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Cristais na urina: o que significa, quais as causas e os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cristais na urina são formados quando algumas das várias substâncias presentes na urina se tornam sólidas. A presença de pequenos cristais na urina é considerada normal. Contudo, cristais maiores ou alguns tipos de cristais podem se transformar em cálculo renal (pedra nos rins).

Os cálculos renais são formações duras como pedras, que podem ficar presos no rim e obstruir a passagem da urina, causando inchaço no órgão e dor intensa.

Os cristais na urina podem se transformar em pedras ao longo de semanas ou meses. Os cristais podem ser identificados através de um exame de urina que analisa a quantidade, o tamanho e o tipo de cristais.

Um cálculo renal pode ser pequeno como um grão de areia ou grande como uma ervilha, podendo ser ainda maior em alguns casos. Apesar de raramente causarem danos mais sérios, as pedras nos rins podem causar muita dor.

O teste de cristais na urina faz parte do exame microscópico da urina. Pode ser usado para diagnosticar pedras nos rins ou problemas no metabolismo.

A presença de muitos cristais, cristais grandes ou certos tipos de cristais na urina pode indicar que a pessoa tenha pedra nos rins. O cálculo renal pode ou não necessitar de tratamento. Se a pedra for pequena, ela pode ser eliminada com a urina, causando pouca ou nenhuma dor.

Quais os tipos de cristais que podem estar na urina?

Os cristais de cálcio são os mais comuns, sendo mais frequentes em homens entre 20 e 30 anos de idade. O cálcio pode combinar com outras substâncias para formar cristais e tornar-se pedra. A mais comum delas é o oxalato, que está presente em certos alimentos, como o espinafre, e em suplementos de vitamina C. Quando se une ao cálcio, forma cristais de oxalato de cálcio.

Doenças do intestino delgado também aumentam o risco de formação de cristais de cálcio, que também podem ser formados a partir da combinação com fosfato ou carbonato.

Outros tipos de cristais que podem estar na urina incluem:

Cristais de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria. Esse distúrbio é hereditário, afeta homens e mulheres e caracteriza-se pela eliminação de cistina (um tipo de aminoácido) pela urina.

Cristais de estruvita: são encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Podem formar pedras que crescem muito e podem bloquear os rins, os ureteres ou a bexiga.

Cristais de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres. Podem surgir devido à gota ou quimioterapia.

Quais os sintomas de cristais na urina?

Os cristais na urina não causam sintomas, exceto nos casos em que já se transformaram em pedra. Pessoas com cálculo renal podem apresentar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dor aguda no abdômen, localizada em apenas um lado do corpo ou na virilha;
  • Dor nas costas (região lombar);
  • Presença de sangue na urina;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Dor ao urinar;
  • Urina turva ou com mau cheiro;
  • Náuseas;
  • Vômito.

Para maiores informações sobre a presença de cristais na urina, consulte um médico de família, um clínico geral, um nefrologista ou um urologista.

Pode lhe interessar ainda: Foram detectados cristais de oxalato de cálcio na minha urina. O que é possível fazer para eliminá-los do organismo?

DST tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria das DST têm cura, com exceção da AIDS e do herpes genital. O tratamento das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) varia conforme a doença e pode incluir medicamentos antibióticos, antifúngicos, pomadas e até cirurgias. 

As DST que não possuem cura também precisam de tratamento para amenizar os sintomas e manter a doença sob controle.

Dentre as DST mais comuns estão a candidíase, o herpes genital, o HPV, a sífilis, a tricomoníase, as uretrites, a hepatite B e a AIDS. Todas essas doenças podem ser transmitidas através de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem uso de camisinha.

Se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, as DST podem causar complicações graves que podem inclusive levar à morte. Algumas complicações incluem:

  • Esterilidade (tanto no homem como na mulher);
  • Inflamação nos órgãos genitais masculinos que pode causar impotência;
  • Inflamação no útero, nas trompas e nos ovários, que pode evoluir para infecção generalizada (sepse) e levar à morte;
  • Maior risco de câncer no colo do útero e no pênis;

Em mulheres grávidas, algumas DST podem causar abortamento, nascimento antes do tempo, malformações fetais, morte do bebê ainda na barriga da mãe ou após o nascimento.

Leia também: 

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Qual o tratamento para herpes genital?

Além das complicações, as DST facilitam a transmissão sexual do vírus HIV. A única forma de se prevenir contra as DST é usar camisinha em todas as relações sexuais.

É importante lembrar que os sintomas das DST podem demorar semanas ou até anos para se manifestarem. Em caso de exposição de risco, como relação sexual sem preservativo, deve-se procurar um serviço de saúde para fazer exames e receber o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Como saber se tenho uma DST?

Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de fimose pode causar uma alteração na sensibilidade da glande com o passar do tempo, mas isso não atrapalha as relações sexuais nem diminui o prazer durante o ato.

Logo após a cirurgia, é comum os homens referirem um aumento da sensibilidade da glande. Essa alteração acontece porque, antes da operação, a glande ficava coberta pelo prepúcio (pele que recobre a glande), que oferecia uma proteção lisa, úmida e quente.

Porém, com o passar do tempo e a exposição constante da glande, ela fica em contato permanente com a roupa interior e esse atrito provoca uma ligeira alteração na sua textura, que pode ficar um pouco mais áspera e espessa, alterando a sensibilidade.

Para alguns homens, principalmente os que apresentam problemas com ejaculação precoce, isso pode ser algo positivo, uma vez que podem demorar mais tempo para ejacular.

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Qual é o tratamento para uretrite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da uretrite, após confirmada, deve ser iniciado com antibioticoterapia oral, e juntamente ao tratamento, colher material para cultura e antibiograma.

Uma vez que seja identificado o micro-organismo infeccioso causador da uretrite, através da cultura, seja ele bactéria, vírus, fungo ou protozoário, deve ser revisto o tratamento iniciado, para ajustes de medicação.

Entretanto, a maioria dos serviços concorda que o início do tratamento não deve ser postergado, aguardando o resultado do exame de cultura, devido aos riscos de complicação da infecção.

A escolha do antibiótico se baseia nos fatores de risco e características do/a paciente.

Além dos antibióticos, podem estar indicados também medicamentos antivirais ou antifúngicos, no caso da infecção ser causada pode vírus ou fungos, respectivamente.

Os parceiros ou parceiras que tiveram contato íntimo com a pessoa infectada nos últimos 60 dias também devem ser avaliados e receber tratamento. Enquanto o tratamento da uretrite não estiver concluído, o indivíduo infectado continua a transmitir doença.

O tratamento da uretrite tem como objetivos aliviar os sintomas e prevenir complicações na pessoa infectada e no parceiro.

Sem tratamento, a uretrite pode causar dor e inchaço nas articulações, infecção nos olhos, cistite (infecção na bexiga), pielonefrite (quando a infecção acomete os rins), sepse e infertilidade em homens e mulheres.

Para os homens podem surgir ainda complicações como infecção no testículo e na próstata, além de estreitamento da uretra pela formação de cicatriz nas infecções mais graves.

Já as mulheres que não recebem tratamento ou tratam a uretrite de forma inadequada, podem desenvolver ainda cervicite e doença inflamatória pélvica.

Com o tratamento adequado, a uretrite normalmente fica completamente curada e não causa nenhuma complicação.

O médico urologista é o especialista indicado para tratar as uretrites.

Saiba mais em:

Uretrite: Quais os sintomas e possíveis complicações?

O que pode causar uretrite?

Dor na uretra: O que pode ser e o que fazer?

O que é tricomoníase e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A infecção pode ser assintomática tanto no homem quanto na mulher. Quando presentes, os sintomas são notados em até 28 dias após a infecção, podendo incluir:

⇒ Na mulher: corrimento amarelo-esverdeado com mau cheiro, dor durante a relação sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira na vagina. A tricomoníase na mulher também pode afetar o colo do útero.

Contudo, a maioria das mulheres infectadas com Trichomonas vaginalis pode não manifestar nenhum tipo de sinal ou sintoma.

⇒ No homem: irritação na extremidade do pênis, aumento da necessidade de urinar (o que pode tornar-se doloroso), corrimento branco, claro ou purulento, desconforto após a relação sexual, com possível inflamação do prepúcio.

Grande parte dos homens infectados não manifesta nenhuma alteração. Quando presentes, o principal sintoma é uma irritação na extremidade do pênis.

Protozoários Trichomonas vaginalis Como ocorre a transmissão da tricomoníase?

A transmissão da tricomoníase ocorre através de relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada. O contágio acontece pelo contato direto das mucosas com as secreções infectadas pelo Trichomonas vaginalis.

A prevenção da tricomoníase é feita pelo uso de preservativo em todos os tipos de relações sexuais.

Qual é o tratamento para tricomoníase?

O tratamento da tricomoníase é feito com medicamentos antibióticos e quimioterápicos. É importante que o tratamento seja feito em conjunto, tanto da pessoa que está com os sintomas como do seu/sua parceiro/a, para prevenir novas infecções. Durante o tratamento e enquanto houver a presença de sinais e sintomas, as/os parceiras/os não devem ter relações sexuais.

No homem, os sintomas podem desaparecer em poucas semanas, mesmo sem receber tratamento. Contudo, o indivíduo pode infectar outras pessoas, mesmo sem ter manifestado qualquer sintoma de tricomoníase.

Sem tratamento, a tricomoníase aumenta o risco de transmissão pelo vírus do HIV, além de causar complicações durante a gravidez, com parto prematuro e peso baixo do bebê ao nascimento.

O tratamento da tricomoníase pode ser prescrito pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, urologista, ginecologista ou infectologista.

Qual a melhor idade para se fazer uma cirurgia de fimose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A melhor idade para se fazer uma cirurgia de fimose é quando o bebê deixa de usar fraldas, perto dos 2 anos e meio de idade. A cirurgia da fimose logo após o nascimento é indicada quando o estreitamento do prepúcio provoca dores, inflamações e infecções urinárias.

Há médicos que recomendam que a cirurgia da fimose seja feita entre 7 e 10 anos de idade. Nestes casos, a criança deixa o hospital no mesmo dia e 4 dias depois já pode retornar às suas atividades normais. Os exercícios, porém, devem ser evitados durante 3 semanas.

Quanto mais cedo a cirurgia for feita, mais confortável será o pós-operatório, porém, menores são as chances do problema ficar resolvido. Por outro lado, quanto mais tarde o homem operar, pior será o pós-operatório, mas as garantias do problema ficar resolvido são maiores.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?

Vale ressaltar que os pais, na tentativa de resolver a fimose e evitar uma cirurgia, realizam os exercícios de forma exagerada, de forma mais frequente ou com maior intensidade do que o necessário, levando a formação de fissuras na região, o que agrava ainda mais o problema quando cicatrizam. Portanto deve-se ter muita atenção e cuidado durante o tratamento com exercícios ou massagens.

A cirurgia de fimose é feita pelo médico urologista, e só deve ser indicada após tentativa de tratamento conservador, com uso de pomadas e exercícios de retração devidamente orientados.

Quais os efeitos colaterais da vasectomia?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A vasectomia tem poucos efeitos colaterais, dentre eles, um maior risco do paciente apresentar epididimite/orquite (inchaço e dor nos testículos ou epidídimos), que geralmente ocorre dentro do primeiro ano após a cirurgia, mas normalmente desaparece em uma semana quando tratada com compressa quente. Ocasionalmente, pode ser tratada com antibióticos.

É provável que, após a vasectomia, o paciente sinta alguma dor por alguns dias. Ele deve ficar de repouso por, pelo menos, um dia e no máximo em uma semana ele já estará totalmente recuperado.

Não há evidência científica que comprove que a vasectomia interfira:

  • na potência ou desempenho sexual;
  • na libido;
  • no ganho de peso;
  • nas características do esperma (volume, cheiro, aspecto);
  • no aspecto do pênis ou dos testículos.

O médico urologista pode orientá-lo quanto à vasectomia e seus efeitos colaterais.

Qual é o tratamento para HPV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para HPV geralmente é feito com medicamentos de uso local, cauterização e cirurgia, com o objetivo de eliminar as células contaminadas pelo vírus. Medicações imunomoduladoras, que agem no sistema de defesa do organismo, também podem ser úteis em alguns casos.

Uma vez que a infecção por HPV não tem cura, o objetivo do tratamento é diminuir, retirar ou destruir as lesões, através de métodos químicos, cirúrgicos e medicamentos que estimulem a imunidade do corpo, conforme os tipos de tratamento citados anteriormente.

Contudo, em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico da pessoa é capaz de combater de forma eficaz o HPV, eliminando o vírus com possibilidade de cura completa, sobretudo em indivíduos mais novos.

Por outro lado, há casos em que as infecções persistem, resultando em lesões. As verrugas podem ser tratadas com aplicação local de creme ou medicamento específico ou ainda removidas através de laser, crioterapia (congelamento) ou cauterização.

O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização da verruga. Dentre os fármacos usados para tratar as verrugas estão alguns tipos de ácidos.

Veja também: HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar? 

Se esses tratamentos não forem eficazes contra as lesões do HPV, as verrugas podem necessitar de serem removidas cirurgicamente. Mesmo após o tratamento, as verrugas podem reaparecer em 1 em cada 4 casos. 

Quando atinge o colo do útero, nas fases iniciais, o tratamento da lesão causada por HPV geralmente é feito com cauterização, o que normalmente previne a evolução da lesão para câncer. Daí a importância das mulheres realizarem o exame de rastreamento de câncer de colo (Papanicolau).

Saiba quais os riscos do HPV causar câncer em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

No caso do exame detectar lesões mais extensas ou graves, o/a médico/a pode fazer uma raspagem para analisar o tecido ser analisado em laboratório (biópsia). 

Apesar do grande número de pessoas infectadas com HPV, apenas uma pequena parte dela irá desenvolver câncer. Lembrando que existem mais de 100 tipos de HPV e menos de 10% deles podem desencadear um câncer.

Como prevenir o HPV?

Uma forma de prevenir a infecção pelo HPV é com a utilização de preservativos em todas as relações sexuais. Contudo, vale lembrar que a manipulação do local infectado pelo HPV pode transmitir a doença, mesmo que não haja penetração ou as pessoas usem camisinha.

O uso de preservativos, embora seja indicado para prevenir todos os tipos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HPV, pode não ser totalmente eficaz para evitar o contágio. As áreas da pele que não estão cobertas pelo preservativo podem ser infectadas e mesmo o contato manual com o local pode espalhar o vírus.

Outra possibilidade de prevenir o HPV é com o uso da vacina atualmente disponível no sistema público de saúde.

As mulheres devem realizar o exame de rastreio de câncer de colo de útero quando indicado pelo/a médico/a, mesmo que já tenham tomado a vacina. 

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

A vacina contra o HPV é essencial e deve ser tomada de acordo com as indicações médicas. As vacinas podem prevenir o câncer de colo de útero contra alguns tipos de HPV que podem causar a doença. A vacina protege ainda contra as verrugas genitais em até 90% dos casos. 

Cada caso de HPV deve ser acompanhado pelo/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista, dermatologista ou infectologista.

Saiba mais em:

Homem com HPV pode ter filhos?

Quem tem HPV pode doar sangue?

A vacina HPV tem efeitos secundários?