Acredita-se que o HPV (papilomavírus humano) pode ter cura, ou não se desenvolver em todas as pessoas que tem o contato com o vírus. O organismo conseguiria combater o vírus antes de se estabelecer ou se multiplicar.
O que justificaria algumas pessoas que tem relação com outras já contaminadas, não terem o exame também positivo.
No entanto, não é o que acontece com a maioria. O vírus quando é transmitido, e sendo confirmada a sua presença, não existe mais a possibilidade de cura definitiva. Isso porque ainda não há medicamentos ou tratamentos capazes de eliminar o vírus por completo.
Ainda, quando a infecção se torna crônica, com multiplicação desordenada das células, aumenta o risco de evoluir para células precursoras de câncer. O câncer mais relacionado com a infecção por HPV é o câncer de colo de útero.
Dentro os 150 tipos conhecidos de HPV, apenas 12 deles estão comprovadamente associados ao câncer, seja ele de colo de útero ou de outros locais, como boca, ânus, pênis e vagina.
Tratamento do HPVO tratamento, ou a "cura" do HPV é apenas temporária.
A destruição das verrugas é o principal objetivo do tratamento, que pode incluir o uso de medicamentos aplicados no local, cauterização ("queimar" a lesão), crioterapia (congelamento) ou remoção através de cirurgia.
A retirada das lesões, reduz as chances da mulher desenvolver um câncer de colo de útero, visto que a infecção por HPV é o principal fator de risco para essa doença.
Leia também: HPV tem cura definitiva?
Todo HPV vira câncer?Não. Atualmente sabemos que existem tipos de HPV que estão mais relacionados ao risco de câncer, e outros menos.
Contudo, sabemos também que a maioria dos cânceres de colo uterino, são causados pelo HPV (99%). Os tipos de vírus considerados de alto risco são: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68, 73 e 82. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer cervical invasivo e mais de 90% das lesões intra epiteliais graves.
Os tipos de HPV considerados de baixo risco são: tipo 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81, e CP6108, encontrados geralmente em pacientes com verrugas genitais.
Veja também: Toda verruga é HPV?
Quando o HPV pode causar câncer de colo de útero?O HPV pode causar câncer de colo de útero se o vírus em causa for específico para esta doença, já que das centenas de tipos de HPV, apenas cerca de 5% deles estão associados ao câncer de colo uterino, principalmente os tipos 16 e 18.
Também pode lhe interessar: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
O HPV é um vírus muito comum em pessoas sexualmente ativas, podendo estar presente em 70 a 80% dessa população. Geralmente, as infecções são passageiras.
A maior parte dos casos de câncer de colo de útero são desencadeados pelos HPV 16 e 18. A vacina, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, está disponível gratuitamente através do SUS para meninas entre 9 e 13 anos de idade, e meninos de 11 a 14 anos, que protege contra esses vírus, além de outros tipos de HPV (6 e 11) que provocam verrugas genitais.
Veja também: Como tomar a vacina contra HPV?
Quais são os fatores de risco para câncer de útero?Além do HPV, existem outros fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da doença, tais como imunidade, fatores genéticos, comportamento sexual (número elevado de parceiros), tabagismo, idade acima dos 30 anos, vida sexual com início precoce, gestações, o uso de pílula anticoncepcional.
Como é feito o diagnóstico do HPV?O diagnóstico é feito mais facilmente em homens (lesões geralmente visíveis na pele e órgãos sexuais). Em alguns casos deve ser feita uma anuscopia (geralmente em casos de relações sexuais anais) para observação das lesões.
Nas mulheres, porém, além das lesões em pele, vulva e ânus, podem ocorrer em todo o trato genital até alcançarem o colo do útero, portanto o diagnóstico só é possível através da colpocitologia oncótica, colposcopia ou anuscopia. Também podem ser realizados exames de biologia molecular (hibridização in situ, PCR e captura híbrida).
Veja também: O que é o exame de captura híbrida?
Quais são os sintomas do HPV?O portador de HPV pode não ter nenhum sintoma, o que dificulta ainda mais e atrasa o seu diagnóstico, podendo transmitir para outras pessoas, sem intenção.
Quando presente, o sintoma mais comum é a presença de verrugas com aspecto de couve-flor na pele e/ou mucosas.
Se as alterações forem discretas, serão detectadas apenas em exames específicos. Se forem graves, pode ocorrer invasão de tecidos vizinhos com o surgimento de um tumor maligno como o câncer do colo uterino e do pênis.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Recomendações para portadores de HPV- É preciso destacar que o HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;
- Informe o (a) seu (sua) parceiro (a) se for portador (a) de HPV - ambos precisarão de tratamento;
- O parto normal (vaginal) não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões ativas;
- Mantenha suas consultas com ginecologista em dia, para melhor acompanhamento.
Em caso de suspeita de HPV, um médico clínico geral, dermatologista, urologista (homens) ou ginecologista (mulheres) deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado, caso a caso.
Mesmo os tipos de HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a doença seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.
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Dor pélvica na gravidez é bastante comum (ocorre em cerca de 50% das gestantes) e pode ocorrer por diversos motivos, como por exemplo:
- O aumento da produção do hormônio chamado relaxina, responsável em tornar os ligamentos e articulações da pelve mais elásticas, facilitando a passagem do bebê na hora do parto;
- Postura física que se modifica com o avanço da gravidez e o peso do bebê, pressionando órgãos, músculos, ligamentos e articulações e ocasionando a dor;
- Aumento dos gases intestinais;
- Embora geralmente seja fisiológica (normal), a dor também pode ser devido a causas graves e que requerem intervenção cirúrgica imediata, tais como gestação ectópica, rotura uterina, endometriose, apendicite, etc, por isso sempre consulte seu ginecologista!
Leia também: O que é calcificação pélvica?
Há várias táticas que podem ser adotadas para combater a dor fisiológica na pelve, na virilha e no púbis:
- Tenha cuidado ao realizar suas atividades diárias. Existem técnicas de fisioterapia que podem ajudar a manter a estabilidade da pelve em tarefas que causam dor, caminhar ou ficar em pé.
- Pilates ou outros exercícios melhoram a estabilidade da pelve e das costas, sendo muito importante fortalecer os músculos da barriga e do assoalho pélvico.
- Cintas de suporte são aconselhadas por vários especialistas, pois podem aliviar a dor e ser usada durante toda a gravidez.
- Calcinhas altas e com costura reforçada no abdome aliviam o peso na bacia.
- Sessões de massagem suave e fisioterapia podem aliviar o stress acumulado nas costas, bacia e pelve.
- A acupuntura pode ser uma solução, mas é importante procurar um profissional especializado no tratamento de gestantes.
- Se você tem dores quando está na cama e tenta se virar de um lado para o outro, pode se levantar usando a seguinte técnica: segure os joelhos, aproximando-os do peito; contraia os músculos do abdome e do assoalho pélvico e dê um impulso para a frente para se sentar. Essa técnica ajudará a manter a estabilidade da pelve.
- Deve evitar deitar com as pernas esticadas e com a barriga virada para cima. Quando não tem outra solução, coloque um travesseio atrás das costas, perto da cintura e tente manter os joelhos dobrados. Descansar na banheira ou no sofá pode forçar essa posição e por isso outras posições confortáveis devem ser treinadas. O mesmo se aplica se você for fazer uma massagem.
- Quando caminhar, faça uma pequena curvatura com as costas e balance os braços, como se estivesse marchando. Esse movimento ajudará a fixar a pelve.
- Não esqueça de fazer os exercícios de Kegel para o assoalho pélvico com regularidade, porque eles fortalecem a pelve.
- Evite sempre que puder carregar peso ou mover objetos pesados. Mesmo o carrinho com compras pode prejudicar a situação. Quando for possível, recorra a um serviço de entregas ou peça ajuda para cumprir essa tarefa.
- Descanse sempre que puder. Sentar em uma bola de ioga pode ajudar, assim como a posição de gato, com as mãos e joelhos no chão.
- Evite fazer muito esforço físico. Você pode não sentir a consequência na hora, mas a dor pode surgir apenas no fim do dia.
- Na hora de dormir, uma superfície fofa pode ajudar, por isso deite por cima de um cobertor macio.
- Quando se vestir, fique sentada na hora de tirar e colocar a calça e a calcinha.
- Aplicar uma bolsa de água quente pode ajudar a aliviar a dor.
Em caso de dor pélvica na gravidez, um médico (preferencialmente um ginecologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
Colpite é uma inflamação da mucosa que recobre o colo do útero e as paredes internas da vagina. Ela pode ser assintomática (sem sintomas) ou apresentar corrimento vaginal, odor, coceira e ardência.
A colpite pode ser causada por bactérias (Gardnerella vaginalis) - colpite bacteriana, fungos (Candida albicans) e protozoários (Trichomonas vaginalis), muitas vezes transmitidos através de relações sexuais sem preservativo.
A candidíase vulvovaginal é a principal causa de colpite causada por fungos. Estima-se que até 75% das mulheres tem pelo menos um caso de candidíase ao longo da vida. Os principais fatores de risco para desenvolver esse tipo de colpite incluem gravidez, uso de anticoncepcional hormonal, diabetes, uso de antibióticos e imunidade baixa.
Existe uma colpite bacteriana, denominada colpite inespecífica, mais comum na infância, cuja principal causa é a bactéria E. coli proveniente do intestino.
Que complicações a colpite pode causar?Em caso de ausência de tratamento ou tratamento inadequado, a colpite pode causar endometriose, doença pélvica inflamatória (DIP), dor pélvica, infertilidade, gravidez ectópica ou problemas fetais caso ocorra durante a gestação.
Quais os sinais e sintomas de colpite?A colpite pode não manifestar sintomas. Em outros casos, os sinais e sintomas podem incluir presença de corrimento vaginal branco e leitoso, esverdeado, marrom ou amarelado com odor desagradável, coceira e ardência na vagina.
A colpite bacteriana caracteriza-se pelo aparecimento de corrimento vaginal com cheiro desagradável, por vezes purulento, sangramento, coceira na vagina, inchaço e vermelhidão na vulva, dificuldade ou dor para urinar e dor durante as relações sexuais.
A colpite fúngica e parasitária provocam coceira vaginal, corrimento branco ou amarelado sem cheiro, queimação, ardência, dor ou desconforto para urinar, vontade urgente de urinar, inchaço na vulva e vermelhidão da mucosa vaginal.
Quais os tipos de colpite e como identificar?Colpite difusaCaracteriza-se por pontilhado vermelho fino que cobre toda a mucosa vaginal e o colo uterino. Quanto maior o número de pontilhados, mais intensa e mais grave é a infecção.
Colpite focalProvoca o aparecimento de pequenas áreas vermelhas arredondadas ou ovais, separadas do resto da mucosa, normalmente associada à colpite difusa.
Leva ao aparecimento de pontilhado vermelho com mucosa edemaciada (inchada).
Colpite crônicaCaracteriza-se por um pontilhado branco ao lado do vermelho.
Colpite por TrichomonasÉ uma colpite difusa caracterizada por conteúdo vaginal esverdeado com bolhas gasosas.
Colpite por CandidaColpite difusa ao lado de placas brancas.
Qual é o tratamento para colpite?O tratamento da colpite é feito com administração de medicamentos orais e aplicação de cremes e pomadas vaginais. O tipo de medicação varia conforme o agente causador. A colpite bacteriana é tratada com antibióticos, a fúngica com antifúngicos e a parasitária com antibióticos e medicamento específico para o tipo de parasita.
A colpite é diagnosticada através do exame clínico e do exame preventivo. Esses exames devem ser realizados frequentemente por todas as mulheres sexualmente ativas. Caso você apresente algum sintoma de colpite, procure um/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Para saber mais sobre colpite, você pode ler:
O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?
Colpite tem cura? Qual o tratamento?
Referências
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.
Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.
Sim. O teste de gravidez de farmácia pode dar falso negativo.
Falso negativo significa que o resultado do exame foi negativo, mas a mulher está grávida. Isso pode acontecer com o teste de gravidez de farmácia, principalmente nas primeiras semanas de gravidez quando o nível de hormônio beta hCG ainda não é detectável na urina.
O teste de gravidez pode dar errado?O teste de farmácia pode dar errado, principalmente, quando é feito antes dos 8 dias de gravidez.
É com oito dias de fecundação que os níveis de beta hCG começam a subir, exatamente após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) dentro do útero. Qualquer exame feito em uma fase anterior a esse momento resultará em um falso negativo. Isto acontece porque nesse caso ainda não houve tempo do hormônio ser produzido em quantidade suficiente para ser detectado no sangue. Nessas situações, o recomendável é aguardar alguns dias e repetir o teste ou então realizar o teste Beta hCG de sangue ou urina no laboratório.
Qual o melhor momento para fazer o teste de farmácia?O ideal é que você realize o teste de gravidez de farmácia com, pelo menos, 8 dias de atraso menstrual e, de preferência com a primeira urina do dia. Isto porque somente a partir da segunda semana é possível detectar o hormônio da gravidez (Beta-HCG) na urina.
Além disso, é importante também que você siga as indicações do fabricante.
Entre o 12º e o 15º dia de atraso menstrual você pode fazer o exame de sangue, chamado de Beta HCG, para confirmar a gravidez. Este exame é mais preciso que os testes de urina de farmácia.
Leia também:
- Teste de farmácia de gravidez é confiável?
- Exame Beta hCG pode dar falso negativo?
- Teste de farmácia pode dar resultado errado?
- Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG
Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Pode ocorrer alteração no fluxo menstrual após a laqueadura. A frequência de alterações menstruais varia de 2,5 a 60%. Estudo realizado pela Universidade de Botucatu com mais de trezentas mulheres encontrou uma porcentagem inferior a 10% de alterações menstruais.
As causas da alteração menstrual não são inteiramente conhecidas. Existem algumas tentativas para explicá-las, como por exemplo: falha ou interrupção do fornecimento de sangue do ovário, modificação dos impulsos nervosos da trompa e/ou do ovário, torção do ovário e aderências pélvicas. Outra explicação possível é uma insuficiência na fase lútea causada pela supressão da irrigação entre útero e ovário.
Além disso, parar de usar o DIU (dispositivo intra-uterino) ou a pílula também pode causar alterações na menstruação. O DIU predispõe ao aumento da quantidade e da duração do fluxo menstrual. Quando a usuária deixa de usá-lo, esses sinais têm a tendência de diminuir. O ciclo menstrual é normalizado e a quantidade de fluxo diminui quando são usados contraceptivos hormonais. Assim, quando deixam de usar esse método, frequentemente os ciclos menstruais irregulares regressam.
É importante ter em conta os padrões menstruais anteriores à esterilização. Se os ciclos menstruais eram irregulares, provavelmente serão irregulares outra vez.
Na presença de ciclos menstruais irregulares, poderá ser prescrita pílula hormonal, na tentativa de regularizar o fluxo. O médico ginecologista deverá ser consultado.
Útero baixo pode ser o rebaixamento do útero para a vagina, numa condição conhecida como prolapso uterino.
O útero é um órgão que fica na parte inferior do abdômen, na região pélvica. Ele fica suspenso e apoiado por seus ligamentos e pelo fundo da vagina. Com o passar da idade e o declínio dos níveis hormonais após a menopausa, pode ocorrer uma flacidez dos ligamentos uterinos e o útero sem sustentação desce e fica dentro da vagina. Em casos mais graves, ele pode sair da vagina. Essa situação recebe o nome de prolapso uterino, também conhecido como útero baixo.
O prolapso uterino pode ser classificado de 4 formas, conforme o grau do prolapso:
- 1º grau: quando o colo do útero desce em direção à vagina;
- 2º grau: quando o colo do útero alcança a saída da vagina;
- 3º grau: quando o colo do útero sai da vagina;
- 4º grau: quando todo o útero fica fora da vagina.
O útero baixo normalmente está associado a outras condições, como bexiga caída e herniação de alças do intestino delgado ou intestino grosso em direção à vagina.
Dentre as causas mais comuns do prolapso uterino estão: partos normais múltiplos, enfraquecimento dos músculos pélvicos devido à idade, perda de força ou do tônus dos tecidos após a menopausa, diminuição dos níveis do hormônio estrógeno, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, excesso de peso e cirurgias na pelve.
Mulheres com útero baixo sentem sintomas como dor na região da coluna lombar baixa, sensação de que alguma coisa está saindo pela vagina, dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar ou evacuar e também para caminhar.
O tratamento do prolapso uterino é feito através de exercícios, medicamentos, cirurgia e introdução de um dispositivo (pressário) para sustentar o útero.
Para prevenir o útero baixo, recomenda-se perder peso (quando necessário), combater a prisão de ventre, realizar exercícios específicos para fortalecer a musculatura pélvica e evitar levantar pesos.
O diagnóstico e tratamento do prolapso uterino pode ser feito pelo/a médico/a ginecologista.
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Se você esqueceu de tomar a pílula e teve um sangramento, é provável que tenha tido um sangramento de escape, que ocorre devido a variações súbitas nos níveis hormonais e pode estar relacionado com alguma falha no efeito de proteção da pílula anticoncepcional.
Esquecer de tomar a pílula é uma das principais causas destes sangramentos fora do período menstrual. O sangramento de escape é o efeito colateral mais comum das pílulas anticoncepcionais.
Porém, é importante lembrar que esse sangramento não é uma menstruação fora de hora. Ele geralmente é observado nos primeiros ciclos de uso da pílula, devido à adaptação da parede do útero que tende a ficar bem fina com o uso do anticoncepcional.
As pílulas com baixas doses de estrogênio são as que mais provocam sangramentos de escape, que tendem a diminuir e desaparecer com o passar do tempo.
Contudo, qualquer sangramento vaginal fora do período menstrual, esteja a mulher tomando pílula ou não, deve ser avaliado pelo/a médico ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Os corrimentos vaginais estão em sua grande maioria associados com infecções vaginais, no entanto, o corrimento branco e sem odor, pode ser uma lubrificação natural da vagina.
Em casos menos frequentes, podem estar relacionados com alergias alimentares, uso crônico de medicamentos e problemas emocionais, como ansiedade e estresse.
1. Corrimento branco sem cheiro e sem coceiraDurante o ciclo menstrual normal, a oscilação de hormônios que ocorre para preparar o óvulo e a parede uterina para receber o embrião, apresenta sinais e sintomas como sensibilidade nas mamas, cólicas e modificação natural da lubrificação vaginal.
O corrimento claro, branco ou esbranquiçado, sem cheiro e sem outros sintomas, como vermelhidão, coceira ou ardência ao urinar, é normal.
2. Corrimento branco com grumosSe o corrimento vaginal for branco e espesso, semelhante a leite coalhado ou queijo tipo cottage, sem ou com pouco odor, sugere candidíase, uma infecção vaginal provocada por fungos.
Nesses casos, o corrimento vem acompanhado de coceira intensa, vermelhidão no local e ardência ao urinar. O tratamento deverá ser feito com medicações antifúngicas.
3. Corrimento branco com cheiro forteO corrimento vaginal relacionado a infecção bacteriana, geralmente tem coloração acinzentado, amarelado ou esverdeado, porém, pode também ter coloração branca espessa. Quando vier acompanhado de vermelhidão, ardência, dor e ou coceira, a infecção deve ser investigada.
A vaginose é mais comum em mulheres sexualmente ativas.
4. Corrimento abundante com odor fétidoCorrimento vaginal em grande quantidade, com odor forte, espumoso, de coloração acinzentada, amarelada ou esverdeada, pode ser um sinal de tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível (DST).
5. Corrimento amareladoNa vaginite atrófica, o corrimento é amarelado, aquoso, apresenta odor forte e, eventualmente, pode vir acompanhado com sangue. Trata-se de uma inflamação provocada pela atrofia da musculatura da vagina. Pode surgir depois da menopausa, após o parto, na amamentação ou quando há uma redução dos níveis de estrogênio.
6. Corrimento branco com presença de pus ou sangueQuando o corrimento vaginal é purulento, as causas podem incluir clamídia e gonorreia. A clamídia é uma doença sexualmente transmissível, que não provoca sintomas na maior parte dos casos. Porém, além do corrimento, pode manifestar sangramentos após relação sexual ou fora do período menstrual, dores abdominais e dor nas relações sexuais.
Já a gonorreia é uma DST (doença sexualmente transmissível), que muitas vezes não provoca sintomas nas mulheres. Contudo, em alguns casos, pode causar o aparecimento de corrimento vaginal espesso e com pus.
O que fazer em caso de corrimento vaginal?O tratamento do corrimento vaginal é realizado de acordo com a sua causa. Pode incluir o uso de medicamentos orais e cremes vaginais, além de cuidados com a higiene íntima e evitar relações durante o período do tratamento.
Para receber um diagnóstico e tratamento adequados, consulte um ginecologista.
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