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O que significa CID no atestado médico?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

CID significa “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde”. O código CID colocado no atestado médico indica a doença ou problema de saúde que a pessoa tem. No seu caso, CID J18.0 significa “broncopneumonia não especificada”.

É correto colocar o código em vez do nome ou descrição da doença nos atestados e laudos médicos. Isso padroniza a classificação da doença e permite manter o máximo possível o sigilo entre o médico e o paciente.

Para saber o que significa o CID colocado no atestado médico, é preciso pesquisar na tabela da Classificação Internacional de Doenças. Ela é revista periodicamente, estando em vigor ainda a CID-10 em alguns países. Mas já existe uma nova tabela, a CID-11. A tabela é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e está disponível no site do DATASUS (Departamento de Informática do SUS).

Referências:

Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10. Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português - CBCD. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm

International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems (ICD). International Classification of Disease 11th Edition. The global standard for diagnostic health information. Disponível em: https://www.who.int/classifications/classification-of-diseases

Como posso melhorar a circulação sanguínea nas pernas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Algumas medidas recomendadas para melhorar a circulação sanguínea nas pernas:

  • Evitar manter as pernas pendentes por muito tempo, principalmente ao se sentar ou quando estiver em pé por muito tempo: Quem trabalha sentado deve se levantar e andar um pouco a cada 2 horas para movimentar a musculatura da perna. Quando não for possível se levantar, deve exercitar as pernas mesmo sentado, levantando e abaixando os pés e fazendo movimentos giratórios sempre que possível;
  • Praticar exercícios físicos aeróbicos leves: Atividades como caminhada, hidroginástica, andar de bicicleta movimentam e fortalecem os músculos da panturrilha, melhorando o bombeamento do sangue das pernas para o coração e, consequentemente, a circulação sanguínea nas pernas. Os músculos da panturrilha tem um papel muito importante na circulação sanguínea das pernas, sendo considerados o "segundo coração" do corpo;
  • Utilizar meias elásticas:  As meias compressivas elásticas são muito indicadas para melhorar a circulação sanguínea das pernas, mas devem ser prescritas por um/a médico/a. Se forem apertadas demais podem piorar o quadro;
  • Controlar o peso: Quando o corpo está com peso acima do apropriado para a altura, há uma desregulação dos líquidos e proteínas corporais o que facilita a formação de edema nas pernas;
  • Deitar-se com as pernas elevadas: Elevar ar pernas na hora de dormir, colocando almofadas embaixo dos pés e pernas ajuda o sangue a sair das pernas e voltar para o coração, favorecendo a circulação sanguínea.

A má circulação sanguínea nas pernas pode deixar as pernas e os pés inchados, cansados e doloridos, além de favorecer o surgimento de varizes.

Saiba mais em: Má circulação nas pernas: como identificar e tratar?

O/a angiologista é o/a médico/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar os problemas  relacionados com a circulação sanguínea.

Vontade de comer terra é doença?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Vontade de comer terra pode ser um problema psicológico, psiquiátrico, físico ou um comportamento comum até os dois anos, quando a criança ainda têm dificuldades em diferenciar o que se pode comer. A vontade de comer terra (geofagia) ou coisas estranhas tais como sabonete, produtos de limpeza ou tinta é chamado picamalácia ou pica, e pode estar presente durante a gravidez e muitas vezes permanecendo mesmo após ela ter terminado.

Algumas causas para a vontade de comer terra e coisas estranhas:

  • problemas psicológicos como estresse, ansiedade, separação dos pais, problemas na interação familiar, abuso infantil;
  • problemas relacionados à fome, desnutrição ou à falta de nutrientes como o ferro, cálcio e zinco;
  • problemas neurológicos, como em crianças com autismo e pessoas com atrasos no desenvolvimento intelectual;
  • costumes socioculturais;
  • doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia.

Comer terra e outras substâncias que não são alimentos podem causar distúrbios no estômago, no fígado, nos rins, nos intestinos, além de infecções e infestações por vermes. Embora muitas vezes as pessoas tenham dificuldade em falar sobre esses desejos com o médico, é importante que isso seja feito. O clínico geral poderá orientar o tratamento e encaminhamentos necessários.

Pais com Rh negativo podem ter filhos com Rh positivo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Pais que apresentam o sangue Rh negativo não têm filhos/as com Rh positivo, apenas Rh negativo.

O Fator Rh é usado para caracterizar a tipagem sanguínea juntamente com o Sistema ABO. Assim, toda pessoa possui um fator associado ao seu tipo sanguíneo, sendo positivo ou negativo.

Esse fator Rh é um antígeno que é transmitido aos/às descendentes. Uma mulher Rh negativa e um homem Rh negativo não possuem esse antígeno para passar para seus/suas filhos/as, portanto, estes/estas só poderão ser Rh negativos também.

O Fator Rh e o Sistema ABO é característico de cada pessoa e determinado no momento da concepção. Para saber qual seu tipo sanguíneo, é necessário realizar um exame de sangue para isso.

A situação mais preocupante e que necessita de cuidados especiais é no caso da mulher ser Rh negativo e o parceiro ser Rh positivo. Quando resulta em um/a filho/a Rh positivo, há possibilidade de causar reação na mulher e, por isso, principalmente antes do parto deve ser tomado os devidos procedimentos para garantir a saúde materna.

Se você está planejando engravidar e não sabe seu tipo sanguíneo, procure uma unidade de saúde para se informar.

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Como saber quem é o pai do meu filho?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maneira mais segura de identificar o pai de um bebê, é através do teste de paternidade, o exame de DNA.

Entretanto, o tipo sanguíneo pode ser um caminho para essa descoberta, em alguns casos.

O tipo sanguíneo do filho(a) é uma combinação entre os tipos de sangue do pai e da mãe. Por vezes, esse resultado pode ser o suficiente para determinar quem é o pai. Saiba mais: quais podem ser os tipos sanguíneos dos meus filhos?

Portanto, pode tentar descobrir quem é o pai através dos tipos sanguíneos. Quando não for possível, apenas com o teste de DNA poderá ter essa certeza.

Como descobrir quem é o pai pelo teste de DNA?

O teste de DNA avalia as características genéticas do bebê e do pai, através da análise de material genético dos dois, identificando a semelhança entre eles. Esse material pode ser colhido de diferentes partes do corpo, porém os locais mais usados são amostras de sangue, saliva e fio de cabelo. O resultado garante, 99% de certeza, sendo, portanto, bastante confiável.

O exame de DNA pode ser realizado ainda durante a gravidez, a partir da oitava semana de gestação. Nesse caso a coleta do material do bebê será pelo sangue da mãe, onde já existem materiais genéticos da criança. Pode ser também por procedimentos um pouco mais invasivos, como a coleta de material no líquido amniótico (amniocentese), ou direto do cordão umbilical (cordocentese), após a 15ª semana.

Contudo, são exames que oferecem riscos à gestação, como sangramento, infecção ou mais raramente o aborto, sendo recomendado uma avaliação criteriosa desse exame ainda na fase de gravidez. Sendo possível, o mais recomendado é que aguarde pelo nascimento do bebê.

É preciso pedido médico para o teste de DNA?

Não. Para realizar o exame de DNA não é preciso solicitação médica. Basta procurar um laboratório que faça o exame, com o provável pai e a criança, para que colham as amostras. Caso o pai se recuse a ceder o seu material genético, é preciso procurar auxílio de um advogado ou ir diretamente na Defensoria Pública da sua cidade, para receber as orientações e seguir com a avaliação pela justiça.

O juiz decidirá se a recusa do pai já caracteriza a confirmação da sua paternidade, chamado de "presunção de paternidade", ou se emitirá um mandato exigindo a sua presença para o exame.

Valor do teste de DNA

O exame não é gratuito, e tem um custo médio no Brasil de R$ 350,00 a R$500,00. No entanto, os pedidos realizados pela defensoria, podem ser pagos pelo Estado, se entenderem que ambas as partes não têm como arcar com essa despesa.

Além da avaliação pela justiça, existem diversos programas e campanhas para auxiliar na realização do exame. Procure na Defensoria Pública da sua cidade.

Beta hcg deu um resultado e o seguinte deu um valor menor?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Redução de valores de Beta-HCG indicam que não estava grávida ou estava e perdeu o bebê (isso quando uma gestação é a causa do aumento do Beta-HCG, porque existem outras coisas além de gravidez que podem causar alterações nos níveis de Beta-HCG)

Beber chá em excesso faz mal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Beber chá em excesso pode fazer mal. Apesar de "naturais", algumas ervas utilizadas na preparação de chás podem prejudicar a saúde se consumidas em grandes quantidades, podendo causar desde insônia e náuseas a problemas no fígado.

Há inclusive várias situações nas quais beber chá, mesmo que moderadamente, é contraindicado. Regra geral, o consumo de chá não deve ultrapassar 4 ou 5 xícaras por dia.

Algumas dicas em relação aos chás mais utilizados, sobre quando devemos tomar cuidado ou até evitar fazer uso:

  • Chá de Carqueja: Não deve ser utilizado por mulheres grávidas, pois pode provocar contrações uterinas. Também deve-se evitar o seu consumo no caso do paciente fazer uso de medicamentos para hipertensão e diabetes;
  • Chá de Alcachofra: É contraindicado para indivíduos com doenças da vesícula e deve ser consumido com cautela por quem sofre de doença hepática;
  • Chá de Camomila: O seu consumo em excesso pode levar ao aparecimento de náuseas, vômitos e sonolência;
  • Chá de Canela: Contraindicado para grávidas;
  • Chá de Cavalinha: Não deve ser consumido por pacientes com insuficiência renal e cardíaca. Pacientes sensíveis à nicotina podem sofrer de uma alergia rara se tomar o chá. Em excesso pode provocar irritação gástrica, queda da pressão, redução dos níveis de vitamina B1 e desidratação;
  • Chá de Quebra-pedra: Não deve ser consumido durante a gravidez e nem durante a amamentação. Altas doses podem causar diarreia, desidratação e pressão baixa;
  • Chá de Alecrim: Está contraindicado na gravidez e durante a amamentação. Pacientes com doença prostática, gastroenterites e histórico de convulsão não devem utilizá-lo. Também deve ser evitado por alérgicos a aspirina, pois possui substância semelhante que pode causar reação alérgica. Quando consumido por período prolongado ou em doses excessivas, pode provocar irritação renal e gastrointestinal;
  • Chá de Sálvia: É contraindicado durante a gravidez e lactação, em casos de insuficiência renal e tumores de mama. Em excesso pode causar convulsões e problemas no fígado;
  • Chá de Dente-de-leão: Não deve ser consumido por pessoas que possuem história de cálculo biliar, ou obstrução nos dutos biliares, problemas de acidez no estômago, azia ou úlceras no trato intestinal;
  • Chá de Gengibre: Pacientes que estejam tomando anticoagulantes, que sofram de irritação gástrica e hipertensão devem evitar o seu uso; ainda é contraindicado para grávidas e durante a amamentação;
  • Chá de Alho: É contraindicado para crianças com menos de 3 anos e pessoas com gastrite e úlcera. Deve ser evitado por pessoas que tenham pressão baixa e sofram de casos de hipoglicemia. Também está contraindicado em casos de hemorragia e durante tratamento com anticoagulantes; e ainda, estudos apontam para a interação com redução do efeito de anticoncepcionais e antibióticos;
  • Chá verde, vermelho e branco: Devem ser usados moderadamente por pessoas com gastrite e evitados à noite, porque serem estimulantes.

Para maiores esclarecimentos sobre o consumo de chá em excesso, consulte um médico nutrólogo.

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Fazer piercing no tragus dói? Quais os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, fazer piercing no tragus dói. Apesar do tragus ser formado por cartilagem, que não tem receptores nervosos para dor, a pele que o recobre tem muitos receptores, o que causa dor no momento da perfuração.

A exata mensuração da dor depende da sensibilidade individual de cada pessoa, mas em geral costuma ser suportável.

Riscos de colocar um piercing

Os riscos de colocar um piercing no tragus são basicamente os mesmos de colocá-lo em outros locais do corpo, sendo eles:

  • Infecção local, a curto prazo é mais comum;
  • Reações alérgicas, que podem surgir até anos após a colocação do piercing, quando o organismo entende que possui um corpo estranho e tenta expulsá-lo;
  • Contaminação de vírus como da hepatite, HIV ou micoses atípicas.

Para minimizar as chances de complicações e os riscos para a saúde, é importante tomar algumas precauções antes de colocar o piercing:

  • Verifique se o estabelecimento possui licença da Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância Sanitária;
  • A pele onde o piercing será colocado deve estar sadia, sem doenças, queimaduras ou alergias;
  • Verifique as condições de higiene do estabelecimento e peça para ver como é feita a esterilização e a higienização dos materiais utilizados;
  • Usar sempre agulhas e lâminas descartáveis;
  • Depois de colocar o piercing, lave o local com água e sabão diariamente, duas e três vezes ao dia, até a completa cicatrização, que pode levar até 6 meses.

Apesar dos riscos, a orelha é um dos locais mais seguros para se colocar um piercing, pois é arejada e seca, embora isso não significa que mereça menos cuidados, pois uma infecção no local pode provocar a morte do tecido (necrose) e deformidades definitivas.

Importante também realizar uma avaliação médica previamente à colocação de piercing, pois o uso de algumas medicações, como anticoagulantes, dependendo da dose, contraindicam esse procedimento, assim como certas doenças.

Convém informar ainda que de acordo com a lei estadual 9.828/97 de São Paulo, menores não podem fazer tatuagens nem mesmo com o consentimento dos pais, devido justamente ser uma situação de agressão e pele e um procedimento definitivo.

Caso aconteça alguma reação local não esperada como febre, mal-estar ou vermelhidão no local, procure um médico clínico geral, médico de família ou um dermatologista o quanto antes.

Saiba mais um pouco sobre esse tema nos artigos:

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7 passos simples para cuidar do piercing inflamado