O tratamento definitivo para a presença de pedra na vesícula (colelitíase) é cirúrgico. Geralmente é realizado para as pessoas que apresentam sintomas ou em presença de pedras menores que 0,5 cm e maiores que 2 cm. Preferencialmente, a cirurgia é feita através da laparoscopia, sendo a vesícula retirada com o auxílio de um aparelho dotado de pinças especiais e câmera (videolaparoscópio), que é introduzido no abdômen por meio de pequenos cortes. Esse método permite uma recuperação e alta hospitalar mais rápida e com menos dor.
Quando os sintomas são leves ou não há a possibilidade de realizar a cirurgia devido à outros problemas, como más condições clínicas do paciente, pode-se fazer o tratamento com o uso de anti-inflamatórios, medicamentos para dor (analgésicos e antiespasmódicos) e medicamentos que de acordo com a composição do cálculo, podem diluí-lo. Dependendo da localização da pedra pode-se, também, fazer a remoção do cálculo por via laparoscópica ou endoscópica. A litotripsia é um método de destruição dos cálculos por meio de ondas de choque extracorpóreas utilizado em alguns casos de pedra na vesícula.
O gastrocirurgião é o especialista indicado para diagnosticar e definir o melhor tratamento para o problema de pedras na vesícula, de acordo com as condições físicas do paciente, a localização das pedras e a gravidade do caso.
Leia também: O que não pode comer quem tem problemas na vesícula?
Os medicamentos indicados para o tratamento de pedra na vesícula (colelitíase) tem o objetivo de aliviar as dores durante uma crise. Entretanto, para um tratamento definitivo, sempre que possível, é necessário procedimento cirúrgico, com a retirada da vesícula.
Leia também: Qual o tratamento para pedra na vesícula?
Os medicamentos indicados na crise de dor da colelitíase são:
- Analgésicos
- Anti-inflamatórios
- Antiespasmódicos
- Antibióticos (no caso de sinais de infecção)
A colelitíase significa presença de cálculos sólidos dentro da vesícula biliar, conhecidos popularmente por "pedras" na vesícula. São classificados em cálculos de colesterol, cálcio ou mistos. Trata-se de uma doença comum na população, chegando a 30%, embora a maioria das pessoas não apresentem qualquer sintoma.
Contudo, quando esses cálculos migram da vesícula para os ductos, causando obstrução, originam uma reação inflamatória intensa com crise de dor e risco de complicações, como ruptura da vesícula, infecção e sepse. Da mesma forma, podem causar quadro de pancreatite aguda, uma doença potencialmente fatal.
Portanto, é muito importante que após o diagnóstico de pedras na vesícula, mesmo sem queixas, procure o quanto antes um médico gastroenterologista ou cirurgião geral, para uma avaliação e conduta. Principalmente para pacientes diabéticos, os quais apresentam um alto risco de complicações.
Saiba mais em: Quais são os sintomas de pedra na vesícula?
Vale ressaltar também, a importância de uma alimentação adequada, evitando crises de dor e possíveis complicações, até o tratamento definitivo.
Saiba mais sobre o assunto no link: O que não pode comer quem tem problemas na vesícula?
O tratamento da esteatose hepática é feito através de dieta equilibrada, com pouca gordura e açúcar, exercícios físicos, emagrecimento e interrupção do consumo de álcool. O objetivo dessas medidas é reverter o acúmulo de gordura no fígado. Há casos de esteatose hepática que precisam de medicamentos.
Nos casos de esteatose hepática em que é necessário emagrecer, a perda de peso deve ser lenta e gradual, com dieta adequada e atividade física. Perdas de peso rápidas, com dietas muito restritivas, podem aumentar o acúmulo de gordura no fígado.
Os exercícios físicos, além de atuar no emagrecimento, também ajudam a controlar o diabetes e baixar os níveis de colesterol e triglicérides, que também são medidas importantes para tratar a esteatose hepática.
O consumo de bebidas alcoólicas deve ser interrompido, mesmo que o consumo seja moderado.
Se não for devidamente tratada, a esteatose hepática pode se agravar e causar inflamação do fígado, podendo evoluir para insuficiência hepática, cirrose, diabetes tipo 2 e câncer de fígado.
Quais são as causas da esteatose hepática?A esteatose hepática pode ter diversas causas. Dentre elas estão: consumo frequente de álcool, hepatites virais, diabetes, colesterol e triglicérides altos, excesso de peso, uso contínuo de certos medicamentos como corticoides, aumento ou perda repentina de peso.
Quais são os sintomas da esteatose hepática?A esteatose hepática não provoca sintomas nas fases iniciais. As manifestações só ocorrem com a evolução da esteatose hepática. Quando presentes, os sintomas podem incluir: dor na porção superior direita do abdômen, icterícia (olhos e pele amarelados), boca seca e indisposição depois de comer alimentos gordurosos.
O/A médico/a gastroenterologista ou o/a hepatologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a esteatose hepática.
Precisa perguntar isso para o obstetra que vai fazer seu pré-natal, tudo depende dos riscos que ele e você estão dispostos a correr. Além de que precisa de um tempo para começar a pensar em engravidar (fazer exames, começar a tomar os medicamentos necessários).
Não há ainda consenso sobre a real necessidade de manter uma dieta isenta de gordura a longo prazo após a cirurgia de retirada de vesícula, a colecistectomia. A bile é um órgão apenas de armazenamento de sais biliares e não de produção, portanto a retirada desse órgão não deveria intervir na digestão dos lipídios. No entanto, é muito frequente as pessoas relatarem sintomas de indigestão após o consumo de gorduras quando passaram por essa cirurgia.
Por isso muitos médicos e nutricionista ainda recomendam a adoção de uma dieta pobre em gorduras pelo menos no pós-operatório imediato ou durante as primeiras semanas após a cirurgia.
Nos primeiros dias ou mesmo semanas após a cirurgia de retirada de vesícula é possível sentir algum desconforto gástrico e sintomas dispépticos como azia, náuseas, sensação de estufamento ou mesmo diarreia após a ingestão de alimentos gordurosos.
É esperado que esses sintomas reduzam e desapareçam no decorrer do tempo. Caso contrário, é importante procurar um médico, pois pode tratar-se de uma síndrome pós-colecistectomia.
Síndrome pós-colecistectomiaA síndrome pós-colecistectomia corresponde a um conjunto de sintomas, geralmente leves que surgem ou aumentam de intensidade após a cirurgia de retirada de vesícula como flatulência, náuseas, eructação ou indigestão.
Esse conjunto de sintomas pode ter origem em outros problemas gastrointestinais como doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável, em alguns casos podem ainda ser decorrentes de alterações no trato biliar, como estenose biliar, cálculos retidos, estenose ou discinesia do esfíncter de Oddi, ou ducto cístico longo remanescente.
Converse com o seu médico cirurgião caso apresente sintomas após a cirurgia de retirada de vesícula.
Todas essas alterações significam uma inflamação crônica na vesícula biliar. Não parece grave, entretanto para uma melhor interpretação do laudo e prognóstico, é necessário uma avaliação conjunta de outros dados, especialmente o exame clínico da sua mãe.
Leia também: O que significa colecistite crônica?
Detalhando um pouco mais o laudo, o médico patologista descreve inicialmente qual foi o material recebido: "a vesícula biliar e o linfonodo pericístico". O linfonodo pericístico é o linfonodo localizado junto à vesícula. Depois, o médico descreve os principais achados.
Colecistite crônicaA colecistite é caracterizada por uma reação inflamatória da vesícula biliar. Existem características na anatomia do órgão, que possibilitam a diferenciação entre a doença aguda (pouco tempo de doença), e a doença crônica (mais antiga), como por exemplo:
- O espessamento da parede da vesícula,
- Presença de cálculos e tipos de cálculos encontrados no seu interior,
- Capacidade de retração da vesícula.
Nesse caso, os dados evidenciados, foram compatíveis com uma doença crônica.
Linfadenite crônicaA linfadenite crônica significa uma inflamação crônica de um linfonodo. Provavelmente por episódios recorrentes de inflamações agudas da vesícula, no qual participou.
Vale lembrar que os linfonodos são órgãos responsáveis pela produção de anticorpos, células de defesa do nosso corpo, que reagem a situações de inflamação e ou infecção.
A histiocitose sinusal é uma classificação utilizada para as linfadenopatias, ou reações encontradas nos linfonodos estudados. Esse padrão é descrito para casos de lesões inflamatórias, e mais raramente, para doenças malignas.
Para maiores esclarecimentos, deve procurar o médico que realizou o procedimento, o qual estará mais capacitado para esclarecer todas as dúvidas, além de dar seguimento ao tratamento e orientações da paciente.
Não. A medicação ROWACHOL não tem registro na ANVISA, órgão regulador das medicações no Brasil e, portanto, sua comercialização no país é PROIBIDA.
O seu uso de forma irregular pode trazer prejuízos a sua saúde.
Quanto a sua eficácia, os estudos publicados e apresentados datam de muitos anos atrás, a maioria antes do ano 2000, e nenhum deles foram cientificamente comprovados como benéficos ou sem riscos.
Provavelmente por isso não houve interesse em mais pesquisas nesse tema, e os órgãos não puderam aprovar o seu uso.
Alguns estudos avaliaram sua resposta na eliminação dos cálculos de vesícula, outro avaliou ação analgésica após cirurgia de ressecção de vesícula, porém os resultados não foram impactantes.
Sendo assim, não recomendamos o uso da medicação e alertamos que existem formas comprovadas e seguras de tratar e acompanhar os cálculos de vesícula biliar.
Para maiores informações converse com seu médico de família ou gastroenterologista.
Saiba mais sobre o assunto: Qual o tratamento para pedra na vesícula?
Sempre existe um risco de morte quando uma cirurgia é realizada. No caso da cirurgia de retirada de vesícula, por envolver o abdômen, o risco de morte é considerado maior. Ainda assim, para pessoas sem problemas de saúde submetidas a uma cirurgia que não abre o abdômen (como a laparoscopia), o risco de morte é muito baixo.
O risco de morte durante e após a cirurgia de vesícula é maior para idosos ou em cirurgias de emergência. Também é mais alto quanto pior a condição de saúde da pessoa. Alguns problemas de saúde que aumentam o risco de morte devido à cirurgia são:
- Problemas cardíacos;
- Ter tido algum tipo de isquemia, incluindo acidente vascular cerebral;
- Desnutrição;
- Problemas nos pulmões, fígado e rins;
- Imunidade baixa;
- Diabetes;
- Problemas mentais, como demência;
- Obesidade.
A maioria das cirurgias para retirada da vesícula são realizadas por laparoscopia. Este tipo de cirurgia é mais seguro que a cirurgia em que o abdômen precisa ser aberto (laparotomia). A cirurgia laparoscópica também causa menor mal-estar pós-cirúrgico. Além disso, a pessoa fica menos tempo internada no hospital e se recupera mais rápido.
Leia também:
- Quantos dias após cirurgia de retirada da vesícula pode ter relações?
- Retirada da vesícula: como é a recuperação e quais os efeitos colaterais?
Referências:
Lindenmeyer CC. Cálculos Biliares. Tratamento. Manual MSD.
Mohabir PK, Coombs AV. Cirugia. Risco Cirúrgico. Manual MSD.
Hajibandeh S, HajibandehS, Antoniou GA, Stavros A Antoniou SA. Meta-analysis of mortality risk in octogenarians undergoing emergency general surgery operations. Surgery. 2021;169(6):1407-16.
Alguns remédios que podem dissolver pedras na vesícula são:
- Ácido ursodesoxicólico ou ursodiol (e outros ácidos biliares): é indicado para os cálculos que não aparecem em exames radiográficos, menores que 1,5 cm e formados por colesterol. Pode levar em torno de 6 meses para dissolver alguns tipos de cálculos de vesícula;
- Rowachol: é um produto à base de plantas utilizado para prevenir e eliminar pedras na vesícula. Sua venda não é permitida no Brasil, pois não há registro na ANVISA;
- Óleo de alho: o efeito de dissolver as pedras na vesícula não está previsto na bula. Entretanto, o óleo de alho já foi utilizado e em alguns casos teve o efeito esperado.
As estatinas (como a lovastatina ou a atorvastatina) também podem ajudar a dissolver pedras na vesícula. No entanto, devem ser usadas apenas com orientação médica (o que não é comum, por este efeito não estar previsto na bula).
Os remédios nem sempre funcionam para todos os tipos de pedras na vesícula e, mesmo quando dissolvem as pedras, elas tendem a voltar. Por isso, a cirurgia continua sendo o tratamento mais indicado para resolver o problema.
Consulte um médico de família ou um gastroenterologista para saber qual é a melhor conduta caso tenha pedras na vesícula.
Leia também:
- Qual o tempo de recuperação da cirurgia para retirar pedra da vesícula?
- Qual é o medicamento para pedra na vesícula?
- Quem tem pedra na vesícula pode tomar café?
Referências:
Ácido ursodesoxicólico. Bula do medicamento.
Rowachol. Bula do medicamento.
Óleo de alho. Bula do medicamento.
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Cariati A, Piromalli E. Ultrastructural basis of the failure of oral dissolution therapy with bile salts and/or statin for cholesterol gallstones. Expert Opin. Pharmacother. 2012; 13(9): 1387-8
Determination of chemical composition of gall bladder stones: Basis for treatment strategies in patients from Yaounde, Cameroon Fru F. Angwafo III, Samuel Takongmo, Donald Griffith. World J Gastroenterol 2004;10(2):303-305
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A retirada da vesícula pode aumentar o risco de problemas no fígado, pois há um aumento na circulação hepática dos ácidos biliares.
As doenças hepáticas mais comuns após retirar a vesícula são:
- Esteatose hepática (gordura no fígado) não-alcoólica;
- Cirrose.
A esteatose hepática não-alcoólica pode ocorrer após a cirurgia devido ao acúmulo de gordura nas células do fígado. Isso pode causar inflamação do fígado, que pode evoluir para fibrose e cirrose. As pessoas com gordura no fígado podem se sentir cansadas ou com desconforto abdominal.
A cirrose ocorre quando o fígado é danificado de modo repetido e contínuo, causando cicatrizes que prejudicam o funcionamento hepático. Alguns sintomas são falta de apetite, cansaço, perda de peso e mal-estar generalizado.
Para evitar problemas no fígado após a retirada da vesícula, o mais importante é manter uma dieta adequada e fazer atividade física regular. Isso irá ajudar a controlar os níveis de gorduras e açúcar no sangue, além de ajudar a ficar com o peso certo.
Deve-se também ter cuidado com hábitos que podem aumentar o risco de desenvolver problemas hepáticos, como o consumo de álcool e o uso de medicamentos sem indicação médica.
Saiba mais sobre os problemas no fígado em:
- Dor no fígado: sintomas que indicam problemas no fígado
- Fígado inchado: o que pode ser?
- Esteatose hepática tem cura? Qual o tratamento?
Referências:
Housset C, Chrétien Y, Debray D, Chignard N. Functions of the Gallbladder. Compr Physiol. 2016; 6(3): 1549-77.
Lee TH. Cirrose Hepática. Manual MSD.
Tholey D. Fígado gorduroso (Esteatose hepática. Manual MSD.
Beber café pode causar dor para quem tem pedras na vesícula e já teve sintomas anteriormente, como dores abdominais fortes ou indisposição após refeições pesadas.
Isso acontece porque o café aumenta as contrações da vesícula biliar, levando a um aumento da pressão dentro da vesícula com pedras, o que causa dor. Isso também pode acontecer com outros alimentos que contêm cafeína e substâncias parecidas, como chá-preto, chá mate, chocolate ou guaraná.
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Referências:
Nehlig A. Effects of Coffee on the Gastro-Intestinal Tract: A Narrative Review and Literature Update. Nutrients. 2022; 14 (399): 10-4.
Shabanzadeh DM. New Determinants for GallstoneDisease? Dan Med J. 2018; 65(2): B5438
Pedras na vesícula podem causar gases, mas esse não é um dos sintomas mais comuns. Por isso, se tem apenas excesso de gases, provavelmente não está relacionado com pedra na vesícula.
O sintoma mais frequentes de pedras na vesícula é a cólica biliar. Uma dor que tende a começar mais fraca e aumentar de intensidade gradativamente. Geralmente esta dor se localiza na porção superior do abdômen à direita, mas pode irradiar para as costas, na região entre as escápulas.
Náuseas e vômitos que ocorrem principalmente após comer alimentos gordurosos também podem indicar pedras na vesícula.
Se apresenta sintomas sugestivos de pedras na vesícula, consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. O tratamento de pessoas que apresentam sintomas é através da cirurgia de retirada da vesícula.
Referências:
Overview of gallstones disease in adults. Uptodate. 2022