O aneurisma cerebral, também conhecido como aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede uma artéria do cérebro. Geralmente ocorre em artérias do Polígono de Willis, responsáveis por parte da irrigação cerebral.
Acredita-se que a predisposição genética possa ser a origem do aneurisma cerebral, inclusive em indivíduos com pressão arterial normal, embora seja muito mais frequente em pessoas com pressão alta.
A formação do aneurisma parece ocorrer por uma pressão exercida na região menos resistente da artéria, dando origem a uma espécie de bexiga que vai crescendo lenta e progressivamente. Ou uma malformação do vaso congênita (a pessoa já nasce com essa alteração.)
Com o tempo, pode haver a rotura da artéria nessa região, devido sua distensão, causando volumosa hemorragia, ou compressão de outras áreas do cérebro ao redor do aneurisma.
Os episódios de ruptura e sangramento costumam ocorrer entre os 40 e 50 anos de idade, são mais comuns em mulheres e tornam-se mais frequentes à medida que a pessoa envelhece. Nestes casos, apenas dois terços dos pacientes sobrevivem e, dentre esses, metade permanece com sequelas que comprometem a qualidade de vida.
Quais são as causas do aneurisma cerebral?O aneurisma cerebral tem como possíveis causas: predisposição genética, hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos altos), diabetes, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Quais são os sintomas do aneurisma cerebral?Um aneurisma cerebral pequeno e que não se rompeu pode não causar sintomas.
Quando se rompe, causando hemorragia cerebral, os sintomas ocorrem pela irritabilidade que o sangue (fora do vaso sanguíneo), banhando o cérebro, pode causar. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, crise convulsiva e perda da consciência ou coma.
Em caso de ruptura do aneurisma cerebral, o risco de morte é alto, variando entre 30 a 50%, dependendo dos estudos.
O diagnóstico do aneurisma cerebral é realizado por exames de imagem, como arteriografia, angiotomografia ou angiorressonância cerebral, tornando a detecção precoce infrequente, já que esse exame não faz parte da rotina dos exames de check-up.
Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento do aneurisma cerebral deve ser realizado o quanto antes, seja através de cirurgia aberta ou embolização (cateterismo cerebral).
O melhor método deverá ser avaliado, de acordo com as características do aneurisma e as condições clínicas da pessoa. O risco da cirurgia deve ser menor do que os riscos oferecidos pela história natural da doença.
A cirurgia aberta do aneurisma cerebral é feita através de uma abertura no crânio. O procedimento consiste em colocar um clipe de titânio que comprime a base do aneurisma.
Contudo, atualmente o tratamento da maioria dos casos de aneurisma cerebral tem sido feito por embolização. Esse procedimento é minimamente invasivo e consiste na colocação de um material no interior do "saco" aneurismático, por via de um cateter, bloqueando o aneurisma.
O objetivo do tratamento de um aneurisma cerebral que se rompeu é evitar que o mesmo volte a sangrar. Uma nova hemorragia aumenta as taxas de mortalidade.
Em caso de pessoas que não podem, não devem ou não querem passar por cirurgia, deve-se manter controle rigoroso da pressão arterial, evitar esforços físicos e não fumar.
Portanto, é importante lembrar que dores de cabeça intensas, com surgimento súbito e repentino (como se tivesse levado uma pancada), acompanhada de enjoo e vômitos, indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar.
Em caso de suspeita de aneurisma cerebral, um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um neurologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.
Leia também: Quais os sinais e sintomas de um aneurisma cerebral?
Sim, derrame cerebral tem tratamento e cura, a depender da sua extensão gravidade e tempo de busca por atendimento. A recuperação completa da pessoa e a presença ou não de sequelas dependem da parte do cérebro em que ocorreu o derrame, do tamanho da lesão cerebral e se o tratamento foi adequado e iniciado a tempo.
O tratamento do derrame cerebral depende do tipo de acidente vascular cerebral (AVC hemorrágico ou isquêmico) e deve ser iniciado o mais precocemente possível. As medicações usadas para tratar o derrame servem para dissolver coágulos (AVC isquêmico), controlar a pressão arterial e aliviar a dor de cabeça.
Em alguns casos pode ser necessária a realização de procedimentos cirúrgicos, que têm como objetivo desobstruir os vasos sanguíneos (AVC isquêmico), drenar o sangue acumulado no crânio e reparar os vasos sanguíneos que se romperam (AVC hemorrágico).
O tratamento das possíveis sequelas decorrentes do AVC podem incluir fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, que irão atuar na recuperação ou manutenção dos movimentos, das funções motoras e da fala.
Vale lembrar que quanto mais rápido o tratamento do derrame cerebral começar, maiores são as chances de recuperação e menores são os riscos de sequelas.
Por isso, aos primeiros sinais e sintomas de um derrame cerebral, a pessoa deve ser levada com urgência a um pronto-socorro.
Saiba mais em:
Quais os sintomas de um derrame cerebral?
Em caso de suspeita de AVC (Acidente Vascular Cerebral - "derrame"), o que se deve fazer é levar a vítima imediatamente a um serviço de urgência. Se possível, nem esperar pela ambulância.
AVC é uma emergência médica! Quanto mais rápido chegar a uma emergência, mais chances de tratamento e evitar sequelas.Durante o transporte ou enquanto se espera pela ambulância, é recomendável:
- Manter um ambiente tranquilo;
- Manter sempre um familiar junto, é fundamental que tenha alguém para responder as perguntas do socorrista, caso o paciente perca a consciência;
- Manter a via aérea desimpedida;
- Desapertar as roupas, principalmente ao nível do pescoço, tórax e abdômen;
- Manter a temperatura corporal, com ventilação ou aquecimento, dependendo do clima no local;
- Observar as suas funções vitais, se responde às perguntas e mantém contato verbal e lúcido.
Os sinais de um AVC são súbitos e podem aparecer isoladamente ou em conjunto, dependendo da área do cérebro que foi atingida. Os mais comuns são:
- Fraqueza, perda do movimento ou dormência em um braço ou perna, ou mesmo em todo um lado do corpo;
- Dificuldade na fala ou paralisia na face;
- Visão turva ou perda da visão, especialmente de um olho;
- Episódio de visão dupla;
- Dificuldade para entender o que os outros dizem, fica "confuso", "estranho";
- Tontura, perda do equilíbrio, falta de coordenação para andar ou queda súbita, normalmente acompanhada pelos outros sintomas;
- Dor de cabeça forte e persistente;
- Dor de cabeça associada a vômitos intensos.
O AVC é uma urgência médica e cada segundo é importante. Quanto mais rápido o paciente receber tratamento, maiores são as chances de tratar e evitar sequelas.
Leia também: O que fazer quando uma pessoa tem uma parada cardiorrespiratória?
A identificação e o tratamento para cada dor de cabeça, começam pela avaliação das suas características, o tipo de dor, localização e sintomas associados.
1. Pressão na cabeça ou dor em apertoA cefaleia tensional é uma dor de cabeça do tipo aperto ou pressão, geralmente causada por ansiedade, tensão muscular, cansaço físico ou mudanças de temperatura repentina. Outras causas possíveis são os problemas de coluna e pressão alta.
A dor é causada pela contração dos músculos e pode ser aliviada quando "apertam" as têmporas com a ponta dos dedos.
O tratamento é feito com repouso em ambiente calmo, medicamentos analgésicos, relaxante muscular, além de tratar a causa do problema. Nos casos de ansiedade, procurar tratamento com psicoterapia e atividade física prazerosa.
2. Dor só de um ladoA dor de um lado só, direito ou esquerdo, que sempre muda de localização sugere um quadro de ansiedade ou tensão muscular (chamada cefaleia tensional).
A tensão muscular costuma ocorrer em situações estresse, preocupações ou até por posturas inadequadas de trabalho, muito tempo na mesma posição e/ou treinos intensificados.
O tratamento é feito com relaxante muscular e fortalecimento da musculatura através da fisioterapia.
Contudo, a dor relacionada a tensão muscular, ansiedade e por vezes, por pressão alta, varia de localização e intensidade. Sendo assim, quando uma dor permanecer em um único lado, com início já na idade adulta e sem melhora com medicamentos, pode ser um sinal de gravidade, por isso está recomendado procurar um neurologista para melhor investigação.
3. Dor de cabeça frequenteA dor de cabeça frequente, todos os dias, sugere pressão alta, um quadro de cansaço físico e mental (estafa) ou problemas de visão.
Na pressão alta, a dor de cabeça costuma ser constante, em aperto ou pressão, em toda a cabeça, de embora habitualmente seja descrita na nuca. Pode ter início ainda pela manhã e vir associada a náuseas, vômitos e mal-estar.
O tratamento é feito com mudança de hábitos de vida, mantendo boa alimentação e atividade física regular, além de usar corretamente as medicações anti-hipertensivas.
O cansaço físico e mental, ou estafa, como é conhecido popularmente, é a sobrecarga do organismo, e tem como sintomas, dor de cabeça frequente, tipo aperto, localizada por toda a cabeça ou na região das têmporas, associada a sensação de desânimo, dores no corpo, falta de apetite e humor deprimido.
O tratamento é feito com repouso, alimentação balanceada, reposição de vitaminas quando preciso e beber bastante água. Pode ser preciso as atividades diárias ou de trabalho, se forem a causa do problema.
Problemas de visão como miopia, uso incorreto dos óculos ou trabalho por horas em ambientes luminosos como o uso de computadores, causam dores de cabeça com frequência. A dor é mais comum no final do dia, após o esforço excessivo, localizada na região "atrás dos olhos", testa ou nuca.
O tratamento se baseia no uso correto dos óculos e orientações de descansar a vista por 10 a 15 minutos, várias vezes durante o dia. Nos casos de maior intensidade, o uso de analgésicos comuns, aliviam mais rapidamente a dor, durante uma crise.
4. Dor de cabeça latejante ou pulsátilA principal representante da dor tipo pulsátil e latejante é a enxaqueca.
Enxaqueca é uma dor de cabeça crônica, caracterizada por ser de um único lado, que varia a cada episódio de dor e que piora com a luz e com o barulho. Geralmente é associada a náuseas, vômitos e mal-estar.
O tratamento da crise pode ser feito com uma das 5 classes de medicamentos aprovados no Brasil: analgésicos comuns, anti-inflamatórios não esteroidais, ergotamínicos, antagonistas dopaminérgicos e triptanos. Além disso, o repouso em ambientes calmos e escuros ajudam no alívio da dor.
Nos casos de enxaqueca crônica (mais de 3 meses consecutivos de dor), é indicado tratamento preventivo, sendo as medicações de mais eficazes, o Topiramato® e a aplicação de toxina botulínica tipo A.
Outras opções que podem ser utilizadas, dependendo de casa caso, são os corticoides, antidepressivos e mais recentemente, os anticorpos monoclonais.
Saiba mais sobre esse tratamento no artigo: Qual é o tratamento da enxaqueca?
5. Dor nos olhosA dor de forte intensidade, na região de um dos olhos, associada a lacrimejamento, vermelhidão, congestão nasal e coriza, sugere a cefaleia em salvas, ou cluster.
Um tipo de dor de cabeça mais comum nos homens jovens, sem causa definida, e que dura pouco tempo, com longos períodos de calmaria, no entanto, durante a crise, a dor é considerada uma das piores dores já sentidas na medicina.
O tratamento mais eficaz na crise, é o oxigênio nasal e para tratamento de manutenção, a Indometacina, com objetivo de diminuir a sua frequência.
A neurite óptica é outra causa de dor em um dos olhos, de início súbito, associado a dificuldade visual ou cegueira total desse olho. Uma causa comum é a esclerose múltipla. A crise deve ser tratada o quanto antes, com corticoterapia ou imunoglobulina, para evitar sequelas.
Nos casos de dengue, zika, sinusite, entre outros processos infecciosos ocorrem episódios de dores na região dos olhos, mais descritas como "atrás dos olhos", porém vem associada a febre, mal estar, manchas na pele e falta de apetite, auxiliando no correto diagnóstico. O tratamento depende de repouso, hidratação e alimentação saudável.
A dor na testa é típica da sinusite. O processo inflamatório, com o acúmulo de líquido e edema em um dos seios da face. A dor de cabeça se localiza no meio da testa ou na maçã do rosto, uma dor do tipo em aperto, que piora quando abaixa a cabeça ou movimenta rápido.
Pode vir ou não acompanhada de febre. O diagnóstico é clínico, não é preciso a exposição ao Raio-X, a menos que haja alguma dúvida.
O tratamento deve ser feito com antibióticos e limpeza nasal constante.
7. Dor na nucaA dor na nuca está popularmente associada ao aumento da pressão arterial, e realmente é uma das principais causas. Portanto, a pressão deve ser sempre aferida, mas o torcicolo, enxaqueca e ansiedade também podem causar dores na nuca.
O tratamento da pressão alta deve ser o uso correto da sua medicação anti-hipertensiva. Alem disso, é fundamental informar ao seu cardiologista sobre a dor, pois pode ser necessário um ajuste da dose da medicação.
Nos casos de contratura muscular, o uso de um relaxante muscular pode resolver rapidamente o problema. Um relaxante muscular bastante utilizado é a ciclobenzaprina.
Vale ressaltar que pessoas com miastenia gravis ou outras doenças que atingem o músculo, não podem usar esse tipo de medicação! As opções para esse caso, são o repouso, colar cervical, para evitar movimentar e contrair ainda mais, e os tratamentos alternativos como a yoga, meditação e a osteopatia.
8. Dor de cabeça e muito sonoAté que prove o contrário, e antes de tomar qualquer medicação, a mulher que apresente dores de cabeça associada a sono, deve descartar a possibilidade de uma gravidez.
Na gestação, devido à ação dos hormônios e a vasodilatação natural da mulher, é muito comum a presença de dores de cabeça. O uso de anti-inflamatórios na gravidez é contraindicado, devido ao risco de sangramento e aborto, por isso, não tome uma medicação se houver essa possibilidade.
A hipertensão também pode causar dores de cabeça e cansaço extremo, que pode ser confundido pelo paciente, por sono. Sendo importante pessoas hipertensas em qualquer situação de dor de cabeça, medir a sua pressão.
9. Dor de cabeça e febre altaA dor de cabeça é esperada em uma situação de febre alta, no entanto, as infecções cerebrais como a meningite e a encefalite, tem um alto risco de mortalidade.
A meningite é uma doença grave, com alto risco de mortalidade, caracterizada pela infecção das meninges, película que recobre o cérebro. A encefalite é a infecção que atinge todo o cérebro. Os sintomas em ambos os casos são de dor de cabeça intensa, febre alta e rigidez de nuca. O pescoço fica tão rígido que a pessoa é incapaz de encostar o queixo no peito.
O tratamento é feito com antibioterapia venosa e isolamento, para não infectar outras pessoas, e deve ser iniciado assim que for suspeitada a doença para evitar sequelas.
Na suspeita de uma dessas doenças, procure imediatamente uma emergência médica.
10. Pior dor de cabeça da vida!A dor de cabeça relacionada ao aneurisma cerebral costuma ser descrita como a pior dor de cabeça da vida, ou como uma "bomba explodindo dentro da cabeça".
O aneurisma cerebral é uma malformação no vaso sanguíneo do cérebro, que não causa nenhum sintoma até que se rompa, mesmo que parcialmente, permitindo que o sangue saia do vaso e atinja o cérebro, causando uma grande irritação química.
Os sintomas são de dor intensa na cabeça, de início súbito associado a vômitos e rigidez de nuca. Na suspeita de um aneurisma, procure imediatamente uma emergência. O tratamento definitivo é cirúrgico.
Quando procurar uma emergência?Os sinais de alerta, que indicam a necessidade de procurar imediatamente um serviço de emergência, são:
- Dor de cabeça com febre alta (mais de 39º),
- Dor de cabeça de início após os 50 anos de idade,
- Dor de cabeça associada a alteração de visão (visão dupla ou cegueira),
- Dor de cabeça com rigidez de nuca (pescoço duro) e
- Dor de cabeça associada a desorientação ou confusão mental.
Leia também:
- Dor de cabeça frequente: o que pode ser?
- É possível ter meningite mais que uma vez?
- o que é cefaleia tensional e quais os sintomas?
Referência:
Sociedade Brasileira de Cefaléia.
Isso pode significar um acidente vascular cerebral isquêmico (vulgo derrame), mas só o neurologista vendo o exame pode dar certeza do resultado.
Ela pode estar passando por dificuldades emocionais pelo que aconteceu. Deve insistir para ela tomar os remédios e comer, porém deve lembrar que a escolha é dela e ela deve arcar com as consequências de suas escolhas. Precisam levar ela num médico e num psicólogo.
Sim, dor de cabeça pode ser sintoma de AVC. A dor de cabeça no caso de AVC isquêmico, costuma acontecer por causa de aumento da pressão arterial, uma dor com caráter de "aperto" na cabeça, constante. No caso de hemorragia cerebral ou AVC hemorrágico, a dor de cabeça já tem um caráter mais intenso, de início súbito, associado a náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e perda da consciência ou coma. Se a pessoa estiver dormindo, a dor é forte o bastante para acordá-la.
Além da dor de cabeça, os sinais e sintomas de um AVC podem incluir:
- Dormência, formigamento ou fraqueza muscular no rosto, braço ou perna, geralmente em apenas um lado do corpo;
- Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem;
- Diminuição da visão, visão dupla ou cegueira total;
- Dificuldade para caminhar, engolir, ler ou escrever;
- Confusão mental;
- Tontura, vertigem, perda de equilíbrio ou coordenação motora;
- Rigidez de nuca (no AVC hemorrágico);
- Sonolência, perda de consciência e coma.
Na dúvida se a dor de cabeça é ou não um AVC, siga esses 3 passos:
1) Peça à pessoa para sorrir e verifique se um lado do rosto está paralisado;
2) Peça à pessoa para levantar os dois braços e verifique se um dos braços cai ou está mais fraco;
3) Peça à pessoa para repetir uma frase simples e verifique se ela arrasta as palavras e se a frase foi repetida corretamente.
Veja também: Suspeita de AVC: o que fazer?
Os sintomas do derrame cerebral geralmente têm início súbito e variam conforme a parte do cérebro que foi afetada, o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e a gravidade do derrame.
O AVC pode causar graves danos ao cérebro, incapacidade permanente e morte. Por isso na dúvida, sempre procure imediatamente um atendimento de urgência, "tempo é cérebro".
O que é AVC e quais são as causas?AVC é a sigla para acidente vascular cerebral. Um AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma determinada parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico) ou quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, causando uma hemorragia (AVC hemorrágico).
Portanto, apesar do acidente vascular cerebral ser popularmente chamado de “derrame”, o extravasamento de sangue só ocorre no AVC hemorrágico. A dor de cabeça costuma estar presente principalmente nesse tipo de AVC, devido a irritação causada pelo extravasamento do sangue no tecido cerebral.
Veja também: O que pode causar um AVC?
Outra condição semelhante a um acidente vascular cerebral é o ataque isquêmico transitório (AIT). Ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido por um período curto de tempo. O AIT não causa danos permanentes às células cerebrais, porque o fluxo é restabelecido antes que as células sofram, mas é um fator de risco importante para o AVC. Sabemos que quem apresenta um episódio de AIT tem uma doença obstrutiva crônica, por isso a qualquer momento pode sofrer um derrame.
Quais são os tipos de AVC? AVC isquêmicoO AVC isquêmico é causado por um coágulo de sangue ou placa de gordura que bloqueia uma artéria no cérebro. É o tipo de AVC mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Um AVC isquêmico também pode causar sangramento e se tornar um derrame hemorrágico.
Saiba mais em: O que é AVC isquêmico e quais são os sintomas?
AVC hemorrágicoO AVC hemorrágico ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo cerebral, gerando sangramento no cérebro.
Leia também: O que é AVC hemorrágico e quais são os sintomas?
Quem corre o risco de sofrer um AVC?Alguns fatores aumentam os riscos da pessoa sofrer um AVC, tais como:
- Hipertensão arterial (pressão alta);
- Diabetes;
- Doenças cardíacas;
- Colesterol alto;
- Tabagismo (fumar danifica os vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial);
- História familiar ou pessoal de AVC ou ataque isquêmico transitório;
- Idade (o risco de derrame aumenta à medida que a pessoa envelhece, principalmente a partir dos 55 anos);
- Obesidade;
- Sedentarismo (falta de atividade física regular);
- Consumo de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas;
- Uso de pílula anticoncepcional (sobretudo mulheres que fumam e têm mais de 35 anos);
- Má circulação nas pernas;
- Gravidez;
- Terapia de reposição hormonal (mulheres).
A recuperação depende do tipo de acidente vascular cerebral, extensão e localização da lesão, além do tempo que levou para iniciar o tratamento.
Os pacientes que sofreram um AVC isquêmico têm melhor evolução, quando tratado rapidamente, do que casos de AVC hemorrágico. Ainda assim, nos dois casos, quanto antes for iniciado o tratamento medicamentoso e de reabilitação, com fisioterapia e fonoaudiologia, nos casos de sequelas de fala, mais breve será sua recuperação e maiores as chances de recuperação completa.
Um AVC é uma emergência médica! Em caso de sintomas de AVC, procure atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce, mais do que reduzir as chances de sequelas, salva muitas vidas.
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O nosso sistema cardiovascular ou circulatório tem como função distribuir oxigênio e nutrientes por todo o corpo. É formado pelo coração e vasos sanguíneos.
Vasos SanguíneosA rede de tubos que forma o sistema cardiovascular é chamada de vasos sanguíneos. Eles são classificados em três diferentes tipos: artérias, veias e capilares.
ArtériasDe um modo geral, são as artérias os vasos responsáveis por conduzir o sangue do coração para as células do corpo. São formadas por três camadas de tecidos denominados túnicas. Suas paredes fortes e elásticas permitem que as artérias se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco e garantam que o sangue seja transportado a todos os tecidos sob pressão. É por meio da avaliação das artérias que verificamos a pressão arterial.
Estes vasos diminuem seu calibre na medida em que se afastam do coração. As arteríolas são ramos mais finos que se ramificam em capilares e constituem a porção final das artérias. São os capilares que se unem às vênulas, porção final das veias.
VeiasAs veias são responsáveis pelo transporte de sangue das diferentes partes do corpo para o coração. A parede das veias é mais fina comparada à parede das artérias e a pressão no interior destes vasos também é menor. Deste modo, o retorno do sangue do corpo para o coração ocorre de forma mais lenta.
Estes vasos possuem válvulas que direcionam o sangue sempre para o coração. A maior parte das veias são responsáveis pela condução de sangue venoso que é rico em gás carbônico. Entretanto, as veias pulmonares transportam sangue arterial, rico em oxigênio dos pulmões para o coração.
Vasos CapilaresOs capilares são ramificações muito finas, microscópicas, das artérias que fazem a comunicação com as vênulas (porção final das veias). As paredes destes pequenos vasos são formadas por uma camada muito fina de células que possibilitam a troca de oxigênio, gás carbônico e nutrientes do sangue para a células e vice-versa.
Coração Divisão interna do coração.O coração ou miocárdio se localiza na caixa torácica, alojado entre os pulmões. Funciona como uma bomba que impulsiona o sangue para o corpo inteiro através dos vasos sanguíneos.
Caracteriza-se por ser um órgão muscular oco constituído por 4 cavidades: duas cavidades superiores chamadas átrios e duas inferiores, os ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito por meio da válvula tricúspide. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo direito através da válvula mitral. Estas válvulas existem para impedir que o sangue retorne aos átrios após passar para os ventrículos. Não existe comunicação entre os átrios e nem entre os ventrículos.
O coração é envolvido externamente pelo saco pericárdico. Internamente, os átrios e os ventrículos são revestidos por uma membrana que se chama endocárdio.
Doenças do sistema cardiovascularAs patologias que afetam o coração ou os vasos sanguíneos decorrem de distúrbios quase sempre associados a obstrução arterial. A obstrução impede o fluxo normal de sangue, desencadeando problemas para nutrição e oxigenação das células, o que compromete o bom funcionamento dos órgãos.
As mais comuns são:
- Infarto Agudo do Miocárdio;
- Aterosclerose;
- Angina do Peito;
- Hipertensão Arterial.
Leia também: Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?
Fatores de risco para as doenças do sistema cardiovascularVários são os fatores de risco que podem favorecer o surgimento de doenças cardiovasculares. Os principais fatores estão associados com:
- Predisposição genética;
- Idade;
- Sedentarismo;
- Tabagismo:
- Estresse;
- Alimentação rica em gorduras;
- Diabetes;
- Níveis altos de colesterol total e ou frações.
A prática de atividade física para prevenir as doenças cardiovasculares deve ser efetuada por pelo menos 30 minutos, de 4 a 5 vezes por semana.
Controlar níveis de colesterol e triglicéridesO controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides evitam o acúmulo de gordura nas paredes das artérias (placas de ateromas) que propiciam a oclusão destes vasos. A adoção de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos ajudam neste controle.
Controlar a pressão arterialA hipertensão arterial é um importante fator de risco para o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio. Controlar a pressão arterial por meio de atividade física e alimentação saudável e com pouco sal ajuda a evitar as doenças cardiovasculares.
Manutenção do peso corporalEmagrecer a manter o peso corporal na faixa normal reduzem o risco de doenças cardiovasculares. A gordura que se acumula na região abdominal, aumenta o risco de pressão alta, colesterol elevado e diabetes, o que pode afetar o funcionamento dos vasos sanguíneos e do músculo cardíaco.
Não fumarO fato de não ser tabagista é um hábito importante para a prevenção das doenças cardiovasculares. O fumo enrijece as paredes dos vasos sanguíneos e favorece a formação de coágulos. Além disso, pode reduzir o nível do bom colesterol (HDL) no sangue.
Evitar o estresseO estresse provoca a redução do fluxo sanguíneo para o coração, irregularidades nos batimentos cardíacos e aumentam o risco para a formação de coágulos na circulação sanguínea. Gerenciar o estresse é uma forma importante de evitar doenças cardiovasculares.
Além de adotar as medidas de prevenção, é relevante estar atento a presença de dores no peito, falta de ar, fraqueza, inchaço nas pernas, tonturas, visão turva e palpitações. Estes sintomas podem variar de acordo com o órgão do sistema cardiovascular afetado.
Na presença de qualquer um destes sintomas, procure um/a médico/a de família, clínico geral ou cardiologista.
Veja também: Doenças cardiovasculares: quais os fatores de risco e como prevenir?