Sim, tuberculose pleural tem cura.
O tratamento é baseado no conjunto de antibióticos, conhecido por esquema básico, assim como o tratamento para casos de tuberculose pulmonar. Seguindo o protocolo estipulado pelo Ministério da Saúde, deve ser administrado em duas fases:
⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol, seguido pela
⇒ 2ª fase (mais 4 meses): Rifampicina + Isoniazida.
(em crianças menores de 10 anos, a única diferença é que o Etambutol não deve ser incluído).
Se a evolução não for favorável, a segunda fase pode ser prolongada por mais 3 meses, totalizando 7 meses.
Alguns serviços optam por uma quinta medicação, que seria o corticoide, para acelerar a resolução do quadro, porém há controversas por falta de evidências científicas que comprovem seus benefícios a longo prazo.
A chance de cura da tuberculose pleural com esse esquema é de 98%, desde que o tratamento seja feito corretamente e não seja interrompido.
Tratamento em casos específicos
Alguns casos específicos, que demostram resistência ou reações adversas ao esquema básico, inicial, podem ter a opção de substituir a Rifampicina e Isoniazida pela Estreptomicina e Etionamida, constituindo o esquema abaixo, porém neste caso, a duração deve ser de 12 meses:
⇒ 1ª fase (3 meses): Estreptomicina + Etionamida + Etambutol + Pirazinamida.
⇒ 2ª fase (9 meses): Etionamida + Etambutol.
A estreptomicina é o único medicamento administrado por via venosa, seja direto por injeção ou diluído no soro. Todos os outros antibióticos usados para tratar a tuberculose pleural são tomados por via oral.
A taxa de cura desse esquema varia entre 55 e 65%. Além dos medicamentos serem menos eficazes, os efeitos colaterais e a necessidade de ter que tomar injeções por 3 meses (estreptomicina) aumentam a taxa de abandono desse tratamento.
Existem ainda outras opções de antibióticos, para casos de reação ou resistência, entretanto esses casos são avaliados em serviços terciários, com profissionais especializados na área.
O tratamento da tuberculose é disponibilizado gratuitamente, e também todas as suas orientações e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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