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Tomei a pílula do dia seguinte e a camisinha estourou?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode sim. As chances são menores, mas pode engravidar sim.

A pílula do dia seguinte só garante eficácia para a primeira relação na qual foi utilizada, e sua proteção varia com o tempo que levou para tomar a mesma. O uso nas primeiras 24h garante maior proteção.

Após o seu uso, a fertilidade da mulher pode ser imediatamente restabelecida. A pílula age retardando a ovulação e interferindo no muco e desenvolvimento da parede do útero, com objetivo de evitar a fecundação. Mas não é possível garantir que atue por mais de 24h com a mesma eficácia.

Ao contrário, sabemos que sua eficácia varia com o tempo que leva para tomar a mesma. Por exemplo, estudos descrevem proteção contra gravidez entre 90 e 98%, quando seu uso for feito nas primeiras 24h. Após 48 a 72h, a eficácia reduz para 75%.

Da mesma maneira que para a pílula de 5 dias (120 h), quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor a eficácia da medicação, com isso maior risco de gravidez.

A pílula do dia seguinte é composta por uma alta concentração hormonal, sendo assim, o uso corriqueiro da medicação, além de reduzir sua eficácia, aumentar os riscos de efeitos colaterais graves, como a trombose venosa e tromboembolismo pulmonar.

No caso de nova falha, o mais recomendado é que procure seu médico ginecologista para avaliação e definição de melhor abordagem.

A Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia (febrasgo), não recomenda o uso rotineiro ou repetido de pílulas do dia seguinte, devido aos riscos de efeitos colaterais já descritos.

Não é toda mulher que pode fazer uso dessa medicação de maneira segura.

Portanto, não faça uso de medicamentos hormonais antes de conversar com seu médico da família ou ginecologista.

Saiba mais em: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Quantos dias é normal a menstruação atrasar? Quais são as causas principais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Até 15 dias, pode ser considerado um atraso menstrual normal, inclusive a irregularidade menstrual é comum para a maioria das mulheres. No entanto, para aquelas que apresentam um ciclo regular, um atraso de 5 a 7 dias, já pode significar o primeiro sinal de uma gravidez ou de algum problema.

O ciclo menstrual normal varia de 21 a 35 dias, com uma média de 28 dias. Nos casos de atrasos frequentes ou com sintomas associados, é importante procurar um ginecologista, para uma investigação clínica.

As causas mais comuns de atraso menstrual são a gravidez, estresse ou problemas endocrinológicos. Conheça um pouco mais sobre as principais causas de menstruação atrasada:

1. Gravidez (primeira causa a ser excluída)

A gravidez é sempre a primeira causa a ser excluída, porque estando gestante, é preciso ter cuidado com alimentação, uso de medicamentos e hábitos de vida. Além de ser recomendado iniciar o quanto antes o acompanhamento pré-natal.

Na gravidez é comum o atraso vir associado a náuseas e vômitos matinais, sonolência, maior sensibilidade nas mamas e a história de relações sem proteção contraceptiva.

2. Amamentação

Durante esse período, as alterações hormonais resultam em atraso menstrual ou irregularidade menstrual, o que não quer dizer que está protegida contra uma nova gravidez nesse período.

Para evitar uma nova gestação, a mulher deve se proteger com uso de camisinha ou mini pilulas, de acordo com a orientação do ginecologista.

3. Uso de anticoncepcionais

O uso de anticoncepcionais hormonais tem como efeito colateral esperado a redução do volume de sangue durante a menstruação e, por vezes, ausência da menstruação (atraso).

Isso ocorre pela ação dos hormônios na parede do útero, que impedem a proliferação celular do endométrio. Interrompendo o uso da medicação, a menstruação deverá regularizar em poucos meses.

4. Menarca ou menopausa

A primeira menstruação (menarca) ou próximo à falência ovariana (menopausa), as oscilações hormonais causam irregularidades ou atraso menstrual.

5. Estresse e ansiedade

O estresse, a ansiedade e outros transtornos de humor, interferem diretamente na produção de hormônios, com isso podem descontrolar o ciclo menstrual da mulher. A ausência ou atraso da menstruação, é um do sinais frequentes dessa situação.

6. Sobrepeso, obesidade ou magreza extrema

O aumento de peso aumenta a produção de estrogênio, hormônio que participa da proliferação da parede do útero, por isso pode estar associado a alterações nas características menstruais. Da mesma forma, a magreza em excesso, pela falta de estrogênio, interfere também nos ciclos menstruais.

7. Exercícios físicos extenuantes

O excesso de atividades físicas é responsável pela redução da liberação de hormônios, LH e FSH, que estimulam o ciclo menstrual, com isso, é comum atletas mulheres apresentarem ausência de menstruação e posteriormente, alguns casos de dificuldade para engravidar.

8. Síndrome dos ovários policísticos

Doença endocrinológica bastante comum entre as mulheres, apresenta como sintomas: alterações nos ciclos menstruais, infertilidade, acne, aumento de peso, queda de cabelo, alterações na glicose, hipertensão arterial, excesso de pelos no corpo, alteração no humor, crescimento de pelos no rosto, peito e abdômen.

9. Uso de medicamentos

Certos medicamentos, como antibióticos, corticoide e antidepressivos, podem interferir na produção hormonal, causando atraso menstrual ou irregularidade da menstruação.

10. Doenças da tireoide

As doenças da tireoide estão associadas a quadro de atraso menstrual, especialmente o hipotireoidismo.

O que fazer no caso de atraso menstrual?

O tratamento depende exclusivamente da causa desse atraso.

Na gravidez é preciso iniciar o acompanhamento pré-natal no serviço de saúde próximo a sua residência, e não usar medicamentos antes de receber todas as orientações.

Mulheres que fazem atividade física de alto rendimento ou de forma exagerada, com ou sem uso de suplementos para melhorar o seu desempenho, se recomenda procurar um acompanhamento médico, com médico do esporte ou nutrólogo, para receber as orientações adequadas, manter a sua atividade, porém sem causar prejuízos a sua saúde.

Nas situações de doenças endocrinológicas, como problemas na tireoide ou ovários policísticos, o médico endocrinologista é o responsável por iniciar o tratamento e acompanhamento adequados.

Quando devo me preocupar com a menstruação atrasada?

Alguns sintomas, associados a menstruação atrasada, são sinais considerados de alerta, por isso, se perceber algum desses sinais, procure imediatamente atendimento médico. São eles:

  • Febre (temperatura acima de 38 graus),
  • Cólica intensa,
  • Corrimento vaginal (amarelado, com mau cheiro e coceira) e
  • Dor ou ardência ao urinar.

Pode lhe interessar também:

Posso estar grávida com 5 dias de atraso da menstruação?

Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

Referência:

  • FIGO -International Federation of Gynecology and Obstetrics.
  • Corrine K Welt,, et al.; Evaluation and management of secondary amenorrhea. UpToDate: Jun 28, 2020.
  • Malcolm G. Munro, et al. The two FIGO systems for normal and abnormal uterine. Int J Gynecol Obstet 2018; 143: 393–408.
Fases do ciclo menstrual: o que você precisa saber
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O ciclo menstrual começa com o primeiro dia da menstruação e acaba quando a menstruação seguinte se inicia. De forma geral, o ciclo menstrual é composto de seis fases:

  1. Menstruação
  2. Fase folicular
  3. Fase proliferativa
  4. Ovulação
  5. Fase lútea
  6. Fase secretora

Algumas destas fases ocorrem ao mesmo tempo: duas delas, a fase proliferativa e secretora, acontecem no útero. Já as fases folicular e lútea, ocorrem nos ovários.

O ciclo menstrual completo dura de 24 a 38 dias e pode variar de ciclo para ciclo e se modificar ao longo dos anos.

Fases do ciclo menstrual: o ciclo uterino é composto pela menstruação, fase proliferativa, ovulação e fase secretora. No ciclo ovariano, a fase folicular (crescimento folicular) e fase lútea (formação do corpo lúteo). 1. Menstruação

A menstruação marca o início do ciclo menstrual e se caracteriza pelo período de sangramento. É a fase em que o sangue e o tecido que revestem internamente o útero, descamam e saem para o exterior do corpo através da vagina.

O período menstrual termina quando o sangramento cessa. A menstruação pode durar até 8 dias, mas em média, dura entre 5 e 6 dias.

2. Fase folicular

Ao mesmo tempo em que menstruação começa a acontecer no útero, a fase folicular se inicia nos ovários. Então, a fase folicular dura do começo da menstruação até a ovulação. Nesta fase os ovários trabalham para preparar o óvulo que será liberado durante a ovulação.

3. Fase proliferativa

A fase proliferativa começa com o fim da menstruação e termina quando acontece a ovulação. Nesta fase o útero produz um tecido interno mais espesso para substituir o tecido que descamou com a menstruação. Isto é feito com a ajuda do estrogênio.

Esta fase é chamada de proliferativa porque é nela o que endométrio (revestimento interno do útero) se prolifera, aumenta o número de células e se prepara para receber o óvulo, caso aconteça a fecundação.

4. Ovulação

A ovulação é a liberação do óvulo pelo ovário. Ela corresponde mais ou menos à metade do ciclo menstrual, em torno de 13 a 15 dias após o início da menstruação.

A fase da ovulação corresponde ao período fértil. É neste período que a gravidez ocorre. Nele a mulher pode perceber no seu corpo sinais como:

  • secreção vaginal transparente e elástica semelhante à clara de ovo,
  • aumento da temperatura corporal,
  • aumento da libido e do apetite e
  • dor no baixo ventre.

Estes são sinais de que você está fértil e pode engravidar se tiver relações sexuais neste período.

Saiba como calcular o seu período fértil neste artigo: Como calcular o Período Fértil?

5. Fase lútea

A fase lútea é o período entre a ovulação e o início da próxima menstruação. A sua duração tem em média, 9 a 16 dias. Quando a ovulação acontece, o folículo que continha o óvulo se transforma em uma estrutura chamada de corpo lúteo. O corpo lúteo começa então a produção de estrogênio e progesterona.

Nesta fase, devido a alterações hormonais, você pode sentir sintomas semelhantes aos sintomas pré-menstruais como: sensação de inchaço, maior sensibilidade nos seios, mudanças de humor e dores de cabeça.

O corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona suficiente para sustentar a fase inicial da gravidez. Por volta do 9º e 11º dia após a ovulação, o corpo lúteo começa a se dissolver, os níveis de estrogênio e progesterona caem e a menstruação acontece novamente, o que dá início ao novo ciclo.

6. Fase secretora

A fase secretora começa após a ovulação e dura até o início da próxima menstruação. Nesta fase o tecido do útero secreta substâncias que auxiliam na fixação do óvulo fecundado na parede do útero (endométrio), na fase inicial da gravidez.

Se a gravidez não ocorrer, estas mesmas substâncias causam a contração do útero e ajudam o endométrio a descamar provocando a menstruação. Nesta fase, algumas mulheres podem sentir as cólicas menstruais, tanto no início como durante todo o período menstrual.

É importante que você conheça o seu ciclo menstrual, pois normalmente ele produz mudanças no seu corpo. Algumas mulheres sentem as modificações no humor, na pele, além de dores de cabeça, sensação de inchaço e no desejo sexual.

Conhecer o ciclo é também útil para as pessoas que querem engravidar ou evitar a gravidez.

Para esclarecer mais dúvidas sobre esse assunto, converse com um ginecologista.

Referência:

  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Tomo o anticoncepcional Tâmisa 20 há 2 anos...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Segundo seu relato, a última pílula foi na quinta-feira e hoje é segunda, portanto, está dentro do período da pausa de 7 dias, não há nada de errado. Você deve voltar a tomar o anticoncepcional na próxima quinta-feira, após os 7 dias de pausa recomendados pelo fabricante.

Sempre tomar 1 (um) comprimido ao dia, no mesmo horário, durante os 21 dias da cartela. Dessa forma o risco de engravidar se mantém o mesmo, menos de 1% de chance.

O Tâmisa 20® é um anticoncepcional hormonal combinado de baixa dose, que possui 21 comprimidos na cartela, e deve ser usado diariamente, seguindo o sentido das setas desenhadas no seu verso e só após os 21 dias de uso, manter 7 dias de pausa, sem qualquer medicamento. Em seguida, após os 7 dias de pausa, deverá reiniciar em uma nova cartela.

Porém, se já houve a pausa de 7 dias e passaram mais 3 dias, ou seja, deveria ter reiniciado na quinta-feira anterior, então recomendamos reiniciar na data de hoje, como se fosse a primeira cartela, e depois seguir como habitual. No entanto, nesse primeiro mês a eficácia da medicação é menor, por isso deve fazer uso de um método complementar, principalmente durante os primeiros 15 dias, como por exemplo, o uso conjunto de camisinha.

Vale ressaltar, que as pílulas anticoncepcionais protegem a mulher quanto ao risco de gravidez, entretanto, recomendamos o uso conjunto de contraceptivos de barreira, como a camisinha, por ser o único método eficaz contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional

Para maiores esclarecimentos, procure seu médico da família ou ginecologista.

Para que serve a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise serve para filtrar o sangue quando os rins não estão funcionando adequadamente ou estão em falência. O objetivo da hemodiálise é remover as impurezas da circulação sanguínea e devolver o sangue para o corpo com as propriedades adequadas para o seu bom funcionamento.

Os rins sãos os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, jogando fora os fluidos que não são mais necessários para o organismo, como toxinas, ureia, água e sal, e restabelecendo o equilíbrio com outros fluidos corporais.

Quando os rins não conseguem mais desempenhar essa função, há necessidade de um aparelho externo capaz de filtrar o sangue e devolvê-lo de forma purificada para o organismo.

Durante a hemodiálise, o sangue do paciente sai do corpo e passa por um aparelho chamado dialisador, que é uma espécie de rim artificial. Nele, o sangue é purificado e as toxinas são removidas da circulação. Depois, o sangue filtrado é transportado de volta para o corpo do paciente através de um cateter.

O tempo médio de duração de uma sessão de hemodiálise é de 4 horas. Contudo, o tempo do procedimento pode variar conforme o peso e a idade da pessoa, ou ainda em determinadas condições, como gravidez, por exemplo. Em geral, as sessões são feitas 3 vezes por semana.

Veja também: Quem faz hemodiálise pode engravidar?

Com a hemodiálise, uma pessoa que apresenta insuficiência renal grave pode ter uma qualidade de vida adequada capaz de preservar suas funções vitais. Apesar de não curar a falência dos rins, o tratamento prolonga a vida e melhora o bem-estar do paciente.

O médico especialista responsável pela hemodiálise é o nefrologista.

Saiba mais em:

Como é feita a hemodiálise?

Contraceptivo natural: quais os métodos naturais para evitar a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os contraceptivos naturais são os métodos que se baseiam no reconhecimento do período fértil para serem efetuados e incluem método Billings, tabelinha, temperatura corporal, sintotérmico, coito interrompido, teste de ovulação e amenorreia lactacional.

Estes métodos são também são chamados de métodos contraceptivos comportamentais, pois para serem realizados é necessária a abstenção sexual durante o período fértil ou uso de práticas em que o esperma não é depositado na vagina.

Vale destacar que este métodos podem ser usados para evitar a gravidez, mas não previnem as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).

Conheça neste artigo os métodos naturais de concepção:

Método Billings ou muco cervical

O método Billings consiste na auto-observação das modificações do muco cervical, secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, que torna a vagina úmida e, às vezes, pode ser observado na calcinha.

Após a menstruação é comum que ocorra um período de menos umidade na vagina, ou seja mais seco. A seguir, o muco se torna esbranquiçado e pegajoso, mas se quebra ao ser esticado. Ao se aproximar o dia da ovulação, o muco vai se modificando e se torna escorregadio, transparente e elástico, semelhante à clara de ovo, sinal de período fértil e, portanto, a mulher pode engravidar.

O casal que não deseja engravidar, deve evitar relações sexuais com penetração enquanto o muco cervical semelhante à clara de ovo estiver presente e até quatro dias após o seu desaparecimento.

Coito Interrompido

A realização do coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina, um pouco antes da ejaculação. Apesar de ser bastante utilizado, é um método que apresenta alto risco de falha, uma vez que o líquido que sai do pênis antes da ejaculação (líquido seminal), pode conter espermatozoides.

Além disso, pode ocorrer de o homem não ter controle suficiente para retirar o pênis antes que a ejaculação aconteça, o que caracteriza outra falha bastante comum para casais que sam este método.

Tabelinha

Para fazer a popular tabelinha (Método Ogino Knaus), determinar o seu período fértil e evitar a gravidez, é preciso que você observe, pelo menos 6 ciclos menstruais.

Isto quer dizer que você vai marcar em um calendário o primeiro dia de cada menstruação durantes seis meses seguidos para verificar quantos dias durou cada ciclo menstrual. É a partir destas informações que será calculado o seu período fértil. De preferência, faça este cálculo com a ajuda de um médico de família ou ginecologista.

Sabendo do seu período fértil com aplicação da tabelinha, evite relações sexuais com penetração neste período para evitar um gravidez.

Temperatura corporal

O método da temperatura corporal ou basal se fundamenta na verificação da temperatura do corpo em repouso, durante o ciclo menstrual. Os hormônios femininos fazem com a que a temperatura do corpo da mulher sofra variação de acordo com o período do ciclo menstrual.

Antes da ovulação a temperatura do corpo é mais baixa e durante a ovulação ela aumenta alguns décimos de grau, permanecendo assim até a chegada da menstruação seguinte.

Para utilizar este método, você deve medir a sua temperatura corporal ao acordar pela manhã, antes de levantar, e depois de dormir, no mínimo, por cinco horas. As temperaturas devem ser anotadas em um gráfico.

Para evitar a gravidez, o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no intervalo de 4 a 5 dias antes da data prevista para a ovulação até o quarto dia de temperatura mais elevada.

Sintotérmico

O método sintotérmico é o uso combinado da tabelinha, do método Billings (muco cervical), da temperatura basal para a identificação do período fértil.

Além da combinação destes métodos você deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que indicam que a mulher está no período fértil são:

  • Sensação de peso ou inchaço nos seios,
  • Dor o aumento do abdome,
  • Aumento do desejo sexual,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento de peso e
  • Aumento do apetite.

Deste modo, para evitar a gravidez, o casal deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal nos dias considerados férteis de acordo com a tabela, características do muco cervical, elevação da temperatura corporal e presença de sinais e sintomas que indicam que a mulher se encontra em seu período fértil.

Amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional consiste no uso da amamentação para evitar a gravidez, uma vez que a amamentação inibe a fertilidade da mulher.

Para efetuar o método a mulher precisa realizar amamentação exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento do bebê. Igualmente, é possível associar o método da amenorreia lactacional a outro método contraceptivo que não interfira na amamentação.

Para realizar a amenorreia lactacional como anticoncepcional a mulher:

  • Deve amamentar exclusivamente o seu bebê ao seio na hora que ele desejar (amamentação em livre demanda) por até 6 meses,
  • Não oferecer água, chás ou suco ao seu bebê por até 6 meses e
  • Deve apresentar ausência de menstruação.

Se você voltar a menstruar ou decidir introduzir outros alimentos para o seu bebê, converse com o médico de família ou ginecologista para que, juntos, possam escolher um método contraceptivo eficaz.

Vantagens e desvantagens dos anticoncepcionais naturais

Para a escolha do melhor método contraceptivo natural, é preciso que você conheça suas vantagens e desvantagens. Inclui-se entra as vantagens:

  • São gratuitos,
  • Não produzem efeitos colaterais ou malefícios,
  • Permitem que a mulher entre em contato com o seu corpo e o conheça melhor,
  • Proporciona aprendizado sobre a fertilidade feminina,
  • Não interferem no retorno da fertilidade da mulher.

As desvantagens dos anticoncepcionais naturais se encontram no fato de que estes métodos:

  • Não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Não devem ser utilizados por mulheres com ciclos menstruais irregulares.

Se você apresentar irregularidades no ciclo ou tiver passado por aborto, aguarde que ocorram, pelo menos, três ciclos menstruais regulares até adotar um método de anticoncepção natural. Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolher o melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre métodos anticoncepcionais, você pode ler:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

Como é feita a histerossalpingografia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A histerossalpingografia é feita mediante a injeção de um contraste no útero, que permite ao médico obter imagens do útero e das trompas através de um equipamento especial de raio-x, chamado fluoroscopia. O tempo de duração do procedimento é de cerca de 15 minutos.

Durante a histerossalpingografia, a paciente posiciona-se como se estivesse numa consulta ginecológica, de maneira que o médico possa alcançar o colo do útero e introduzir o aparelho que aplica o contraste.

O exame deve ser realizado após o início da menstruação, entre o 8º e o 11º dia do ciclo menstrual. Assim, é mais seguro garantir que a mulher não está grávida.

A histerossalpingografia é contraindicada no caso de suspeita de gravidez, uma vez que durante o exame são manipulados o útero e a cavidade uterina.

Como é o preparo para a histerossalpingografia?

No dia anterior à realização da histerossalpingografia, a mulher não deve ter relações sexuais e precisa tomar 1 comprimido de laxante. A seguir, deve beber bastante líquido, de preferência suco de laranja e ameixa. A dieta no dia anterior é leve, sem carnes, massas e pães.

Histerossalpingografia dói?

A histerossalpingografia provoca alguma dor e é comum a mulher sentir cólicas durante o procedimento. As dores e o desconforto são causados pela introdução dos instrumentos usados durante o exame e pela injeção do contraste. A própria manipulação do útero pode gerar contrações uterinas, causando cólicas.

Histerossalpingografia ajuda a engravidar?

A histerossalpingografia não tem por finalidade ajudar a engravidar. O objetivo do exame é detectar alterações no útero ou nas trompas que possam dificultar a gravidez.

Porém, muitas mulheres fazem a histerossalpingografia com a esperança de que o exame pode desobstruir as trompas e aumentar as chances de gravidez.

De fato, há relatos de mulheres que conseguiram engravidar após a realização do exame devido à desobstrução das trompas. Isso pode ocorrer se a obstrução for simples.

Contudo, não se pode afirmar que a passagem do contraste pelas trompas provoque qualquer efeito capaz de corrigir o problema que esteja impedindo a passagem dos óvulos pelas mesmas. O contraste serve para identificar qualquer alteração que possa estar impedindo a gravidez, mas não ajuda a engravidar.

O que é a histerossalpingografia?

A histerossalpingografia é um exame que serve para avaliar o útero e as trompas, que ligam os ovários ao útero e desempenham uma função fundamental na reprodução. Por isso, o exame é indicado sobretudo para mulheres que têm dificuldade de engravidar.

Durante a histerossalpingografia, são tiradas radiografias seguidas da pelve, que fornecem imagens do trajeto que o contraste percorre na cavidade uterina e nas trompas.

O contraste é um produto usado em vários tipos de exames e fornece uma imagem mais nítida, permitindo ao médico obter uma melhor análise das estruturas observadas.

Na histerossalpingografia, o contraste permite avaliar alterações no formato do útero e das trompas, além da presença de aderências, miomas, malformações uterinas, dilatações ou obstrução nas trompas ou no útero.

O risco de complicações na histerossalpingografia é muito baixo e o exame costuma ser bastante fiável.

O médico responsável pela realização da histerossalpingografia é o radiologista.

Tomei os 2 comprimidos da pílula do dia seguinte de uma vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não se preocupe, nada vai acontecer pelo uso dos comprimidos juntos, pois uma das opções de posologia é mesmo a tomada dos dois de uma só vez. Recomenda-se o uso de 01 comprimido a cada 12 horas, com intuito de reduzir a chance de efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais mais frequentes no uso de pílulas do dia seguinte são: náuseas, vômitos, tontura, cefaleia e irregularidade menstrual, embora a irregularidade seja um efeito mais raro.

Os vômitos podem também ser minimizados com o uso conjunto de antieméticos. Principalmente para mulheres com história de náuseas frequentes, pode ser uma boa indicação.

Alguns sintomas apresentados pelo uso da pílula do dia seguinte podem ser confundidos com os primeiros sintomas de uma gravidez, como as náuseas e vômitos. Na suspeita de gravidez procure um posto de saúde para realização de exames e avaliação médica.

Saiba mais no link: Sintomas da pílula do dia seguinte ou gravidez?

Vale ressaltar que o mais importante é a tomada da medicação o mais breve possível, após a relação, o que foi feito com eficiência. Por isso dificilmente irá engravidar nesse momento.

Importante lembrar ainda, que a medicação protege a mulher apenas quanto ao risco de uma gravidez não planejada, porém não protege nenhum dos dois quanto a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, aconselhamos ao uso conjunto de contraceptivo de barreira, como a camisinha, por ser o único método comprovadamente eficaz contra a transmissão dessas doenças.

Para maiores esclarecimentos, procure seu médico da família, ou ginecologista.

pode lhe interessar também: Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu. O que fazer? e Como saber se tenho uma DST?

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Cisto dermoide impede a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Cisto dermoide no ovário não impede a gravidez. Mulheres que engravidaram e apresentam cisto dermoide no ovário podem ter uma gravidez normal.

Complicações na gestação, relacionadas a presença do cisto, são raras, mas podem ocorrer quando o cisto atinge grandes dimensões.

A fertilidade das mulheres que tem cisto dermoide, geralmente, não sofre interferências. Portanto, as mulheres com cisto dermoide podem engravidar.

O que é o cisto dermoide?

Também conhecido como teratoma, o cisto dermoide é um dos tumores benignos de ovário mais frequentes, que surge a partir do desenvolvimento de células embrionárias (germinativas) que subitamente começam a se multiplicar.

Normalmente o cisto dermoide é diagnosticado em mulheres em idade fértil e ocorre entre a segunda e a quarta década de vida. Pode abrigar no seu interior vários tipos de estruturas, desde pelos e gordura a dentes, ossos e cartilagem.

Uma vez que o cisto geralmente se desenvolve no interior do ovário, há uma distensão do mesmo, que pode levar o ovário a se tornar a própria “cobertura” do cisto, fazendo com que ele praticamente desapareça enquanto órgãos, podendo, nestes casos, impedir uma gravidez. Contudo, esse tipo de acontecimento é bastante raro.

A maioria dos casos de cisto dermoide não provoca sintomas e o diagnóstico é feito através de exame de ultrassom. O seu rompimento também é raro e é considerado uma urgência cirúrgica.

Durante a gravidez, as alterações hormonais desta fase podem fazer com que o cisto dermoide cresça rapidamente.

Leia também: Corrimento impede gravidez?

O tratamento do cisto dermoide é cirúrgico e consiste na retirada do tumor, sendo possível manter o restante do ovário.

Como trocar o anticoncepcional sem correr riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para trocar o anticoncepcional e não correr riscos de engravidar, é sempre recomendado fazer uso de um método de barreira a mais, como a camisinha, nos primeiros 7 dias, ou durante o primeiro mês da troca, dependendo da medicação.

Além disso, para usar de forma segura um anticoncepcional, a mulher deve ser avaliada por um médico, devido aos riscos especialmente de trombose, pelo uso regular de hormônios.

Saiba mais no link: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Em geral, as regras para troca de anticoncepcionais são:

Trocar anticoncepcional oral por outro anticoncepcional oral

Comece a tomar o anticoncepcional novo no mesmo dia que iniciaria o anterior, o risco de gravidez é muito baixo, porém mesmo assim, é recomendado o uso de mais um método pelos primeiros 7 dias.

Trocar anticoncepcional injetável por anticoncepcional oral

Deverá iniciar a cartela da pílula na data prevista para a próxima injeção. Mais uma vez, é recomendado o uso de um método de barreira (camisinha) nos primeiros sete dias.

Trocar anticoncepcional oral por anticoncepcional injetável

Deve tomar a cartela até o final normalmente, aguardar a menstruação e então aplicar o anticoncepcional injetável dentro dos primeiros três dias da menstruação, ou entre o sétimo e o décimo dia do ciclo, a depender da composição da injeção (mensal ou trimestral).

Para maiores esclarecimentos, procure um médico ginecologista.

Pílula do dia seguinte pode alterar TSH?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não. A pílula do dia seguinte, que é um contraceptivo de emergência, não interfere nos níveis de TSH ou t4 livre, que são hormônios relacionados a função da tireoide.

Alterações nos níveis de TSH ou t4 livre podem estar relacionados a disfunções tireoidianas como hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Geralmente, essas alterações hormonais provocam sintomas. como fadiga, ressecamento da pele, ganho de peso, queda de cabelo, constipação e sonolência no hipotireoidismo; ou taquicardia, nervosismo, ansiedade, insônia, tremores, emagrecimento e inapetência no hipertireoidismo. Disfunções tireoidianas também podem causar irregularidade menstrual.

Leia mais em:

O que é hipertireoidismo e quais os sintomas?

O que é hipotireoidismo e quais os sintomas?

Já a pílula do dia seguinte é composta ou por levonorgestrel ou po acetato de ulipristal, e pode causar alguns efeitos adversos como irregularidade menstrual, náuseas, tontura, dor de cabeça ou sensibilidade nos seios, no entanto, não interferem no funcionamento tireoidiano.

Leia também: Tomei a pílula do dia seguinte, posso engravidar?

Portanto, procure o seu médico de família ou clínico geral para fazer uma melhor avaliação do resultado do exame ou caso ainda tenha dúvidas sobre os efeitos da pílula do dia seguinte.

Rubéola: o que é, quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A rubéola é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus, que acomete principalmente crianças entre 5 e 9 anos de idade. A rubéola não é considerada uma doença grave e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após uma semana.

Já a rubéola congênita é muito perigosa devido ao risco de malformações fetais. A doença ocorre quando a mulher adquire rubéola durante a gravidez, infectando o feto. A rubéola congênita pode causar cegueira, surdez, problemas cardíacos, atraso no crescimento, parto prematuro e até morte ao nascimento.

Rubéola Quais são os sintomas da rubéola?

Os sintomas da rubéola incluem febre, dor de cabeça e garganta, mal-estar, presença de nódulos atrás da orelha, no pescoço e na nuca, além do aparecimento de pequenas manchas rosadas pelo corpo.

Como ocorre a transmissão da rubéola?

A transmissão da rubéola ocorre de pessoa para pessoa, geralmente através de gotículas de saliva ou secreção respiratória eliminadas por pessoas doentes ao falar, tossir ou espirrar. O contágio através do contato com objetos contaminados é raro.

O período de incubação varia entre 2 e 3 semanas. Após esse período, começam a surgir os primeiros sinais e sintomas: febre baixa, nódulos no pescoço e atrás da orelha, manchas rosadas que aparecem primeiro no rosto e depois se espalham pelo corpo.

A doença também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez (rubéola congênita), podendo deixar sequelas irreversíveis no bebê.

Qual é o tratamento para rubéola?

Não existe um tratamento específico para a rubéola. Os sintomas podem ser aliviados com medicamentos para dor e febre. Também é recomendado que o/a paciente faça repouso e evite o contato com outras pessoas durante 10 dias após o aparecimento das manchas.

Após adquirir rubéola, a pessoa fica imune pelo resto da vida. A vacinação também confere imunidade contra a rubéola por praticamente toda a vida. Se a mãe já estiver imune, ela passa os anticorpos para o bebê, que fica protegido contra a rubéola por até 9 meses após o nascimento. Depois, é necessário tomar a vacina.

Quando tomar a vacina contra a rubéola?

A primeira dose da vacina contra a rubéola é dada com 1 ano de idade, através da tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba. A segunda dose é dada entre os 4 e 6 anos de idade. Adolescentes e adultos com menos de 50 anos também devem ser vacinados contra a rubéola, mesmo que já tenham tido a doença.

Mulheres que nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina pelo menos 30 dias antes de engravidar, já que as grávidas não podem ser vacinadas.