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Gonorreia curada pode voltar depois de um tempo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Gonorreia realmente curada não retorna, a não ser que se pegue outra vez. No entanto, é ainda possível que o tratamento não tenha sido eficaz, o que pode acontecer caso a bactéria causadora da doença apresente resistência ao antibiótico utilizado. Nessa situação os sintomas permanecem, e está indicado tratar novamente com outro medicamento.

Contudo, o mais comum nessa situação é que a pessoa tenha novamente contraído a infecção, visto que qualquer relação sexual desprotegida sem o uso de preservativo pode levar a infecções sexualmente transmissíveis.

Vale ressaltar que nem todas as pessoas que são infectadas pela Neisseria gonorrheae, a bactéria causadora dessa doença, apresentam sintomas. Portanto, alguém que aparentemente não tem a doença pode transmiti-la.

O que é a gonorreia?

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Os seus principais sintomas são a secreção uretral no homem ou secreção vaginal na mulher. Também é comum a presença de sintomas como dor ao urinar ou aumento da frequência urinária.

Como é o tratamento da gonorreia?

O tratamento da gonorreia é feito através de antibióticos e costuma ser muito rápido e simples. Atualmente o Ministério da Saúde preconiza que a gonorreia seja tratada com ceftriaxona 500mg, injeção intramuscular dose única, mais dois comprimidos de azitromicina de 500mg, também dose única. Em caso de infecção gonocóccica disseminada o tratamento pode se prolongar por 7 dias.

Como a gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível o parceiro sexual também deve ser tratado.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso manifeste sintomas sugestivos de gonorreia para o diagnóstico e tratamento adequados.

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Herpes genital tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, herpes genital não tem cura. Embora os sintomas do herpes possam desaparecer de forma espontânea ou com tratamento medicamentoso, o vírus permanece para sempre alojado em algumas células do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de baixa imunidade ou estresse.

O herpes genital é uma doença infectocontagiosa, causada mais frequentemente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, podendo também ocorrer pelo tipo 1, principalmente na faixa etária mais jovem. A via de transmissão predominante é o contato sexual, ou transmissão materno-fetal durante o parto, pelo contato direto com a lesão infectada.

Quando a pessoa se contamina com o vírus, dias depois podem surgir os sintomas mais comuns, como vermelhidão, dor, coceira e bolhas no local de contato. Depois essas lesões desaparecem sem deixar marcas. Em alguns casos, pode ser necessário usar uma pomada ou comprimidos antivirais.

O vírus entra então numa fase de latência, ou seja, como se mantivesse inativo, até que alguma situação de estresse ou que leva a baixa imunidade, ele seja reativado e volte a se multiplicar dentro das células, resultando em um novo episódio de lesões, com sintomas que precisarão ser novamente tratados.

O tratamento específico para cada caso deve ser indicado por um clínico geral, dermatologista ou ginecologista.

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Quem teve sífilis pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem teve sífilis pode doar sangue, desde que tenha feito o tratamento completo e espere 12 meses para fazer a doação depois de ter tratado a doença. 

A portaria nº 1.353 de 2011 do Ministério da Saúde indica todas as doenças e condições que impedem a doação de sangue e aquelas que impedem temporariamente. A sífilis entra nessa classificação temporária. Uma vez completado o tratamento correto e após aguardar 12 meses, a pessoa que já teve sífilis poderá doar sangue.

O teste para detectar sífilis e outras doenças transmissíveis pelo sangue serve como triagem para a doação de sangue.

Indivíduos que já tiveram sífilis permanecem com anticorpos contra a doença durante um tempo, mesmo depois de já estarem curados. Se ainda tiverem anticorpos no sangue, o teste dá positivo.

Por isso é necessário esse tempo de espera de 12 meses após o tratamento para doar sangue, pois os anticorpos demoram um tempo para estabilizarem na corrente sanguínea.

A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade, acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.

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DST tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria das DST têm cura, com exceção da AIDS e do herpes genital. O tratamento das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) varia conforme a doença e pode incluir medicamentos antibióticos, antifúngicos, pomadas e até cirurgias. 

As DST que não possuem cura também precisam de tratamento para amenizar os sintomas e manter a doença sob controle.

Dentre as DST mais comuns estão a candidíase, o herpes genital, o HPV, a sífilis, a tricomoníase, as uretrites, a hepatite B e a AIDS. Todas essas doenças podem ser transmitidas através de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem uso de camisinha.

Se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, as DST podem causar complicações graves que podem inclusive levar à morte. Algumas complicações incluem:

  • Esterilidade (tanto no homem como na mulher);
  • Inflamação nos órgãos genitais masculinos que pode causar impotência;
  • Inflamação no útero, nas trompas e nos ovários, que pode evoluir para infecção generalizada (sepse) e levar à morte;
  • Maior risco de câncer no colo do útero e no pênis;

Em mulheres grávidas, algumas DST podem causar abortamento, nascimento antes do tempo, malformações fetais, morte do bebê ainda na barriga da mãe ou após o nascimento.

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Qual o tratamento para herpes genital?

Além das complicações, as DST facilitam a transmissão sexual do vírus HIV. A única forma de se prevenir contra as DST é usar camisinha em todas as relações sexuais.

É importante lembrar que os sintomas das DST podem demorar semanas ou até anos para se manifestarem. Em caso de exposição de risco, como relação sexual sem preservativo, deve-se procurar um serviço de saúde para fazer exames e receber o tratamento adequado.

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O que é sífilis?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sífilis ou cancro duro é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua evolução é lenta, com períodos de manifestação aguda e outros de latência (sem sintomas). Sem o tratamento adequado na fase inicial, a sífilis pode comprometer todo o organismo.

A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez (sífilis congênita).

Os sintomas iniciais da sífilis caracterizam-se por pequenas feridas que aparecem nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas. Esses sinais normalmente se manifestam entre 7 e 20 dias depois da relação sexual (vaginal, oral, anal) sem proteção.

A sífilis pode ser classificada como primária, secundária, terciária e congênita, conforme o seu estágio e forma de transmissão.

A sífilis primária caracteriza-se por uma lesão ulcerada de base endurecida, lisa, brilhante, com secreção líquida, transparente e escassa, que provoca pouca ou nenhuma dor. Nas mulheres, pode aparecer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero; nos homens pode ocorrer na glande e no prepúcio.

Juntamente com a lesão, surgem ínguas nas virilhas que não causam dor e aparecem duas ou três semanas depois da relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Depois de 3 a 4 semanas, a úlcera desaparece sozinha, sem deixar cicatriz, o que dá a ideia de cura.

A sífilis secundária é a fase que se caracteriza pela disseminação da bactéria pelo organismo, 4 a 8 semanas após o aparecimento da primeira lesão. Aparecem manchas avermelhadas na pele, principalmente no tronco e extremidades (palmas das mãos e solas dos pés), febre, dor de cabeça, mal estar, perda de peso, dor de garganta, falta de apetite, queda de cabelo e ínguas.

Os sintomas da sífilis secundária também desaparecem espontaneamente, dando novamente ao paciente a falsa ideia de que está curado. A partir da fase secundária, a sífilis pode ficar latente no organismo, ou seja, não manifesta sintomas por um longo período, evoluindo para a fase terciária.

A sífilis terciária é marcada por manifestações severas nos órgãos acometidos. Pode haver meningite, paralisia de nervos e obstrução de vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral ("derrame"). Afeta também a medula espinhal, levando à perda de reflexos e sensibilidade dos membros, podendo chegar à paralisia.

A sífilis também compromete o funcionamento das válvulas cardíacas e pode provocar lesões em grandes artérias, como a aorta.

Já a sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez, podendo provocar aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.

A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos em todas as relações sexuais. O diagnóstico é feito com exame de sangue e o tratamento é realizado com antibióticos, geralmente penicilina.

A doença tem cura e é facilmente tratável, sobretudo na fase inicial. Contudo, sem tratamento, pode provocar danos irreversíveis aos órgãos.

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Quem já teve sífilis pode ter filhos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem já teve sífilis pode ter filhos, desde que a doença tenha sido tratada e os exames de sangue confirmem que a mulher e o homem estejam curados.

Mulheres que já tiveram sífilis podem engravidar, mas é preciso que o tratamento tenha sido feito corretamente e a doença esteja completamente curada.

Se a mulher engravidar com sífilis ou adquirir a doença durante a gravidez e não tratá-la, a sífilis pode ser transmitida para o bebê e provocar malformações, morte fetal ou aborto espontâneo.

A sífilis possui tratamento que pode ser feito mesmo durante a gestação. Durante o pré-natal, o exame de detecção da sífilis é solicitado e deve ser feito juntamente com outros exames. Esse acompanhamento é fundamental para a saúde da gestante e o bem-estar do feto.

Quanto aos homens que já tiveram sífilis, também devem se certificar que estão completamente curados antes de tentarem ter filhos, pois podem infectar a parceira e esta pode transmitir a doença para o bebê.

Quando ambos estão infectados (homem e mulher) o tratamento deve ser feito em conjunto.

O tratamento da sífilis é feito com o antibiótico penicilina.

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O que é tricomoníase e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A infecção pode ser assintomática tanto no homem quanto na mulher. Quando presentes, os sintomas são notados em até 28 dias após a infecção, podendo incluir:

⇒ Na mulher: corrimento amarelo-esverdeado com mau cheiro, dor durante a relação sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira na vagina. A tricomoníase na mulher também pode afetar o colo do útero.

Contudo, a maioria das mulheres infectadas com Trichomonas vaginalis pode não manifestar nenhum tipo de sinal ou sintoma.

⇒ No homem: irritação na extremidade do pênis, aumento da necessidade de urinar (o que pode tornar-se doloroso), corrimento branco, claro ou purulento, desconforto após a relação sexual, com possível inflamação do prepúcio.

Grande parte dos homens infectados não manifesta nenhuma alteração. Quando presentes, o principal sintoma é uma irritação na extremidade do pênis.

Protozoários Trichomonas vaginalis Como ocorre a transmissão da tricomoníase?

A transmissão da tricomoníase ocorre através de relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada. O contágio acontece pelo contato direto das mucosas com as secreções infectadas pelo Trichomonas vaginalis.

A prevenção da tricomoníase é feita pelo uso de preservativo em todos os tipos de relações sexuais.

Qual é o tratamento para tricomoníase?

O tratamento da tricomoníase é feito com medicamentos antibióticos e quimioterápicos. É importante que o tratamento seja feito em conjunto, tanto da pessoa que está com os sintomas como do seu/sua parceiro/a, para prevenir novas infecções. Durante o tratamento e enquanto houver a presença de sinais e sintomas, as/os parceiras/os não devem ter relações sexuais.

No homem, os sintomas podem desaparecer em poucas semanas, mesmo sem receber tratamento. Contudo, o indivíduo pode infectar outras pessoas, mesmo sem ter manifestado qualquer sintoma de tricomoníase.

Sem tratamento, a tricomoníase aumenta o risco de transmissão pelo vírus do HIV, além de causar complicações durante a gravidez, com parto prematuro e peso baixo do bebê ao nascimento.

O tratamento da tricomoníase pode ser prescrito pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, urologista, ginecologista ou infectologista.

Qual é o tratamento para HPV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para HPV geralmente é feito com medicamentos de uso local, cauterização e cirurgia, com o objetivo de eliminar as células contaminadas pelo vírus. Medicações imunomoduladoras, que agem no sistema de defesa do organismo, também podem ser úteis em alguns casos.

Uma vez que a infecção por HPV não tem cura, o objetivo do tratamento é diminuir, retirar ou destruir as lesões, através de métodos químicos, cirúrgicos e medicamentos que estimulem a imunidade do corpo, conforme os tipos de tratamento citados anteriormente.

Contudo, em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico da pessoa é capaz de combater de forma eficaz o HPV, eliminando o vírus com possibilidade de cura completa, sobretudo em indivíduos mais novos.

Por outro lado, há casos em que as infecções persistem, resultando em lesões. As verrugas podem ser tratadas com aplicação local de creme ou medicamento específico ou ainda removidas através de laser, crioterapia (congelamento) ou cauterização.

O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização da verruga. Dentre os fármacos usados para tratar as verrugas estão alguns tipos de ácidos.

Veja também: HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar? 

Se esses tratamentos não forem eficazes contra as lesões do HPV, as verrugas podem necessitar de serem removidas cirurgicamente. Mesmo após o tratamento, as verrugas podem reaparecer em 1 em cada 4 casos. 

Quando atinge o colo do útero, nas fases iniciais, o tratamento da lesão causada por HPV geralmente é feito com cauterização, o que normalmente previne a evolução da lesão para câncer. Daí a importância das mulheres realizarem o exame de rastreamento de câncer de colo (Papanicolau).

Saiba quais os riscos do HPV causar câncer em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

No caso do exame detectar lesões mais extensas ou graves, o/a médico/a pode fazer uma raspagem para analisar o tecido ser analisado em laboratório (biópsia). 

Apesar do grande número de pessoas infectadas com HPV, apenas uma pequena parte dela irá desenvolver câncer. Lembrando que existem mais de 100 tipos de HPV e menos de 10% deles podem desencadear um câncer.

Como prevenir o HPV?

Uma forma de prevenir a infecção pelo HPV é com a utilização de preservativos em todas as relações sexuais. Contudo, vale lembrar que a manipulação do local infectado pelo HPV pode transmitir a doença, mesmo que não haja penetração ou as pessoas usem camisinha.

O uso de preservativos, embora seja indicado para prevenir todos os tipos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HPV, pode não ser totalmente eficaz para evitar o contágio. As áreas da pele que não estão cobertas pelo preservativo podem ser infectadas e mesmo o contato manual com o local pode espalhar o vírus.

Outra possibilidade de prevenir o HPV é com o uso da vacina atualmente disponível no sistema público de saúde.

As mulheres devem realizar o exame de rastreio de câncer de colo de útero quando indicado pelo/a médico/a, mesmo que já tenham tomado a vacina. 

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

A vacina contra o HPV é essencial e deve ser tomada de acordo com as indicações médicas. As vacinas podem prevenir o câncer de colo de útero contra alguns tipos de HPV que podem causar a doença. A vacina protege ainda contra as verrugas genitais em até 90% dos casos. 

Cada caso de HPV deve ser acompanhado pelo/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista, dermatologista ou infectologista.

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