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Fezes roxas, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Fezes roxas podem ocorrer devido à digestão de beterraba, repolho roxo ou outro alimento que tenha pigmento roxo. As fezes do adulto normalmente têm coloração amarronzada. A mudança da cor das fezes pode indicar a ingestão de algum alimento ou medicamento colorido ou com corante, que é eliminado nas fezes, ou de algum distúrbio no organismo.

Alguns problemas, como a hepatite, podem deixar as fezes esbranquiçadas ou cinzas. Os sangramentos na boca, esôfago ou estômago deixam as fezes com coloração muito escura. Já o sangramento na parte final do intestino e ânus aparece nas fezes num tom vermelho vivo.

As alterações nas fezes quando causadas por um distúrbio no organismo, geralmente são acompanhadas de outros sinais e sintomas. Nessas situações, deve-se procurar atendimento médico.

O gastroenterologista é o médico responsável por diagnosticar e tratar os problemas relacionados aos intestinos.

O que pode causar hemorroida?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O desenvolvimento de hemorroidas está associado a diversas situações como:

  • Constipação crônica;
  • Esforço ao evacuar;
  • Ficar sentado por muito tempo;
  • Envelhecimento;
  • Diarreia;
  • Gravidez;
  • Tumor pélvico.

A região anal possui uma vasta musculatura responsável pelo esfíncter que controla a saída das fezes. Com o avançar da idade, esse tecido pode se afrouxar e permitir que as veias da região fiquem protusas para fora do ânus, originando a hemorroida.

Quando há excesso de esforço durante a evacuação,  essa musculatura torna-se hipertrofiada, fazendo-se uma pressão maior na região do esfíncter anal e também originando a hemorroida.   

Para evitar o aparecimento da hemorroida, é orientado a ingestão de uma dieta rica em fibras (frutas, vegetais, legumes, etc) e líquidos (água) além de atividade física regular.

Leia mais em:

Como saber se tenho hemorroida e quais são os sintomas?

Como tratar hemorroida?

Quais as causas e sintomas da hipoglicemia?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Praticamente todos os casos de hipoglicemia tem como causa o efeito adverso do tratamento com insulina ou hipoglicemiantes orais em pacientes diabéticos.

Ocorre principalmente naqueles que fazem injeções de insulina, o que é comum nos pacientes com diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 em fase avançada.

Naqueles que não têm diabetes, o pâncreas é capaz de controlar de forma precisa os níveis de glicose no sangue. A insulina é produzida constantemente, sendo liberada em maior ou menor quantidade ao longo do dia, de acordo com os valores da glicemia.

É raro a hipoglicemia ocorrer em pacientes não diabéticos. Porém, quando surge, pode ter como causas:

  • Alcoolismo;
  • Cirrose ou hepatite grave;
  • Desnutrição ou dieta pobre em carboidratos;
  • Deficiência de cortisol;
  • Tumores do pâncreas;
  • Medicamentos: gatifloxacino, quinina, indometacina, lítio e pentamidina;
  • Cirurgias para redução do estômago.

Fadiga, dor de cabeça, irritação ou falta de energia após períodos de jejuns prolongados não significa, necessariamente, que a pessoa esteja com hipoglicemia.

Esses sinais são uma reação natural do corpo em relação à fome e não quer dizer que sejam causados pelos baixos níveis de açúcar no sangue. Para ser considerada como hipoglicemia, a glicemia tem que estar abaixo de 60 mg/dL.

Na maior parte dos casos, os sintomas de hipoglicemia só aparecem quando o valor da glicemia fica abaixo de 60 mg/dl.

A glicose é o principal combustível do corpo e quando os seus níveis no sangue ficam baixos, o corpo manifesta sinais e sintomas típicos, devidos não só ao sofrimento celular por falta de energia, principalmente dos neurônios, mas também à reação do sistema nervoso face à queda dos valores de glicose sanguínea.

Quando os níveis de glicose sanguínea tornam-se perigosamente baixos, além de estimular a produção de glucagon, o cérebro, sob estresse metabólico, também provoca um aumento da adrenalina, um hormônio inibe a insulina e estimula a liberação das reservas de glicose do fígado.

Níveis elevados de adrenalina, glucagon e outros hormônios contrarreguladores no sangue causam os sintomas adrenérgicos da hipoglicemia, também conhecidos como sintomas neurogênicos da hipoglicemia.

Alguns dos sinais e sintomas mais comuns:

  • Sudorese;
  • Tremores;
  • Nervosismo;
  • Calor;
  • Fome;
  • Taquicardia (coração acelerado);
  • Dormência nos lábios ou membros;
  • Dor de cabeça.

Em geral, os sintomas neurogênicos da hipoglicemia surgem quando a glicemia fica abaixo de 60 mg/dl. Pessoas mais sensíveis podem ter sintomas brandos com glicemias abaixo de 70 mg/dl.

Os sintomas neuroglicopênicos da hipoglicemia são aqueles que surgem por causa da falta de glicose para as células cerebrais. Geralmente ocorrem quando a glicemia fica abaixo de 55 ou 50 mg/dl.

Como a glicose é a principal fonte de energia dos neurônios, quando ela fica escassa, as células cerebrais passam a funcionar inadequadamente, podendo causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Prostração;
  • Alterações de comportamento;
  • Perda da capacidade de raciocínio;
  • Letargia;
  • Incoordenação motora;
  • Discurso incoerente;
  • Alterações visuais;
  • Redução do nível de consciência;
  • Convulsões;
  • Coma.

Os últimos 3 sintomas descritos costumam surgir apenas em casos graves de hipoglicemia, com valores de glicose no sangue abaixo de 40 mg/dl. Valores de hipoglicemia menores que 30 mg/dl podem provocar a morte se não forem detectados e corrigidos.

Em caso de suspeita de hipoglicemia, um médico (preferencialmente um endocrinologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Minha menstruação veio, mas fiquei preocupada com gravidez.
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente não, se de fato a sua menstruação veio com fluxo, intensidade e duração semelhante a seus períodos anteriores dificilmente você está grávida. Caso apresente atraso menstrual pode fazer um teste de gravidez para avaliar essa possibilidade. 

Os sintomas de enjoo e sensação de peso embora muito frequentemente sejam associados a gravidez não necessariamente significam que esteja grávida, podem estar associados ao outros fatores como mudanças na alimentação, sensação de estresse ou ansiedade, entre outros.

Algumas mulheres podem apresentar sangramento no começo da gravidez, mas geralmente há uma diferença importante em relação ao aspecto desse sangramento comparativamente a menstruação.

Leia mais em: Quais as possíveis causas de sangramento na gravidez?

A maioria das vezes esse sangramento se deve a implantação do óvulo na parede do útero, no entanto esse sangramento geralmente dura pouco tempo e vem em pouca quantidade, apresenta geralmente coloração rósea clara ou mais escura, como em borra de café. 

Procure o seu médico de família ou ginecologista para mais esclarecimentos e uma melhor avaliação.

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Com quantos dias aparecem os sintomas de gravidez?

Artrose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrose não tem cura definitiva. Porém, com o tratamento, é possível reduzir a progressão da doença, melhorar os sintomas e manter a pessoa ativa. O objetivo não é propriamente curar a artrose, mas melhorar a função, a mecânica e o quadro clínico da articulação afetada.

O tratamento da artrose pode incluir medicamentos, fisioterapia, cuidados e mudanças de hábitos, uso de palmilhas e órteses, além de cirurgia. O tratamento varia conforme o paciente, a intensidade da dor e a rigidez da articulação.

Tratamento não medicamentoso da artrose

Como medidas não farmacológicas, recomenda-se praticar exercícios físicos regularmente, perder peso, descansar a articulação durante pelo menos 12 horas para aliviar a dor nas crises e usar palmilhas especiais.

Fisioterapia

A fisioterapia também está incluída no tratamento não medicamentoso da artrose. A terapia pode incluir uso de órteses, mobilizações, aplicação de calor, fortalecimento e alongamento muscular.

Medicamentos para artrose

Os medicamentos usados para tratar a artrose têm ação analgésica e anti-inflamatória. A medicação pode ser administrada por via oral, injetada diretamente na articulação (infiltração) ou aplicada sobre a pele (tópica).

Cirurgia para artrose

A cirurgia é indicada em casos de artrose que não respondem ao tratamento conservador ou quando a doença compromete a independência do paciente para realizar as suas tarefas diárias.

O tipo de procedimento cirúrgico irá depender da localização e do grau de acometimento da articulação afetada pela artrose.

Osteotomia

As osteotomias permitem corrigir desvios articulares e deslocar a carga para outras áreas da articulação.

Desbridamento artroscópico

O desbridamento artroscópico é indicado no tratamento da artrose de quadril. O objetivo da cirurgia é retirar o tecido ósseo que cresceu dentro da articulação.

Artroplastia

A artroplastia é muito usada no tratamento da artrose de quadril e joelho. O procedimento consiste em substituir a articulação acometida por uma artificial, diminuindo significativamente a dor e melhorando a funcionalidade em grande parte dos casos.

Artrodese

As artrodeses permitem fundir ("colar") permanentemente os ossos da articulação. Esse tipo de cirurgia é muito indicada para tratar artroses de tornozelo.

O que é artrose?

A artrose é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem da articulação. As cartilagens articulares são nutridas pelo líquido sinovial, que, além de nutrir a cartilagem, lubrifica a articulação, permitindo que as cartilagens dos ossos se movimentem sem atrito.

Na artrose, as células que produzem o tecido conjuntivo da articulação morrem. Como resultado, começa a haver desgaste articular e os ossos, para compensar a falta de cartilagem, reagem, ficando mais grossos e formando pequenas saliências ósseas chamadas osteófitos.

Na coluna, esses osteófitos fazem lembrar um bico de papagaio devido ao seu formato, daí o nome popular da artrose na coluna “bico de papagaio”.

Durante a degeneração da cartilagem articular, muitas vezes se desenvolve um processo inflamatório na articulação, causando dor e inchaço. A artrose ocorre principalmente nos joelhos, nas mãos, nos quadris, na coluna vertebral e nos pés.

Quais são as causas da artrose?

A artrose pode não ter causa conhecida em alguns casos, sendo a genética a provável origem da doença nessas situações. Em outros, a doença pode ter como causas: traumatismos, fraturas, doenças articulares infecciosas, inflamatórias ou metabólicas, sobrecarga ou trabalho excessivo da articulação, excesso de peso, bem como deformidades na articulação ou nos membros.

Quais são os sintomas da artrose?

Os sinais e sintomas que caracterizam a artrose são a dor, a rigidez articular, a limitação dos movimentos e as deformidades, em casos mais avançados. A dor geralmente piora durante o dia, ao realizar movimentos e esforços, e melhora à noite, quando a pessoa está em repouso.

A intensidade da dor da artrose não é proporcional ao grau da lesão da articulação. Muitas pessoas com artrose avançada sentem poucas dores, enquanto que outras com artrose em estágios pouco avançados podem sentir muita dor.

A rigidez articular surge principalmente ao acordar pela manhã e normalmente não dura mais de meia hora.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem muito lentamente. Em alguns casos, as manifestações ocorrem por surtos e a doença pode ficar vários meses ou anos sem apresentar sintomas.

Porém, à medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos e pode-se notar um aumento das dimensões da articulação. O processo inflamatório também pode causar inchaço da articulação afetada.

A limitação dos movimentos pode surgir já no início da artrose e pode deixar a pessoa incapaz de realizar as suas atividades de vida diária, como vestir-se ou alimentar-se, por exemplo. Já as deformidades, por outro lado, só aparecem nos casos mais avançados de artrose. Com os movimentos limitados, pode haver atrofia da musculatura.

A escolha do tratamento adequado da artrose é feita pelo/a médico/a reumatologista, de acordo com as especificidades de cada pessoa e com a articulação acometida.

Dermatite seborreica tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dermatite seborreica não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, pode passar períodos em remissão. Trata-se de uma doença crônica, com períodos em que os sintomas melhoram ou pioram.

A doença não tem uma causa bem definida, parece estar associada com o fungo Malassezia, encontrado normalmente na pele. Também pode apresentar piora ou ser desencada por fatores como alergias, fadiga ou estresse emocional, frio ou excesso de oleosidade.

O tratamento da dermatite seborreica pode variar conforme a extensão e gravidade dos sintomas. Podem ser utilizados:

  • Shampoos com antifúngicos e anti-inflamatórios;
  • Pomadas com antifúngicos e fungicidas;
  • Pomadas de corticoides;
  • Corticoides por via oral, nos casos mais graves.

Dependendo da intensidade e da extensão das lesões, o médico pode indicar ainda o uso de sabonetes, loções e cremes.

Além dos medicamentos, alguns cuidados especiais podem ajudar a aliviar os sintomas e facilitar o tratamento medicamentoso, como:

  • Usar shampoos que sejam adequados ao tipo de pele;
  • Evitar banhos em água muito quente;
  • Secar o corpo antes de se vestir;
  • Evitar usar roupas com tecidos sintéticos, que não deixam o suor evaporar;
  • Controlar estresse e ansiedade;
  • Enxaguar bem o cabelo para tirar completamente o shampoo e o condicionador;
  • Evitar usar chapéus, bonés ou passar gel no cabelo.
  • Evitar alimentos gordurosos;
  • Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Não fumar;

Caso apresente dermatite seborreica consulte o seu médico de família, em casos de maior gravidade pode ser necessário o acompanhamento por um dermatologista.

Após almoçar tive relação e fui para o banho e desmaiei...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o que aconteceu pode ter tido relação com a atividade sexual após o almoço. Uma condição conhecida por hipotensão pós-prandial. Nada de grave, pode ser evitado com orientações, porém essa suspeita precisa ser confirmada.

Além da hipotensão pós-prandial, outras situações e doenças podem ocasionar esses sintomas, como a síndrome vasovagal, arritmia cardíaca, isquemia cerebral transitória, hipóxia cerebral devido ao esforço físico e situações psicológicas.

Portanto, para definir o motivo exato dos seus sintomas e principalmente evitar novo episódio como esse, recomendamos procurar um médico clínico geral ou cardiologista, que saberá como conduzir essa investigação e posterior tratamento.

Hipotensão pós-prandial

A hipotensão pós-prandial, acontece porque o organismo após uma refeição, exige um desvio de grande quantidade de sangue para os intestinos, com objetivo de facilitar o processo digestivo. Para que isso seja possível, acontece uma vasodilatação e consequente redução da pressão e da frequência cardíaca. O que justifica a fraqueza e sonolência que a maioria das pessoas sentem após as refeições.

Entretanto, quando acontece outro evento que também exige uma maior vascularização e gasto energético, como a relação sexual, essa vasodilatação e relaxamento muscular podem ser exagerados, resultando em queda importante da pressão arterial, ocasionando os sintomas de vista escura, fraqueza, dificuldade de se manter em pé e sincope (desmaio).

No caso de hipotensão pós-prandial o tratamento é simples, com medidas gerais e orientação de se deitar e repousar quando perceber os sintomas.

Síndrome vaso vagal

A síndrome vasovagal ou "neurocardiogênica" é uma situação comum, talvez a causa mais frequente de síncopes, que não representam obrigatoriamente uma doença.

Caracterizada por um reflexo agudo de hipotensão e/ou bradicardia, que pode ser desencadeado por jejum prolongado, ansiedade, situações de estresse ou se manter de pé em ambientes fechados por muito tempo.

Os sintomas se iniciam com tontura, borramento visual, palpitação, sudorese e por fim, o desmaio. Sintomas que melhoram rapidamente quando a pessoa se deita, permitindo o reequilíbrio da circulação sanguínea pelo corpo.

Saiba mais em: Síndrome vasovagal: como identificar e tratar?

Síncope

Síncope é definida como a perda da consciência e do tônus postural, que ocorre por um curto período de tempo e apresenta uma recuperação rápida e espontânea.

As causas da síncope podem ser cardiovasculares, neurológicas, metabólicas, psiquiátricas e idiopáticas (sem causa definida).

Dentre as causas vasculares, as mais comuns são: hipotensão, arritmia cardíaca, angina e infarto agudo do miocárdio e síndrome vasovagal. No sistema neurológico, a síncope pode ser decorrente de uma isquemia cerebral (AVC ou AIT) ou doenças com comprometimento do sistema nervoso autônomo, como a doença de Parkinson e atrofia múltipla de sistemas. Dentre as causas metabólicas, a hipoglicemia e hipóxia cerebral são as mais comuns. Nos distúrbios psiquiátricos, destacam-se a histeria e a ansiedade.

Vale ressaltar que as síncopes de origem cardíaca estão relacionadas a um maior risco de morte súbita, por isso devem ser acompanhadas por cardiologista, regularmente.

O diagnóstico e tratamento para cada uma das causas deve ser definido pelo médico clínico geral, médico da família ou cardiologista.

Leia também: O que é uma síncope?

Como é o exame holter 24 horas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para fazer o exame holter 24 horas, a pessoa fica com um gravador portátil que registra os seus batimentos cardíacos durante 24 horas. Não é preciso ficar internado para fazer o exame. O paciente leva o holter para casa, não precisar alterar a sua rotina, dorme com o aparelho e preenche um diário em que relata os sintomas que apresentou nesse período.

O aparelho usado é pequeno e cabe na palma da mão. Dele saem 4 eletrodos que são posicionados no tórax e registram os impulsos elétricos dos batimentos cardíacos. O monitor fica fixo na cintura.

No interior do equipamento está um pequeno chip que transforma a atividade elétrica em imagens gráficas correspondentes às batidas do coração.

Trata-se, portanto, de um eletrocardiograma com duração de 24 horas. Contudo, uma vantagem do holter é poder detectar arritmias esporádicas que não são observadas no curto espaço de tempo de um eletrocardiograma normal.

Depois, um programa de computador seleciona as imagens mais sugestivas de arritmia, o que permite ao médico interpretar os dados colhidos pelo aparelho e avaliar se os sintomas apresentados durante as 24 horas estão associados a algum tipo de arritmia cardíaca.

Leia também: O que é arritmia?

Enquanto estiver com o holter, a pessoa não deve se deitar em colchões magnéticos ou usar travesseiros do mesmo gênero, pois irão interferir e impedir a gravação dos impulsos elétricos emitidos pelo coração. O uso de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, como celular e micro-ondas, é permitido. 

Após retirar o holter, recomenda-se aplicar creme hidratantena pele onde os eletrodos ficaram aderidos e evitar a exposição solar do tórax durante 3 a 5 dias. Se observar lesões no local, entre em contato com o médico.

Não existem contraindicações para fazer o holter 24 horas, exceto em caso de feridas ou alergias que possam impedir a permanência do eletrodo no tórax do paciente durante as 24 horas.

Antes do exame, a pessoa deve tomar banho e não passar cremes no peito antes de colocar os eletrodos. Pacientes portadores de marcapasso devem apresentar os dados de identificação do aparelho para serem devidamente registrados. Sem essas informações, a interpretação do exame fica prejudicada e pode até mesmo impedir a sua análise.

O exame holter 24 horas serve para avaliar e diagnosticar arritmias, que são descompassos elétricos verificados nos batimentos do coração. 

O holter geralmente é solicitado em casos suspeitos, com sinais e sintomas que podem incluir palpitações, desmaios, tonturas e sensação de que os batimentos cardíacos estão muito lentos ou fora de ritmo.

Veja também: Quais os sintomas de arritmia cardíaca?

Ao detectar a arritmia, o holter também permite ao cardiologista avaliar o risco de morte súbita.

Geralmente o médico cardiologista é o especialista indicado para solicitar o exame e interpretar os seus resultados, conforme a historia, o exame clínico e os sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, clínicos gerais e médicos de família também podem indicar e avaliar o exame. 

Saiba mais em:

Como interpretar o exame holter 24 horas?

Arritmia cardíaca tem cura?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de hérnia de disco, seja lombar ou cervical, geralmente está indicada quando os sintomas não melhoram com o tratamento conservador ou quando houver risco de sequelas para a pessoa.

O tratamento conservador é baseado em repouso, fisioterapia, acupuntura, redução de peso, quando necessário e medicamentos, analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Podendo variar de acordo com cada equipe, em geral, após 3 meses de tratamento, não havendo melhora do quadro, a cirurgia pode ser indicada.

Em algumas situações, o tratamento cirúrgico da hérnia de disco é considerado urgente, como:

  • Comprometimento neurológico motor - Perda de força em um membro;
  • Sinal ou evidência de compressão da medula por exames de imagem;
  • Dor incapacitante e
  • Perda de sensibilidade, por exemplo na região genital ou nos membros superiores/inferiores.

Contudo, a maioria das hérnias de disco respondem bem ao tratamento com fisioterapia, acupuntura, repouso e medicamentos. Apesar de não curar a hérnia, esses tratamentos têm como objetivo aliviar a dor e diminuir as limitações. Grande parte dos pacientes retomam as suas atividades depois de 1 mês de tratamento.

Apenas uma pequena parcela dos casos de hérnia de disco tem indicação cirúrgica, já que grande parte dos pacientes melhoram espontaneamente ou com tratamento.

Leia também: Qual o tempo de recuperação da cirurgia de hernia de disco?

Como é a cirurgia de hérnia de disco?

Existem hoje diferentes procedimentos cirúrgicos, que podem ser indicados de acordo com a localização da hérnia, gravidade e condições clínicas do paciente

Alguns procedimentos são menos invasivos, como tratamento através de laser e radiofrequência, com o objetivo de remover a hérnia e os fragmentos do disco, para aliviar a compressão dos nervos que saem da medula espinhal.

Outros mais invasivos, os quais exigem melhor condição clínica do paciente para que sejam realizados, como a cirurgia aberta e remoção completa da hérnia, com opção de estabilização da coluna. Por vezes estão indicadas próteses como substituição de disco intervertebral, até a instrumentação da coluna, com colocação de hastes e parafusos para estabilização, e nesse caso o procedimento é mais complexo.

O/A médico/a neurocirurgião/ã, é o/a mais indicado/a para indicação e realização da cirurgia de hérnia de disco.

Saiba mais em:

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar

Qual o tempo de recuperação da cirurgia de hernia de disco?

Referências

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

O que pode ser quando a pessoa caga sangue?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ao defecar tem como causa mais comum a presença de hemorroida. Pode também ocorrer em outras doenças, o ideal é procurar um médico para uma avaliação e investigação sobre a causa do sangramento retal.

Entre as possíveis causas de sangramento retal estão a doença hemorroidária, fissuras anais, trauma local, parasitoses intestinais, presença de pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa, ou mesmo tumores.

Para o correto diagnóstico algumas características do sangramento retal são avaliados pelo médico como se o sangramento é em pequena ou grande quantidade, se o sangue é vermelho vivo ou apresenta-se digerido (escuro) e outros sintomas que possam acompanhar esse quadro como dor para evacuar, dor abdominal, diarreia ou constipação, vômitos, perda de peso entre outras.

A presença de hemorroidas é umas das principais causas de sangramento retal. As hemorroidas são varizes anais que eventualmente podem sangrar, principalmente com o esforço evacuatória. Além do sangramento pode ocorrer dor no local.

Já as fissuras anais são pequenas fissuras que podem acometer a região anal e causam dor intensa durante a evacuação, eventualmente também podem causar sangramento em pequena quantidade.

Tanto as hemorroidas e as fissuras anais causam um sangramento vermelho vivo. Ambas as doenças também se beneficiam da adoção de uma dieta rica em fibras que permite o adequado funcionamento intestinal, já que os sintomas pioram com o esforço evacuatório.

A adequada ingesta de água e líquidos também é essencial para o funcionamento intestinal, da mesma forma que a prática de atividade e a longo prazo contribuem para a melhora dos sintomas.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso esteja apresentando sangramento retal.

Fiz um exame de holter e a conclusão foi: ...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame apresenta resultado dentro dos parâmetros da normalidade, porém é preciso levar para avaliação do médico que o solicitou, pois além desses dados, podem haver outras informações importantes para o seu caso.

Entendendo o exame de holter cardíaco Resultados

No exame de holter, o resultado descreve os parâmetros para análise do cardiologista que o solicitou. Dentre eles devem constar no mínimo:

  • Ritmo cardíaco
  • Frequência cardíaca
  • Presença ou ausência de atividade ectópica supraventricular
  • Presença ou ausência de atividade ectópica ventricular

O ritmo cardíaco normal é um ritmo regular, descrito como ritmo sinusal. A frequência cardíaca varia conforme a idade e presença de comorbidades, mas em média deve estar entre 60 e 100 bpm. A atividade ectópica, quer dizer que existe um estímulo em local diferente do "marcapasso natural" da pessoa, por isso trata-se de uma atividade anormal, no seu caso está ausente, ou seja, não existe anormalidade.

A presença de apenas 6 extrassístoles ventriculares, não define um diagnóstico, deverá ser avaliado em conjunto com seus sintomas e exame clínico cardiológico.

Portanto, através desses dados, o médico poderá diagnosticar o problema, seja ele arritmia, bloqueio de ramo, sinais de isquemia cardíaca (infarto), entre outras, e assim traçar a conduta ideal de tratamento e prevenção cardiológica.

Sabendo que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte na população, esse exame tem sido cada dia mais utilizado, dentro das indicações reconhecidas, e têm se mostrado bastante eficaz na prevenção dessas doenças e complicações.

Saiba mais em: Como interpretar o exame holter 24 horas?

Como é feito o exame de holter?

O exame de holter é uma espécie de eletrocardiograma que é registrado continuamente, durante 24 horas. Portanto, o aparelho é instalado no paciente através de eletrodos adesivos no tórax, e ligado a um gravador, que deverá estar fixo à cintura, por meio de um cinto.

Durante esse dia do exame, a pessoa é orientada a manter seus hábitos de vida normais, até para que o exame seja considerado fidedigno. Evitando apenas proximidade com colchão ou travesseiros magnéticos, para não alterar o registro do exame.

Após as 24 h, deverá levar de volta o aparelho ao laboratório, aonde serão retirados do chip do aparelho, todos os registros e seguirá para análise médica.

Quais as indicações do exame de holter?

Segundo a sociedade brasileira de cardiologia, as indicações para a solicitação do exame de holter 24 horas incluem: Confirmação de episódios de arritmia; detecção de sinais de isquemia miocárdica (infarto); documentar a resposta terapêutica às medicações e predizer o risco de eventos cardíacos futuros, possibilitando sua prevenção.

O exame costuma ser solicitado perante queixas de palpitações, desmaios, tonturas e sensação de coração acelerado e descompassado.

O cardiologista é o médico responsável por solicitar e avaliar um exame de holter cardíaco.

Veja também: O que é arritmia?

O que é colite e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A colite ulcerativa é uma doença inflamatória autoimune que acomete o intestino grosso. É autoimune porque o sistema imunológico do próprio indivíduo, por razões ainda desconhecidas, ataca os tecidos dessa região intestinal, provocando úlceras (lesões).

Essa resposta anormal do sistema imunológico pode ser desencadeada por vírus ou bactérias, mesmo que os micro-organismos já não estejam presentes.

Contudo, acredita-se que existem fatores hereditários que podem favorecer o desenvolvimento da colite ulcerativa, além de fatores de risco, como idade inferior a 30 anos e história de colite ulcerativa na família.

A colite ulcerativa pode afetar pessoas de qualquer idade, homens e mulheres. Porém, os sintomas tendem a aparecer entre os 15 e os 40 anos de idade e entre os 50 e os 80 anos. Pessoas que têm algum parente de 1º grau com doença inflamatória do intestino têm mais chances de desenvolver colite.

Quais são os sintomas da colite?

Os sinais e sintomas da colite incluem diarreia com presença de muco ou sangue nas fezes, cólica, urgência para evacuar, dor causada pela contração do esfíncter anal e desconforto abdominal.O estresse normalmente piora os sintomas.

Nos casos mais graves, podem surgir complicações como hemorragia, cansaço, febre, infecção intestinal, feridas na cavidade oral, perfuração do intestino, osteoporose, pedras nos rins, doenças da pele e das articulações, dilatação do intestino provocada por infecção (megacólon tóxico), perda de peso e até desnutrição.

A colite afeta a mucosa que recobre a porção interna do intestino grosso, que inflama e desenvolve pequenas feridas que podem sangrar. A inflamação do intestino também produz uma quantidade excessiva de secreção, que pode vir acompanhada de pus e sangue.

O tamanho da porção do intestino grosso afetada pela colite ulcerativa pode variar de poucos centímetros à totalidade do intestino, estando o reto (porção final do intestino) envolvido na maioria dos casos.

Os sintomas da colite ulcerativa podem variar conforme a gravidade da doença e com o tamanho da porção do intestino afetada. Os sinais e sintomas também apresentam uma variação na sua manifestação, alternando períodos ativos com outros assintomáticos.

Colite pode evoluir para câncer?

O processo inflamatório que acompanha a colite, associado ao tempo de duração e à extensão da enfermidade, pode resultar em câncer intestinal.

O risco de câncer de intestino é maior nos casos em que todo o intestino grosso é afetado e a doença já se instalou há mais de 10 anos.

Para prevenir a evolução para câncer intestinal, é muito importante avaliar frequentemente o intestino através do exame de colonoscopia, que também é utilizado para diagnosticar a colite ulcerativa.

Qual é o tratamento para colite?

O tratamento da colite é feito com restrições dietéticas e medicamentos para tratar ou prevenir as inflamações intestinais. A colite ulcerativa não tem cura. O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e aumentar o tempo de intervalo entre as crises.

O tratamento da colite depende da gravidade e da extensão da doença, da quantidade e da gravidade das crises, bem como da resposta aos tratamentos que já foram realizados.

Nos casos agudos graves ou com crises muito frequentes, em que há lesões no intestino com grandes chances de evoluir para câncer, pode ser necessário realizar uma cirurgia. Algumas pessoas podem precisar ficar internadas para que as crises mais graves possam ser controladas adequadamente.

Vale lembrar que a alimentação das pessoas com colite ulcerativa é normal, sem restrições. A exceção é para os períodos de diarreia, em que se devem evitar as fibras e a lactose (açúcar presente no leite e seus derivados).

Os medicamentos mais usados para tratar a colite são os aminossalicilatos, que atuam no controle da inflamação, os corticoides, os imunomoduladores, entre outras medicações para alívio das dores e da diarreia ou para tratar outras infecções.

O/a gastroenterologista é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da colite ulcerativa.