atividade física.
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