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Quais são os sintomas de prisão de ventre?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma da prisão de ventre é a dificuldade de evacuar. Se o intestino estiver muito preso, a pessoa pode ficar vários dias sem ir ao banheiro. Outros sintomas incluem fezes endurecidas, perda de peso, sensação de que o intestino não esvaziou e ainda há fezes para sair, presença de sangue nas fezes ou perceptível no papel higiênico, sensação de fraqueza e até febre.

Contudo, é importante referir que ficar até 3 dias sem evacuar pode ser considerado normal para algumas pessoas, desde que não haja desconforto e outros sintomas desagradáveis.

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre é uma alteração no funcionamento do intestino que provoca dificuldade para evacuar ou diminuição da frequência de evacuações para menos de 3 vezes por semana.

Quais são as causas da prisão de ventre?

O baixo consumo de fibras e água e a falta de atividade física estão entre as principais causas de prisão de ventre. A constipação intestinal também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos e doenças do aparelho digestivo.

O intestino preso afeta sobretudo as mulheres e os idosos, sendo também comum durante a gravidez, sobretudo a partir do 4º mês de gestação. Neste último caso, a constipação intestinal tem como causas as alterações hormonais e o aumento do tamanho do útero.

Saiba mais em: Prisão de ventre na gravidez é normal? O que devo fazer?

O que fazer em caso de prisão de ventre?

Para combater a prisão de ventre, recomenda-se iniciar pequenas mudanças nos hábitos alimentares diários para ajudar a soltar o intestino naturalmente. Isso inclui principalmente um aumento do consumo de alimentos ricos em fibras (frutas, vegetais, cereais) e uma maior ingestão de água. Em alguns casos de prisão de ventre, podem ser indicados laxantes e supositórios.

Além da alimentação, a prática regular de atividade física também contribui para um funcionamento adequado do intestino.

As fibras são importante para tratar a prisão de ventre pois aumentam o volume das fezes e favorecem a passagem do bolo fecal pelo intestino. Alguns alimentos ricos em fibras indicados em casos de prisão de ventre:

  • Frutas (laranja, mamão, manga, ameixa);
  • Legumes (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha, cenoura);
  • Hortaliças (couve, alface e folhas de um modo geral);
  • Cereais integrais, aveia, linhaça.

O aumento da ingestão de água é fundamental para ajudar a soltar o intestino, pois deixa as fezes mais úmidas e amolecidas. Além disso, um maior consumo de fibras implica também um maior consumo de água, pois as fibras secas podem piorar a prisão de ventre.

Uma outra recomendação é ir ao banheiro sempre que tiver vontade de evacuar. Segurar a vontade faz com que a água das fezes seja reabsorvida, tornando mais difícil a evacuação. Para facilitar a evacuação, sente-se no vaso sanitário com as pernas para trás e o tronco inclinado para frente para esticar o intestino e favorecer a saída das fezes. Outra opção, é a utilização de um suporte ou uma caixa para elevar a posição dos pés e facilitar a evacuação.

Se a prisão de ventre continuar, procure o/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose profunda é uma forma grave de endometriose, que caracteriza-se pela presença de tecido endometriótico (lesões) com mais de 5 mm de profundidade. Essas lesões de endometriose profunda normalmente surgem na forma de nódulos e são ricas em fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Endometriose é a presença de tecido uterino (endométrio) em outro local que não seja o útero. O endométrio é a camada mais interna do útero, que sangra durante a menstruação. Por isso, se não estiver no útero durante o período menstrual, esse tecido irá provocar dor ou alterações no local onde estiver.

A endometriose profunda pode acometer qualquer órgão da pelve, sobretudo os ligamentos uterinos, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres.

Quais são os sintomas da endometriose profunda?

Os principais sintomas da endometriose profunda incluem cólicas menstruais (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia), dor pélvica, ciclos menstruais irregulares, dor à mobilização do colo do útero durante o exame ginecológico e diarreia durante o período menstrual.

Quando a doença atinge os ovários pode provocar o desenvolvimento de endometrioma, um cisto ovariano preenchido com sangue escuro envelhecido e tecido endometrial.

Leia também: O que é endometrioma?

A presença de endometrioma pode ser um indicador de gravidade da endometriose profunda, uma vez que o número médio de lesões de endometriose profunda é maior em mulheres com endometrioma.

A endometriose profunda não tem cura, mas possui tratamentos que melhoram a qualidade de vida da paciente.

Saiba mais em: Como é a cirurgia de endometriose?

O diagnóstico e tratamento da endometriose é da responsabilidade do médico ginecologista.

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O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?

Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

Endometriose pode virar câncer?

O que fazer em caso de picada de escorpião?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de picada de escorpião procure imediatamente um atendimento médico. Se houver qualquer dificuldade entre em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Tente manter a calma e se movimentar o mínimo possível. Se puder, capture o animal ou tire uma foto para levar junto ao serviço de saúde afim de facilitar a identificação da espécie do escorpião.

No caminho para o hospital ou serviço de saúde:

  • Lavar o local com água e sabão,
  • Aplicar compressa morna no local,
  • Afrouxar as roupas e remova os anéis e outras joias apertadas.

Porém nenhuma dessas medidas deve atrasar a ida ao serviço de emergência.

O que não se deve fazer após uma picada de escorpião?
  • Não amarrar ou fazer torniquete na região afetada;
  • Não colocar nenhuma substância no local da picada nem fazer curativos para não aumentar o risco de infecções;
  • Não queimar, cortar ou perfurar o local;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas, gasolina, álcool, querosene ou qualquer outro líquido com o intuito de cortar o efeito do veneno. Além de não produzirem nenhum efeito, podem causar intoxicações e piorar o quadro.
Qual é o tratamento para picada de escorpião?

O tratamento da picada de escorpião geralmente é feito com medicamentos anestésicos e analgésicos. O tempo de duração é de cerca de 6 horas. Nos casos mais delicados, a vítima recebe soro antiescorpiônico e antiaracnídico, e fica em observação durante pelo menos 12 horas.

O tratamento pode incluir também monitorização dos sinais vitais, como temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, suporte respiratório, administração de soro por via endovenosa, medicamentos para controlar os sintomas e realização de exames de sangue e urina, raio-x de tórax e eletrocardiograma.

Quais os sintomas de uma picada de escorpião?

Normalmente, a picada de escorpião provoca dor moderada ou intensa, queimação ou formigamento no local, ainda, vermelhidão, edema e suor local.

Nos casos mais graves, os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, transpiração intensa, aumento da frequência respiratória, alteração na frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, agitação e tremores. Outros sintomas menos comuns, mas que encontramos descritos são: visão dupla, dificuldade para respirar, coceira no nariz e na garganta, inchaço da língua, alterações renais, espasmos musculares, convulsões, cólicas abdominais, incontinência fecal e urinária.

Como evitar picadas de escorpião?

Os escorpiões são animais carnívoros de hábito noturno. Durante o dia, podem permanecer escondidos em lugares escuros, como armários, calçados, pedras, troncos, fendas, gavetas e toalhas.

Portanto, para evitar picadas desses animais peçonhentos, é importante alguns cuidados, como:

  • Manter o jardim e o quintal limpos, evitando o acúmulo de folhas secas e outros entulhos;
  • Não secar roupas no chão, em cercas ou em muros;
  • Manter a grama bem aparada;
  • Limpar regularmente as áreas de terrenos baldios que ficam próximas às casas;
  • Sacudir os calçados e as roupas antes de usá-los;
  • Verificar os lençóis das camas antes de se deitar;
  • Deixar camas e berços afastados pelo menos 10 cm das paredes e não os deixar em contato com as cortinas;
  • Colocar telas nos ralos e rolos nas portas, fechar frestas e buracos em paredes e vedar os vãos entre a parede e o forro para impedir a entrada de escorpiões na residência.

Segundo o Ministério da Saúde, as picadas de escorpião matam e por isso não devem perder tempo no caso de um acidente com qualquer animal peçonhento. Crianças com até 6 anos de idade têm mais probabilidade de sofrer os efeitos nocivos das picadas de escorpiões.

No caso de picada de qualquer animal peçonhento, procure um atendimento médico imediatamente ou chame imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Pode lhe interessar também: Qual pomada usar para picada de insetos?

Hemácias altas na urina: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Hemácias altas na urina ou hematúria, significa a presença de sangue na urina e pode ser provocada por doenças como infecção urinária, pedras nos rins, alterações de próstata, bexiga e problemas renais.

O tratamento depende da causa do sangramento. O médico urologista é o especialista nos casos de doença renal, e deve avaliar cada caso de maneira individual.

Existem casos que são conduzidos apenas com orientação alimentar, aumento da ingestão de água e orientações, mas outros podem precisar de cirurgia ou quimioterapia.

7 Causas de hemácias altas na urina1. Infecção urinária

Existem três tipos de infecção urinária: a cistite (infecção da bexiga), pielonefrite (infecção dos rins) e uretrite (infecção da uretra). A mais comum entre elas é a cistite, que tem como sintomas a ardência ao urinar, urgência e vontade de urinar mesmo que você esteja com a bexiga vazia, dificuldade de segurar a urina e sensação de peso na barriga.

No entanto, a hematúria é mais encontrada na pielonefrite, além de febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor nas costas.

Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de água, entretanto, o tratamento da infecção urinária é feito com uso de antibióticos e, por este motivo, você deve procurar um médico de família, clínico geral ou urologista.

2. Pedra nos rins

Pedras nos rins ou cálculo renal são massas duras que se formam no trato urinário e nem sempre produzem sintomas. Quando passam pelo ureter, canal que liga o rim à bexiga, as pedras provocam alguns machucados e a pessoa começa apresentar sangue na urina e dor no baixo ventre.

Além do sangramento, o cálculo renal pode causar dor na região intensa na região lombar, calafrios, febre e mal-estar.

Como tratar? Para evitar formação de cálculos procure se alimentar bem, com pouco sal, aumentar a consumo de água durante o dia e manter acompanhamento com urologista.

Mas se sentir dor intensa, febre ou calafrios, o cálculo pode estar obstruindo o ureter, podendo causar infecção renal grave. Por isso, neste caso é preciso que procure um serviço de urgência imediatamente, para dar início ao tratamento de desobstrução da via urinária, que por vezes exige cirurgia.

3. Alterações na próstata

Doenças de próstata como a prostatite e a hiperplasia prostática benigna podem causar o aumento das hemácias na urina. Outros sintomas comuns a essas doenças são: urgência urinária, aumento da frequência de micção com pouco volume de xixi, dor durante a micção, ereção, ejaculação e defecação.

Como tratar? A prostatite é tratada com uso analgésicos, anti-inflamatórios e, quando necessário, com antibióticos. Além disso, pode ser efetuada massagem na próstata, feita pelo urologista, para reduzir a inflamação. No caso da hiperplasia prostática benigna, são indicados medicamentos e, em alguns casos, cirurgia, cabe ao urologista definir a melhor conduta, individualmente.

4. Trauma

Acidentes de carro, por exemplo, ou qualquer impacto direto, principalmente, sobre os rins e bexiga podem provocar lesões no sistema urinário, levando a presença de hemácias na urina.

Como tratar? Traumatismo do sistema renal e urinário é considerado uma emergência médica. Por este motivo, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível ao hospital, e ser avaliado por um cirurgião ou urologista.

5. Esforço físico

Hemácias altas na urina podem ocorrer devido ao excesso de atividade física. Embora seja uma situação mais rara, pode acontecer em decorrência de desidratação ou lesão na bexiga.

Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de líquidos e busque atendimento de um urologista para investigar a causa específica e definir o melhor tratamento.

6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, especialmente, os anticoagulantes e analgésicos, podem ocasionar hemácias altas na urina. A aspirina é um exemplo de medicamento usado como anticoagulante e analgésico que pode causar a este efeito, principalmente em pessoas idosas.

Como tratar? É preciso que você procure o médico que prescreveu o medicamento, pois pode ser necessário ajustar a dosagem ou, quando possível, trocar por outro remédio.

7. Câncer renal e de bexiga

O câncer renal e o câncer de bexiga são duas doenças que causam sangue na urina, acompanhados de febre baixa sem motivo aparente, perda de peso e inchaço no abdome. No câncer renal, a pessoa sente dor entre as costelas e o quadril do lado esquerdo o direito.

Como tratar? Nestes casos, é importante que você busque rapidamente um médico de família, nefrologista ou urologista. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamentos maiores são as chances de recuperação.

O que é hematúria?

A hematúria é a presença de sangue na urina. Dependendo da quantidade de hemácias na urina, o sangue pode ser visível na urina, tornando a coloração mais avermelhada ou escura, mas em casos de pouca hemácia, não sofre alteração nenhuma e as hemácias são identificadas apenas no exame de urina.

O resultado para as hemácias em um exame de urina normal pode ser descrito de 3 formas diferentes e segue os seguintes valores de referência, a depender do laboratório:

  • hemácias ausentes/hemácias raras,
  • 3 a 5 hemácias por campo ou
  • Menos de 10.000 células/mL.
Quando devo procurar um médico?

Além da presença de sangue na urina, alguns sintomas servem de alerta de algo mais grave pode estar acontecendo:

  • Presença de sangue na urina por mais de 48 horas,
  • Coágulos na urina,
  • Pressão alta,
  • Febre,
  • Suor noturno,
  • Inchaço (edema) nas pernas e pés e
  • Perda de peso.

Independente da causa, sempre que você apresentar presença de sangue na urina ou se o seu exame de urina indicar hemácias altas, busque um médico de família, urologista ou nefrologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Para conhecer mais sobre hemácias altas ou sangue na urina, você pode ler:

Hemácias na urina: o que isso significa?

Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?

Referências

American Urological Association - UHA. Diagnóstico, avaliação e acompanhamento da micro-hematúria assintomática (MHA) em adultos. American Urological Association, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Quais são os sintomas da sinusite crônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas da sinusite crônica podem incluir dor facial, sensação de peso na face, dor de cabeça, congestão nasal com secreção, diminuição do olfato, tosse (geralmente piora à noite), espirros, inchaço e dor ao redor dos olhos, ouvido entupido e mau hálito. São os mesmos sintomas da sinusite aguda, porém mais leves e persistentes.

Quando os sintomas da sinusite persistem por mais de 12 semanas seguidas, mesmo com tratamento, ela é classificada como sinusite crônica.

A dor facial é um dos principais sintomas da sinusite crônica e ocorre principalmente ao abaixar a cabeça ou caminhar. Normalmente é sentida atrás dos olhos, ao redor do nariz ou ainda nos dentes, podendo ser mais forte em um lado do rosto. 

A sinusite crônica normalmente está relacionada com desvio de septo ou pólipos nasais. Ambos obstruem a comunicação entre os seios faciais e o nariz, dificultando a cura da sinusite e favorecendo a sua cronicidade.

A sinusite crônica também pode ter origem em sinusites causadas por fungos, doença do refluxo gastroesofágico, alergias, HIV, asma e fibrose cística.

Em geral, a sinusite aguda resolve-se espontaneamente em poucos dias, enquanto que a sinusite crônica exige maiores cuidados. Com o tratamento adequado, é possível aliviar os sintomas e manter a doença sob controle.

Casos de sinusite crônica devem ser avaliados por um médico otorrinolaringologista, que irá indicar o tratamento mais adequado, de acordo com o caso.

Saiba mais em:

Sinusite crônica tem cura? Qual é o tratamento?

Quais são os sintomas da sinusite?

Sinusite faz o nariz sangrar?

Sinusite dá tontura?

Erupção cutânea pode ser o quê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Erupção cutânea pode ser uma reação alérgica a algum medicamento, a uma picada de inseto, pode ser causada por traumatismos, pode ser sinal de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários, parasitas, como o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", ou ainda por doenças crônicas como o lúpus, dermatomiosite e psoríase.

Em bebês e crianças, as erupções na pele podem estar associadas a sarampo, rubéola, dengue, escarlatina, enteroviroses, exantema súbito, eritema infeccioso, mononucleose Kawasaki, entre outras doenças.

Nos adultos, a erupção cutânea está mais associada a processos alérgicos, dengue, mononucleose, AIDS, sífilis, reação a drogas, toxoplasmose, estresse, doenças crônicas.

As erupções cutâneas caracterizam-se pelo aparecimento de múltiplas manchas ou lesões avermelhadas e elevadas na pele, que por vezes se espalham por todo o corpo.

Para determinar a causa da erupção, é necessário avaliar a lesão e colher outras informações, como o tempo de aparecimento dos sintomas, presença de febre, dores musculares ou articulares, sangramentos, mal-estar, presença de nódulos no corpo, dor de garganta, associados, além de exame clínico e histórico do paciente.

Em caso de erupções na pele, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação. O especialista indicado para diagnosticar e tratar erupções cutâneas é o dermatologista.

Saiba mais em:

Qual o tratamento para o rash cutâneo?

Como tratar erupções na pele causadas por estresse?

Olhos vermelhos, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os olhos vermelhos podem ter várias causas. O olho vermelho pode ser sinal de conjuntivite, infecção, alergia, hemorragia, entre outros problemas e doenças oculares.

As conjuntivites virais e bacterianas estão entre as principais causas de olhos vermelhos. Nesses casos, a vermelhidão afeta sobretudo as pálpebras. Além dos olhos avermelhados, a conjuntivite produção secreção amarelada, lacrimejamento, ardor, sensibilidade à luz (fotofobia) e coceira.

Os sintomas da conjuntivite normalmente desaparecem em até duas semanas. O tratamento pode incluir o uso de colírios e pomadas com antibióticos e anti-inflamatórios.

Vale lembrar que a conjuntivite é contagiosa e geralmente afeta os dois olhos.

Olhos vermelhos podem ser alergia?

As alergias também estão entre as principais causas de olhos vermelhos, sobretudo em crianças e pessoas que já apresentaram quadros de rinite, sinusite e bronquite. Os sinais e sintomas incluem vermelhidão e coceira intensa nos olhos, além de inchaço nas pálpebras.

As alergias oculares e as conjuntivites alérgicas afetam ambos os olhos e não são contagiosas. O tratamento é realizado com colírios anti-histamínicos (antialérgicos).

Olhos vermelhos podem ser sinal de hemorragias?

Sim, mancha vermelha no olho pode ser um sinal de hemorragia ocular. Porém, nas hemorragias oculares, embora o olho fique bastante vermelho no local do sangramento, o risco de perder a visão é muito baixo. Normalmente não há dor e a vermelhidão tende a desaparecer espontaneamente em até 3 semanas.

O que mais pode deixar os olhos vermelhos? Uveíte

Outra doença responsável pelos olhos avermelhados é a uveíte. Nesses casos, a vermelhidão se manifesta na parte colorida do olho (íris) e geralmente afeta apenas um olho.

A pessoa apresenta ainda "aversão à luz" (fotofobia), dor e vista embaçada, normalmente associados à presença de pequenos pontos pretos que se movimentam no campo de visão.

O tratamento para a uveíte também é feito com colírios e medicamentos antibióticos, antifúngicos ou antivirais. Nas uveítes autoimunes, o oftalmologista pode prescrever ainda corticoides ou imunomoduladores.

Blefarite

A blefarite, também conhecida como "olho seco", deixa os olhos secos, vermelhos, ardendo e a pessoa tem a sensação de ter areia nos olhos. A vermelhidão não costuma ser muito intensa, mas os sintomas se agravam com o vento, ambientes secos e ar condicionado. 

O tratamento é simples, sendo muitas vezes feito com lágrimas artificiais para aliviar o desconforto até que os sintomas desapareçam.

Pterígio

Por fim, há ainda o pterígio, conhecido também por "carne crescida", caracterizado pela formação de tecido na conjuntiva do olho, podendo chegar ao campo de visão, embora seja raro. Acredita-se que a grande causa seja exposição solar. Os olhos não costumam ficar constantemente vermelhos nessas situações, mas o problema causa ardência e lacrimejamento. Os sintomas são tratados com colírios lubrificantes ou constritores dos vasos sanguíneos. 

Uma vez que os olhos vermelhos podem ser sinal de doenças que podem afetar a visão, o mais indicado é consultar um oftalmologista para avaliar a causa da vermelhidão e indicar o tratamento adequado.

Pingar colírios para aliviar os sintomas sem indicação médica apenas esconde a origem do problema e pode piorar o quadro.

Saiba mais em: 

Quais são os sintomas da conjuntivite? 

Olhos amarelados, o que pode ser?

O que é septicemia e quais os sintomas?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A septicemia, também chamada de sepse ou sepsis, é uma síndrome que ocorre nos pacientes com infecções graves, caracterizada por um intenso estado inflamatório em todo o organismo, potencialmente fatal.

A sepse é desencadeada pela invasão da corrente sanguínea por agentes infecciosos (principalmente bactérias, mas também vírus ou outros microrganismos), por isso, é habitualmente chamada pelo público leigo de "infecção do sangue", mas pode continuar mesmo depois que os agentes infecciosos que a causaram não mais estão presentes.

Sempre que nosso corpo é invadido por microrganismos, nosso sistema imunológico é ativado para que possamos combater o agente invasor. Uma das formas usadas pelas nossas células de defesa para atacar agentes invasores é através da liberação de mediadores químicos que provocam uma resposta inflamatória.

A inflamação que surge em locais infectados não é provocada pela bactéria em si, mas sim pela resposta imunológica do corpo. A inflamação é uma forma de defesa do organismo. A vermelhidão, a dor, o calor, o inchaço e o pus, característicos de feridas infectadas, são, a grosso modo, o resultado da "batalha" entre o sistema imunológico e os germes invasores.

Em geral, as infecções têm início em locais específicos do organismo, como pele, pulmões, vias urinárias, ouvidos. Alguns exemplos de infecções bacterianas localizadas em um ponto específico do corpo são:

  • Pneumonia = infecção do pulmão;
  • Cistite = infecção da bexiga;
  • Otite = infecção do ouvido;
  • Erisipela= infecção da pele;
  • Meningite = infecção das meninges e do sistema nervoso.

Em um primeiro momento, as bactérias estão alojadas em um órgão, como o pulmão, por exemplo, e são combatidas pelos nossos mecanismos de defesa. Sem controle da infecção, essas bactérias multiplicam-se e começam a migrar em grande número para outros locais, podendo chegar a um vaso e chegar à circulação sanguínea.

Bactérias podem cair no sangue em situações triviais, como durante uma escovação dos dentes que provoca sangramento gengival ou quando ralamos o joelho no chão. Um pequena quantidade de bactérias no sangue são rapidamente inativadas e controladas pelo sistema imunológico.

O problema aparece quando uma quantidade muito grande de bactérias chega à corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo. Uma vez que as células de defesa precisam atuar em vários locais ao mesmo tempo para combater a infecção, elas acabam por desencadear um processo inflamatório difuso.

Todos nós já tivemos uma inflamação, seja no dente, na pele ou em qualquer outro ponto do corpo. Esse processo acontecendo internamente e simultaneamente em vários vasos sanguíneos e órgãos é como uma guerra que está sendo travada dentro do corpo. Há mortes de ambos os lados e muita destruição das estruturas ao redor. Isso é a sepse.

Há graus de gravidade da sepse. Certas bactérias são mais virulentas que outras e cada organismo possui uma capacidade maior ou menor de atuar face a agentes invasores, provocando uma inflamação mais ou menos acentuada. Pacientes saudáveis com infecções provocadas por bactérias menos agressivas costumam controlar bem suas infecções, não evoluindo para quadros de sepse mais severas.

Sintomas da sepse

Qualquer infecção pode levar à sepse. Muitas pessoas provavelmente já tiveram uma sepse em estágio inicial. Para se caracterizar uma sepse basta apresentar uma infecção, além de dois ou mais dos sinais ou sintomas descritos a seguir (os quatro mais clássicos de uma longa lista, descrita em https://pulmccm.org/2012/review-articles/surviving-sepsis-guidelines-criteria-diagnosis-sepsis/):

  • Febre (temperatura corporal maior que 38,3º) ou hipotermia (menor que 36º);
  • Taquicardia (frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto);
  • Frequência respiratória maior que 20 incursões por minutos ou PaCO2 < 32mmHg;
  • No hemograma: leucocitose (leucócitos acima de 12.000/mm3) ou leucopenia (menos de 4000 leucócitos/mm3).

Saiba mais em: Infecção no sangue é grave? Quais os sintomas e como tratar?

Na verdade, até uma gripe mais forte pode fazer com que o paciente apresente critérios para sepse. Ter critérios para sepse não significa que o paciente esteja muito grave e que vá morrer. Esses critérios indicam que o paciente deve ser tratado adequadamente para que o quadro não evolua, sendo sinais de alerta para os médicos.

Você pode ter uma amidalite e ter critérios para sepse. Porém, se a infecção for tratada adequadamente, a maioria das pessoas irá se recuperar. Porém, se o paciente for negligente e não procurar atendimento médico, a infecção, que inicialmente estava restrita à garganta, pode se espalhar pelo sangue e ficar muito mais difícil de ser controlada. Uma sepse branda pode virar uma sepse grave.

Um quadro clínico bem característico de sepse é a presença de infecção com febre alta, calafrios, cansaço, prostração, perda de apetite, não conseguir sair da cama. 

Idosos com sepse podem não ter febre, mas costumam apresentar grande prostração, desorientação e confusão mental. A avaliação médica e o tratamento com antibiótico são importantes para evitar que o quadro evolua de forma catastrófica.