O mau hálito ou halitose pode ter várias causas, como má higiene oral, ingestão de alimentos com odores fortes, boca seca, problemas dentários, refluxo gastroesofágico, obstrução intestinal e doenças, como insuficiência renal, diabetes ou câncer de origem bucal.
Quando o “bafo” é causado por alguma doença ou condição que não seja a falta de higiene bucal, ele geralmente não desaparece, mesmo depois de escovar os dentes, passar fio dental ou usar um enxaguante bucal.
Abaixo seguem as principais causas de halitose e o que fazer em cada caso para acabar com o mau hálito rápido.
1. Higiene bucal inadequadaO mau hálito geralmente está relacionado à falta de higiene bucal. Não escovar os dentes ou usar fio dental regularmente faz com que restos de alimentos se acumulem na boca e na língua, entre as papilas gustativas.
Esses restos de comida entram em decomposição, causando mau hálito. Dentaduras que não são adequadamente limpas diariamente também podem causar halitose grave, assim como a falta de limpeza da língua.
O que fazer?Uma forma de eliminar o mau hálito rapidamente nesses casos, é mastigar salsa fresca ou folhas de hortelã. A salsa e a hortelã podem eliminar os compostos de enxofre liberados pelos alimentos em decomposição diminuindo a halitose.
Porém, para tratar a causa do mau hálito é necessário escovar os dentes após todas as refeições e usar fio dental pelo menos uma vez ao dia, certificando-se de que é passado entre todos os dentes. Também é muito importante limpar a língua com material específico para isso (raspador de língua).
A escovação e o fio dental removem os restos de alimentos antes que se decomponham. Escovar os dentes também remove a placa bacteriana que se acumula na dentição e causa mau cheiro na boca, cárie e doenças na gengiva.
O enxaguante bucal, também pode ser usado diariamente, com objetivo de matar as bactérias causadoras do mau hálito.
Portanto, mau hálito por acúmulo de placa, basta manter uma limpeza adequada e limpeza no dentista a cada 6 meses, para resolver o problema.
2. Problemas dentáriosA falta de higiene adequada e uma alimentação rica em doces são a principal causa de proliferação de bactérias na boca. As bactérias formam as placas de tártaro, aftas, cáries e processos inflamatórios como a gengivite (inflamação da gengiva) e os abcessos dentários (coleção de pus).
Todos os problemas dentários podem levar ainda à formação de pequenas aberturas na área entre os dentes e nas gengivas. Restos de alimentos e germes podem se acumular nessas aberturas, causando um forte mau hálito.
O que fazer?Escovar os dentes após as refeições (pelo menos 3 vezes por dia), usar fio dental diariamente (pelo menos uma vez ao dia), limpar a língua com um raspador de língua após as refeições e utilizar um enxaguante bucal após escovar os dentes, resolvem o sintoma de mau hálito.
Em caso de doença periodontal, pode ser necessário realizar uma limpeza dentária profunda, com o profissional capacitado.
Além disso, pode ser utilizado o bicarbonato de sódio para eliminar as bactérias que causam mau hálito. Para fazer uma solução adicione 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio em uma xícara (200 ml) de água morna. Recomenda-se bochechar a solução por pelo menos 30 segundos antes de cuspi-la, 2x ao dia.
3. Boca secaA boca seca ocorre quando não há saliva suficiente. A saliva ajuda a manter a boca limpa e remove bactérias, evitando o mau cheiro na boca. Doença de Sjögren, lupus, entupimento da glândula salivar, cigarro, estresse ou uso de certos medicamentos, como os antidepressivos e medicamentos para doença de parkinson, tem como efeito colateral a boca seca.
O que fazer?Para acabar com o mau hálito em caso de boca seca, recomenda-se usar saliva artificial e aumentar a ingesta de água. Mascar chiclete sem açúcar também pode aumentar a produção de saliva. O cigarro, como traz tantos malefícios, é fortemente recomendado que abandone esse hábito. Quando a causa for a medicação, pode ser avaliada a troca por medicamento similar, sempre que possível.
Outra dica para combater a halitose nesses casos, é beber chá-verde ao longo do dia. O chá-verde tem propriedades desinfetantes e desodorizantes que podem refrescar temporariamente o hálito.
O refluxo gastroesofágico é uma das causas mais comuns de halitose. O retorno de conteúdo do estômago para o esôfago traz um ácido que causa importante mau hálito. Nesses casos, a pessoa costuma referir que está com “mau hálito estomacal”.
O que fazer?O tratamento para o mau hálito no refluxo, é o tratamento dessa doença. No tratamento são indicados medicamentos, dieta adequada e mudanças no estilo de vida. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos.
Os medicamentos são os protetores gástricos, como a ranitidina e omeprazol ou pantoprazol, e as medicações que reduzem a produção de ácido estomacal ou estimulam o esvaziamento do estômago.
Na alimentação, para evitar o refluxo, é importante evitar bebidas com cafeína, bebidas gaseificadas e alcoólicas. Entre os alimentos, evitar chocolate e alimentos ácidos.
Além disso, recomenda-se não fumar, perder peso, comer mais vezes durante o dia com menor quantidade nas refeições, não usar roupas apertadas e esperar 2 horas para ir dormir (ou se deitar) após as refeições. Manter a cabeceira da cama um pouco elevada (30 graus), também ajuda a evitar o retorno de conteúdo do estômago, evitando o problema.
Após a ingestão de cebola, alho ou outros alimentos com odores fortes, o estômago absorve os óleos desses alimentos durante a digestão, resultando em mau hálito que pode durar até 72 horas e não desaparece, mesmo escovando os dentes.
O que fazer?Para suavizar o mau cheiro na boca, você pode beber um copo de leite durante ou após uma refeição que contenha grande quantidade de alimentos com cheiro forte, como alho e cebola. Isso pode melhorar significativamente o mau hálito.
6. Doenças sistêmicasO mau hálito pode ser ainda, sinal de algumas doenças, incluindo doença renal, diabetes e problemas hepáticos. O odor pode ser de peixe, nos problemas renais, ou cheirar a fruta, nos casos de glicose aumentada.
Uma pessoa com insuficiência hepática pode ter mau hálito, associado a perda de peso, icterícia (pele e olhos amarelados), diarreia, cansaço, perda de apetite, coceira no corpo, dificuldade de coagulação, inchaço nas pernas e no abdome.
No diabetes, outros sinais e sintomas são de muita sede, vontade frequente de urinar, pele seca, náusea, vômito, respiração rápida e fadiga.
Existem ainda diversas doenças e condições que, mais raramente, podem causar mau hálito, como:
- Doenças infecciosas (amigdalite, sinusite, bronquite);
- Alcoolismo;
- Vômitos prolongados;
- Uso de cateter na boca ou no nariz;
- Câncer de língua, esôfago e estômago.
Se o mau hálito for causado por alguma doença, como diabetes, sinusite ou insuficiência renal, essa doença precisa ser tratada. Caso contrário, pode ser muito difícil eliminar a halitose.
O dentista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar casos de mau hálito.
A tontura constante pode ser causada por diversas doenças, sendo as principais: a labirintite, diabetes, doenças cardíacas, problemas neurológicos, hipotiroidismo, aterosclerose ou os efeitos colaterais de medicamentos.
Para cada uma das situações, existe uma orientação e tratamento individualizados.
1. LabirintiteA labirintite é uma doença rara, caracterizada pela inflamação do labirinto, que pode causar tonturas. Entretanto, a causa mais comum de tontura por problemas no labirinto, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), embora menos conhecida do que a labirintite.
Os sintomas são semelhantes e incluem náusea, vômito, dificuldade de se manter em pé, zumbido no ouvido e movimento descoordenado dos olhos (nistagmo).
A enxaqueca, situação de estresse, infecções respiratórias, uso de medicamentos ou doenças cerebrais como sequela de AVC e esclerose múltipla, são causas comuns tanto para labiritnite quanto para a VPPB.
O que fazer?O tratamento inicial tem o objetivo de aliviar os sintomas, para isso pode fazer uso de medicamentos para náuseas e vômitos, como a cinarizina ou dramin e manter-se em repouso.
Para os casos mais graves, com dificuldade em se alimentar, vômitos frequentes e muito mal-estar, está indicado procurar uma emergência para tratamento venoso e realização de manobras específicas, como a manobra de Epley.
Para o tratamento definitivo e cura do problema, é preciso procurar um atendimento médico, para definir a causa da labirintite. Nos casos de infecção será preciso uso de antibióticos.
2. DiabetesAs pessoas que têm diabetes apresentam com certa frequência, níveis baixos de açúcar no sangue, definido como hipoglicemia. Isto ocorre, especialmente, quando o tratamento para diabetes não é seguido de maneira adequada.
Os sintomas mais comuns de hipoglicemia incluem tontura, suor frio, mal-estar, sensação de queda, fraqueza e tremores.
O que fazer?Ofereça açúcar! A hipoglicemia é uma situação grave, que pode evoluir com crise convulsiva e coma, se não for rapidamente tratada. Sendo assim, se a pessoa estiver acordada e lúcida, pode ingerir alimentos ricos em carboidratos simples como pão doce ou suco natural de fruta, ou o próprio açúcar, na colher ou misturada a um copo de água.
No caso de desorientação, não ofereça alimentos nem água, para evitar um engasgo e maiores complicações pulmonares. Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, ou a pessoa perder a consciência, chame uma emergência (SAMU 192).
3. Tontura ao levantar (hipotensão ortostática)O sintoma de tontura quando se levanta rapidamente, é chamado de hipotensão ortostática. Uma situação bastante comum, principalmente em idosos, que ocorre pela queda repentina da pressão arterial, quando a pessoa se levanta.
A tontura pode vir acompanhada de sensação de desmaio, náuseas, visão turva ou mal-estar.
A pressão arterial baixa pode ser normal, mas também pode indicar um problema cardiológico, o que requer tratamento e acompanhamento por parte de um médico cardiologista.
O que fazer?Para aliviar o sintoma, é preciso levantar-se sempre lentamente, de preferência se sentar primeiro e depois colocar-se de pé. Para o tratamento definitivo, deverá procurar um cardiologista para avaliação e acompanhamento.
4. Pressão baixaA variação de pressão, provoca a tontura e desequilíbrio, uma vez que o sangue não chega adequadamente ao cérebro. Outros sintomas são: mal-estar, fraqueza, visão turva, sonolência, e dores de cabeça.
O uso de sal embaixo da língua nesses casos, é uma prática comum, no entanto, pode ser uma medida perigosa, pois se a pressão arterial aumentar rapidamente, pode causa sérios problemas, como o AVC (derrame cerebral).
O que fazer?Nestes casos, é importante medir adequadamente a pressão arterial, de preferência com um profissional de saúde para definir o melhor tratamento. O uso de sal para a pressão baixa, deve ser em situações que não consegue contato com o seu médico, e em pequena quantidade (uma pitada de sal).
5. Doenças neurológicasPessoas que têm enxaqueca, epilepsia, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e tumores cerebrais, podem apresentar queixa de tontura constante. Na enxaqueca, a tontura acontece geralmente associada a dor.
Para cada caso existe um tratamento. Na crise de enxaqueca, é preciso ficar em repouso e tomar a medicação para a dor. Na epilepsia, avaliar as medicações e as suas dosagens, pode ser um efeito colateral ou dose excessiva.
Nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ajustar as doses dos medicamentos pode resolver o problema. No caso de tumor, será preciso a cirurgia ou radioterapia.
É importante que você procure um neurologista para esclarecer os sintomas da tontura e estabelecer o melhor tratamento.
6. HipotireoidismoO hipotireoidismo é a incapacidade da glândula tireoide produzir hormônios suficientes para manter um metabolismo do corpo adequado. Dessa forma, todo o organismo funciona de maneira mais lenta, e tem como sintomas, o edema generalizado, sonolência, cansaço, unhas frágeis e quebradiças, queda de cabelo e tonturas.
A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, crônica, que não tem cura, mas pode ser bem controlada com a reposição hormonal.
O que fazer?A reposição hormonal, é o tratamento de escolha, com a administração de um comprimido de hormônio ao dia. O médico clínico geral ou o endocrinologista são os responsáveis por tratar e acompanhar adequadamente esses casos.
7. Gordura na artéria carótidaA presença de placas de gordura nas artérias do pescoço, como a artéria carótida, é outra causa comum de tonturas e bastante preocupante, porque se a placa obstruir completamente a passagem do sangue para o cérebro, pode resultar em um derrame cerebral (AVC).
A alimentação gordurosa, a falta de exercícios, o cigarro e a hipertensão, são fatores de risco para a formação dessas placas. Sendo assim, a realização de um exame de ultrassonografia de pescoço, faz parte do protocolo de investigação para queixa de tontura constante.
O que fazer?Procure um clínico geral ou cirurgião vascular para avaliação e, enquanto isso, mantenha uma alimentação saudável, procure reduzir o sal nas refeições, aumente a ingesta de água e evite hábitos ruins como o tabagismo.
8. Efeito colateral de medicamentosDiversos medicamentos podem provocar tontura como um efeito colateral. Principalmente em pessoas idosas ou que façam uso de diferentes medicamentos, é importante tomar cuidado com as interações medicamentosas.
Os antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, medicamentos para controlar a pressão arterial, antialérgicos, relaxantes musculares e remédios para convulsão podem ter como efeito colateral a tontura.
Informe ao seu médico, todas as medicações que costuma fazer uso, mesmo que não seja de forma regular, para evitar as interações medicamentosas.
O que fazer?Neste caso, converse com o médico sobre todas as suas medicações, para avaliar a possibilidade de troca ou ajuste da dose da medicação.
O que fazer para aliviar a tontura?O tratamento da tontura constante depende da sua causa específica, entretanto algumas medidas simples podem aliviar esse sintoma, como:
- Consumir bastante líquido (pelo menos 1 litro e meio de água por dia);
- Limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar o cigarro;
- Praticar atividade física regularmente;
- Se levantar lentamente depois de sentar ou deitar por muito tempo;
- Dormir com a cabeceira da cama levemente elevada (30°). Esta inclinação pode ser conseguida com uso de travesseiros, até sentir que está quase sentada.
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A dor atrás dos olhos é bastante comum nos casos de viroses, sinusite, enxaqueca e nos problemas diretamente relacionados com os olhos, como o glaucoma, esclerite e neurite óptica.
O tratamento varia de acordo com a causa, e pode incluir o uso de analgésicos comuns, anti-inflamatórios e/ou antibióticos. Contudo, algumas doenças oculares, como o glaucoma, precisa de um tratamento ainda mais específico, com urgência, para evitar danos irrecuperáveis, como a cegueira.
Por isso, no caso de dor atrás dos olhos que não melhore com uso de analgésicos, ou que venha associado a febre alta, dor intensa ou qualquer dificuldade visual, procure imediatamente um serviço de emergência médica.
1. Resfriado, gripe ou febreOs resfriados e a gripe por influenza, por exemplo, são condições que vêm acompanhadas de dor intensa atrás dos olhos. Principalmente quando a pessoa apresenta febre.
Nestes casos, além da dor atrás dos olhos e febre a pessoa pode sentir dor no corpo, cansaço, falta de apetite e fraqueza.
O tratamento inclui, repouso, aumentar a ingesta de água, alimentar-se bem, e no caso de febre, fazer uso de antitérmicos e/ou analgésicos para aliviar os sintomas. Caso os sintomas permaneçam, procure um médico de família.
2. Dengue e chikungunyaA dengue e a chikungunya são doenças infecciosas, transmitidas por mosquitos, que apresentam clinica bastante semelhante. Os sintomas mais frequentes incluem dor atrás dos olhos, dor ao movimentar os olhos, febre alta > 38.5oC, dor de cabeça, dor muscular intensa, falta de apetite, fraqueza, manchas vermelhas no corpo e mal-estar.
Por vezes, apresentam ainda inchaço nas articulações e coceira no corpo.
O tratamento é feito de acordo com os sintomas com uso de analgésicos e antitérmicos. É recomendado repouso e ingestão de líquidos (pelos menos 2 litros de água ao dia).
Se ainda assim mantiver dor, ou apresentar um desses sintomas: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos de mucosas e outras hemorragias, procure um serviço de emergência, para avaliação médica criteriosa.
3. SinusiteA sinusite é uma inflamação na mucosa dos seios da face, onde acontece o acúmulo de secreção, o que dá origem a dor atrás dos olhos, em "pressão", que piora ao abaixar a cabeça.
Os sintomas mais comuns de sinusite são a dor atrás dos dois olhos ou de apenas um deles, dor de cabeça em pressão, sensação de pressão no rosto, tosse, febre, secreção nasal e nariz entupido e cansaço.
Para aliviar os sintomas é recomendado aumentar a ingesta de água, com pelo menos 2 litros de água por dia, lavar o nariz com soro fisiológico, fazer compressas quentes no rosto e dormir com a cabeceira elevada, para ajudar a drenar as secreções.
Evite permanecer em ambiente fechados com ar-condicionado, pois estes ambientes ressecam as mucosas e dificultam a eliminação de secreções.
O tratamento da sinusite pode envolver ainda o uso de sprays nasais, descongestionantes orais, corticoides e antibióticos. Estes medicamentos são indicados pelo médico de família, clínico geral ou otorrinolaringologista, após a avaliação.
4. EnxaquecaA enxaqueca é uma dor de cabeça intensa que, durante uma crise, pode incapacitar a pessoa de realizar suas atividades simples, de vida diária. A dor é tipo latejate ou pulsátil, que piora com a luz e/ou barulho e melhora após repouso e permanecer em ambiente escuro. As náuseas, vômitos e tontura, geralmente estão associados.
Se você tem enxaqueca, evite pular refeições (jejum prolongado), não consuma álcool e prefira bebidas sem cafeína, pratique atividade física regularmente, mantenha uma rotina de sono procurando deitar-se e levantar-se em horários regulares e reserve tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento.
O tratamento da enxaqueca depende da intensidade, da dor, as suas características e da frequência das crises. Pode ser feito com anallgésicos específicos, corticoide, antidepressivos e sintomáticos, como medicametno para evitar os vômitos. O neurologista deve ser consultado.
5. Glaucoma agudoO glaucoma é uma doença ocular provocada pelo aumento súbito da pressão dentro do olho (pressão intraocular).
A dor intensa atrás dos olhos é um sintoma típico de uma crise de glaucoma agudo. Além desta dor intensa, o paciente pode apresentar vermelhidão e inchaço dos olhos, visão embaçada, lacrimejamento, náuseas, vômitos, tonturas e dor de cabeça.
A crise de glaucoma agudo é uma emergência médica, pois pode levar à perda da visão. Por este motivo, nestes casos procure um serviço de emergência hospitalar o mais rapidamente possível.
6. EscleriteA esclerite é uma inflamação grave e destrutiva da parte branca que cobre o olho, chamada de esclerótica. É considerada grave porque pode afetar a visão e provocar a sua perda gradativa.
Geralmente, os dois olhos são afetados e os principais sintomas são dor intensa e profunda atrás dos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
O tratamento inicia-se com o uso de corticosteroides orais, entretanto, podem ser necessários os imunossupressores ou até mesmo procedimento cirúrgico para repara a lesão na esclerótica. O oftalmologista é o médico indicado para avaliar o caso e definir o tratamento mais adequado.
7. Neurite óticaA neurite ótica é a inflamação aguda do nervo ótico. Os sintomas, geralmente, ocorrem em um dos olhos e incluem: dor atrás do olho inflamado, que piora ou movimentá-lo, redução da visão das cores, perda parcial ou total da visão.
O tratamento da neurite ótica é feito de acordo com a sua causa e, normalmente, envolve o uso de corticosteroides. Uma avaliação com médico de família ou oftalmologista são indispensáveis para definir o tratamento.
Quando devo procurar um médico?- Dor intensa e contínua em um ou ambos os olhos,
- Dor que persiste há mais de 2 dias,
- Febre alta (acima de 38º),
- Redução da visão,
- Visão embaçada,
- Visão dupla,
- Dificuldade de perceber as cores,
- Vermelhidão, lacrimejamento e inchaço nos olhos.
Na presença destes sintomas busque um médico de família ou uma emergência o quanto antes. Não use nenhum medicamento ou colírio sem indicação médica.
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Referências
- American Academy of Ophthalmology. Important coronavirus updates for ophthalmologists.
- Chandra S.; Flanagan, D.; Hingorani, M. et al. Covid-19 and ophthalmology: a brief summary of the literature. Eye. 2020.
- Cheema M. et al. Keratoconjunctivitis as the initial medical presentation of the novel coronavirus disease 2019. (COVID-19). Canadian Ophthalmological Society.
- Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
A tosse produtiva é popularmente chamada de tosse com catarro.
Se o muco (ou catarro) eliminado ao tossir for de coloração mais transparente, sugere um quadro de gripe ou resfriado, e não provoca maiores preocupações. Entretanto, esteja atento no caso de muco amarelado, esverdeado ou com presença de estrias de sangue.
A tosse é a expulsão súbita e forçada de ar dos pulmões, com o objetivo de "limpar" o sistema respiratório e proteger os pulmões contra partículas e/ou germes inalados. É uma defesa involuntária do nosso organismo.
O que pode ser? Causas da tosse produtivaAs causas mais comuns de tosse produtiva (tosse com catarro) são:
- Gripes e resfriados;
- Gotejamento pós-nasal (drenagem de secreções do nariz pela garganta ou pela faringe), mais comum quando se deita;
- Sinusite;
- Pneumonia;
- Crise de asma ou Bronquite crônica;
- Refluxo gastroesofágico;
- Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em períodos de crise;
- Tuberculose ou outras infecções pulmonares;
- Corpo estranho (mais comum em crianças).
Se a tosse produtiva que você apresenta vem acompanhada dos sinais de alerta listados abaixo, você deve procurar um/a médico/a:
- Falta de ar;
- Expectoração de Sangue;
- Febre;
- Perda de peso;
- Se for portador de doenças crônicas;
- Se fizer uso de medicamentos que reduzem a imunidade, como corticoides;
- Ou na presença de fatores de risco para tuberculose (como contato recente com pessoas portadoras da doença).
O tratamento da tosse produtiva depende da sua causa e pode incluir:
- Aumento de ingesta hídrica (pelo menos 2 litros de água por dia);
- Antibióticos (se a tosse for provocada por bactérias);
- Expectorantes (medicamentos que facilitam a excreção de muco).
Os Antitussígenos (medicamentos que inibem a tosse), geralmente são contraindicados, porque podem impedir a eliminação do catarro, perpetuando a infecção. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente.
O que posso usar em casa para aliviar a tosse produtiva? MelO mel tem ação anti-inflamatória, ajuda a dilatar os pulmões e aliviam a irritação na garganta. Pode ser usado tanto para ajudar no tratamento da tosse com catarro ou da tosse seca.
Você pode consumir uma colher de sopa de mel antes de dormir. Para as crianças, o indicado é uma colher de sobremesa antes de dormir.
GengibreO gingerol, substância presente no gengibre tem ação anti-inflamatória e antibacteriana e pode ser utilizado no tratamento da tosse produtiva (tosse com catarro).
Se você apresenta tosse acompanhada de febre, falta de apetite, mal estar, dor no peito, o mais indicado é que procure um serviço de emergência o mais rápido possível, para adequada avaliação.
Veja também: Tosse com catarro: o que fazer?
As principais causas de deficiência auditiva incluem desde exposição crônica a ruídos, envelhecimento, excesso de cera, infecções e inflamações no ouvido até mesmo tumores.
No entanto, algumas situações como uso de medicamentos traumas e mudanças na pressão atmosférica, entre outras situações também podem levar a deficiência auditiva.
A perda de audição pode ocorrer quando há alguma dificuldade na transmissão do som pelo canal auditivo ou quando ocorre deterioração das células nervosas que transmitem os sinais sonoros ao cérebro, localizadas no ouvido interno. Em alguns casos, a deficiência auditiva pode ter as duas causas.
A deficiência auditiva é a perda parcial ou total da capacidade de ouvir e pode ser leve, moderada, grave ou profunda.
Os sinais e sintomas da deficiência auditiva podem incluir zumbidos no ouvido, falar alto demais ou ainda pedir sempre para os outros falarem mais alto, ou repetirem o que acabaram de dizer.
O tratamento da deficiência auditiva depende do seu local de origem e da sua causa. Em algumas situações, pode ser necessário a realização de cirurgia ou outros procedimentos clínicos.
Quando a perda de audição afeta o ouvido interno, o deficit auditivo dificilmente é revertido, sendo necessário o uso de uma prótese auditiva.
O diagnóstico e tratamento da deficiência auditiva é da responsabilidade do médico otorrinolaringologista.
Saiba mais em:
O otorrinolaringologista é o médico que cuida dos problemas de ouvido, nariz e garganta, daí o seu nome: oto = ouvido, rino = nariz, laringo = garganta.
O otorrino cuida também dos problemas de voz, distúrbios do sono e tonturas, quando está relacionada aos problemas do labirinto. O labirinto é uma estrutura localizada no ouvido interno, responsável por parte da audição e também do equilíbrio.
Para se formar em otorrino é preciso concluir a faculdade de medicina, e após a sua conclusão, precisa realizar um curso de especialização em otorrinolaringologia, na forma de residência médica ou pós-graduação. A formação dura em média 3 a 4 anos.
Já como especialista, pode realizar cursos de aperfeiçoamento e realização de exames complementares, como a audiometria, endoscopia nasal, laringoscopia, entre outros.
Quando procurar um otorrino?O otorrino pode ser procurado diretamente pelo paciente, sempre que apresentar uma queixa no ouvido, garganta, nariz, voz, tontura ou dificuldade de sono. Pode ser ainda encaminhado por outro médico não especialista, quando entender que é necessário a sua avaliação.
Entretanto, algumas situações indicam que precisa procurar um otorrino com urgência, como:
- Dor de ouvido associada a febre alta
- Secreção purulenta pelo ouvido
- Dificuldade de engolir
- Perder a audição subitamente
- Presença de corpo estranho, ou pequenos objetos, dentro do nariz ou ouvido (mais comum em crianças pequenas).
As doenças mais comuns nos atendimentos feitos por otorrinos, são:
- Dor de ouvido, otite, excesso de cera no ouvido
- Dificuldade de audição, Surdez
- Zumbidos, tonteira, vertigem, labirintite
- Dor de garganta, Amigdalite
- Rouquidão
- Alterações na fala, dificuldade de linguagem
- Rinite, Sinusite
- Pólipos nasais
- Tosse crônica
- Câncer de faringe, laringe, boca e língua
- Apneia do sono, dificuldades de dormir
Lembrando que, em algumas dessas situações, outros médicos poderão avaliar e tratar casos mais simples. Como é o caso de otite externa em crianças, geralmente tratada pelo pediatra que a acompanha, ou uma amigdalite, que pode ser vista pelo clínico geral ou médico da família.
Cabe ao médico definir se está capacitado a resolver o problema, ou encaminhar o paciente para uma avaliação especializada.
Quais são os exames feitos pelo otorrino?A maioria dos exames realizados por otorrino, podem ser realizados no próprio consultório médico, não causam dor e tem uma duração curta. Como a audiometria, otoscopia, laringoscopia, endoscopia nasal, nasolaringoscopia, potencial evocado auditivo e potencial evocado vestibular.
Para maiores informações, converse com o seu médico da família, ou agende uma consulta diretamente com o otorrinolaringologista.
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A água no ouvido é uma situação comum, principalmente em pessoas que passam mais tempo imersas na água, como frequentadores de piscinas, praias e atletas profissionais de esportes aquáticos.
Contudo, a água deve ser eliminada o quanto antes, para evitar complicações como a dor de ouvido e infecções (otite).
Na grande maioria das vezes a água é eliminada espontaneamente, mas quando isso não acontece, é preciso tomar algumas medidas simples, como deitar-se de lado, virar a cabeça e realizar estímulos, além do uso seguro de secador de cabelo.
1. Deitar de ladoDeitar com a cabeça virada para o lado que está com a água é a medida mais simples e bastante eficaz. O ouvido obstruído com água precisa estar virado para baixo, e permanecer assim por alguns minutos, para facilitar, com a força da gravidade, a eliminação da água.
2. Virar a cabeça e dar pancadinhas de leveVirar a cabeça de lado, com o lado do ouvido obstruído para baixo e dar ligeiras pancadinhas por trás do ouvido, também ajuda no deslocamento da água, através da vibração que o estímulo causa, e com isso auxilia na saída da água acumulada.
3. Usar o secador de cabelosO uso do secador de cabelos é mais uma medida indicada pelos especialistas, porque o calor do aparelho promove a evaporação da água. O secador deve ser ligado na menor potência, mas com vento quente, colocar distante do ouvido pelo menos um palmo e fazer movimentos circulares, para não queimar a região externa.
Geralmente, dentro de poucos minutos percebe-se o alívio do incomodo pela evaporação da água.
Como retirar a água do ouvido do bebê?Para os bebês, é indicado o uso de uma toalha ou lenço, e secar o ouvido apenas até onde o dedo alcança. Não deve inserir hastes ou pingar qualquer produto.
Se não houver melhora, ou o bebê estiver incomodado, é preciso levar ao pediatra ou otorrinolaringologista para uma avaliação.
O que não devo fazer?Tão importante quanto saber o que fazer para retirar a água do ouvido, é saber o que não deve fazer, o que pode ser prejudicial para o seu ouvido e a sua audição.
- Não pingar nada dentro do ouvido e
- Não usar hastes com algodão!
Pingar produtos dentro ouvido, mesmo que sejam substâncias "naturais", sem prescrição médica, pode ser prejudicial a sua audição e a sua saúde. Dependendo do que ocorreu dentro do ouvido, da proteção e integridade do tímpano, pode desencadear um processo infeccioso, e correr risco de sérias complicações, inclusive a perda da audição;
As hastes de algodão, embora seja um hábito bem comum na população, é contraindicado pelos especialistas, por aumentar o risco de infecções, feridas e perfuração do tímpano, a película que protege o ouvido interno.
Quando procurar um médico?O otorrinolaringologista deve ser procurado na suspeita de infecção ou se a dor persistir mesmo após os cuidados orientados. Sendo assim no caso de:
- Febre (acima de 37,8º)
- Dor no ouvido com saída de secreção
- Dor associada a surdez (que acontece de repente)
- Dor por mais de 2 dias, sem melhora com os cuidados descritos e analgésicos.
A infecção do ouvido (otite) que pode evoluir com meningite e levar ao óbito, especialmente em crianças pequenas ou pessoas com imunidade comprometida.
Portanto, na suspeita de otite, procure imediatamente um atendimento médico.Leia também: Água oxigenada no ouvido faz mal? É verdade que cura gripe?
Referência:
ABORL CCF - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia cranio-facial.