O tratamento da hemorroida é feito de forma conservadora ou cirúrgica.
A maioria dos casos apresenta uma boa melhora apenas com o tratamento conservativo. Esse pode ser feito com aumento da ingestão de líquidos e uma dieta rica em fibras. Fibras são presentes em:
- Frutas: maça, banana, laranja, pêssego, pera, abacaxi, uva, morango;
- Legumes: feijão, lentilha, grão de bico e outros grãos;
- Vegetais cozidos ou crus: brócolis, couve flor, espinafre, cenoura, ervilha, repolho, couve, abobrinha, alface, cebola, cogumelos, pepino, tomate;
- Castanhas: nozes, amêndoas, avelã.
A dieta rica em fibra facilita a formação do bolo fecal evitando que as fezes fiquem duras e provoquem sangramentos.
O banho de assento morno e um creme analgésico tópico na região do ânus diminui a irritação e a coceira que a hemorroida provoca.
Quando nenhuma dessas medidas resolveram, o tratamento ambulatorial pode ser útil com ligadura da hemorroida, aplicação de laser, crioterapia ou escleroterapia com objetivo de ressecar a hemorroida e o tecido ao redor dela, principalmente nos casos em que há prolapso.
Se todas essas medidas apresentar uma falha ou nos casos em que a hemorroida está bem exteriorizada, proeminente e com uma extensão grande para o interior do canal anal, a cirurgia pode ser eficaz para remover a hemorroida.
A abordagem inicial da hemorroida pode ser feita pelo/a clínico geral ou médico de família. Se o tratamento conservativo não for suficiente, deverá haver uma avaliação do/a médico/a proctologista.
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Hemorroida não vira câncer. As hemorroidas são veias dilatadas e deformadas da região anal que causam vários sintomas que fazem parte da doença hemorroidária. Elas podem ser internas quando ficam na parte bem interna do canal do ânus (reto) e são recobertas pela mucosa do intestino., e externas, que ficam no canal anal e na sua região externa, são recobertas por uma pele bem fina.
Os sintomas da doença hemorroidária são: dor e sangramento, o prolapso, que é a saída das hemorroidas, inchaço e ardência, sensação de evacuação incompleta e coceira na região do ânus.
Para ajudar aliviar os sintomas pode-se realizar a higiene anal com água e sabão em vez do papel higiênico e banhos de assento mornos ou frios. O tratamento das hemorroidas é feito através de mudanças na dieta, com uma ingestão maior de líquidos, frutas, verduras e fibras para facilitar a evacuação, o uso de medicamentos e a cirurgia para a remoção das hemorroidas.
O coloproctologista é o especialista dos problemas da região retal e anal.
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O prurido anal pode ter várias causas. Podemos citar como algumas das causas mais comuns:
- Presença de vermes (oxiúros);
- Umidade;
- Má higiene ou limpeza excessiva da região anal;
- Feridas, fissuras ou assaduras, por exemplo, por diarreia crônica;
- Hemorroidas;
- Reação alérgica, a produtos de higiene ou material da roupa íntima;
- Infecção bacteriana ou fúngica;
- Ingestão de bebidas e alimentos ácidos, entre outros.
A coceira anal costuma ser um sintoma presente em muitas das doenças que acometem o ânus e o reto. Na maioria das vezes está relacionada a fatores casuais como excesso de suor, ou roupa íntima pouco absortiva, porém, outras causas como presença de fístulas, hemorroidas, fissuras, infecções anais, condiloma acuminado ou câncer, também devem ser investigados.
O prurido pode estar presente até mesmo em patologias que acometem outros órgãos, como diabetes e hepatite.
A limpeza inadequada após as evacuações permitem que restos de fezes se acumulem e irritem a mucosa do ânus, causando prurido. Lavar ou limpar a região anal em excesso também pode irritar o local e gerar o incômodo. O próprio sabonete pode ser a causa da irritação.
As fezes líquidas das diarreias crônicas são ácidas e irritam o ânus, causando coceira. Por outro lado, uma prisão de ventre mais severa, com impactação fecal, pode gerar um acúmulo tão grande de fezes no intestino ao ponto de haver um transbordamento de fezes líquidas pelo ânus. Esse vazamento, que pode nem ser percebido na roupa, irrita o local, e gera o prurido.
O uso de roupas apertadas ou de tecidos sintéticos em dias de calor aumentam a transpiração e a umidade na região anal, o que pode causar a coceira.
Outra possível causa de prurido anal é o consumo de determinados alimentos e bebidas que podem deixar as fezes mais ácidas, tais como leite, cerveja, frutas cítricas, café, refrigerantes, chá-preto, tomate, ameixas e chocolate.
Há ainda casos de prurido anal cujas causas não são identificadas ou têm origem em fatores psicológicos, como ansiedade.
O prurido anal caracteriza-se por uma coceira ou ardência intensa em torno da região do ânus. Muitas vezes ocorre durante a noite ou após as evacuações.
O tratamento deverá ser direcionado para a causa do problema, com o objetivo de aliviar os sintomas e tratar definitivamente a doença que o originou.
O diagnóstico e tratamento do prurido anal é de responsabilidade do médico proctologista. Na presença dos sintomas, consulte um especialista para avaliar o seu caso.
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Pela sua descrição, é possível que você tenha hemorroidas ou fissura anal.
Em decorrência do intestino preso, a pessoa fica dias sem evacuar e, quando evacua, as fezes saem endurecidas causando ferida na região do ânus e produzindo sangramento.
Nessa fase, é importante fazer uma consulta médica para avaliação pormenorizada, identificação do diagnóstico e indicação do tratamento adequado. Durante o exame físico, o/a médico/a poderá analisar se trata de fissura anal ou hemorroida. Em alguns casos, será necessária realização de um exame mais aprofundado como a retoscopia para identificação da extensão da hemorroida.
Quem tem ou está com o intestino preso, é fundamental reorganizar a dieta e a alimentação. Na maioria dos casos, a melhora do sangramento e da dor vem apenas com o tratamento conservativo. Esse pode ser feito com aumento da ingestão de líquidos e uma dieta rica em fibras.
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Com esse exame provavelmente não irá ter nenhuma resposta a respeito do seu intestino e ânus.
Caroço no ânus pode aparecer em diversas idades, isoladamente ou acompanhado de outros sintomas, além de poder ser característico de várias patologias, entre elas:
- Hemorroida: veias anais que se dilatam em consequência de alguma situação;
- Verrugas anais: decorrentes de algumas doenças transmitidas pelo sexo;
- Abscesso: inflamação das glândulas da região anal com presença de pus, dor, vermelhidão e inchaço na região anal acompanhado de sintomas gerais como febre, prostração, calafrios;
- Tumor: indicativo de câncer;
- Cisto: muitas vezes acompanhado de abscesso;
- Prolapso retal: exteriorização do reto por completo ou parcialmente.
O exame da ressonância magnética solicitado para fins de analisa sua artrose ou hérnia de disco provavelmente não será suficiente para detectar as características do caroço no ânus.
O caroço no ânus deve ser examinado pelo/a médico/a clínico geral, médico/a de família ou proctologista para definir a causa específica e orientar o tratamento mais adequado.
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O tratamento da fístula anal é quase sempre feito através de cirurgia. A operação permite abrir e expor o trajeto fistuloso (fistulotomia) ou fechar esse trajeto suturando o local fistulectomia). O tipo de cirurgia é escolhido de acordo com as características e a profundidade da fístula.
O tratamento das fístulas anais mais superficiais normalmente é mais simples. A técnica escolhida nesses casos é a fistulotomia, que consiste em abrir e fazer uma raspagem dos trajetos. Na cirurgia é feita uma abertura nos tecidos até chegar à fístula, expondo o seu trajeto e permitindo que a fístula cicatrize de dentro para fora.
Já as fístulas mais complexas podem ser difíceis de tratar. Por exemplo, se a fístula anal tiver um trajeto alto e envolver o músculo esfíncter, a abordagem do tratamento torna-se mais difícil e delicada. O esfíncter controla a abertura do ânus e, consequentemente, a eliminação de fezes e gases.
Quando a remoção ou a exposição da fístula pode destruir esse músculo, é realizada uma drenagem do trajeto por meio de um fio cirúrgico que deixa o canal limpo e aberto, impedindo o desenvolvimento de abcessos.
A colocação desse fio, chamado sedenho, favorece a cicatrização simultânea dos tecidos e ajuda a evitar a incontinência fecal.
Após a limpeza da fístula, também é possível fechar a sua abertura interna e preencher o trajeto fistuloso com uma substância específica que favorece a cicatrização a partir do interior.
Outra forma de fechar a abertura interna da fístula é colocando um retalho feito com a mucosa que recobre o canal anal e o reto. Esse procedimento cirúrgico é usado sobretudo para tratar casos de fístulas anais mais complexas ou que acometem uma grande área do esfíncter.
As cirurgias de fístula anal geralmente são feitas em duas etapas. Isso significa que os pacientes são submetidos a 2 procedimentos cirúrgicos durante o tratamento. O tempo de espera entre cada operação varia entre 2 e 4 meses.
O objetivo do tratamento cirúrgico é eliminar a fístula e preservar a função do esfíncter. Vale lembrar que a fístula pode voltar após a cirurgia, não importa a técnica utilizada.
A cirurgia de fístula anal deve ser feita por um médico cirurgião coloproctologista.
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A cirurgia de hemorroida pode ser feita de diversas formas a depender do grau da hemorroida e da indicação clínica do/a paciente.
Em geral, as hemorroidas internas que não são exteriorizadas podem ser removidas com escleroterapia ou laqueadura com elástico.
Na escleroterapia, o/a proctologista injeta uma substância que provoca o fechamento desse vaso sanguíneo dilatado e, por consequência, acaba com a hemorroida.
Na laqueadura, é aplicado um elástico na base da hemorroida para cessar o fluxo de sangue e fechar a hemorroida.
As hemorroidas externas ou que possuem um grau avançado de exteriorização podem ser removidas por meio de cirurgia, com necessidade de anestesia geral ou raquidiana, em que é feito o corte da hemorroida e a posterior retirada do vaso sanguíneo afetado.
Outras técnicas também podem ser indicadas como por exemplo:
- Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD) em que o vaso sanguíneo que supre a hemorroida é suturado sem a necessidade de cortes;
- Laser;
- Crioterapia;
- Coagulação por raios infravermelhos;
- Grampeamento - técnica de hemorroidopexia (PPH).
O tempo de recuperação será diferente de acordo com a técnica cirúrgica empregada, podendo variar de 7 a 30 dias. Esse tempo também pode ser maior caso a pessoa apresente alguma complicação como infecção no sítio cirúrgico.
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Sua mãe só vai descobrir se você contar. O ânus foi feito para as coisas saírem dele e não para entrar nele. Sexo anal eventual e com cuidado pode não fazer mal, mas sexo anal frequente e de forma intensa pode lesionar as fibras musculares do esfíncter anal provocando com o tempo a impossibilidade de reter as fezes.
Sim. Quem tem hemorroida pode fazer exercício físico.
As hemorroidas são classificadas de acordo com o grau de protusão das veias no canal anal e da capacidade delas voltarem à posição habitual. No grau mais grave, pode haver iminência de trombose e necessidade de intervenção cirúrgica. Nesses casos, o exercício físico não está indicado pois pode agravar a pressão e fricção local, facilitando o sangramento.
Quando as medidas preventivas e o tratamento está sendo bem conduzido, a pessoa com hemorroida pode realizar livremente atividades físicas.
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Em todo caso, é importante uma avaliação médica da situação e uma indicação apropriada para cada pessoa e para cada atividade física evitando exercícios demasiados e sobrecarga muscular.
Saiba mais em: Como saber se tenho hemorroida e quais são os sintomas?
Sim, é possível ter um parto normal se a mulher tiver hemorroida. As hemorroidas não impedem o parto normal e não é razão que justifique a realização de uma cesárea.
As hemorroidas podem surgir pela primeira vez durante a gravidez, sendo normalmente no 3º trimestre e no período pós-parto os momentos em que surgem complicações como as crises e as tromboses hemorroidárias.
O aumento da pressão abdominal, do volume sanguíneo circulante e a obstipação intestinal também tendem a agravar os sintomas da hemorroida. Além disso, a fraqueza dos tecidos de sustentação do canal anal também contribuem para que as hemorroidas extravasem para fora do ânus.
A hemorroida pode surgir durante o segundo estágio do trabalho de parto devido à força que a mulher efetua no momento da expulsão do feto.
Na maioria dos casos de hemorroida na gravidez, o tratamento é conservador, com dieta rica em fibras, cuidados com a higienização do local e aplicação de pomadas, sendo poucos os casos em que a cirurgia é indicada.
Para maiores esclarecimentos, a grávida deve falar com o/a médico/a que a acompanha no pré natal ou com um/a médico/a proctologista, especialista responsável pelo tratamento das hemorroidas.
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Pode. É muito raro, mas sempre que permita uma relação sexual sem qualquer contraceptivo, existe o risco de engravidar.
Na relação anal o esperma percorre outro trajeto, sem ligação com a vagina e consequentemente com o útero, por isso teoricamente não existira a possibilidade de gestação, porém a vagina e o ânus guardam uma proximidade anatômica, que muitas vezes possibilita esse contato. Mais uma vez, essa é uma possibilidade muito pequena, mas não podemos dizer com certeza que está descartada.
Vale lembrar que toda relação anal deve ser protegida por uso de camisinhas devido se tratar de uma área com elevado risco de infecção e ou contaminação para ambas as partes. E caso não seja utilizado a camisinha, para trocar o tipo de relação o pênis deve ser devidamente higienizado.
Outro ponto importante, é lembrar que além da gravidez, o sexo desprotegido é a principal causa de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como HIV, sífilis, herpes, entre outras; na população sexualmente ativa. O uso de preservativos, como a camisinha, é a grande ferramenta que dispomos para evitar a contaminação pelas DST, portanto é fundamental criar o hábito de se proteger fazendo uso de preservativo em todas as relações.
Em casos de dúvidas sobre relação sexual e contraceptivos, o ginecologista é o profissional indicado para orientar e esclarecer quaisquer dúvidas.
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Sim. Hemorroidas não complicadas podem ser tratadas sem cirurgia.
A maioria das hemorroidas podem ser tratadas com tratamento não conservador, ou seja, sem cirurgia. O tratamento conservador para aliviar a dor, reduzir o sangramento e a coceira também deve ser orientado pelo/a médico/a e seguido como indicado, com as medicações prescritas e recomendações indicadas.
Para o/a paciente que aguarda a cirurgia, a melhor opção é melhorar a dieta aumentando a ingesta de fibras presentes em frutas, legumes, castanhas e vegetais. Aumentar a ingestão de água além da realização de atividades físicas regulares são outras medidas importantes.
Saiba mais sobre hemorroidas em: