O risco de um câncer de endométrio ter origem num pólipo endometrial é bastante baixo, já que menos de 1% dos pólipos endometriais apresentam células cancerígenas dentro deles. Na grande maioria dos casos, o pólipo é benigno e não evolui para câncer.
Pólipos endometriais grandes (mais de 15 mm) na pós-menopausa normalmente são os que requerem mais atenção no que se refere ao risco de malignização. A taxa de câncer nesses casos pode chegar a 3%.
Mulheres com mais de 60 anos de idade e as que apresentam sangramentos uterinos depois da menopausa também podem ter mais chances de desenvolver câncer de endométrio.
Portanto, os principais fatores de risco para que um pólipo endometrial evolua para câncer são o tamanho do pólipo, a presença de sangramentos uterinos anormais, a idade da mulher e o seu estado reprodutivo (idade fértil ou menopausa).
Contudo, não há um consenso de que o pólipo endometrial favoreça o aparecimento de um tumor maligno ou aumente as chances da mulher desenvolver câncer de endométrio (parte interna do útero).
A incidência de câncer endometrial nessas pacientes pode não ser necessariamente maior do que nas mulheres que não têm pólipos. Isso porque as pacientes com pólipos endometriais sintomáticos são submetidas mais vezes à histeroscopia, o que aumenta as chances de diagnosticar um eventual câncer.
Mulheres que não têm pólipos endometriais ou têm e não manifestam sintomas (sangramentos uterinos anormais), não fazem tantas histeroscopias. Este exame, que permite visualizar o interior do útero através de um aparelho com uma microcâmera na sua extremidade, é o mais utilizado no diagnóstico e tratamento do pólipo endometrial.
Veja também: Qual é o tratamento para pólipo endometrial?
É possível que a presença dos sintomas do pólipo conduzam a uma investigação médica que leve ao diagnóstico do câncer de endométrio. Além disso, o tumor pode não ter necessariamente origem no pólipo, mas em qualquer outra parte do endométrio.
Mesmo com um baixo risco de malignização, o tratamento cirúrgico ainda é indicado em casos de pólipos que causam sintomas.
Saiba mais em: Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?
Portanto, ainda é controverso se a presença de pólipos endometriais pode ser considerado um fator de risco para desenvolver câncer de endométrio, uma vez que faltam evidências para se poder afirmar com certeza que um pólipo pode evoluir para câncer.
O Ciclo 21 não corta a menstruação se você já estiver menstruada e quiser tomar o medicamento apenas com essa finalidade. Porém, se você já toma Ciclo 21 como anticoncepcional, a ausência da menstruação (amenorreia) é um efeito comum, mesmo no período de pausa. É por esse motivo que o Ciclo 21 é conhecido por “cortar a menstruação”.
Não dá para fazer a menstruação parar de repente se você já estiver menstruada. No entanto, existem algumas coisas que você pode fazer para tentar diminuir o fluxo ou fazê-lo acabar antes do esperado. São elas:
- Tomar chá de folha de framboesa, raiz de angélica, canela ou gengibre, 2 a 3 vezes ao dia;
- Massagear a barriga com óleo de amêndoas morno com algumas gotas de óleo de sálvia e de lavanda, algumas vezes ao dia (ajuda a relaxar o útero);
- Aplicar compressas ou bolsas de água quente na barriga (ajuda a fazer a menstruação acabar mais rápido, mas aumenta o fluxo);
- Ter relações sexuais (as contrações causadas pelo orgasmo fazem a menstruação parar mais rápido).
Agora, é possível evitar que a menstruação venha (se você ainda não está menstruada) e já toma a Ciclo 21 ou qualquer outra pílula que precise de pausa entre uma cartela e outra. Para isso, basta começar a nova cartela no dia seguinte ao último comprimido da cartela (sem fazer a pausa). Isso mantém os níveis dos hormônios e, por isso, você acabará por não menstruar.
Ainda que seja eficaz, esta técnica não deve ser repetida muito frequentemente, devendo-se realizar as pausas entre cada cartela como indicado pelo médico e pela bula, para evitar alterações hormonais.
Leia também:
- A pílula Ciclo 21 é boa?
- Minha menstruação está atrasada. Tenho que esperar descer para voltar a tomar o anticoncepcional?
Referências:
Managing an episode of acute uterine bleeding. UpToDate
Natural ways to stop your period: https://www.theaccessproject.org/10-best-herbs-to-stop-your-period/
Can I make my period end faster?: http://www.healthline.com/health/womens-health/how-to-make-your-period-end-faster
Provavelmente não está grávida, mas não é possível dar certeza. Sangramento após tomar a PDS (pílula do dia seguinte) é o efeito esperado da medicação, evitando a gravidez, porém a eficácia da medicação é estimada em 98%, quando feito uso até as 24 h, e reduz gradativamente até as 72 h após a relação desprotegida, ou 120 h (para as medicações mais recentes no mercado), portanto existe um risco pequeno de engravidar.
Pílula do dia seguinte de 5 dias (120 h)Vale ressaltar que recentemente chegou ao Brasil a opção da PDS para até 5 dias (120h). O que permite mais uma forma de contracepção de emergência para os casos de dificuldade em fazer uso nas primeiras horas.
Da mesma forma que as tradicionais, a eficácia é maior para quanto antes fizer uso.
Sangramento após o uso de pílula do dia seguinte (PDS)O sangramento após a PDS provavelmente é de menstruação antecipada pela medicação, entretanto, se aconteceu a gravidez, seja pelo atraso no uso da medicação, uso incorreto da pílula ou o que é mais raro, mas pode acontecer, pela falha da medicação, pode haver um pequeno sangramento, conhecido por sangramento de nidação, quando o óvulo se infiltra na parede do útero.
O sangramento de menstruação e de nidação, são em geral sangramentos de características distintas, mas podem inicialmente ser confundidos.
Saiba mais no link: Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?
Como saber se estou grávida após tomar a pílula do dia seguinte (PDS)?A única maneira de ter certeza se está ou não grávida, será através do teste de gravidez. Pode ser feito o teste de farmácia, teste de sangue, o beta HCG ou ultrassonografia.
O primeiro, o teste de farmácia, pode ser comprado facilmente sem pedido médico, e é considerado um teste de alta confiabilidade, desde que haja tempo suficiente para detectar o hormônio na urina, em média a partir da segunda semana de gestação.
Veja aqui: Teste de farmácia de gravidez é confiável?
E o exame de beta HCG, dosagem do mesmo hormônio no sangue, é mais específico, porém necessita de pedido médico para sua realização. Assim como a ultrassonografia, exame de imagem que identifica a presença do bebê além de outras características, como a localização da implantação do óvulo fecundado e condições do útero, a partir da quinta semana de gravidez.
O mais recomendado é que procure um médico ginecologista, para avaliar o seu caso, sugerindo o melhor exame complementar para descartar definitivamente a gestação.
Pode lhe interessar também: Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?
Uma preocupação das mulheres que vão ao ginecologista é o medo ou vergonha de serem examinadas, de uma forma geral o médico ginecologista não irá examinar todas as vaginas de todas as mulheres que ele atende. Na verdade o exame será dirigido para suas queixas. Caso você tenho um nódulo de mama ele terá que examinar sua mamas obrigatoriamente, caso contrário o exame das mamas não precisa ser feito em todas as consultas (apesar que deveria). Caso suas queixas sejam referentes a um corrimento ele terá que fazer o exame ginecológico, mas se você não tem nenhuma queixa, provavelmente ele não fará o exame. Porém o ideal é que você faça o preventivo do câncer de colo uterino uma vez ao ano (ou seja, pelo menos uma vez por ano você não tem escapatória). E não vale dizer ao médico que não tem nada só para escapar do exame, ai não adianta ir ao médico.
Os principais motivos para mudar de anticoncepcional costumam ser os efeitos colaterais que o medicamento pode provocar. Se a mulher não estiver se sentindo bem com o anticoncepcional oral, injetável ou adesivo, é preciso tentar um outro que provoque menos reações adversas.
Alguns motivos (efeitos colaterais) que podem fazer a mulher mudar de anticoncepcional:
- Hemorragias entre as menstruações;
- Ausência de menstruação;
- Dores de cabeça;
- Náuseas e vômitos;
- Tontura;
- Cólicas menstruais;
- Dores nas mamas;
- Prurido vaginal;
- Alterações emocionais e da libido;
- Variações de peso.
No entanto, a troca de anticoncepcional também pode ser indicada para tratar problemas específicos, como ovários policísticos, TPM e acne.
A pílula anticoncepcional com progesterona, por exemplo, melhora a TPM e os sintomas pré-menstruais.
A escolha do novo medicamento, porém, deve obedecer a vários critérios para que seja o mais indicado para a paciente. Além do histórico clínico e familiar da mulher, é importante levar em consideração as doses hormonais que variam de acordo com o anticoncepcional.
Por essa razão, a mudança de anticoncepcional deve ser feita com orientação e supervisão de um/a médico/a ginecologista.
Pode lhe interessar também:
Não, nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcional. O uso de anticoncepcionais hormonais é contraindicado para mulheres que têm algumas doenças ou apresentam fatores de risco para desenvolvê-las, tais como:
- Doença tromboembólica ou tromboflebite;
- Doença vascular cerebral;
- Infarto do miocárdio;
- Doença coronariana;
- Hiperlipidemia congênita;
- Câncer de mama ou suspeita;
- Câncer do aparelho reprodutor ou outros tipos de câncer dependentes de hormônios;
- Sangramento uterino anormal sem causa determinada;
- Doenças cardiovasculares;
- Hipertensão arterial (acima de 140 x 90 mmHg);
- Diabetes insulinodependente grave;
- Fumantes com mais de 35 anos;
- Doenças do fígado;
- Lúpus eritematoso sistêmico.
Mulheres com gravidez confirmada ou suspeita de estarem grávidas também não devem tomar anticoncepcional.
Existem outras situações que apesar de não impedirem o uso de anticoncepcionais hormonais, exigem uma supervisão médica cuidadosa. Dentre elas estão:
- Anemia falciforme, obesidade, varizes importantes, imobilização;
- História de icterícia gravídica e problemas de excreção biliar;
- Doenças da vesícula biliar;
- Enxaquecas com sintomas neurológicos;
- Epilepsia, psicose e neuroses graves;
- Hipertensão arterial leve ou moderada;
- Insuficiência renal ou cardíaca;
- Diabetes moderado;
- Uso de medicamentos que interagem com o anticoncepcional.
Também podem lhe interessar:
Tomar anticoncepcional durante muito tempo faz mal?
Dúvidas sobre Anticoncepcional
Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável
Antes de começar a tomar o anticoncepcional a mulher deve primeiro passar por uma consulta com o médico ginecologista, médico de família ou clínico geral, que irá avaliar os riscos e verificar se existe alguma contraindicação quanto ao uso do medicamento.
Uma das principais vantagens do anticoncepcional adesivo é a comodidade de uso, uma vez que a eficácia, contraindicações e efeitos colaterais são praticamente os mesmos da pílula anticoncepcional. As suas desvantagens incluem o fato de ser visível, poder causar irritação na pele, além de ter efeitos colaterais e riscos muito semelhantes à pílula oral.
Conheça as principais vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo quando comparado com outros métodos anticoncepcionais.
Quais as vantagens do anticoncepcional adesivo?- Comodidade de uso;
- Menor risco de esquecimento;
- É bastante eficaz se usado corretamente (99,9% de eficácia);
- Não perde eficácia quando há problemas gastrointestinais como vômitos ou diarreia;
- Facilidade de uso para mulheres que têm dificuldades de engolir a pílula;
- Reduz os riscos de câncer de ovário e de endométrio, assim como outros métodos contraceptivos hormonais, como a pílula e o anticoncepcional injetável;
- Não interfere de forma significativa na eficácia de outros remédios;
- Sua eficácia é menos comprometida pelo uso simultâneo de outros medicamentos como os anticonvulsivantes.
- Não previne DST;
- Precisa da intervenção da usuária, o que pode aumentar as chances de uma gravidez indesejada;
- Pode causar alergias e irritações na pele;
- É visível, o que pode incomodar algumas usuárias;
- Apresenta redução da eficácia em mulheres com mais de 90 kg;
- Tem praticamente os mesmos efeitos adversos dos anticoncepcionais hormonais, como náuseas, dor de cabeça, desconforto mamário, cólicas abdominais, entre outros;
- Tem os mesmos riscos de eventos trombóticos das pílulas orais.
O anticoncepcional adesivo é contraindicado para mulheres com doença no fígado grave, elevado risco cardiovascular (hipertensas não controladas, diabéticas, tabagistas) ou com risco tromboembólico aumentado.
Como usar o anticoncepcional adesivo?O anticoncepcional adesivo possui os hormônios estrogênio e progesterona, que são absorvidos pela pele e entram diretamente na circulação sanguínea.
Os adesivos devem ser aplicados na pele e substituídos uma vez por semana, durante 3 semanas seguidas, seguindo-se uma semana de pausa, sem o adesivo. Portanto, o adesivo anticoncepcional deve ser usado por 21 dias, seguido de 7 dias de pausa.
A mulher deve ficar atenta para observar se o adesivo está descolando ou não, visto que o descolamento pode afetar a eficácia desse método contraceptivo.
Para maiores esclarecimentos sobre as vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo, fale com o médico ginecologista ou médico de família.
Não, não há nenhum problema em voltar a tomar o anticoncepcional. Principalmente se for o anticoncepcional que estava em uso, porque o organismo já estava habituado.
No caso de optar por outra medicação, mesmo que da mesma classe de anticoncepcionais, é necessário que retorne ao se médico para discutir a melhor opção. Nem todas as mulheres podem fazer uso de certos anticoncepcionais.
Saiba mais em: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?
Entretanto é importante lembrar que quando reinicia a medicação, a sua proteção e segurança contra gravidez, deve ser esperada para o mês seguinte. Durante a primeira cartela, o recomendado é que faça uso de mais um contraceptivo, como a camisinha.
Após um mês de uso, o medicamento já tem seu efeito máximo no organismo, e portanto sua proteção ultrapassa 90% de eficácia contra a gravidez. Desde que faça o uso corretamente, tomando um comprimido da medicação por dia, no mesmo horário, sem esquecimentos.
Sabendo que, os anticoncepcionais protegem a mulher apenas quanto ao risco de gravidez. A única maneira de se proteger, e ao parceiro, quanto às doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, sífilis, clamídia, entre outras, é com o uso de contraceptivo de barreira, a camisinha.
Leia também: O que é AIDS e quais os seus sintomas?