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Beber muita água pode alterar o teste de gravidez de farmácia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, beber muita água antes de fazer o teste de gravidez de farmácia pode alterar o resultado e dar um falso negativo, ou seja, a mulher pode estar grávida e o resultado dar negativo. Ao se tomar muita água a urina torna-se mais diluída, reduzindo a concentração do hormônio HCG.

Isso pode acontecer nos primeiros dias do atraso menstrual quando as concentrações de do hormônio beta-HCG ainda não são tão elevadas.

Por isso, se recomenda que o teste de gravidez de farmácia seja feito logo ao acordar, com a primeira urina da manhã, que é mais concentrada.

O HCG (gonadotrofina coriônica) é um hormônio produzido pelo organismo da mulher quando há gestação, ou seja, após a fecundação e a implantação do embrião no útero. É através desse hormônio que a gravidez é detectada, tanto pelo teste de gravidez de farmácia como pelos exames laboratoriais de sangue e urina.

Saiba mais em:

Teste de farmácia de gravidez é confiável?

O teste de gravidez de farmácia pode dar falso negativo?

Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG

Pílula do dia seguinte pode alterar teste de farmácia?

Teste de farmácia tem que ser feito com a 1ª urina do dia?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Útero aumentado, quais as principais causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de útero aumentado são: a adenomiose, a presença de miomas e tumores.

Entretanto, é importante saber que o útero pode variar de tamanho durante toda a vida da mulher, devido a condições normais. A gravidez e a menopausa, estão entre as alterações hormonais naturais do organismo da mulher, que leva ao aumento uterino.

Conheça neste artigo as doenças mais comuns que levam ao aumento do tamanho uterino e os seus sintomas. Para definir o melhor tratamento, o ginecologista precisa ser consultado.

Adenomiose

A adenomiose uterina acontece quando o tecido que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce para dentro da musculatura uterina. Apesar de provocar o aumento do volume uterino, a adenomiose não evolui para o câncer.

Os sintomas da adenomiose incluem:

  • Menstruação longa e de sangramento abundante,
  • Cólicas menstruais intensas,
  • Dor durante as relações sexuais,
  • Dor pélvica,
  • Sangramentos fora do período menstrual,
  • Dificuldade de engravidar (em alguns casos)

Como tratar? O tratamento é feito com analgésicos para aliviar a dor e o uso de anticoncepcionais orais. Para o tratamento adequado e definitivo da adenomiose é preciso passar pela avaliação de um ginecologista. Nos casos mais graves, pode ser indicado a retirada do útero (histerectomia).

Mioma

O mioma é um tumor benigno que pode ocorrer no útero e é formado, principalmente, por tecido muscular. Nem sempre causa sintomas, mas nos casos de mioma volumoso, pode apresentar:

  • Sangramento menstrual mais longo e intenso que o habitual,
  • Dor ou sensação de peso no baixo ventre durante, ou entre uma menstruação e outra,
  • Vontade de urinar com maior frequência,
  • Prisão de ventre,
  • Aborto espontâneo e
  • Sensação de inchaço na barriga.

Como tratar? Muitas vezes não tem indicação de tratamento, mas quando causam incômodos ou são muito grandes, são indicados analgésicos para aliviar os sintomas e hormônios para reduzir o tamanho dos miomas. Quando os miomas são muito grandes é indicado tratamento cirúrgico para a sua retirada. O ginecologista é o especialista indicado para avaliar o melhor tratamento, caso a caso.

Câncer de útero

O câncer de útero, inicialmente não causa sintomas. Com o seu desenvolvimento e resultar nos seguintes sintomas:

  • Sangramento entre as menstruações,
  • Menstruações irregulares e mais longas que o normal e
  • Perda de peso.

Como tratar? O tratamento do câncer de útero consiste na retirada do tumor e em casos, mais graves, do próprio útero, tubas uterinas e/ou ovários. Em algumas situações é necessário também realizar quimioterapia ou radiologia.

Qual o tamanho normal do útero?

Em uma mulher a adulta, o tamanho do útero pode variar entre 50 a 90 cm3 e pode ser medido durante a realização de ultrassonografia abdominal e transvaginal.

Se você perceber anormalidades como sangramento irregular, menstruações longas e dolorosas, do durante o ato sexual, sensação de pressão ou peso na região inferior do abdome, procure um ginecologista para definir a causa e definir o melhor tratamento.

Para saber mais sobre tamanho e aumento do útero, leia os seguintes textos:

Referências:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

É possível fazer inseminação artificial após laqueadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível fazer inseminação artificial após laqueadura, a menos que a mulher desfaça a laqueadura. Para haver fecundação e, consequentemente, uma gravidez, é preciso que haja o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que não é possível se a mulher tiver feito laqueadura, mesmo através de inseminação artificial, pois esse procedimento depende do adequado funcionamento de pelo menos uma tuba uterina.

A gravidez só é possível se a mulher desfizer a laqueadura ou realizar o tratamento de fertilização in vitro. No entanto, a reversão da laqueadura é um processo lento, com poucas chances de sucesso de engravidar, pelo que a fertilização in vitro é a mais indicada nesses casos.

A diferença entre o tratamento de fertilização in vitro e a inseminação artificial é que na fertilização in vitro a fecundação do óvulo ocorre fora do corpo da mulher, em laboratório, sendo a seguir transferido para o útero. Já na inseminação artificial a fecundação ocorre no útero, o óvulo é inserido dentro do útero e fecundado nas tubas uterinas, por isso esse é um processo que fica impedido de ocorrer se a mulher tiver sido laqueada.

A mulher deve consultar o seu médico ginecologista para avaliar qual o melhor procedimento a adotar.

Leia também:

Mulher sem trompas pode engravidar?

Até que idade uma mulher pode engravidar?

Qual o tratamento para herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.

O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.

Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.

O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.

Veja também: Herpes genital tem cura?

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.

Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.

Leia também:

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Veja também:

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Como se pega herpes genital?

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pólipo endometrial normalmente não causa dor e a maioria dos casos são assintomáticos. Quando presente, o principal sintoma é o sangramento uterino anormal, geralmente com fluxo mais intenso durante a menstruação e escapes fora do período.

Contudo, embora não seja comum, algumas mulheres com pólipos endometriais podem sentir dores ou incômodo na pelve. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes são os sangramentos uterinos durante as relações.

Além disso, dependendo da localização, o pólipo endometrial pode tornar mais difícil a fixação do óvulo fertilizado no útero e dificultar a gravidez.

Em mulheres na pós-menopausa, muitas vezes a única manifestação encontrada é um espessamento endometrial verificado durante o ultrassom transvaginal, já que apenas 30% desses casos são sintomáticos.

A suspeita de pólipo no útero é levantada se, na pós-menopausa, o endométrio apresentar um espessamento igual ou superior a 5 mm.

O pólipo endometrial é um tecido anormal que cresce no endométrio (parte interna do útero). Normalmente os pólipos são benignos e ocorrem sobretudo em mulheres entre 30 e 50 anos.

O aparecimento de pólipo endometrial pode estar associado a fatores hormonais ou lesões internas no útero, embora a sua causa exata não seja bem conhecida.

Atualmente não há evidências científicas que permitam afirmar se os pólipos endometriais sofrem malignização, ou sejam, evoluam para o câncer de endométrio ou não. Portanto, o seu tratamento irá depender basicamente dos sintomas que causa,

O tratamento do pólipo uterino pode incluir terapia hormonal ou cirurgia para remover o pólipo.

O médico ginecologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar pólipos no útero.

Saiba mais em:

É possível pegar doenças no vaso sanitário?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é possível pegar doenças no vaso sanitário, principalmente em banheiros públicos, mesmo que estejam aparentemente limpos. O maior risco está na tampa e no assento do vaso sanitário, que podem estar contaminados com vírus ou bactérias intestinais de pessoas que usaram o vaso antes de você.

Assim, ao tocar na tampa ou no assento, esses germes passam para as suas mãos que, se não forem lavadas, podem facilmente levar esses micro-organismos causadores de doenças para a sua boca, provocando uma infecção intestinal.

Também é possível pegar doenças no vaso sanitário através do contato deste com algum ferimento na pele, mesmo que seja bastante pequeno. Se o vaso estiver contaminado, pode-se contrair vírus como HPV ou herpes.

No entanto, as doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS, não estão entre as doenças que podem ser transmitidas pelo vaso sanitário, uma vez que os micro-organismos que causam estas patologias não sobrevivem fora do corpo por muito tempo.

A principal forma de evitar pegar alguma doença através do vaso sanitário é lavando adequadamente as mãos depois de usar o banheiro.

Outra forma de prevenir essas doenças é usar um higienizador de bolso, aprovado pela Anvisa, para limpar e higienizar as tampas e os assentos do vaso sanitário. Assim, é possível deixar o vaso livre de germes causadores de doenças sem correr o risco de agredir ou provocar reações na pele.

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É possível engravidar tendo implante contraceptivo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É muito difícil engravidar tendo implante contraceptivo, uma vez que a eficácia desse método anticoncepcional é de 99,95%. Em cada 10.000 mulheres que usam o implante contraceptivo, apenas 5 terão alguma falha, o que faz dele um dos métodos anticoncepcionais mais seguros.

A eficácia do implante contraceptivo é superior a de todos os outros contraceptivos hormonais, como pílulas, sistema intrauterino, adesivo, injeções e anel vaginal.

Durante 3 anos, o implante contraceptivo libera diariamente na corrente sanguínea as doses de hormônio necessárias para inibir a ovulação, evitando assim a gravidez. Portanto, durante esse período, a mulher estará muito bem protegida contra uma gravidez indesejada. 

Os implantes contraceptivos são uma boa opção para mulheres que possuem contraindicações para usar métodos anticoncepcionais hormonais combinados.

Além disso, por não ser de utilização diária, ter grande eficácia e apresentar índices elevados de satisfação e continuidade de uso, o implante pode ser recomendado como a primeira opção de contraceptivo para mulheres em idade reprodutiva, sobretudo adolescentes.

De acordo com os estudos, os implantes contraceptivos estão entre os melhores métodos reversíveis para prevenir a gravidez, juntamente com o DIU.

Para maiores esclarecimentos sobre o implante contraceptivo, fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Tomei anticoncepcional injetável e a menstruação veio pouco?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é normal. Geralmente a menstruação costuma vir menos quando está em uso de anticoncepcional.

O anticoncepcional injetável apresenta como principal efeito colateral as irregularidades menstruais, sendo elas: ausência de menstruação, redução do fluxo menstrual ou sangramentos no meio dos ciclos. Principalmente nos primeiros meses de uso essas alterações costumam acontecer, entretanto não são indicativos de qualquer problema, são sintomas esperados.

Independente dos sinais e sintomas que apareçam, a eficácia da medicação é mantida, os efeitos colaterais acontecem devido a uma adaptação do organismo ao estímulo hormonal constante.

Estima-se que 25% das mulheres que fazem uso de anticoncepcional injetável apresentem essas alterações. Porém após o primeiro ano de uso, quando o organismo já está adaptado, esses efeitos tendem a diminuir.

Outros efeitos colaterais possíveis para essa medicação são: sangramentos recorrentes, dores nas mamas, dores de cabeça, náuseas, tontura, queda de cabelo e aumento de peso.

Nos casos de sangramento abundante ou sintomas que sejam intoleráveis para a mulher, o médico deverá ser informado e reavaliar a opção de contraceptivos em conjunto com a paciente.

Contudo, recomendamos que mantenha a medicação conforme orientado. Não deixe de fazer uso ou mude a medicação antes de fazer contato com seu/sua médico/a assistente.

Leia também:

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Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?