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Sono excessivo: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sono excessivo durante o dia pode ser causado por privação de sono ou apneia do sono, na maioria dos casos. Porém, o sono em excesso pode ter diversas causas. Algumas delas:

  • Privação crônica de sono: Consiste em dormir menos horas do que é necessário para se sentir restaurado no dia seguinte. Pode ser voluntária (trabalhos noturnos, estudos) ou involuntária (filhos pequenos, ruídos, colchão inadequado);
  • Apneia do sono: Caracteriza-se pela obstrução parcial ou total da passagem do ar pela garganta durante o sono, levando a um esforço respiratório que deixa o sono fragmentado e com má qualidade;
  • Medicamentos ou drogas: Maconha, álcool, tranquilizantes, antialérgicos, anticonvulsivantes e antidepressivos podem provocar sono excessivo;
  • Narcolepsia: Caracteriza-se por ataques de sono durante o dia, perda do controle muscular diante de emoções fortes, acordar à noite e não conseguir se mover e alucinações no início ou fim do sono (saiba mais em: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?);
  • Distúrbios do ritmo circadiano: Alterações dos horários normais de sono que mexem com o relógio biológico, causando insônia, cansaço e sono excessivo durante o dia;
  • Hipersonia idiopática: A pessoa tem sono excessivo durante pelo menos um mês, acompanhado por episódios prolongados de sono noturno ou diurno quase todos os dias.
  • Depressão: 80% das pessoas com depressão apresentam alteração no sono seja o sono excessivo ou o oposto, a insônia.
  • Outras doenças: Anemia e hipotireoidismo também podem causar sonolência e sensação de cansaço e fraqueza.

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Caso apresente sono excessivo procure um médico de família para uma avaliação inicial, em alguns casos pode ser necessário um médico especializado em medicina do sono, para um correto diagnóstico e tratamento adequando da causa.

Saiba mais em:

Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

Prolactina alta: o que pode ser e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A prolactina alta ou hiperprolactinemia é o aumento do hormônio prolactina no sangue que pode ter várias causas e com efeitos diferentes em homens e mulheres.

O aumento da produção de prolactina ocorre principalmente durante a amamentação, mas pode também ser causada por estresse e alguns fatores patológicos como prolactinoma (tumor benigno), distúrbios na hipófise ou no hipotálamo, estímulo dos mamilos, traumas ou lesões no tórax, hipotireoidismo, uso de medicação e insuficiência renal crônica.

As medicações que podem elevar a prolactina incluem: antipsicóticos (risperidona, clorpromazina, haloperidol), antidepressivos (clomipramina, amitriptilina), anti-hipertensivos (metildopa, reserpina, verapamil), antieméticos (domperidona, metoclopramida), analgésicos opioides (morfina).

Quais são os sintomas de prolactina alta?

A prolactina alta pode causar distúrbios menstruais (irregularidade menstrual, ausência de menstruação), infertilidade, hipogonadismo, disfunção erétil, diminuição da libido e galactorreia (saída de leite pelas mamas).

A prolactina é produzida pela glândula hipófise, localizada no cérebro. O aumento da produção do hormônio ocorre, em condições normais, durante a gravidez e após o parto. A hiperprolactinemia pode afetar homens e mulheres adultos em idade fértil.

Qual é o tratamento para prolactina alta?

O tratamento para prolactina alta dependerá da causa que provocou o aumento do hormônio e pode variar desde o uso de uma medicação específica para reduzir a produção da prolactina, radioterapia e até cirurgia para retirada do tumor.

Esse tratamento será avaliado pelo/a médico/a endocrinologista.

Quando posso viajar de avião depois de uma cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A viagem de avião após uma cirurgia dependerá do tipo de cirurgia e anestesia feita. Em geral, deve-se aguardar pelo menos 2 semanas. As cirurgias feitas com anestesia geral não ha preocupações adicionais, as cirurgias feitas com raquianestesia ou peridural deve-se aguardar pelo menos 7 dias. Em cirurgias mais simples, laparoscopia e colonoscopia a viagem pode ser após 2 dias. Outros exemplos:

  • Deslocamento de retina: entre 2 a 6 semanas após, a depender do tipo de gás utilizado;
  • Cirurgia facial ou nasal: 1 a 2 semanas;
  • Neurocirurgia: pelo menos 1 semana e com autorização médica de melhora da pressão intracraniana;    
  • Cirurgias abdominais: 1 a 2 semanas após da cirurgia;
  • Drenagem de tórax: 2 a 3 semanas com a confirmação de que não há mais líquidos na cavidade de proteção do pulmão;

O paciente deve esperar para viajar de avião porque, após uma cirurgia, ficam bolhas de ar nas cavidades, que podem aumentar de volume com a baixa pressão atmosférica durante o voo. Baixas pressões provocam expansão de gases, inclusive os corporais.

No caso das cirurgias abdominais, por exemplo, a expansão dos gases intestinais pode provocar rompimento de suturas, sangramento e perfuração.​ Intervenções no estômago e no intestino também podem deixar esses órgãos mais doloridos com a expansão do ar.

Caso for viajar de avião após uma cirurgia, converse com o/a cirurgião/ã para orientar as medidas que devem ser tomadas e evitar complicações.

Exame FSH deu 75 Uml, significa que já estou na menopausa?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O FSH com esse valor e sua idade de 51 anos (sem outras causas aparentes) é provavelmente decorrente de menopausa mesmo. Em relação a gravidez em teoria você provavelmente não vai mais engravidar.

Palpitação nos olhos: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A palpitação nos olhos é um movimento involuntário dos músculos da pálpebra, que pode durar dias ou meses, com melhora espontânea na maioria dos casos. As principais causas de palpitação nos olhos são:

  • Estresse: Nesses casos, a palpitação no olho melhora com a diminuição das causas do estresse;
  • Privação de sono: Dormir pouco pode gerar espasmos nas pálpebras, que só irão diminuir se a pessoa dormir melhor;
  • Tensão ocular: Não usar óculos quando estes são necessários e a utilização constante de computadores, tablets e smartphones, podem provocar tensão ocular, que leva à palpitação nos olhos. Usar óculos e diminuir o tempo de uso de aparelhos eletrônicos podem reduzir esses episódios;
  • Álcool e cafeína: O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, café e chás com cafeína podem aumentar os espasmos;
  • Olho seco: Idosos, utilizadores constantes de aparelhos eletrônicos, pessoas que usam lentes de contato e pacientes que tomam antidepressivos são os mais afetados pelos olhos secos. Para diminuir as palpitações nos olhos, deve-se tratar as causas do olho seco;
  • Falta de nutrientes: A falta de magnésio pode estar relacionada com episódios de espasmos na musculatura palpebral;
  • Alergia: A grande quantidade de histamina liberada por pacientes alérgicos pode estar relacionada com palpitações nos olhos. O uso de colírios anti-histamínicos por um curto período de tempo pode resolver o problema;
  • Problemas neurológicos: Nestes casos, os espasmos não melhoram espontaneamente e o tratamento pode incluir a aplicação de Botox.

Em caso de palpitação nos olhos persistente, recomenda-se consultar o/a médico/a oftalmologista.

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É possível pegar doenças no vaso sanitário?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é possível pegar doenças no vaso sanitário, principalmente em banheiros públicos, mesmo que estejam aparentemente limpos. O maior risco está na tampa e no assento do vaso sanitário, que podem estar contaminados com vírus ou bactérias intestinais de pessoas que usaram o vaso antes de você.

Assim, ao tocar na tampa ou no assento, esses germes passam para as suas mãos que, se não forem lavadas, podem facilmente levar esses micro-organismos causadores de doenças para a sua boca, provocando uma infecção intestinal.

Também é possível pegar doenças no vaso sanitário através do contato deste com algum ferimento na pele, mesmo que seja bastante pequeno. Se o vaso estiver contaminado, pode-se contrair vírus como HPV ou herpes.

No entanto, as doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS, não estão entre as doenças que podem ser transmitidas pelo vaso sanitário, uma vez que os micro-organismos que causam estas patologias não sobrevivem fora do corpo por muito tempo.

A principal forma de evitar pegar alguma doença através do vaso sanitário é lavando adequadamente as mãos depois de usar o banheiro.

Outra forma de prevenir essas doenças é usar um higienizador de bolso, aprovado pela Anvisa, para limpar e higienizar as tampas e os assentos do vaso sanitário. Assim, é possível deixar o vaso livre de germes causadores de doenças sem correr o risco de agredir ou provocar reações na pele.

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Como tirar caroços da orelha?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Para retirar caroços na orelha é necessário, primeiramente, conhecer a origem desses caroços, que podem ser linfonodos aumentados, cistos benignos ou malignos, como o câncer.

Os linfonodos ou gânglios linfáticos estão presentes no corpo todo, fazem parte do sistema de defesa do organismo e atuam nas regiões próximas à eles. Portanto, uma infecção no ouvido, na garganta, na boca ou no couro cabeludo poderia causar um aumento dos linfonodos localizados próximos à orelha, deixando-os inchados, com aspecto de caroços. Nesse caso, não há necessidade de retirá-los, pois geralmente eles voltam ao seu tamanho normal quando a infecção é curada.

Outras causas do aparecimento de lesões nessa região com aspecto de caroços são: cistos epidérmicos, lipomas e cistos pilosos ou sebáceos. Esses nódulos ou caroços podem ser retirados através de procedimento cirúrgico, geralmente com anestesia local, em um consultório ou ambulatório médico, podendo ser necessária a realização de biópsia (análise laboratorial das células do local) para a confirmação do diagnóstico. 

Já o carcinoma basocelular ou epitelioma basocelular, que também pode ter o aspecto de um caroço, é originado das células da pele (epiteliais) e pode invadir as suas camadas, cartilagem e ossos, mas raramente causa metástase, ou seja, atinge órgãos distantes; é um dos tipos de câncer de pele. A sua retirada é feita através de um procedimento cirúrgico e pode ser associado com radioterapia, quimioterapia e medicamentos de uso local, conforme a necessidade.

O cirurgião geral ou o dermatologista podem diagnosticar e tratar essas lesões que surgem nas orelhas.

Que doenças pode causar uma mordida de cachorro?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Uma mordida de cachorro pode causar as mais diversas doenças, especialmente infecções no local da mordida, causadas por bactérias ou fungos presentes na boca do animal. Mesmo o animal vacinado pode causar infecções locais, por isso é importante o uso de antibióticos profiláticos após uma mordida ou arranhadura em que haja contato da saliva do animal com mucosas da vítima.

As infecções acontecem mais frequentemente se o intervalo de tempo entre o acidente e o atendimento for maior que oito horas; se o local não for lavado com água e sabão abundantemente após a mordida; se a mordida for nas mãos e pés (áreas de maior circulação sanguínea); se as lesões forem profundas ou com esmagamento; se tiver presença de fezes, saliva, sujeiras; ou se a pessoa mordida tiver alguma doença preexistente (desnutrição, imunodeficiência, diabetes etc.).

O risco de infecção após de uma mordida por cão gira em torno de 4 a 10%. Se o animal agressor for um gato, esse risco aumenta para 50 a 80%.

É imprescindível manter o calendário vacinal do seu cão sempre atualizado, incluindo a vacina da raiva, e procurar imediatamente um pronto socorro no caso de mordida - mesmo que seja do seu próprio cão, mesmo que ele esteja vacinado. A eficácia da vacina contra a raiva não é absoluta.

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