Sim. Usar lentes de contato além do tempo determinado pelo oftalmologista faz mal, podendo causar dor, vermelhidão, reações alérgicas e infecções, até situações mais graves como a formação de úlceras de córnea, alterações graves que podem levar à cegueira.
O tempo que a lente pode permanecer no olho, deverá ser definido e orientado pelo médico oftalmologista assistente, e irá depender principalmente do material da lente escolhida, das características dos olhos do paciente e cuidados diários com a lente.
O uso de lentes de contato por muito tempo faz mal porque diminui a oxigenação da córnea. Como a córnea não possui vasos sanguíneos, ela necessita captar o oxigênio do ar. Assim, a lente de contato atua como uma barreira à passagem do oxigênio.
Apesar dos materiais das lentes de contato atuais permitirem uma melhor difusão do oxigênio, elas não deixam de ser uma barreira. Quanto maior for o grau da lente, mais espessa ela será, bloqueando a passagem de oxigênio. O que pode favorecer a inflamações corneanas (ceratites), infecções graves como a úlcera de córnea infecciosa, e sequelas permanentes na visão, com indicação, nos casos mais graves, de transplante de córnea.
Outra razão por que as lentes de contato não devem ser usadas além do tempo indicado, é que elas acumulam resíduos de proteínas e bactérias, que podem causar alergias oculares e infecções.
Cuidados diários com a lente de contatoAlém do uso da lente pelo tempo correto indicado, outros cuidados são fundamentais para uma boa adaptação e prevenção de complicações, como:
- Utilizar apenas pelo tempo estipulado como data de validade pelo fabricante, mesmo que esteja aparentemente em boas condições;
- Fazer uma higienização adequada diariamente:
- Lavar bem as mãos e secar suavemente em papel toalha, antes de colocar ou retirar as lentes;
- Não limpar as lentes com soro fisiológico ou água da torneira, usar apenas os produtos indicados de limpeza e manutenção das lentes, que são produtos específicos;
- Limpar bem o estojo, com os mesmos produtos e trocá-lo a cada 3 meses, pelo menos;
- Retirar as lentes para dormir, mesmo as de longa duração;
- No caso de uso de maquiagem, colocar as lentes antes de iniciar a maquiagem e retirar as lentes antes do uso de demaquilante e limpeza do rosto;
- No caso de uso em ambientes de água como piscina, rios ou mar, não abrir os olhos dentro da água, e se possível, usar óculos de proteção;
- Evitar usar as lentes em saunas fechadas, pelo maior risco de reações alérgicas e contaminação, uma das poucas contraindicações;
- No caso de vermelhidão, dor ou secreção, retirar as lentes e fazer contato com oftalmologista imediatamente.
Sim, dormir com as lentes de contato faz mal. Embora existam lentes descartáveis que são aprovadas para serem usadas durante o sono, há sempre um risco maior associado.
Isso porque as lentes de contato já diminuem a oxigenação da córnea durante o dia, quando os olhos estão abertos. Durante o sono, com as pálpebras fechadas, essa oxigenação fica ainda mais reduzida.
Vale reforçar, que ao menor sinal de irritação, vermelhidão, dor, secreção ou turvação da visão, deve interromper o uso das lentes de contato imediatamente e procurar um/a médico/a oftalmologista para avaliação.
Leia também: Usar lentes de contato coloridas faz mal?
Com correção é somente para quem usa óculos, o resultado do seu exame mostrou que você não apresenta problemas relacionados a acuidade visual, portanto não precisa corrigir o erro de refração, nesse caso apenas o resultado do exame sem correção é suficiente.
Caso fosse detectado algum distúrbio de refração o médico iria indicar a correção através de lentes e anotar isso no seu laudo.
O que significa resultado da acuidade visual 20/20?Na maioria dos caso o resultado de exame de acuidade visual 20/20 representa uma boa acuidade visual.
Esse teste é realizado com uma tabela chamada tabela de Snellen, uma tabela branca com letras em preto escuro em tamanhos maiores e menores.
O primeiro número 20 indica a distância que a tabela deve estar da pessoa a ser examinada, que é de 20 pés ou 6 metros, já o segundo número se refere a fileira das menores letras que a pessoa consegue ler.
No entanto, o exame oftalmológico, além da tabela de Snellen pode incluir outras etapas de avaliação, de formar a analisar outros parâmetros da visão, isto porque uma pessoa que apresenta visão com acuidade 20/20 pode ainda queixar-se dificuldade visual.
Por isso, em pessoas que apresentam queixas referentes a visão também se pode avaliar:
- O campo visual;
- A coordenação muscular ocular;
- A habilidade de identificar cores;
- As estruturas oculares como córnea, íris e cristalino;
- A pressão ocular.
Para mais esclarecimentos sobre a avaliação da visão e da acuidade visual, ou caso apresente distúrbios visuais, consulte um médico oftalmologista.
Usar lentes de contato coloridas (com ou sem grau) não faz mal, desde que as lentes sejam utilizadas corretamente. O fato da lente de contato ser colorida não prejudica a visão, mas o seu uso requer os mesmos cuidados que as lentes de contato convencionais.
O grande risco para as pessoas que usam lentes de contato coloridas apenas para fins estéticos é o fato de não conhecerem os procedimentos corretos de limpeza, cuidados e uso das lentes.
Há inclusive quem chega a compartilhar a lente com outras pessoas, sem saber que as lentes de contato nunca devem ser partilhadas pois podem transmitir infecções.
É importante lembrar que o uso inadequado de qualquer lente de contato, mesmo sem grau, pode provocar sérias complicações para a visão, que vão desdedor e visão embaçada a infecções e úlceras que podem levar à cegueira.
Sem os cuidados adequados de manuseio e limpeza das lentes de contato, elas podem acumular bactérias e fungos que podem causar alergias e infecções na córnea. Nos casos mais graves podem ocorrer úlceras, com necessidade de transplante de córnea.
Veja aqui as complicações que as lentes de contato podem causar à visão.
Por isso, se pretende usar lentes de contato coloridas deve primeiro marcar uma consulta com um médico oftalmologista.
Estrabismo é um problema visual em que os olhos não estão alinhados adequadamente, ou seja, não apontam para a mesma direção. Enquanto um olho está virado para frente, o outro pode estar desviado para dentro, para fora, para cima ou para baixo.
O estrabismo convergente, também chamado de esotropia, caracteriza-se pelo olho voltado para dentro. O estrabismo divergente, também conhecido como exotropia, ocorre quando o olho está voltado para fora. Já o estrabismo vertical caracteriza-se pelo olho virado para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia).
Podem ocorrer também combinações entre os tipos de estrabismo. Por exemplo, quando o olho se desvia para cima e para o nariz ao mesmo tempo. O estrabismo também pode ser alternante, ou seja, o desvio se alterna entre um olho e outro. O desvio também pode ocorrer esporadicamente, principalmente em casos de estrabismo divergente.
O estrabismo é mais comum na infância, mas também ocorre em adultos, principalmente devido a outros distúrbios.
Estrabismo infantilA esotropia acomodativa é a forma mais comum de estrabismo infantil. Ocorre sobretudo em crianças com 2 anos ou mais e caracteriza-se pelo desvio dos olhos para dentro quando a criança se concentra em algum objeto.
Pequenos desvios em bebês com menos de 4 meses são normais. Porém, se o estrabismo for acentuado ele deve ser investigado.
O estrabismo pode estar presente desde o nascimento devido a fatores genéticos. Porém, doenças e condições que afetam o cérebro também estão entre as causas do estrabismo infantil, tais como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, tumores cerebrais e prematuridade.
O estrabismo também pode surgir mais tarde, depois da infância, tendo como principais causas: diabetes, doenças neurológicas, doenças da visão (hipermetropia em grau elevado) e traumatismos na cabeça.
Quando o estrabismo surge numa fase mais avançada, na idade adulta, além do desvio do olho a pessoa também apresenta visão dupla (vê os objetos em dobro).
Como identificar o estrabismo?Os sinais e sintomas mais comuns do estrabismo são os movimentos desalinhados dos olhos, gerando desalinhamento ocular e dificuldade para focar objetos e pessoas. Também é comum pessoas estrábicas realizarem tarefas com apenas um olho aberto ou inclinarem a cabeça para tentar endireitar os olhos.
Nos adultos, o estrabismo geralmente surge repentinamente, podendo causar visão dupla (diplopia), cansaço da visão e dor de cabeça. Muitas vezes, é uma consequência de outras doenças, como derrame cerebral, aneurisma, pressão alta, diabetes, tumores, grau elevado de miopia, entre outras.
Os olhos não se mantêm na posição adequada devido à transmissão deficiente dos impulsos nervosos do cérebro para os músculos dos olhos.
Qual é o tratamento para estrabismo?O tratamento do estrabismo depende da sua causa e pode ser feito com exercícios específicos para os músculos oculares, óculos, lentes corretivas, uso de tampões ou cirurgia, além de injeções de toxina botulínica nos músculos oculares.
Quanto mais cedo o estrabismo for diagnosticado e tratado, maiores são as chances do tratamento ser bem sucedido.
O/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do estrabismo é o/a oftalmologista.
Degeneração macular dificilmente tem cura. O tratamento pode preservar ou melhorar a acuidade visual, mas é muito importante que seja iniciado na fase inicial da doença. Quando a degeneração macular já está muito avançada, torna-se mais difícil tratar e os resultados podem não ser satisfatórios.
No caso da degeneração macular atrófica ou seca, o tratamento pode ser feito com medicamentos antioxidantes como suplementos vitamínicos ou minerais em altas doses, que retardam o avanço da doença. O paciente também pode utilizar óculos especiais que permitem a recuperação da visão de leitura.
Já o tratamento para a degeneração macular úmida ou exsudativa pode consistir em fotocoagulação com raio laser, terapêutica fotodinâmica ou de injeções intra-oculares de medicamentos anti-angiogênicos. Os anti-angiogênicos impedem o crescimento dos vasos sanguíneos responsáveis pelo extravasamento de fluidos e sangue para a retina, melhorando de forma significativa a visão.
As injeções são aplicadas dentro do olho, com anestesia local e sedação. O procedimento é seguro, sendo realizado por meio de uma pequena cirurgia em centro cirúrgico.
Outra opção de tratamento para a degeneração macular exsudativa é a terapia fotodinâmica, que ataca apenas a membrana formada pelos novos vasos sanguíneos e preserva o tecido da retina. O método pode melhorar a visão ou pelo menos preservar o tecido da retina.
A terapia fotodinâmica é realizada através da administração intravenosa de uma substância que fica retida nos vasos anormais que formam a membrana. Depois, é aplicado o laser que ativa a substância para libertar moléculas de oxigênio capazes de fechar os vasos.
Apesar de não causar cegueira total, uma vez que a visão periférica fica preservada, a degeneração macular pode provocar danos irreversíveis à visão e levar à perda da visão de leitura e da nitidez se não for devidamente tratada.
Consulte um médico oftalmologista para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso.
Leia também: O que é degeneração macular e quais os sintomas?
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que afeta a porção central da retina (mácula), responsável pela captação de detalhes visuais. Os seus principais sintomas são perda progressiva da visão central, distorção visual das linhas retas e diminuição da nitidez das cores.
Se não for devidamente tratada, a degeneração macular pode provocar danos irreversíveis à visão e levar à perda da visão de leitura e da nitidez, mas não chega a causar cegueira total.
A degeneração macular normalmente ocorre em pessoas com mais de 50 anos e está relacionada com o desgaste da retina. A doença normalmente afeta os dois olhos, mas não ao mesmo tempo. É frequente um olho já estar numa fase avançada, com perda significativa da visão, e o outro estar numa fase inicial.
Existem 2 tipos de degeneração macular relacionada à idade:
- Degeneração macular seca ou atrófica: É a forma mais comum e leve da doença, sendo observada em até 90% dos casos. Caracteriza-se pelo desgaste contínuo da retina que provoca atrofia ou perda das células da mácula. O seu sintoma característico é a diminuição progressiva e lenta da visão central.
- Degeneração macular úmida ou exsudativa: Representa cerca de 10% dos casos de degeneração macular relacionada à idade. Porém, esta forma de DMRI provoca uma perda mais acentuada da visão central e pode ter início súbito. Caracteriza-se pelo crescimento de pequenos vasos sanguíneos por baixo da retina, que formam uma película. Esses vasos são frágeis e causam sangramento e extravasamento de líquido para dentro da retina ou abaixo dela, com risco elevado de piora acentuada da visão.
Devido ao acúmulo desses líquidos, a degeneração macular úmida ou exsudativa provoca distorção das imagens e o paciente refere pontos ou manchas escuras no campo visual.
À medida que a doença avança, forma-se uma espécie de tecido cicatricial no local afetado pelos vasos, com consequente perda irreversível da percepção visual. A cegueira só não é total porque esse processo atinge somente a área central da retina e a visão periférica é preservada.
No início, os sintomas da degeneração macular são bastante discretos e imperceptíveis. Dentre os mais comuns estão:
- Embaçamento da visão;
- Cores mais opacas;
- Palavras borradas;
- Mancha escura ou embaçada no centro da visão;
- Linhas retas distorcidas, parecendo onduladas;
- Presença de pontos cegos (escuros ou brancos) no campo visual;
Existem diversos fatores podem favorecer o aparecimento da degeneração macular, como história da doença na família, ter a pele clara e os olhos azuis ou verdes, exposição em excesso ao sol, alimentação rica em gorduras, tabagismo, pressão alta e doenças cardiovasculares.
O diagnóstico e tratamento da degeneração macular relacionada à idade é da responsabilidade do/a médico/a oftalmologista.
Saiba mais em: Degeneração macular tem cura? Qual o tratamento?
Os principais sintomas do descolamento de retina são:
- Alterações no campo de visão: manchas escuras, bolhas ou pontos difusos no campo de visão que aparecerem e desaparecem com a aparência de uma mosca grande, imagens semelhantes a teias de aranha;
- Visualização de faíscas e flashes de luz;
- Perda da visão;
- Cegueira.
O descolamento da retina é uma condição grave que provoca alterações na visão, perda da visão e até cegueira.
O descolamento da retina acontece quando há o desprendimento da retina da parte posterior do olho.
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O glaucoma não tem cura, mas possui tratamento, que é feito através do uso de colírios até o fim da vida. Esta é a forma mais segura de manter a pressão interna dos olhos sob controle e retardar a evolução da doença. Sem tratamento, o glaucoma pode causar cegueira.
A outra opção de tratamento para o glaucoma é a cirurgia, indicada quando os colírios não são capazes de controlar a pressão intraocular. A cirurgia tem por objetivo diminuir a pressão interna do olho e, na maioria dos casos, o paciente não precisa mais usar colírios. Porém, se a visão já tiver sido afetada, ela não pode ser recuperada com a operação.
O oftalmologista é o médico responsável pelo diagnóstico, controle e tratamento do glaucoma.