O cigarro eletrônico pode fazer tão mal a saúde quanto os cigarros comuns, dependendo do tipo e da forma de uso. Além disso, não sabemos ainda quais os efeitos do seu uso a longo prazo.
Desenvolvidos com intuito de apoio ao combate contra o tabagismo, por ser aparentemente mais seguro e com menor taxa de nicotina, os cigarros eletrônicos vêm apresentando resultados bastante controversos.
Sendo assim, enquanto os estudos não comprovam um benefício, o consumo e comercialização dos cigarros eletrônicos e demais dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), permanecem proibidos no Brasil.
Narguilé faz mal a saúde?Sim. O narguilé (ou water pipe ou shisha ou hookah) é um dispositivo eletrônico para fumar (DEF), desenvolvido na Índia, e utilizado em grupos, com sessões que podem durar de 20 a 80 minutos.
O aparelho é aquecido por combustão de carvão ou madeira, que ativa a mistura do tabaco e produz a fumaça que será inalada após passar por um filtro de água e por uma longa mangueira. Essa fumaça é inalada por diversas pessoas, várias vezes, durante toda uma sessão.
Os malefícios se sobrepõe ao uso de cigarro devido aos seguintes fatores:
- O tempo de exposição a essa fumaça é muito superior à exposição do uso de um cigarro comum, pois pode durar de 20 a 80 minutos, dependendo da sessão;
- O filtro de água utilizado no dispositivo não é suficiente para impedir a passagem das substâncias tóxicas e cancerígenas para os pulmões, como fora defendido, e
- A quantidade de substâncias tóxicas inaladas também podem ser superiores ao cigarro comum, de acordo com o composto escolhido, porque além das toxinas do composto, são produzidas toxinas da combustão do carvão ou madeira.
Portanto, fazer uso de narguilé não é seguro e comprovadamente aumenta o risco de doenças graves, como a dependência física e psíquica, câncer de pulmão, câncer de boca (lábios, língua, faringe) e doenças cardíacas.
Os malefícios do uso regular de um cigarro eletrônico, ainda não está totalmente esclarecido, pois faltam estudos com número maior de casos e de seguimento.
Os efeitos dependem da quantidade de uso, da concentração de nicotina líquida e das demais substâncias incluídas no composto utilizado. Varia também de acordo com o tempo de exposição ao cigarro e a fumaça produzida.
No entanto, o que já sabemos é que os malefícios são semelhantes aqueles conhecidos pelo consumo do cigarro comum, como o aumento do risco de:
- Dependência química
- Enfisema pulmonar
- Asma brônquica
- Câncer de pulmão
- Infarto agudo do coração
- Tromboembolismo pulmonar
- Doenças do fígado
O cigarro eletrônico é um dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), que disponibiliza a nicotina líquida, em forma de vapor. Para isso dependem de uma bateria ou material de combustão, como madeira e carvão.
O dispositivo é abastecido com compostos que incluem, nicotina líquida, solvente como o glicerol, água, aromatizantes e outros aditivos. A nicotina pode ter diferentes intensidades e já existem opções sem a nicotina.
O uso parece mais confortável porque exala cheiro mais agradável, e a sua aparência é mais moderna. Em contrapartida, parece oferecer os mesmos riscos, de doenças respiratórias graves, problemas cardíacos, e ainda risco de danos físicos, como queimaduras, quando ocorre algum problema com o aparelho. Já foram relatados alguns casos de explosão do cigarro eletrônico causando queimaduras de face e mãos de adeptos a esse dispositivo.
Para buscar ajuda e interromper a dependência do cigarro, entre em contato com o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo, do seu estado.
Referências:
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Nancy A Rigotti, Sara Kalkhoran. Vaping and e-cigarettes. UpToDate. Aug 28, 2020.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Cigarros eletrônicos: o que sabemos? Estudo sobre a composição do vapor e danos à saúde, o papel na redução de danos e no tratamento da dependência de nicotina. Rio de janeiro, 2016.
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ANVISA - Agência Nacional de Vigilância de Saúde
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INCA - Instituto Nacional de Câncer