Dor do lado direito da barriga pode ser um sintoma de apendicite. Nesses casos, a pessoa sente uma dor abdominal que começa ao redor do umbigo e depois migra para o quadrante inferior direito do abdômen. Os pacientes geralmente se queixam de uma “dor no pé da barriga do lado direito”.
O primeiro sintoma da apendicite costuma ser a dor ao redor do umbigo ou na parte média do abdômen superior. A dor abdominal pode ser leve no início, mas se torna mais aguda e intensa. É possível que também haja perda de apetite, náusea, vômito e febre baixa.
A dor tende a se mover para o lado direito da barriga, mais especificamente para parte inferior direita do abdômen, podendo piorar ao tossir ou fazer movimentos bruscos.
A dor abdominal do lado direito ocorre com mais frequência depois de 12 a 14 horas do início da crise de apendicite. Após esse período, podem surgir outros sinais e sintomas, como calafrios, tremores, endurecimento das fezes e diarreia.
Os sintomas de apendicite podem variar, podendo ser difícil de detectar em crianças pequenas, adultos mais velhos e mulheres em idade reprodutiva.
Dor do lado direito ou esquerdo da barriga: o que pode ser?A dor do lado direito ou esquerdo da barriga pode ter várias causas. A dor abdominal pode ocorrer em qualquer área entre o tórax e a virilha.
Quase todas as pessoas experimentam dor no abdômen do lado direito ou esquerdo alguma vez na vida e, na maioria das vezes, não é nada grave.
Além disso, a intensidade da dor na barriga nem sempre reflete a gravidade da condição que a causa. Por exemplo, a pessoa pode sentir uma dor abdominal intensa se tiver cólicas ou gases no estômago devido a uma gastroenterite viral. No entanto, condições fatais, como câncer de cólon ou apendicite precoce, podem causar apenas dor leve ou nenhuma dor.
Esse tipo de dor é mais típico em casos de infecção estomacal causada por vírus, indigestão ou gases. Se a dor no abdômen se tornar mais intensa, pode ser causada por uma obstrução do intestino.
Dor abdominal localizada:Ocorre em apenas uma área do abdômen. É provável que esse tipo de dor seja sinal de um problema em algum órgão, como apêndice, vesícula biliar ou estômago.
Dor abdominal tipo câimbraNa maioria das vezes, essa dor abdominal não é grave e é mais provável que ocorra devido a gases e inchaço. Geralmente, é seguida por diarreia. Os sinais mais preocupantes incluem dor que ocorre com mais frequência, dura mais de 24 horas ou é acompanhada de febre.
Dor abdominal tipo cólicaEsse tipo de dor costuma ser intensa, ocorre em surtos e geralmente começa e termina subitamente. Rins e cálculos biliares são causas comuns desse tipo de dor abdominal.
Outras possíveis causas de dor abdominal:
- Prisão de ventre;
- Síndrome do intestino irritável;
- Alergias ou intolerância a medicamentos e alimentos;
- Intoxicação alimentar;
- Gastroenterite viral;
- Aneurisma da aorta abdominal;
- Oclusão ou bloqueio intestinal;
- Câncer do estômago, cólon (intestino grosso) e outros órgãos;
- Colecistite (inflamação da vesícula biliar) com ou sem cálculos;
- Diminuição do suprimento sanguíneo para os intestinos (isquemia intestinal);
- Diverticulite (inflamação e infecção do cólon);
- Acidez gástrica, indigestão ou refluxo gastroesofágico;
- Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa);
- Cálculos renais;
- Pancreatite (inflamação ou infecção do pâncreas);
- Úlcera.
Às vezes, a dor abdominal pode ter origem em outro lugar do corpo, como tórax ou região pélvica. Por exemplo, uma pessoa pode ter dor abdominal se tiver:
- Cólicas menstruais intensas;
- Endometriose;
- Fadiga muscular;
- Doença inflamatória pélvica (DIP);
- Gravidez tubária (ectópica);
- Ruptura de um cisto no ovário;
- Infecções do trato urinário.
Em caso de dor do lado esquerdo ou direito da barriga, sobretudo se vier acompanhada de outros sinais e sintomas, procure um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.
Para saber mais sobre dor na barriga, você pode ler:
Sinto dores abdominais do lado direito abaixo as costelas. Pode ser hepatite?
Dor abdominal: diferentes lados e suas causas
Referências
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Urina vermelha ou avermelhada pode ser sinal de sangue na urina ou ter como causa outros fatores, como a ingestão de certos alimentos vermelhos ou o uso de alguns medicamentos.
A presença de sangue na urina, também chamada de hematúria, tem como principais causas a cistite (infecção de urina na bexiga), a prostatite (inflamação da próstata), a uretrite (infecção na uretra) e os cálculos urinários (pedras nos rins, na bexiga ou na uretra).
A hematúria também pode ser causada por câncer no rim ou na bexiga, hiperplasia prostática benigna (aumento do tamanho da próstata), doenças renais, câncer de próstata, pancadas na região dos rins, irritação ou lesão renal causada por exercícios muito intensos, distúrbios na coagulação do sangue, anemias e medicamentos anticoagulantes.
Alguns alimentos com forte pigmentação vermelha também podem deixar a urina avermelhada, tais como beterraba, mirtilo, amora e ainda corantes artificiais.
Dentre os medicamentos que podem deixar a urina vermelha estão a rifampicina, sulfonamidas, fenitoína, fenolftaleína, metildopa, cloroquina, quinina, levodopa, adriamicina, entre outros.
A presença de sangue na urina pode indicar doenças graves que necessitam de um diagnóstico precoce. Vale lembrar que a intensidade da cor não tem necessariamente relação com a gravidade da situação.
Portanto, caso a pessoa não tenha ingerido alimentos com forte coloração vermelha ou não esteja tomando nenhum medicamento que possa causar essa reação, deve procurar o/a médico/a de família ou clínico/a geral para avaliar o quadro, mesmo que a urina esteja apenas ligeiramente rosada ou avermelhada.
Saiba mais em:
Barriga gelada pode indicar que a pessoa está com frio ou tem uma quantidade significativa de gordura armazenada no abdômen. Colocar a mão sobre a barriga do bebê, por exemplo, é uma boa forma de saber se ele está com frio, caso a barriga esteja gelada.
Mesmo que ele tenha as mãos frias, não significa que esteja propriamente com frio, uma vez que as mãos são extremidades e esfriam facilmente. A barriga, neste caso, passa a ser o melhor "termômetro" para saber se o bebê está confortável.
A barriga gelada é frequentemente referida durante a gravidez. Isso ocorre devido ao crescimento da barriga e ao acúmulo de gordura na região abdominal. Da mesma forma que nariz, mãos e pés ficam frios com mais facilidade por estarem nas extremidades do corpo, a barriga da grávida, sobretudo no final da gestação, também torna-se uma "extremidade" e o sangue já não chega na sua superfície com a mesma facilidade, deixando-a mais fria.
O acúmulo de gordura subcutânea na região abdominal também pode deixar a barriga gelada, pois a gordura pode dificultar a circulação sanguínea no local. O mesmo acontece com as nádegas e outros locais do corpo com maior propensão ao acúmulo de gordura.
Leia também: Tenho as mãos sempre geladas. O que pode ser?
Os principais sintomas da gastroenterite viral são: diarreia líquida, vômitos, náuseas, dor na barriga, falta de apetite e febre. A gastroenterite pode causar ainda fadiga, dores musculares, dor de cabeça e perda de peso.
Nos casos de gastroenterite viral em que a diarreia e os vômitos são persistentes, pode haver desidratação. Quando isso acontece, outros sinais e sintomas podem estar presentes, como boca seca, diminuição do volume de urina e da frequência urinária, urina escura e sensação de engrossamento da língua.
Os sintomas da gastroenterite aguda geralmente começam a se manifestar depois de 1 a 2 dias que ocorreu a infecção pelo vírus. As manifestações podem durar alguns dias ou permanecer por até uma semana.
A gastroenterite pode ser grave se não houver um tratamento adequado para evitar a desidratação, principalmente em crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado.
Como é o tratamento da gastroenterite viral?MedicamentosNa grande maioria dos casos de gastroenterite os medicamentos não estão indicados. Em alguns casos podem ser usados medicamentos voltados para controlar os sintomas, como febre e vômitos e prevenir a desidratação Em geral, os sintomas desaparecem espontaneamente em até 3 dias.
Os antibióticos só são usados em alguns casos específicos de gastroenterite bacteriana e são contraindicados para as gastroenterites virais.
HidrataçãoPara combater a desidratação, são indicados soros específicos de reidratação oral. Nos casos mais graves, a pessoa precisa ficar internada para receber líquido por via intravenosa.
É muito importante aumentar a ingestão de líquidos durante o episódio de gastroenterite viral.
Além do soro de hidratação oral, são considerados líquidos adequados: sopa, água de coco, água. São inadequados: refrigerantes, líquidos açucarados, chás, sucos comercializados, café
DietaA dieta habitual deve ser mantida, não é necessária a mudança para dietas especiais. Mas é importante que a alimentação seja leve e em pequenas quantidades, com intervalos menores entre as refeições. Os alimentos ricos em açúcar e gorduras devem ser evitados.
Sempre que possível, a pessoa deve procurar evitar ficar sem comer por mais de 4 horas. Com a melhora dos sintomas, pode-se incluir gradualmente alimentos moles na dieta, como banana, arroz, cereais cozidos e pão torrado.
Durante o tratamento da gastroenterite viral, também é importante seguir algumas recomendações, como:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos, bebendo pequenas quantidades de cada vez;
- Ingerir bebidas isotônicas para repor os sais minerais perdidos;
- Ficar em repouso.
A gastroenterite viral é uma infecção aguda causada por vírus que atinge o estômago e o intestino, causando uma inflamação desses órgãos. O vírus pode estar presente na água, em alimentos contaminados ou em pessoas infectadas.
As outras formas de gastroenterite são causadas por bactérias e parasitas. A infecção pode ocorrer pelo ar, pelo contato da mão contaminada com a boca e pela ingestão de água ou alimentos infectados.
Gastroenterite viral é contagiosa?A gastroenterite viral é altamente contagiosa e pode ser facilmente transmitida para crianças e adultos. Para evitar a transmissão, a pessoa infectada deve lavar bem as mãos depois de ir ao banheiro e antes de manusear alimentos.
Contudo, o ideal, para se evitar a transmissão da gastroenterite para outras pessoas, seria a permanência da pessoa infectada em casa durante pelo menos 2 dias, até a melhora dos sintomas, sobretudo a diarreia e os vômitos.
Em caso de sintomas de gastroenterite como:
- Aumento da frequência das dejeções líquidas,
- vômitos frequentes,
- sangue nas fezes,
- recusa para ingestão de líquidos,
- febre,
- diminuição da atividade,
- presença de sinais de desidratação,
- piora do estado geral
Consulte um médico clínico geral, um médico de família ou um pediatra.
Não, lúpus não é contagioso, o que significa que não se pega, nem se transmite. Pessoas com lúpus eritematoso sistêmico desenvolvem a doença porque o seu sistema imunológico produz anticorpos que atacam o seu próprio corpo. A causa do lúpus é desconhecida, embora já se saiba que a genética, bem como fatores hormonais e ambientais podem favorecer o aparecimento da doença.
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune. Por isso, o lúpus não é contagioso, já que não é causado por vírus, bactérias ou qualquer micro-organismo que possa ser transmitido de pessoa para pessoa.
Lúpus eritematoso sistêmicoO lúpus é muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, aparece com mais frequência em pessoas entre 15 e 44 anos de idade.
Quais as causas do lúpus?A causa do lúpus eritematoso sistêmico não é totalmente conhecida. A origem da doença pode estar associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, bem como ao uso de certos medicamentos.
A produção anormal de anticorpos ocorre devido a uma predisposição genética associada a outros fatores, como exposição ao sol e infecções.
Esses anticorpos atacam o tecido conjuntivo do próprio indivíduo, o que faz com que o lúpus se manifeste em qualquer parte do corpo que tenha tecido conjuntivo, como pele, nariz, orelhas, articulações, pulmões, rins, cérebro, entre outras.
Quais os sintomas do lúpus?Os principais sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem febre, mal estar, inflamações e dores articulares, manchas na pele, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.
Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta uma erupção cutânea em forma de "borboleta", que surge principalmente nas bochechas e no nariz. A erupção ou “rash" cutâneo pode se espalhar e piora com a luz do sol.
Outros sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem ainda:
- Dor no peito ao respirar profundamente;
- Fadiga;
- Inquietação ou indisposição;
- Queda de cabelo;
- Perda de peso;
- Sensibilidade à luz solar.
Os sintomas do lúpus também variam de acordo com a parte do corpo afetada:
Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão e alterações de personalidade;Tubo digestivo: dor abdominal, náuseas e vômitos;Coração: problemas nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco (miocardite);Pulmão: acúmulo de líquido no espaço pleural, dificuldade para respirar;Pele: cor da pele irregular e dedos que mudam de cor quando está frio (fenômeno de Raynaud).Rim: insuficiência renal.
Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa e podem aparecer e desaparecer. Algumas pessoas têm apenas sintomas de pele. É o chamado lúpus eritematoso discoide.
Contudo, todas as pessoas com lúpus eritematoso sistêmico sofrem de dores e inchaço nas articulações em algum momento. Algumas desenvolvem artrite. O lúpus geralmente afeta as articulações dos dedos, mãos, punhos e joelhos.
Qual é o tratamento para lúpus?O tratamento do lúpus é feito com medicamentos corticoides e imunomoduladores. Para tratar distúrbios de coagulação, são usados medicamentos anticoagulantes.
Formas leves de lúpus podem ser tratadas com:
- Anti-inflamatórios não esteroides para alívio dos sintomas articulares e da pleurisia;
- Corticoides em baixas doses, como prednisona, para a pele e para a artrite;
- Cremes com corticoides para tratar as erupções cutâneas;
- Hidroxicloroquina, um medicamento que também é usado no tratamento da malária;
- Belimumab, um medicamento biológico que pode ser útil em alguns casos.
O tratamento dos casos graves de lúpus eritematoso sistêmico é feito com doses elevadas de corticoides e medicamentos imunossupressores. Estes últimos são utilizados se não houver melhora do quadro com os corticoides ou se os sintomas piorarem quando o medicamento deixa de ser usado.
Os medicamentos mais usados para tratar lúpus são: micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida. Devido à sua toxicidade, o uso de ciclofosfamida é permitido apenas por períodos de 3 a 6 meses. Da mesma forma, o rituximab é usado apenas em alguns casos.
O lúpus eritematoso sistêmico não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Casos graves que envolvem coração, pulmões, rins e outros órgãos geralmente precisam de tratamento especializado.
Contudo, muitas pessoas com LES apresentam sintomas leves. O prognóstico depende da gravidade da doença. A maioria das pessoas com lúpus precisam tomar medicamentos por longos períodos de tempo.
Quais as possíveis complicações do lúpus?Algumas pessoas com lúpus têm depósitos anormais de fatores imunológicos nas células renais. Isso leva a uma condição chamada nefrite lúpica, que pode causar insuficiência renal. Nesses casos, pode haver necessidade de diálise ou transplante de rim.
Uma biópsia renal é feita para detectar a extensão do dano e ajudar a orientar o tratamento. Se a nefrite estiver ativa, é necessário tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo altas doses de corticoides juntamente com ciclofosfamida ou micofenolato.
Outras possíveis complicações do lúpus eritematoso sistêmico:
- Formação de coágulos sanguíneos nas artérias ou nas veias das pernas, pulmões, cérebro ou intestinos;
- Destruição de glóbulos vermelhos e anemia;
- Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite);
- Inflamação do coração (miocardite ou endocardite);
- Presença de líquido ao redor dos pulmões;
- Danos nos tecidos pulmonares;
- Problemas durante a gravidez, incluindo aborto;
- Derrame cerebral;
- Lesão no intestino com dor e obstrução intestinal;
- Inflamação do intestino;
- Plaquetas baixas (essas células são responsáveis pela coagulação sanguínea, portanto interrompem sangramentos);
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
Muitas mulheres com LES podem engravidar e dar à luz um bebê saudável, principalmente se receberem tratamento adequado e não tiverem problemas cardíacos ou renais graves. No entanto, a presença de certos anticorpos na circulação sanguínea da gestante aumenta o risco de aborto espontâneo. Além disso, o lúpus e os medicamentos usados para tratar a doença podem prejudicar o feto.
O diagnóstico e o acompanhamento do lúpus eritematoso sistêmico é da responsabilidade do médico reumatologista.
Língua geográfica, também conhecida como glossite migratória benigna, não é uma doença nem representa um problema de saúde. Trata-se de uma condição que deixa a língua com o aspecto de um mapa em alto-relevo, daí o nome "língua geográfica".
A língua geográfica caracteriza-se pela presença de áreas vermelhas bem delimitadas, com bordas brancas e irregulares. As lesões ocorrem sobretudo na parte de trás e na lateral da língua.
No início, surgem pequenas manchas brancas na língua. Depois, conforme elas aumentam ou migram, desenvolvem uma área vermelha no centro devido à perda das papilas nessa região.
Por isso, pessoas com glossite migratória benigna não possuem todas as papilas na língua, que são substituídas por essas áreas lisas e vermelhas.
Em geral, a língua geográfica não provoca sintomas. Contudo, algumas pessoas sentem ardência, aumento da sensibilidade e até dor, principalmente ao ingerir alimentos ácidos, quentes ou muito temperados.
A língua geográfica não precisa de um tratamento específico, uma vez que se trata de uma condição benigna e autolimitada. Quando a queimação ou a dor são muito intensas, é indicado um medicamento corticoide de uso tópico para aliviar os sintomas. O mais usado é a pomada triancinolona que pode ser aplicada uma vez ao dia, durante 7 a 10 dias.
As causas da língua geográfica ainda não estão totalmente esclarecidas. Alguns pesquisadores sugerem que a glossite migratória benigna ocorre com mais frequência em pessoas com psoríase, dermatite atópica e língua fissurada. Outros associam a condição a problemas hormonais, predisposição genética, alergias, síndrome de Down e até carências nutricionais.
O diagnóstico e o tratamento da língua geográfica podem ser realizados pelo/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família.
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A tontura ao levantar ou acordar, está normalmente associada a alterações na circulação sanguínea cerebral. É comum nos casos de pressão alta (hipertensão), hipotensão ortostática, problemas no labirinto ou obstrução das artérias carótidas.
O uso crônico de medicamentos (calmantes), um quadro de anemia, distúrbios do sono e crises de ansiedade, também são situações que podem causar tontura ao se levantar.
Portanto, o sintoma pode ser um primeiro sinal de diferentes doenças e situações. Sendo assim, precisa ser investigado quanto antes por um médico de família, clínico geral ou neurologista para que o tratamento adequado seja efetuado.
1. Pressão altaA pressão arterial alta (hipertensão) pode interferir na irrigação sanguínea cerebral ou do labirinto.
Nestes casos, é comum que a pessoa sinta tontura ao levantar ou mesmo a sensação de desequilíbrio. A pressão baixa pode levar ao mesmo quadro, por reduzir o volume de sangue que chega ao cérebro.
É considerada hipertensa pessoa que, a medir a pressão em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140 mmHg X 90 mmHg).
Você pode verificar sua pressão com um medidor digital em casa ou se dirigir a uma farmácia. Se a pressão estiver elevada procure manter-se em repouso e busque um médico de família ou clínico geral, ou cardiologista para dar início ao seu tratamento e verificar a necessidade de uso de medicamentos anti-hipertensivos.
Se a pessoa já tem diagnóstico de pressão alta (hipertensão), é preciso reavaliar as doses dos medicamentos utilizados no seu tratamento. O médico de família, clínico geral ou cardiologista, deverão avaliar e ajustar as medicações, conforme a necessidade.
2. Hipotensão ortostáticaA hipotensão ortostática ou postural é bastante comum em pessoas idosas e tem como sintomas: a tontura ao levantar ou acordar, sensação de desmaio, visão turva ou escurecimento da visão e confusão mental (pensamentos confusos).
A tontura acontece segundos ou minutos após a pessoa se levantar, principalmente depois de longo tempo deitada ou mesmo sentada. Ocorre devido a uma falha na regulação da pressão arterial que provoca queda de pressão e redução no volume de sangue que o coração bombeia para o cérebro.
Em casos mais graves, a pessoa pode sofrer quedas, síncope (desmaio) ou convulsões. Esforço físico e refeição "pesada", com alimentos gordurosos ou de difícil digestão, podem agravar os sintomas.
Se você sentir sintomas de hipotensão ortostática levante-se devagar e com cuidado. Dormir com a cabeceira da cama elevada pode aliviar os sintomas. Utilize travesseiros para elevar a cabeceira da cama.
3. LabirintiteA labirintite é uma doença inflamatória que acomete o labirinto, um dos órgãos responsáveis pelo nosso equilíbrio.
A tontura, que pode ocorrer quando a pessoa se levanta rapidamente, é o principal sintoma da doença. É descrita como perda de equilíbrio, como se a pessoa deixasse de sentir o chão e fosse cair.
Dor de cabeça, zumbido no ouvido, náuseas e dificuldade de fixar a visão ou ficar em pé com os olhos fechados são outros sinais que caracterizam a labirintite.
O tratamento depende da causa e da gravidade dos sintomas. Fazer repouso é importante para melhorar os sintomas.
Uma consulta médica para avaliar os sintomas e verificar a necessidade de medicação anti-inflamatória e fisioterapia podem ser eficazes. O médico de família, clínico geral, otorrinolaringologista ou neurologista são os profissionais indicados para o diagnóstico e tratamento da labirintite.
4. Obstrução de carótidasAs artérias carótidas se localizam uma de cada lado do pescoço e têm a função fundamental de levar sangue e oxigênio para o cérebro.
O entupimento de uma das carótidas por depósito de gordura (ateroma) ou coágulo, pode provocar a tontura ao levantar. A falta de irrigação cerebral é uma das principais causas de derrame cerebral (AVC - acidente vascular cerebral isquêmico).
Somente uma avaliação médica pode diagnosticar a obstrução de carótidas. O tratamento pode ser feito mediante o uso de medicamentos ou de procedimento cirúrgico. O médico mais indicado para tratar este tipo de obstrução é o cirurgião vascular.
O que fazer ao sentir tontura quando se levanta?Se você já sentiu tontura ao levantar, adote os seguintes cuidados:
- Levante-se lentamente e com cuidado;
- Consuma bastante líquidos para ajudar a manter adequado o volume de sangue no organismo;
- Pratique atividade física regularmente, se possível. Exercícios físicos regulares aumentam a tônus muscular das veias das pernas e diminuem o acúmulo de sangue nesta região, o que reduz a possibilidade de novos episódios de tontura ao levanta-se;
- Evite o consumo de álcool.
Você pode adotar estas medidas em casa sem medo de contraindicações.
O aumento do consumo de sal também pode ser efetuado, entretanto, essa medida deve ser orientada pelo médico e pode ser contraindicada em pessoas que possuem doenças cardíacas.
Quando devo me preocupar?Se ao levantar-se você sente tontura ou sensação de desmaio fique atento aos seguintes sintomas:
Dificuldade de andar, coordenação motora ou equilíbrio alteradosA dificuldade de andar, a falta de coordenação motora e a alterações no equilíbrio são sinais de comprometimento do sistema nervoso. Por este motivo são considerados sinais de alerta, e precisa de avaliação médica.
Sangue nas fezesA presença de sangue nas fezes pode ser indicativo que hemorragia interna, que leva a anemia e aos sintomas de tontura frequente, é também uma causa da hipotensão ortostática.
Queda e desmaioPessoas que apresentaram queda ou desmaio após algum episódio de hipotensão ortostática devem buscar um médico imediatamente.
Estes três sintomas são sinais de alerta e indicam que você deve procurar o médico de família, neurologista ou clínico geral quanto antes.
O que preciso informar ao médico durante a consulta?Para identificar a causa da tontura que você sente ao levantar ou acordar é efetuada uma avaliação com base nos sintomas, na história clínica e no exame físico.
É importante informar:
- Há quanto tempo você está sentindo tontura ao levantar;
- Se apresentou queda ou desmaio durante o episódio de tontura;
- Se houve perda de sangue nas fezes;
- Se é portador de algum distúrbio que pode provocar tontura como diabetes, câncer ou doença de Parkinson; e
- Se faz uso de algum medicamento como os remédios para pressão.
Pode ser necessário a realização de exames como eletrocardiograma e exames de sangue.
Para um diagnóstico mais seguro, procure um médico de família, neurologista ou clínico geral.
Qual o tratamento da tontura?O tratamento da tontura ao levantar ou acordar depende da sua causa e inclui mudanças no estilo de vida, medicamentos ou mesmo a suspensão, ou troca de algum remédio que pode estar provocando a tontura.
As mudanças de estilo de vida estão relacionadas a ações como a prática de atividade física regular e evitar o uso de álcool.
Nos caso de obstrução de carótidas pode ser necessário efetuar ultrassonografia com dopller de carótidas para avaliar o grau de obstrução e definir se o tratamento será medicamentoso ou cirúrgico,
Os medicamentos indicados, normalmente, têm o efeito de reter sal e água no organismo para que a pressão arterial se mantenha normal quando você levantar. Os anti-inflamatórios podem ajudar em alguns casos.
Se você sente tontura ao levantar, não utilize nenhum medicamento por conta própria. Busque orientação de um médico de família, neurologista ou clínico geral.
Leia mais: Sinto uma tontura constante. O que pode ser?
A presença de sangue nas fezes pode ter muitas causas. Quando o sangue existente nas fezes tem coloração vermelho vivo, pode indicar que o sangramento ocorreu nas regiões baixas do sistema digestivo (intestino grosso, reto e ânus). Esse tipo de sangramento pode ser causado por hemorroidas, fissuras anais, lesões causadas por algum tipo de trauma nessas regiões, vermes, pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) ou tumores.
Quando esse sangramento ocorre na boca, esôfago, estômago ou duodeno (parte superior do intestino delgado), as fezes tendem a apresentar uma coloração bem escura e um cheiro forte característico (melena), principalmente após sangramentos mais intensos. Entre as causas para estes sangramentos temos as lesões traumáticas, úlceras, esofagites, varizes esofagianas, pólipos e tumores.
Sangue nas fezes em pequena quantidadeO sangramento retal mais comum é aquele em que se observa uma pequena quantidade de sangue nas fezes ou o sangue só é notado no papel higiênico. Na grande maioria dos casos, esses pequenos sangramentos não indicam nada de grave e são causados principalmente por hemorroidas e fissuras anais.
As causas incluem principalmente hemorroidas, fissuras anais, pólipos intestinais, inflamação na porção final do intestino ou no ânus, úlceras no reto, câncer no reto ou no ânus e endometriose intestinal.
No caso das hemorroidas, os sintomas incluem dor ao evacuar e presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes. O sangramento pode ser percebido sob a forma de gotas de sangue que surgem após evacuar ou no papel higiênico ao se limpar.
Leia também: Como saber se tenho hemorroidas e quais os sintomas?
As fissuras anais causam dor intensa ao evacuar e o sangue pode ser notado em pequenas quantidades nas fezes, no vaso sanitário ou no papel higiênico.
Sangue nas fezes em média e grande quantidadeSe houver uma quantidade moderada ou grande de sangue nas fezes ou quando as fezes estão com uma coloração bem escura (melena), é provável que o sangramento tenha origem mais interna, como no cólon, no duodeno ou no estômago.
Nesses casos, as causas mais comuns incluem úlcera no estômago ou intestino, lesões no esôfago, doença diverticular do cólon, câncer de intestino, infecção intestinal, doença inflamatória do intestino e angiodisplasia (presença de vasos sanguíneos dilatados na camada interna do intestino grosso).
O gastroenterologista, proctologista, clínico geral ou médico de família são os especialistas que diagnosticam e tratam os problemas do sistema digestivo, como no caso de presença de sangue nas fezes.
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