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Como reduzir o nível de açúcar no sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para reduzir o nível de açúcar no sangue é preciso ter uma dieta adequada, praticar atividade física e tomar medicamentos específicos ou insulina, sempre que necessário.

Algumas recomendações para ajudar a reduzir o nível de açúcar no sangue:

  • Praticar exercícios físicos: A atividade física faz o corpo queimar calorias e favorece a entrada de açúcar nos músculos, baixando os seus níveis no sangue;
  • Comer frequentemente: Recomenda-se comer a cada duas horas para evitar os picos de açúcar no sangue que ocorrem depois de jejuns prolongados;
  • Diminuir a dose das refeições: Comer menos quantidade também ajuda a prevenir aumento súbito de açúcar no sangue;
  • Evitar açúcar, doces, bolachas, bolos, refrigerantes, arroz e pão brancos, massa comum: Esses alimentos são ricos em açúcar e possuem alto índice glicêmico, portanto aumentam rapidamente as taxas de glicose no sangue;
  • Aumentar a ingesta de alimentos integrais, cereais, aveia, lentilhas, ervilhas, feijão e grão de bico: Esses alimentos são digeridos de forma mais lenta pelo organismo (baixo índice glicêmico), fornecendo açúcar gradualmente ao corpo e evitando assim os picos de glicemia. Além disso, são ricos em fibras, que ajudam a reduzir a absorção de açúcar pelo corpo.

Se o nível de açúcar no sangue estiver alto devido ao Diabetes tipo II, o tratamento deverá ser baseado na dieta e exercícios físicos, o que na maioria das vezes é suficiente para alcançar os níveis de glicemia desejados. Embora precise manter acompanhamento médico rigoroso e em alguns casos pode ser indicado medicamentos em conjunto.

Com o passar do tempo, o uso de insulina pode ser necessário principalmente se o paciente não aderir adequadamente às orientações médicas.

Esse tipo de diabetes geralmente atinge pessoas com mais de 40 anos, obesas, sedentárias e com histórico da doença na família.

Já os indivíduos portadores de Diabetes tipo I, apresentam uma deficiência quase total de produção da insulina e só conseguem baixar o açúcar no sangue através da aplicação de insulina sintética.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem a função de transportar o açúcar para dentro das células para ser transformado em energia.

O nível de glicose (açúcar) no sangue deve estar abaixo de 100 mg/dl para ser considerado "normal". Entretanto, existem controversas, especialmente em casos como idosos, crianças e gestantes.

Se as taxas de glicose permanecerem altas ao longo dos anos, o excesso de açúcar é depositado nos vasos sanguíneos e nervos, podendo causar lesões irreversíveis, como: cegueira, problemas neurológicos, doenças renais e cardiovasculares.

O tratamento para reduzir o nível de açúcar no sangue é da responsabilidade do/a médico/a endocrinologista. O plano alimentar deve ser feito por um nutricionista.

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Diabetes tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, até o momento não existe um tratamento que cure o diabetes, seja o tipo 1 ou o tipo 2, mas existe tratamento eficaz que permite o controle da doença e de possíveis complicações.

Algumas pesquisas têm sido realizadas para testar o uso de células tronco no tratamento e possível cura do diabetes tipo 1, no entanto, esses estudos ainda estão em fase de testes e apenas o futuro poderá dizer se tais terapias poderão trazer alguma cura definitiva para esta doença.

Qual é o tratamento para diabetes?
  • Diabetes tipo 1: o tratamento do Diabetes tipo 1 consiste principalmente na insulinoterapia, ou seja, aplicação de insulina de modo a controlar os níveis de glicemia (açúcar no sangue) da pessoa com diabetes. Associa-se ao uso da insulina uma dieta adequada, através de orientação nutricional e a prática de atividades física

  • Diabetes tipo 2: o tratamento do Diabetes tipo 2 no início é feito geralmente com medicamentos, dieta adequada, na qual se reduz o consumo de açúcares e carboidratos e prática de atividade física. Os medicamentos melhoram a resposta das células à insulina, estimulam a produção e liberação de insulina pelo pâncreas, diminuem a absorção de açúcar pelo intestino ou aumentam a eliminação de glicose pela urina. Com o decorrer do tempo pode haver também a necessidade do uso da insulina.

  • Diabetes gestacional: o tratamento é feito com modificações na dieta e prática de atividade física orientada. Injeções de insulina podem ser necessárias, no caso da dieta e dos exercícios não serem suficientes para controlar os níveis de açúcar no sangue.

Leia também: O que é diabetes?

É possível prevenir o diabetes?

Não existem formas de prevenir o diabetes tipo 1. Contudo, é possível evitar muitos casos de diabetes tipo 2 adotando 3 medidas simples:

  1. Manter-se no peso normal;
  2. Ter hábitos alimentares saudáveis;
  3. Praticar atividade física regularmente.

Caso apresente diabetes consulte o seu médico para maiores orientações.

Qual é a taxa de glicose normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A taxa de glicose de jejum no sangue considerada normal é de até 99 mg/dl. O valor compreendido entre 100 e 125 mg/dl é considerado um dos critérios diagnósticos para "pré-diabetes", situação que caracteriza risco aumentado de evoluir para diabetes.

Sabendo que a diabetes e "pré-diabetes" são fatores de risco bastante relevantes para doença cardiovascular, as sociedades de endocrinologia e cardiologia, aconselham o tratamento precoce dessa doença. Entretanto, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada pelo médico assistente.

O resultado deve ser analisado junto com exame clínico e história familiar. Nos casos de critérios para alto risco de diabetes ou doenças cardiovasculares, está recomendado o início da medicação metformina®, associada a mudanças de estilo de vida e orientações alimentares.

O início precoce de tratamento da pré-diabetes, já comprova benefícios e redução de complicações, para esses pacientes.

Diagnóstico de "pré-diabetes"

O diagnóstico de pré-diabetes é definido por pelo menos um dos critérios abaixo alterados, que são:

  • Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl;
  • Glicemia de 2h após sobrecarga com 75 g de glicose, com valores entre = 140 a 199 mg/dL e/ou
  • Hemoglobina glicosilada com valores entre = 5,7 e 6,4%.
Diagnóstico de Diabetes

Para diagnóstico de Diabete Mellitus, é preciso pelo menos um dos critérios abaixo:

  • Glicemia de jejum ≥ a 126 mg/dl;
  • Glicemia de 2h após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL;
  • Hemoglobina glicosilada ≥ 6,5% e
  • Glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL, em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em crise hiperglicêmica.

O endocrinologista é o médico responsável pela confirmação do diagnóstico de diabetes, tratamento e acompanhamento.

Pode lhe interessar também: Pré-diabetes sempre evolui para diabetes? Em quanto tempo isso pode acontecer?

Diabetes interfere no ciclo menstrual?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Sim.

O diabetes, principalmente o do tipo 2, está quase sempre relacionado à obesidade e à resistência a insulina, ou seja, a alterações no efeito da insulina sobre as células do corpo.

Esses dois fatores podem levar a irregularidades menstruais e, consequentemente, a algum grau de infertilidade.

Porém, o contrário também é verdade: o ciclo menstrual pode interferir no controle do diabetes. Isso porque, ao longo do ciclo, os níveis de hormônios como estrógeno e progesterona variam. E eles também interferem no funcionamento da insulina.

Sendo assim, pode ocorrer flutuações nos níveis de glicemia, o que pode favorecer ou prejudicar o controle do diabetes ao longo do mês.

Consulte seu endocrinologista e seu ginecologista para saber mais detalhes.

Diabetes podem alterar o resultado dos exames TGO e TGP?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, Diabetes pode alterar o resultado dos exames TGO e TGP.

A diabetes tipo 2 pode causar um tipo de inflamação no fígado chamada esteatose hepática. Isso pode causar uma elevação no valor das enzimas hepáticas e alterar o resultado do exame de TGP e TGO.

O exame de TGP é um exame laboratorial que avalia a presença de alguma inflamação no fígado. Em algumas hepatites, no entanto, o resultado do exame pode estar normal e haver inflamação no fígado na mesma.

As doenças hepáticas e condições que aumentam os níveis de TGP são:

  • Alcoolismo;
  • Hepatites virais; Hepatites não-alcoólicas;
  • Cirrose;
  • Colestase;
  • Hemocromatose.

O exame de TGO também serve para detectar inflamação no fígado. Pode estar normal em algumas hepatites, e, ainda assim, existir inflamação no fígado.

Algumas doenças que provocam alteração nos níveis de TGO:

  • Hepatite alcoólica: Os níveis de TGO se elevam e chegam a ser duas vezes maiores que os de TGP;
  • Casos especiais de anemia, como quando os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos;
  • Doenças cardíacas, como o infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco).

TGP e TGO são indicadores sensíveis de danos no fígado em diversos tipos de doenças.

No entanto, é importante lembrar que níveis mais altos que o normal dessas enzimas não indicam, necessariamente, que você tenha uma doença hepática já estabelecida.

Isso pode indicar algum problema ou não. A interpretação do resultado dos exames de TGO e TGP depende do quadro clínico geral do/a paciente e da correlação com outros exames e deve ser feita pelo/a médico/a que está acompanhando o/a paciente.

Estou com 114 de glicemia, já é diabete?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não. Valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 (este valor ainda é discutível), mas é o que eu costumo usar na minha prática do consultório, são valores considerados com um estágio "pré-diabetes", porém precisa ser tratado.

Quais as possíveis consequências da hiperglicemia? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A hiperglicemia raramente leva a sintomas agudamente, embora algumas vezes possa causar turvação visual, aumento da sede, aumento do volume de urina e emagrecimento, porém mais a longo prazo. Um estado hiperglicêmico crônico pode levar a diversas consequências:

  • cegueira (sequela da retinopatia diabética);
  • infarto do miocárdio e derrame cerebral;
  • pé diabético, às vezes com necessidade de amputação do membro;
  • impotência sexual;
  • insuficiência renal, podendo ser necessária hemodiálise;
  • neuropatia.

Quem tem um diagnóstico de diabetes (principal causa de hiperglicemia) deve mudar radicalmente certos hábitos, e por toda a vida, pois a doença não tem cura. Apenas um equilíbrio perfeito entre dieta, exercícios e medicamentos é capaz de manter a glicemia no nível adequado e evitar as temidas complicações.

A hiperglicemia, na fase aguda e naqueles pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1, deverá ser tratada com o uso de insulina. Atualmente, há diversos tipos de insulina, sendo que, é habitualmente utilizada uma insulina "basal", aplicada de uma a três vezes ao dia, associada a bôlus de outro tipo de insulina, de ação mais rápida, antes das refeições.

Os doentes com diabetes do tipo 2 normalmente produzem insulina e a grande maioria continua a produzir pelo resto da vida. Estima-se que apenas 25% desses indivíduos precisam de doses extras.

Por isso, o início do tratamento normalmente consiste em dieta e exercícios. Se necessário, o médico pode prescrever antidiabéticos orais, comprimidos que aumentam a secreção de insulina ou reduzem a resistência à sua ação.

Atualmente há diversos antidiabéticos orais disponíveis, que podem ser associados para um melhor controle da glicemia.

Na gestação, a hiperglicemia é muito perigosa, pois pode causar alterações no feto, tais como: excesso de peso, levando a um parto de risco, problemas respiratórios, hipoglicemia, icterícia e deficiência de cálcio. Na gestação, o controle da hiperglicemia é feito com dieta e atividade física e algumas vezes será necessário o uso de insulina.

Na presença de hiperglicemia, consulte um médico clínico geral ou endocrinologista para seguimento.

Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O diagnóstico do pré-diabetes e do diabetes pode ser feito através dos seguintes exames:

  • Exame de glicemia em jejum (pré-diabetes ou diabetes): É o mais utilizado para diagnosticar o diabetes. Nele, a glicose no sangue é medida após um período de jejum de pelo menos 8 horas;
  • Teste oral de tolerância à glicose (pré-diabetes ou diabetes): Mede-se a glicose sanguínea após 8 horas de jejum e também 2 horas após a ingestão de um líquido com glicose;
  • Teste aleatório de glicose plasmática (diabetes): Este teste analisa a glicose sem considerar a última refeição e o seu resultado é avaliado juntamente com os sintomas do paciente;
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Reflete o histórico da glicemia nos últimos 120 dias e os valores mantêm-se estáveis depois da coleta.
Valores de Referência para Diagnosticar o Diabetes Exame de Glicemia em Jejum
  • Glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl: Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes tipo 2);
  • Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.

Veja também: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Teste Oral de Tolerância à Glicose:
  • Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl: Pré-diabetes;
  • Glicemia igual ou superior a 200 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame num outro dia.
Teste Aleatório de Glicose Plasmática (Exame de Glicose Random)

Pode haver diagnóstico de diabetes se a glicemia for igual ou superior a 200 mg/dl e estiver associada a algum dos seguintes sintomas:

  • Aumento do volume de urina;
  • Sede excessiva;
  • Fome excessiva;
  • Emagrecimento sem motivo aparente;
  • Cansaço;
  • Visão turva;
  • Feridas que demoram para cicatrizar.

O diagnóstico é confirmado após a realização de um exame de glicemia em jejum ou exame oral de tolerância à glicose, em outro dia.

Hemoglobina Glicada
  • HbA1c superior a 6,5% (com confirmação posterior) = Diabetes, sendo que a confirmação se torna desnecessária se houver sintomas ou o paciente apresentar glicemia superior a 200 mg/dl;
  • HbA1c entre 5,7 e 6,4 %: Risco elevado de desenvolver diabetes.

O diagnóstico do diabetes deve ser feito pelo/a médico/a endocrinologista.