A monocitose (elevação dos monócitos no sangue), pode ser causada por, entre diversas outras razões:
- Recuperação de infecções agudas (bom prognóstico);
- Infecções crônicas (tuberculose, retocolite ulcerativa, artrite reumatóide, etc);
- Processos inflamatórios (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide);
- Na fase de recuperação de neutropenias medicamentosas ou quimioterápicas;
- Antes da instalação de uma polinucleose nas doenças virais ou parasitárias;
- No decurso de anemias sideroblásticas ou com excesso de blastos;
- Cânceres como a leucemia monocítica aguda ou mielomas múltiplos
O valor de referência (normalidade) para os monócitos é de 200 a 1000 por milímetro cúbico de sangue, que corresponde a 2 a 10% do total de leucócitos (4000 a 10000/mm3).
A realização de exames de sangue periódicos é aconselhável, e em casos de alterações quaisquer da normalidade, seja no leucograma ou outros exames, um médico deverá ser consultado para avaliação e tratamento, se necessário.
Saiba mais em: Eosinófilos alto no exame, o que significa?
Existem 3 exames que detectam a dengue: NS1, PCR e o teste de sorologia IgM. A aplicação desses exames para diagnosticar a dengue depende de quando os sintomas tiveram início e quanto tempo depois a pessoa procurou atendimento médico.
Além disso, fatores epidemiológicos e individuais, como risco de gravidade, são levados em consideração pelo médico no momento de saber qual exame solicitar, ou se é necessário solicitar.
Se o paciente procurar atendimento nos primeiros 5 dias após o aparecimento dos sintomas, o diagnóstico preciso da dengue pode ser feito através dos exames:
- NS1: Serve para identificar a proteína NS1 do vírus da dengue presente no sangue, podendo detectar até 80% dos casos da doença;
- PCR: Este exame é capaz de detectar o material genético do vírus da dengue e tem uma eficácia ainda maior, de 90%.
Caso os sintomas tenham surgido há mais de 5 dias, é necessário fazer um teste de sorologia. O objetivo desse exame é detectar o anticorpo IgM produzido pelo sistema imunológico para combater o vírus da dengue.
O diagnóstico da dengue é sempre feito com esses exames?Não, em uma situação de epidemia, os exames específicos para diagnosticar a dengue podem ser deixados de lado.
O exame geralmente só é feito em locais que não estão em situação de epidemia ou estão no início de uma infestação do mosquito, para orientar o combate ao inseto. Também podem ser realizados em pessoas com alto risco de desenvolver formas mais graves da doença e precisam assim de um diagnóstico mais preciso e rápido.
Nos lugares em que já existe uma epidemia, o diagnóstico muitas vezes é clínico-epidemiológico, sendo feito através de:
- Observação dos sintomas:
- Febre, geralmente em torno de 40ºC, que dura entre 4 e 7 dias;
- Dor de cabeça intensa, que também se sente atrás dos olhos;
- Manchas vermelhas pelo corpo;
- Indisposição;
- Dores musculares;
- Náusea e vômito
- Exame de sangue para verificar os níveis de plaquetas (pessoas com dengue geralmente apresentam taxas de plaquetas mais baixas que o normal - leia também: A quantidade de plaquetas altera no caso de dengue?).
- Informação se o local de residência do paciente é uma região endêmica de dengue ou se o mesmo esteve em alguma dessas regiões.
A grande dificuldade em diagnosticar a dengue está na semelhança dos seus sintomas com os de outras doenças comuns como gripe, viroses ou até mesmo algumas infecções bacterianas.
Em caso de suspeita de dengue, procure um serviço de saúde com urgência e não tome nenhum medicamento sem indicação de um médico.
O exame de TSA (Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos) ou antibiograma serve para verificar qual o melhor antibiótico a usar em caso de uma infecção.
O TSA verifica a sensibilidade e a resistência das bactérias aos antibióticos, indicando ao/à profissional qual medicamento mais indicado para tratar a infecção em questão.
As amostras colhidas para o exame podem ser provenientes do sangue, escarro, secreções, saliva, fezes ou urina.
O procedimento consiste em "cultivar" numa estufa os micro-organismos presentes na amostra (urinocultura, se for de urina).
As bactérias e demais micro-organismos são inoculados numa placa de laboratório em que são colocados discos de papel impregnados com antibióticos ou antimicrobianos.
Depois, é analisado se houve crescimento ou inibição da multiplicação das bactérias e demais ao redor de cada disco. Os resultados são medidos e pesquisados em tabelas, de acordo com o tipo de bactéria ou micro-organismo em análise.
Assim, é possível saber qual antibiótico ou antimicrobiano é o mais apropriado para eliminar os germes responsáveis pelo atual processo infeccioso.
Não necessariamente. O resultado de 0,40 mUl/mL no exame de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) não determina que a mulher é infértil. Existem outros aspectos que precisam ser analisados para a interpretação desse exame.
Níveis baixos de FSH podem indicar:
- Ausência de ovulação;
- Distúrbios no hipotálamo ou na hipófise, que são os centros cerebrais de controle hormonal;
- Existência de um tumor cerebral, que pode interferir com a capacidade de controlar a produção de Hormônio Folículo Estimulante.
Nas mulheres, a concentração de FSH varia ao longo do ciclo menstrual, com picos na fase de ovulação.
Estresse e peso corporal muito abaixo do normal também podem interferir nos valores de Hormônio Folículo Estimulante.
O Hormônio Folículo Estimulante promove e mantém o crescimento folicular dos ovários nas mulheres e a produção de espermatozoides nos homens.
O exame de FSH é pedido frequentemente em conjunto com outros hormônios, como LH, testosterona, estradiol e progesterona, para investigar a causa da infertilidade em mulheres e homens.
A dosagem de Hormônio Folículo Estimulante serve para investigar situações de irregularidade menstrual e também como exame auxiliar para diagnosticar distúrbios na hipófise ou doenças que envolvem os ovários ou os testículos.
Em crianças, o exame de FSH e LH é utilizado no diagnóstico da puberdade precoce ou atrasada.
A avaliação da fertilidade inclui uma série de fatores que são avaliados durante a consulta de planejamento familiar. O/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família é o/a profissional indicado/a para analisar o resultado do exame de Hormônio Folículo Estimulante e conduzir a investigação da infertilidade.
Gama-GT baixo não provoca sintomas. É possível saber os níveis de Gama-GT através do exame de sangue específico.
Valores baixos ou normais de Gama-GT indicam que a enzima está em quantidades adequadas na corrente sanguínea e que não representa impactos clínicos significativos.
Alguns medicamentos podem baixar os níveis de Gama-GT, tais como azatioprina, clofibrato, estrógenos e metronidazol.
O exame de Gama-GT serve para verificar o nível sanguíneo dessa enzima que está presente no fígado, pâncreas, rins, baço, coração e cérebro.
Valores alterados de Gama-GT podem indicar doenças no fígado, bile ou pâncreas, tais como hepatite, cirrose, câncer de fígado e pancreatite. O consumo de álcool e o uso de alguns medicamentos também podem elevar o Gama-GT.
Leia também: Quais os sintomas do Gama-GT alto?
Cabe ao/à médico/a que solicitou o exame a responsabilidade pelo cuidado do/a paciente e a interpretação do exame de acordo com a história clínica, pessoal e o exame clínico da pessoa.
Depois de consumir bebida alcoólica, a Gama-GT normalmente demora entre 15 e 20 dias para baixar aos níveis normais, podendo elevar-se novamente em pouco tempo se a pessoa voltar a ingerir álcool.
Recomenda-se ficar, pelo menos, 72 horas sem consumir bebidas alcoólicas antes de fazer o exame de Gama-GT.
A Gama-GT é uma enzima que está presente em vários tecidos e órgãos do corpo, entre eles rins, cérebro, pâncreas e, principalmente, fígado.
Devido à localização característica das células do fígado que produzem Gama-GT, a enzima aparece com níveis elevados em quase todas as desordens ligadas ao fígado e à bile, sendo por isso um dos exames mais sensíveis para diagnosticar tais condições, além de agressões hepáticas causadas por medicamentos e álcool.
Leia também: Quais os sintomas do Gama-GT alto?
Indivíduos que fazem uso crônico de bebida alcoólica têm um aumento de Gama-GT, embora apenas 30 a 50% dos alcoólicos apresentam esta enzima elevada. O elevado valor da enzima pode indicar uso de bebida alcoólica, mas não necessariamente doença hepática.
No alcoolismo crônico, os níveis de Gama-GT diminuem com a retirada do álcool e elevam-se com o retorno do consumo. Baseando-se nisso, a dosagem de Gama-GT juntamente com outras enzimas hepáticas pode ser usada em alguns centros de tratamento de alcoolismo para acompanhar a terapia.
A bilirrubina é uma substância de cor alaranjada que resulta da degradação dos glóbulos vermelhos do sangue. Até ser eliminada do organismo, esta substância circula no sangue na forma de bilirrubina direta e bilirrubina indireta.
Medir os valores de bilirrubina no sangue é importante para avaliar o funcionamento adequado do fígado e ajudar a diagnosticar ou acompanhar doenças como cálculo biliar, cirrose e hepatite.
Níveis normais da bilirrubina total e frações no sangueOs valores e referência da bilirrubina total e frações (direta e indireta) podem variar de laboratório para laboratório. Por este motivo, os valores apresentados são um guia para que você compreenda o resultado do seu exame.
Adultos- Bilirrubina total: 0,20 a 1,00 mg/dL;
- Bilirrubina direta: 0,00 a 0,20 mg/dL;
- Bilirrubina indireta: 0,20 a 0,80 mg/dL.
A avaliação do resultado do exame de bilirrubina deve ser feita pelo médico que o solicitou de acordo com as características do paciente, seus hábitos e se existe alguma doença já relacionada.
Bilirrubina direta alta, o que pode ser?A elevação da bilirrubina direta ocorre por obstrução biliar ou lesão nas células do fígado (lesão hepática). É comum em casos de:
- Cálculos biliares: depósitos de material sólido, normalmente cristais de colesterol, na vesícula biliar;
- Fibrose nos ductos biliares: bloqueio dos ductos biliares por cicatrizes que ocorrem no fígado;
- Tumores: os tumores causam obstrução biliar e provocam alteração no metabolismo da bilirrubina direta.
Os níveis elevados de bilirrubina total e indireta no sangue indicam um aumento da produção de bilirrubina ou deficiência do fígado relacionada ao metabolismo desta substância. Ocorre em casos de:
- Anemia hemolítica: doença na qual ocorre a degradação prematura dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias);
- Síndrome de Gilbert: distúrbio benigno e genético que causa elevação nos níveis de bilirrubina na corrente sanguínea;
- Cirrose hepática: doença que provoca a substituição do tecido normal do fígado por tecido cicatricial e impede o órgão de desempenhar sua função. Este tecido cicatricial ocorre quando o fígado sofre lesões contínuas e repetidas por consumo abusivo de álcool, por exemplo.
Estas situações provocadas pela bilirrubina total a ou indireta altas são graves e devem ser imediatamente tratadas pelo médico de família, gastroenterologista, hepatologista ou hematologista.
Bilirrubina direta mais alta que a indireta, o que pode ser?Quando, no resultado de exame de sangue, a bilirrubina direta se encontra mais alta que a bilirrubina indireta o problema, normalmente, está relacionado com a eliminação de bilirrubina pelo fígado. É comum ocorrer em casos de:
- Hepatites virais: inflamações do fígado causada por vírus;
- Doença hepática alcoólica: ocorre por lesão do fígado causada pelo consumo de bebida alcoólica por período prolongado de tempo.
- Intoxicação por drogas.
Quando os níveis de bilirrubina no exame de sangue se mostram abaixo do normal, raramente indicam alterações graves para a saúde. Por este motivo, você não deve se preocupar se seus níveis de bilirrubina se apresentarem baixos, inferiores aos valores de referência.
Quando devo me preocupar? Icterícia: acúmulo de bilirrubina na pele e nas mucosas atribuindo coloração amarelada.É importante avaliar a dosagem de bilirrubina no sangue quando você apresenta alguns dos seguintes sintomas:
- Icterícia: coloração amarelada causada pelo depósito de bilirrubina na pele e mucosas;
- Dor abdominal: especialmente se a dor ocorrer na parte superior direita do abdome;
- Náuseas e vômitos: quando acompanhados de icterícia e dor abdominal podem estar relacionados à possível disfunção hepática;
- Urina escura ou alaranjada: a urina de cor escura ou alaranjada indicam a presença de bilirrubina na urina;
- Fadiga e mal-estar: principalmente se você já tem alguma doença hepática.
Estes são sinais de que sua bilirrubina está alta. Se você faz uso de bebidas alcoólicas constantemente, já teve intoxicação por drogas ou hepatites virais esteja atento a estes sintomas.
Se você perceber algum destes sintomas procure o médico de família, clínico geral, gastroenterologista ou hepatologista.
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Não, ultrassom transvaginal não oferece nenhum risco para o bebê. A sonda introduzida para fazer o exame não irá machucar o bebê, que está bem protegido no útero. A ultrassonografia também não emite radiação, como o raio-X, e as ondas de alta frequência emitidas pelo aparelho não prejudicam o bebê.
Além de não trazer riscos para o bebê, o ultrassom transvaginal é fundamental para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do feto, detectar malformações e identificar sinais de doenças genéticas, como a síndrome de Down.
No 1º trimestre de gravidez, o principal objetivo do exame é o rastreamento de anomalias genéticas. O ultrassom transvaginal pode ser realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, de preferência entre a 12ª e a 13ª semana.
A sensibilidade da ultrassonografia transvaginal para detectar a síndrome de Down é de aproximadamente 90% e cerca de 60% das malformações fetais podem ser identificadas nesta fase através do exame.
O médico ginecologista poderá esclarecer as suas dúvidas sobre o ultrassom transvaginal e tranquilizá-la para a realização do exame.
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