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O que é mononucleose infecciosa (doença do beijo) e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Mononucleose infecciosa é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido através da saliva, motivo pelo qual é também conhecida como "doença do beijo". O seu modo de transmissão explica também porque a mononucleose acomete sobretudo pessoas dos 15 aos 25 anos de idade.

O vírus provoca diversas alterações no corpo, as principais se referem ao aumento dos gânglios linfáticos e faringite dolorosa com formação de placas purulentas nas amígdalas. Menos comumente também pode atingir o baço, o fígado e raramente também pode acometer o sistema nervoso.

Quais são os sintomas da mononucleose?

A mononucleose pode ser assintomática. Quando presentes, os sinais e sintomas começam a se manifestar entre a 4ª e a 8ª semana depois do contágio, podendo incluir: febre alta, cansaço, náuseas, tosse, presença de nódulos no pescoço, dores musculares e articulares, dor de cabeça, aumento de tamanho do fígado e do baço, erupções vermelhas na pele, faringites e amigdalites.

A mononucleose costuma passar despercebida quando adquirida na infância, já que menos de 10% das crianças infectadas apresentam sintomas.

É importante a diferenciação da mononucleose-doença da síndrome da mononucleose, que é causada por outros micro-organismos e doenças, porém leva a sintomas muito similares. Entre as causas de síndrome da mononucleose incluem-se o HIV, citomegalovírus, linfomas e toxoplasmose.

Mononucleose na gravidez é perigoso?

A mononucleose não costuma causar maiores problemas quando adquirida durante a gravidez. Não existem evidências quanto ao aumento do risco de má formação fetal, aborto ou parto prematuro.

Como é feito o diagnóstico da mononucleose?

O diagnóstico da mononucleose é realizado mediante o quadro clínico e confirmado através de análises de sangue. O hemograma costuma revelar aumento de leucócitos, aumento de enzimas hepáticas, se houver hepatomegalia, e a sorologia apresenta anticorpos IgM, que confirma o diagnóstico.

Qual é o tratamento para mononucleose?

Não existe um tratamento específico para a mononucleose infecciosa. Os medicamentos usados visam apenas controlar os sintomas, como febre, dores, náuseas, amigdalites e faringites. Geralmente, a mononucleose resolve-se espontaneamente em poucas semanas.

Há casos de mononucleose em que o tratamento pode incluir o uso de corticoides para reduzir o inchaço das amígdalas, que pode atrapalhar a respiração. O uso desses medicamentos também é indicado no tratamento da anemia hemolítica e redução dos níveis de plaquetas.

Pessoas que apresentam aumento de tamanho do baço devem permanecer em repouso devido ao risco de ruptura do baço. A atividade física nesses casos deve ser evitada por pelo menos 4 semanas.

Existe alguma vacina contra mononucleose?

Não existe vacina contra a mononucleose. Porém, quem adquire a doença fica imune até ao fim da vida.

Quais as possíveis complicações da mononucleose causar?

Embora a mononucleose não seja fatal, a doença pode causar complicações como anemia hemolítica, meningite, inflamação no cérebro (encefalite), ruptura do baço, infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr, entre outras.

As complicações da mononucleose são raras.

Na presença de sintomas de mononucleose, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Quanto tempo depois de tomar fluconazol posso ter relação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Durante o tratamento com fluconazol não existe a necessidade de ficar sem ter relações sexuais. Porém, se estiver tendo desconforto devido à infecção fúngica, deve esperar até que os sintomas melhorem.

Não há risco de transmitir a doença que está sendo tratada para o parceiro ou parceira. A infecção fúngica, quando acontece, é devido a um crescimento excessivo dos fungos que estão naturalmente presentes na pele e no intestino de todos nós. Por isso, esses fungos normalmente não causam doença em outras pessoas, porque as bactérias da flora controlam o seu crescimento.

Você pode querer ler também:

Referência:

Revankar SG, State W. Considerações gerais sobre infecções fúngicas. Manual MSD.

Sai do seio um líquido azulado, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A saída de um líquido azulado pelo seio poderá ser uma secreção causada pela toma de algum medicamento, por uma infecção, ou pelas mudanças hormonais normais do ciclo menstrual, que também podem causar dor, inchaço e aparecimento de nódulos nos seios. Esses sinais e sintomas ocorrem  principalmente no período pré-menstrual e melhoram durante a menstruação.

Também é comum sair um líquido do seio durante a gravidez, mas apenas isso não é sinal de gravidez. Embora menos comuns, o papiloma, que é uma lesão benigna, e o câncer de mama podem causar a saída de líquidos dos seios. Nesses casos, o líquido tem um aspecto sanguinolento ou cristalino como água, e sai apenas de um bico de seio (mamilo), de forma espontânea.

Algumas drogas que podem causar a saída de líquidos pelos seios: medicamentos para enjoos, medicamentos para úlcera, medicamentos para a hipertensão arterial, medicamentos para reposição hormonal na menopausa, anticoncepcional oral, medicamentos para ansiedade e depressão, analgésicos como opioides e codeína, drogas ilegais como cocaína e heroína.

O mastologista (especialista em mamas) deverá ser consultado para a realização de exames sempre que houver dúvidas em relação aos problemas nos seios.

O que pode causar um AVC?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é causado por uma interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro. Essa interrupção pode ser provocada pelo entupimento de uma artéria cerebral (AVC isquêmico) ou rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro (AVC hemorrágico).

Grande parte dos casos de AVC é isquêmico. Esse tipo de acidente vascular cerebral pode acontecer de duas formas:

1) O coágulo pode se formar numa pequena artéria cerebral e entupir completamente a mesma, resultando num AVC trombótico, ou

2) Um coágulo formado numa outra parte do cérebro ou do corpo pode se desprender e se deslocar para o cérebro, bloqueando uma artéria mais estreita e provocando um AVC embólico.

Quais os fatores de risco do AVC?

Alguns fatores que aumentam os riscos de AVC incluem hipertensão arterial, diabetes, histórico de AVC na família, idade avançada, doenças cardíacas, colesterol e/ou triglicérides alto, uso de anticoncepcionais, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, obesidade e sedentarismo.

Quanto mais fatores de risco a pessoa apresentar, maior é o risco de sofrer um AVC. Alguns desses fatores, como genética, idade e sexo, não são controláveis. 

Para prevenir um AVC, é importante controlar os fatores de risco possíveis, monitorando regularmente os níveis de colesterol e triglicerídeos, o diabetes, a pressão arterial, o peso, manter atividade física regular, evitar o consumo de álcool e tabaco, bem como manter a alimentação balanceada e saudável.

Para maiores informações, consulte um médico clínico geral, médico de família ou neurologista.

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Fiz cirurgia de apêndice faz 60 dias e ainda sinto desconforto na cicatriz da cirurgia, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns pacientes podem sentir ainda desconforto no local da cirurgia mesmo após 60 dias de cirurgia, principalmente quando estão presentes alguns fatores como:

Tipo de cirurgia

Nos casos de cirurgias abertas como a laparotomia, por ser uma abordagem mais ampla, costuma envolver mais órgãos e estruturas, e por isso leva mais tempo para que ocorra a cicatrização completa e o término dos sintomas.

Tempo de cirurgia

Cirurgias com rotura de apêndice, ou qualquer outra complicação, que consequentemente leve a uma cirurgia mais longa também contribuem para uma cicatrização mais lenta e sintomas mais prolongados.

Fatores clínicos

A idade do paciente, se é portador de alguma doença crônica, como a diabetes ou se faz uso de medicamentos regulares que interfiram no processo de cicatrização, podem retardar a melhora do processo de pós-operatório.

Outros

Podemos citar ainda, alimentação balanceada, o grau de atividade ou esforço físico realizado ao retornar suas atividades de trabalho entre outros.

De qualquer forma, o mais adequado é que entre em contato com seu médico assistente, que realizou a cirurgia, para que seja reavaliado, esclareça suas dúvidas e seja devidamente orientado.

Saiba mais sobre o assunto nos links:

Enxaqueca e Cefaleia
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Enxaqueca e cefaleia (dor de cabeça) não são a mesma coisa. A diferença é que a enxaqueca é uma doença, enquanto que a cefaleia é um sintoma que pode ter muitas origens, sendo uma delas a enxaqueca.

Existem dois tipos de cefaleia, as primárias e as secundárias. As cefaleias primárias são aquelas sem uma causa etiológica definida por investigação através de exames, entre elas tem-se as enxaquecas, cefaleias em salvas e cefaleias do tipo tensional.

Já as cefaleias secundárias são aquelas com uma causa etiológica bem definida, ou seja, são provocadas por outras doenças, como infecções sistêmicas, meningite, encefalite, tumores cerebrais, hemorragia cerebral, intoxicações ou disfunções endócrinas.

A enxaqueca é uma doença que caracteriza-se por crises de cefaleia que podem ser diárias, semanais, quinzenais ou ainda mais esparsas.

Os principais sintomas da enxaqueca são:

  • Dor de cabeça latejante, normalmente em apenas um lado da cabeça, que piora ao fazer qualquer esforço físico;
  • Náuseas;
  • Vômitos
  • Visão turva;
  • Tontura;
  • Aura visual (linhas e pontos luminosos na visão);
  • Sensibilidade à luz (fotofobia), barulhos e cheiros.

Uma crise de enxaqueca pode durar 2 ou mais dias e pode ser incapacitante, dificultando a realização das atividades da vida diária.

O diagnóstico da enxaqueca deve ser feito por um médico de família, clínico geral ou neurologista que pode fazer a diferenciação entre enxaqueca ou outros tipos de cefaleias e conduzir ao tratamento adequado para cada caso.

O que é escoliose e quais os seus sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Escoliose é uma curvatura anormal da coluna vertebral, em que a coluna fica curvada para os lados, em forma de "C" ou "S", quando observada pela frente ou pelas costas. A escoliose pode acometer a coluna lombar, torácica e cervical.

Na escoliose, ocorre uma torção da coluna, fazendo com ela se incline não apenas para os lados, mas também para frente e para trás, o que acentua as curvaturas naturais da coluna lombar e torácica. Isso faz com que a pessoa fique mais "corcunda" e com o quadril mais empinado para trás.

Escoliose

A escoliose afeta cerca de 2% da população e os casos dentro da mesma família são frequentes. Quando algum membro da família tem escoliose, a chance de desenvolver escoliose aumenta para 20%.

Quais as causas da escoliose?

A maioria dos casos de escoliose tem causa desconhecida. As curvaturas anormais da coluna podem começar a se desenvolver no início da puberdade, em meninos e meninas considerados saudáveis.

Contudo, a escoliose também pode ter causas conhecidas, como paralisia cerebral, malformações nas vértebras, distrofia muscular ou ainda a presença de tumores.

Às vezes, a escoliose só é identificada na idade adulta. No início, começa com curvaturas discretas na fase de crescimento, que vão se agravando se não houver tratamento.

Quais são os sintomas da escoliose?

Além da curvatura na coluna em forma de “C” ou “S”, a escoliose pode ser identificada pelos seguintes sinais e sintomas: tronco inclinado para um lado, ombros desnivelados (ter um ombro mais alto que o outro), ombro que projeta-se mais à frente que o ombro do lado oposto, apresentar um lado do quadril mais elevado ou à frente do quadril do lado oposto, tamanhos dos membros inferiores aparentemente diferentes um do outro.

A dor, quando presente, só surge na idade adulta. Se continuar a progredir, com o tempo, a escoliose pode causar deformidade irreversível e dificuldade para respirar.

Não é possível prevenir a escoliose. Porém, quando detectada e tratada precocemente, é possível evitar a sua progressão.

Qual é o tratamento para escoliose?

O tratamento da escoliose vai depender do grau e o do tipo de curvatura, da localização da escoliose, da idade do paciente, da flexibilidade, das causas, entre outros fatores. O tratamento é feito através de fisioterapia, fortalecimento muscular, uso de coletes posturais e cirurgia.

Grande parte das escolioses mantém-se com curvaturas muito discretas, que precisam apenas de acompanhamento para verificar se a escoliose está progredindo.

Caso haja dor ou outros sintomas pode ser necessário o uso de medicamentos, realização de exercícios que fortaleçam a musculatura da coluna e outros métodos fisioterápicos que permitam o alivio dos sintomas.

Quando a escoliose está evoluindo, podem ser usados coletes para tentar conter essa progressão. Quando os coletes e os outros tratamentos não se mostram eficazes, pode ser necessário realizar uma cirurgia para corrigir as curvas. O tratamento cirúrgico da escoliose é seguro e eficaz para corrigir as deformidades da coluna vertebral.

O diagnóstico precoce da escoliose é essencial para o sucesso do tratamento e também para diminuir as chances do paciente desenvolver deformidades que só poderão ser melhoradas ou corrigidas por meio de cirurgia.

O médico ortopedista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da escoliose.

Como interpretar o exame holter 24 horas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A interpretação do exame holter 24 horas é feita através da análise dos resultados colhidos pelo aparelho juntamente com os sintomas apresentados pelo paciente durante as 24 horas que esteve com o holter.

A atividade elétrica dos batimentos cardíacos é registrada pelo chip localizado no interior do gravador portátil e depois transformada em imagens de eletrocardiograma que são interpretadas pelo médico com o auxílio de um programa de computador.

O holter 24 horas também serve para verificar o quanto a frequência cardíaca da pessoa variou no período em que foi monitorada. Alterações de frequência cardíaca podem indicar doenças cardíacas.

Por exemplo, em um adulto saudável a frequência cardíaca deve variar entre 50 a 100 batimentos por minuto em repouso, valores acima ou abaixo podem indicar alguma disfunção.

Através da análise dos resultados do holter, o médico pode identificar arritmias ocasionais que não são detectadas durante o eletrocardiograma normal, uma vez que o tempo de duração do exame é curto comparado com as 24 horas do holter.

Além da avaliação da frequência cardíaca e de arritmias o exame Holter também é capaz de observar outras alterações no coração como bloqueios cardíacos e sinais sugestivos de isquemia, ou seja de áreas do coração que não estão recebendo suprimento sanguíneo suficiente.

Ao verificar todos esses fatores como frequência, presença de arritmias, bloqueios ou isquemias, é possível avaliar  o risco cardiovascular do paciente, ou seja o risco de desenvolver doenças como Infarto Agudo do Miocárdio, bem como as chances de ter morte súbita.

O médico cardiologista é o especialista indicado para interpretar o resultado do exame holter 24 horas, levando em consideração a história clínica do paciente, os sintomas apresentados e o resultado de outros exames.

Saiba mais em: Como é o exame holter 24 horas?

O que é diverticulose e quais os sintomas?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A diverticulose é a presença de divertículos, que são pequenas dilatações parecidas com a ponta de um dedo de luva. Podem ocorrer em diversos locais do trato gastrointestinal, mas são mais comuns no intestino grosso. É uma condição comum, especialmente nos indivíduos de mais de 60 anos de idade. 

A maioria dos pacientes é assintomática e o diagnóstico, muitas vezes, é feito em exames de rotina, como colonoscopia. Quando ocorrem, os sintomas são inespecíficos: desconforto abdominal, mais frequentes do lado esquerdo, constipação (prisão de ventre) e alterações do hábito intestinal.

As principais causas da diverticulose são:

  • Envelhecimento e a consequente perda de elasticidade da musculatura intestinal;
  • Dieta alimentar pobre em fibras e constipação intestinal;
  • Aumento da pressão no interior do cólon;
  • Predisposição genética.

É importante diferenciar a diverticulose da diverticulite. A diverticulite é uma complicação da diverticulose, instalando-se quando os divertículos estão inflamados ou infectados, podendo apresentar abscesso ou perfuração. Nesses casos, é maior o risco de contaminação da cavidade abdominal com fezes,  provocando uma complicação chamada peritonite, extremamente grave.

Em caso de suspeita de diverticulose, um médico (preferencialmente um gastroenterologista ou proctologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

O que pode causar dor no ombro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A dor no ombro esquerdo ou direito pode ter diversas causas. As mais comuns são: tendinite, bursite, síndrome do manguito rotador, fratura, artrite, artrose, luxação ou subluxação, além de problemas relacionados com músculos, nervos ou vasos sanguíneos próximos ao ombro, como os do pescoço e das costas.

As pessoas mais suscetíveis de ter dores nos ombros são as que praticam esportes que envolvem os membros superiores, principalmente se houver arremesso ou elevação dos braços, além de profissionais que trabalham muitas horas ao computador, com os braços levantados ou realizando movimentos repetitivos.

O ombro é a articulação mais móvel do corpo, o que a torna particularmente vulnerável a lesões devido à movimentação excessiva e à instabilidade. Por isso, a dor no ombro é uma queixa relativamente frequente nos consultórios.

Quais as principais causas de dor no ombro? Tendinite

Uma das principais causas de dor no ombro é a tendinite, uma inflamação que acomete os tendões da musculatura do ombro. A tendinite pode causar dor num local específico do ombro ou em toda a articulação. A dor também pode irradiar do ombro para o braço e se agrava ao realizar movimentos, principalmente se a pessoa levantar os braços acima da cabeça.

Bursite

Outra causa comum de dor no ombro é a bursite. Trata-se de uma inflamação da bursa, uma espécie de bolsa cheia de líquido que protege o tendão. Contudo, quando o tendão sofre um desgaste, uma lesão ou é atingido constantemente pelos ossos, ocorre uma inflamação que afeta primeiro o tendão (tendinite) e depois pode atingir a bursa (bursite).

Também pode lhe interessar: O que é bursite e quais os sintomas?

Síndrome do manguito rotador

Quando a inflamação afeta os tendões mais profundos do ombro em simultâneo, leva à síndrome do manguito rotador. O manguito é formado por 4 músculos profundos que atuam em conjunto para estabilizar e movimentar o ombro.

Artrose

A artrose caracteriza-se pela degeneração da cartilagem da articulação. A cartilagem permite o deslizamento suave entre os ossos. Com a cartilagem destruída, os ossos “raspam” um no outro, causando limitação do movimento e dores no ombro.

Saiba mais em: O que é artrose e quais os sintomas?

Contraturas musculares

Contraturas musculares em músculos localizados no pescoço e nas costas, como o trapézio, podem causar dor irradiada para o ombro.

Compressão de raízes nervosas

Nesses casos, a origem das dores também não está no ombro, mas sim nas raízes nervosas localizadas no pescoço (coluna cervical). A compressão das raízes dos nervos pode ser causada por artrose (“bico de papagaio”), hérnia ou protusão de disco ou ainda contraturas musculares.

Veja também:

O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

A dor no ombro nessas situações pode vir acompanhada de formigamento, alterações da sensibilidade e perda de força muscular em ombros e braços.

Artrite

A artrite é uma inflamação da articulação, que provoca dor, inchaço e limitação dos movimentos. O processo inflamatório provoca a destruição da cartilagem articular, podendo limitar definitivamente os movimentos do ombro.

Luxação

A luxação ocorre quando algum osso é deslocado da articulação, saindo da sua posição. No caso do ombro, a luxação acontece quando o osso do braço (úmero) se desloca e perde completamente o contato com a escápula (“omoplata”).

Geralmente, a luxação do ombro acontece após alguma pancada ou queda. Os sintomas incluem dor no ombro ao realizar movimentos, inchaço, dificuldade em movimentar o ombro e dormência ao redor da articulação.

Fratura

Em caso de fratura, pode haver dor intensa no ombro, que piora com os movimentos ou a palpação do local, inchaço, manchas roxas na pele, dificuldade para movimentar o ombro, sensação de crepitação no osso e mudança da aparência habitual do ombro.

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Como aliviar dor no ombro?

Para aliviar a dor no ombro é necessário primeiro identificar a origem das dores. O tratamento deve incidir sobre a causa e tem como objetivos aliviar a dor e melhorar a capacidade funcional, ou seja, permitir que a pessoa utilize o ombro normalmente nas suas atividades do dia-a-dia.

Remédios para dor no ombro

O tratamento para dor no ombro inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, conforme a causa da dor.

Repouso

Em alguns casos, pode ser necessário imobilizar a articulação do ombro. As atividades que desencadeiam dor também devem ser interrompidas, sempre que possível.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento e alívio da dor no ombro. O tratamento costuma ser prolongado. Além de aliviar a dor e ajudar a controlar a inflamação na fase aguda, através da aplicação de calor, gelo e eletroterapia, o tratamento fisioterapêutico também melhora a amplitude de movimento, fortalece e relaxa a musculatura e pode ajudar a prevenir novos quadros de dor no ombro.

Infiltração no ombro

A infiltração também pode ser indicada para aliviar a dor no ombro, como em casos de tendinite, bursite, artrite e artrose que não respondem bem ao tratamento conservador. As técnicas e as medicações usadas nas infiltrações variam conforme o tipo de problema.

Em caso de dor no ombro, consulte o médico de família, clínico geral ou ortopedista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Qual é o tratamento para pé de atleta?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para pé de atleta, também conhecido como frieira, é feito principalmente com pomadas antifúngicas. As mais usadas são as que contêm terbinafina ou naftifina, pois são as mais eficazes para curar o pé de atleta. Os remédios antifúngicos administrados por via oral são indicados quando a micose no pé é mais extensa ou resistente às pomadas. 

Pomadas e cremes com cetoconazol, miconazol, cotrimazol ou butenafina também são usados para tratar pé de atleta. Já os antifúngicos orais mais utilizados são a terbinafina, o itraconazol e o fluconazol.

As pomadas e cremes antimicóticos devem ser aplicados 1 ou 2 vezes ao dia, durante um período que pode variar de 2 a 4 semanas. A aplicação dos medicamentos deve incluir a região afetada pela frieira e também a pele normal ao redor da micose.

Para eliminar completamente o fungo e evitar recorrências, o tratamento tópico do pé de atleta deve ser mantido por mais uma ou duas semanas após o desaparecimento dos sintomas.

O tratamento com remédios orais raramente é necessário, exceto nos casos de frieiras crônicas ou muito extensas que não respondem ao tratamento com pomadas. Nesses casos, os medicamentos devem ser mantidos durante pelo menos 30 dias.

O pé de atleta ou frieira (tínea interdigital) é uma infecção de pele causada por fungos. Trata-se de uma micose no pé que provoca bolhas, descamação e rachaduras entre os dedos, causando ardência e coceira intensa, além de deixar a pele esbranquiçada.

Saiba mais em: Quais os sintomas e tratamento para micose nos pés?

A transmissão do pé de atleta ocorre pelo contato direto com o pé de uma pessoa infectada ou através do contato com superfícies e objetos contaminados, como pisos de vestiários, peças de vestuário, calçados e piscinas.

Para prevenir o aparecimento do pé de atleta, é importante ter alguns cuidados de higiene, tais como:

⇒ Usar chinelos ao tomar banho em vestiários e sempre que estiver em saunas ou em contato com pisos que estejam constantemente úmidos;

⇒ Não usar meias de tecido sintético;

⇒ Deixar os tênis ao sol;

⇒ Polvilhar pó antifúngico dentro dos calçados;

⇒ Secar bem os pés após o banho, sobretudo entre os dedos;

⇒ Não usar calçados de outras pessoas;

⇒ Sempre que possível, usar calçados abertos e ventilados;

⇒ Evitar usar os mesmos calçados durante vários dias seguidos;

⇒ Fazer as unhas com material esterilizado ou descartável.

O tratamento do pé de atleta é da responsabilidade do/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou dermatologista.

Qual é o tratamento para dermatite atópica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da dermatite atópica é feito com pomadas, cremes e medicamentos administrados por via oral. O objetivo é aliviar a coceira, diminuir o ressecamento da pele e combater a inflamação.

Dentre os remédios usados para tratar a dermatite atópica estão as pomadas com corticoides (controlam a inflamação) e os anti-histamínicos (diminuem a coceira). Além disso, é essencial controlar os fatores que desencadeiam as crises para evitar recidivas.

Nos casos mais graves, pode ser necessário tomar corticoides por via oral ou intravenosa. Se a pele estiver infeccionada, também são indicados antibióticos de uso tópico ou oral.

Dermatite atópica

A aplicação de compressas frias pode ajudar a aliviar a coceira. Tirando isso, não se deve aplicar nenhum produto, receita ou remédio caseiro sem indicação médica, pois pode provocar infecções e agravar o quadro.

Dermatite atópica tem cura?

A dermatite atópica não tem cura, mas com o tratamento adequado e os devidos cuidados, é possível manter a doença sob controle.

Contudo, a dermatite atópica tende a melhorar gradualmente com o tempo. Por volta dos 5 anos de idade, a criança já pode apresentar uma melhora considerável e muitas deixam de ter crises na adolescência, mas alguns casos podem retornar na adolescência e idade adulta.

Como prevenir a dermatite atópica?

Alguns fatores podem piorar ou desencadear as crises, como alergias, gripe, pele seca, exposição ao sol ou à água, ambientes muitos quentes ou muito frios e estresse.

Por isso, além do tratamento medicamentoso, é importante ter alguns cuidados para prevenir novas crises de dermatite atópica e diminuir o tempo de duração das mesmas, tais como:

⇒ Evitar o contato da pele com detergentes, cosméticos coloridos e perfumados, produtos de limpeza, bijuterias e qualquer outro agente irritante;

⇒ Usar sabonete próprio para bebês e crianças ou que seja indicado para pele sensível e com tendência para alergias;

⇒ Usar pouco sabonete no banho para não ressecar a pele;

⇒ Evitar banhos demorados com água quente; dar preferência a banhos curtos (5 minutos), com água morna ou fria;

⇒ Lavar o corpo com as mãos, sem usar bucha ou esponja;

⇒ Aplicar hidratante no corpo após o banho, diariamente; nas áreas em que a pele continua ressecada, o hidratante deve ser aplicado mais de uma vez ao dia;

⇒ Se o hidratante causar ardência devido à maior sensibilidade da pele, pode-se usar vaselina semi-sólida ou líquida no lugar do creme;

⇒ Usar roupas de algodão, evitando tecidos sintéticos;

⇒ Evitar agasalhar demais a criança;

⇒ Aplicar protetor solar sempre que for à piscina e, quando sair da água, secar a pele com a toalha e aplicar o creme hidratante imediatamente;

⇒ Evitar usar amaciantes para lavar as roupas.

O/a médico/a dermatologista, pediatra, alergologista ou médico/a de família pode ser consultado para uma avaliação adequada e indicação do melhor tratamento da dermatite atópica.

Leia também: Coceira na pele pode ser dermatite atópica? Saiba os sintomas