Não, não é normal vomitar, apresentar queixa de dores de barriga e aumento da frequência urinária por 3 dias consecutivos, com certeza os sintomas são decorrentes de algum problema, físico ou emocional. Porém, também não há sinais de urgência, para procurar um pronto socorro, de acordo com o descrito.
Os sintomas descritos podem representar um quadro de virose, resfriado, gastroenterite, intoxicação alimentar, infecção urinária, entre outras, que em fases iniciais realmente não alteram o hemograma.
O fato de urinar muito, é até um sinal bom, de que os rins estão funcionando bem, dado sempre valioso em uma avaliação médica.
Portanto, recomendamos que procure um pediatra, clínico geral, ou médico da família para definir através de um exame clínico minucioso, qual a causa dos sintomas do seu filho e então otimizar esse tratamento.
No caso de piora do quadro, ou sinais de alerta como febre, recusa da hidratação, falta de apetite ou prostração, retorne imediatamente ao pronto socorro.
O que fazer no caso de dor de barriga e vômitos?Tão importante quanto definir a causa da dor de barriga, náuseas e vômitos em uma criança, é saber o que fazer nessa situação. As medidas mais importantes são:
- Hidratação oral vigorosa
- Alimentação equilibrada
- Repouso.
Os vômitos em uma criança podem causar desidratação rapidamente, e com isso problemas graves de saúde. Na faixa etária de bebês, a desidratação ainda é uma das principais causas de morte no Brasil.
Sendo assim, em qualquer caso de vômitos em crianças, as mães devem procurar o pediatra ou médico de família para orientações quanto a alimentação adequada e hidratação oral. Raramente, quando o tratamento é iniciado precocemente, é necessário hidratação venosa, porém apenas o médico poderá fazer essa análise.
Vomitar não corta o efeito do anticoncepcional injetável.
A mulher que vomita após a aplicação da injeção de anticoncepcional não precisa tomar uma nova injeção.
O anticoncepcional injetável é aplicado no músculo e, após a absorção, será disponibilizado sistematicamente na corrente sanguínea. Portanto, o vômito não irá influenciar na absorção dessa medicação.
Caso esteja no dia de você tomar sua injeção de anticoncepcional e esteja apresentando episódios de vômito, você pode aplicar a injeção normalmente, mas deve procurar o serviço de saúde para avaliação da origem do vômito e tratamento adequado.
Tome a injeção mensal ou trimestral na data indicada para não haver falhas na eficácia contraceptiva.
A ânsia de vômito constante costuma estar relacionada a problemas simples como:
- Gravidez
- Labirintite
- Enxaqueca
- Problemas gástricos
- Ansiedade
- Uso de medicamentos
Ânsia de vômito, enjôo ou náuseas, são formas de expressar um mesmo sintoma, uma sensação de que vai vomitar, mal-estar ou "estômago embrulhado". Esse sintoma pode se resolver de maneira espontânea, após a eliminação do conteúdo do estômago ou pode se manter constante em alguns casos, sendo preciso o uso de um medicamento.
No entanto, para cada situação existe um tratamento mais indicado e outros que podem agravar ainda mais o problema. Por isso, é importante compreender as características do seu sintoma e procurar uma avaliação médica antes de iniciar qualquer medicação.
GravidezNa gravidez, o aumento dos hormônios são os responsáveis pela sensação de enjoos constantes. O que acontece mais frequentemente durante o primeiro trimestre, embora algumas gestantes possam referir o sintoma durante toda a gestação. Nesse caso, o médico pode prescrever-lhe uma medicação para aliviar, além de orientar a evitar o jejum e alimentos gordurosos.
A labirintite, VPPB (vertigem paroxística posicional benigna) ou outros distúrbios do labirinto, causam a sensação de tontura, mal-estar e náuseas constantes, como se estivesse em alto-mar, devido a sua participação no equilíbrio e estabilidade postural. O médico otorrinolaringologista é o especialista para essa avaliação e tratamento.
EnxaquecaA enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, que quando iniciada tem como um dos sintomas característicos, as náuseas e vômitos durante a crise. Não se sabe ao certo a causa desse sintoma, mas é preciso iniciar rapidamente uma medicação para alívio dos sintomas, de modo a evitar a piora da dor, desidratação e prolongamento deste quadro. O médico neurologista é o especialista capacitado para essa avaliação e tratamento.
Problemas gástricosGastrite, refluxo e problemas intestinais que causam além dos enjoos constantes, azia e queimação, perda peso, falta de apetite e por vezes, sensação de estômago embrulhado. O gastroenterologista é o médico responsável por essa avaliação e tratamento.
AnsiedadeA ansiedade e outros distúrbios de humor, como a depressão, tem como característica, sintomas de Ânsia de vômito e taquicardia durante uma crise emocional. Outros sintomas comuns são, a sensação de bolo na garganta, suor frio, dores de barriga e diarreia. Neste caso, é preciso buscar um tratamento multidisciplinar, com psicólogo, psiquiatra e educador físico. A ansiedade tem tratamento eficaz, quanto antes for iniciado melhor a resposta.
Alguns medicamentos, tem como efeitos colaterais esperados, a sensação de náuseas, vômitos e mal-estar constante, como, por exemplo, os anticoncepcionais e os antidepressivos. Entretanto, os sintomas não costumam durar mais de 3 dias, tempo que o corpo leva para absorver e se adaptar as substâncias. De qualquer forma, no caso de enjoos logo após o início de um medicamento, é importante informar ao médico que o prescreveu, para a devida avaliação.
Na presença de enjoos constantes, procure o médico de família, ou clínico geral, para dar início a investigação desse problema, podendo planejar o tratamento ou solicitar a avaliação de outra especialidade.
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A maioria das gestantes sentem enjoo, mas não é sempre. O enjoo costuma ser mais comum entre a 5ª e a 12ª semana de gestação, depois o sintoma desaparece, ou pelo menos ameniza bastante.
O vômito pode acontecer, e acontece com frequência, entretanto não costuma aliviar os sintomas, pois é causado pelas alterações naturais que ocorrem no organismo da mulher e que permitem a evolução adequada da gravidez.
Portanto, como as causas do enjoo gestacional, apesar de ainda não estarem bem esclarecidas, estão relacionadas às mudanças no organismo da gestante, conseguir expelir algum conteúdo, através do vômito, não é capaz de interromper esse sintoma.
É preciso que os hormônios e outras modificações se organizem, o que acontece por volta da 10ª a 12ª semana de gestação, para que os enjoos terminem.
Felizmente, na maioria dos casos, são sintomas incômodos, porém toleráveis. Menos de 10% das mulheres apresentam enjoo persistente após as 12 semanas, ou tão intensos, que necessitem de tratamento.
Qual é a causa das náuseas e vômitos na gravidez?Diversas teorias são apresentadas como causas para as náuseas e vômitos gestacionais. Sintomas tão comuns entre as grávidas, atingindo uma faixa de 85% desse grupo, especialmente entre a 5ª a 12ª semana de gestação.
Teoria endócrinaA primeira teoria é a teoria endócrina, caracterizada pelo aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, HCG e leptina.
O estrogênio e A progesterona agem reduzindo a motilidade do trato gastrointestinal, promovendo retardo na digestão e dilatação das alças intestinais, o que justificaria os sintomas mas mal-estar, náuseas e vômitos.
O HCG, acredita-se estar relacionado aos sintomas porque suas concentrações estão mais altas exatamente no período dos sintomas, inclusive quanto maior sua concentração, mais frequentes são as queixas. Como por exemplo em mulher grávidas de gêmeos ou com doença trofoblástica.
A leptina é um hormônio que há menos tempo vem sendo descrito como possível causa, pela sua presença elevada em mulheres com enjoos, e menos frequente naquelas sem queixas. Mas ainda não está bem estabelecida essa relação.
Teoria da H. pyloriA segunda teoria diz respeito a presença de infecção pelo Helicobacter pylori - estudos evidenciaram maior prevalência de infecção pela bactéria em mulheres com náuseas e vômitos gestacional, quando comparadas ao grupo de gestantes sem os sintomas. Além de evidenciar relação direta da gravidade dos sintomas com a alta carga bacteriana.
Teoria genéticaA teoria genética é evidente pois a relação entre casos na mesma família está comprovada. Ainda, mulheres que apresentaram náuseas na primeira gravidez, tem mais chance de ter sintomas, até mais intensos, nas gestações seguintes.
Teoria psicogênicaA causa psicossomática atualmente não é bem aceita, porque embora seja evidente a carga de estresse e preocupações para a mulher a partir do momento que descobre sua gravidez, por mais desejada que seja, estudos não foram capazes de comprovar essa relação causal. Ao contrário, um estudo norueguês mostrou que a ansiedade e sintomas de angústia, estão mais propensos a terem sido causados pelos distúrbios hormonais, do que ser a causa.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico ginecologista.
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Uma das principais causas de vômitos em crianças é a gastroenterite viral. A gastroenterite é a inflamação do sistema gastrointestinal, incluindo o estômago e intestino.
Outras possíveis causas para vômitos em crianças são: a doença do refluxo gastroesofágico e a obstrução intestinal.
Durante o episódio de gastroenterite, além de vômitos, também é muito comum a criança apresentar diarreia. Febre, inapetência e mal-estar também podem ser sintomas encontrados.
Uma das principais complicações é a desidratação, que é mais comum em crianças pequenas. Por isso, é essencial manter a criança bem hidratada, oferecendo água e outros líquidos que sejam bem tolerados.
Na presença de episódios de vômitos repetidos, consulte um médico de família ou pediatra para uma avaliação.
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A presença de vômitos é um sintoma muito frequente em bebês e crianças e pode estar relacionado a diferentes doenças e condições de saúde.
Na maioria das vezes constitui um quadro autolimitado e transitório, decorrente principalmente de gastroenterites.
No entanto, em algumas situações pode indicar uma doença de maior gravidade devendo a criança ser levada a um serviço de atendimento médico.
A maioria dos pais tem dúvidas no que fazer quando a criança começa a vomitar e qual o momento de levar a criança para uma avaliação médica.
O que fazer se meu filho estiver vomitando?Quando uma criança começa a vomitar é importante manter uma observação constante para observar possíveis sinais de gravidade e levar ao médico quando necessário.
1. Observe a criançaEm muitos casos os episódios de vômito cessam espontaneamente. Portanto, os adultos devem cuidar para que a criança ou bebê mantenha-se bem hidratado até que ocorra a melhora dos sintomas de vômito.
2. Mantenha a ingesta de líquidos e alimentosEm bebês que são amamentados, é essencial continuar amamentando-os, garantindo assim a oferta hídrica necessária.
Em crianças maiores ofereça líquidos e alimentos leves. Ofereça porções pequenas de alimentos, já que o apetite costuma estar diminuído. Prefira também alimentos mais frios, ao invés de quentes.
Crianças que apresentam vômitos ou diarreia podem fazer uso de Sais de Reidratação Oral, que ajudam a manter a hidratação e repor os eletrólitos perdidos. Converse com o seu médico sobre essa possibilidade.
3. Afaste a criança de substâncias que podem piorar os sintomasAfaste a criança de ambientes ou produtos com odores fortes, pois podem piorar os sintomas de náuseas.
4. Não use medicamentos sem supervisão médicaEvite o uso de medicamentos para inibir o vômito, sem orientação médica.
Quando de fato os vômitos estiverem muito intensos, o médico poderá indicar algum antiemético como o dimenidrato (Dramin) ou a androsetona (Vonau), no entanto, na maioria dos casos nenhum medicamento é necessário.
5. Saiba quando procurar um médicoAlgumas crianças podem perder o apetite e deixarem de comer, sendo que em alguns casos, por conta do vômitos persistente, a criança pode não conseguir ingerir nada.
Nessa situação, os pais devem redobrar a atenção, pois se a criança começar a apresentar sinais de desidratação e os vômitos imparáveis, os pais devem procurar atendimento médico.
Existem ainda outras situações que podem indicar a presença de doenças de maior gravidade, que exigem uma avaliação médica. Portanto, procure um médico se a criança apresentar:
- Persistência dos vômitos. Em recém nascidos o vômito deve cessar em até 12 horas, em bebês lactentes em até 24 horas e em crianças maiores, em até dois dias. Caso os episódios de vômitos persistam além desse período, procure um médico.
- Vômitos repetidos: caso a criança esteja vomitando sem parar de forma repetitiva, a ponto de não conseguir ingerir nada de líquidos.
- Sinais de desidratação: casos o bebê ou a criança apresente sinais de desidratação, como boca seca, choro sem lágrimas, sonolência ou redução do volume urinário.
- Vômito verde ou com sangue.
- Inchaço e dor abdominal.
- Sonolência ou irritabilidade fora do usual.
- Em bebês a presença de fontanela abaulada ou deprimida.
- Em crianças maiores a queixa de dor de cabeça, dificuldade de movimentação da cabeça (dificuldade de abaixar o queixo até o peito) e febre.
Caso esteja preocupado com o estado de saúde do seu bebê ou criança também não hesite em entrar em contato com o seu médico de família ou pediatra para esclarecimentos.
O que pode causar vômitos em bebês e crianças? GastroenteritesAs gastroenterites se referem a quadros de infecção e inflamação do trato gastrointestinal, pode ter inúmeras causas como infecção por vírus, bactérias, parasitas ou ingesta de toxinas alimentares.
Em muitos casos as gastroenterites correspondem a um processo auto-limitado, que causa vômitos, diarreia, mal-estar e eventualmente febre.
Durante a gastroenterite é essencial estar atento a hidratação da criança, pois episódios de vômito e diarreia repetidos podem levar a desidratação.
Alergia ou intolerância alimentarCasos de alergia e intolerância alimentar são uma importante causa de vômitos e outros sintomas gastrointestinais.
Deve-se observar bem se os sintomas surgiram ou sempre surgem após a criança ingerir determinado alimento. Caso episódios de vômito se repitam após a ingesta de um alimento específico, como leite, deve-se fazer a suspeita de alergia ou intolerância.
Doenças infecciosasDiferentes doenças de causa infecciosa podem desencadear episódios de vômitos desde uma otite até uma meningite, passando por infecção urinária ou pneumonia.
Por isso, quando uma criança começa a vomitar, é importante observar outros possíveis sinais e sintomas como dor de cabeça, febre, tosse, falta de ar ou sintomas urinários.
Causas específicas de vômito em bebêsBebês e recém-nascidos estão propensos a apresentar doenças específicas que desencadeiam vômitos, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), a estenose pilórica congênita e a intuscepção.
A doença do refluxo esofágico consiste no retorno de parte do alimento ingerido do estômago e esôfago para a garganta podendo causar vômito e desconforto. Pode ser confundida com regurgitação fisiológica do bebê, no entanto, na DRGE o bebê apresenta grande volume de alimento regurgitado, a ponto de interferir no seu ganho de peso.
A estenose pilórica se refere no estreitamento do piloro, a passagem entre o estômago e o intestino. Já a intuscepção consiste na curvatura do intestino sobre si mesmo. Ambas são doenças mais raras.
Para mais informações sobre vômitos em bebês e crianças consulte o seu médico pediatra ou médico de família.
Referências:
1. Uptodate. Approach to the infant or child with nausea and vomiting. Acesso em set. 2020.
2. SBP. Evidências para o manejo de náusea e vômitos em pediatria. 2018.