Perguntar
Fechar
Existe algum tratamento para foliculite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em geral, a foliculite resolve-se espontaneamente sem necessidade de um tratamento específico. Porém, algumas medidas podem aliviar a dor e o incômodo como aplicar compressas mornas no local da inflamação, além de evitar depilação e raspagem dos pelos.

Caso a foliculite fique persistente ou se agrave, pode ser indicado o uso de pomadas contendo antibiótico ou drenagem para eliminação do pus. Em alguns casos, também podem ser usados medicamentos antibióticos por via oral, além de corticoidees orais ou em pomada.

Na maioria dos casos, a foliculite é leve e cura-se espontaneamente. O tratamento é necessário nos casos mais graves e persistentes, ou ainda quando a foliculite torna-se recorrente. O tratamento nesses casos depende do tipo e da gravidade da infeção.

Se a foliculite evoluir e formar furúnculos, pode ser necessário realizar uma drenagem cirúrgica para eliminar o pus, diminuir a dor e acelerar a cura da infecção.

Caso a foliculite provoque coceira intensa, a aplicação de água morna ajuda a aliviar o desconforto. Também podem ser prescritos medicamentos específicos para acalmar o prurido.

O que é foliculite?

Foliculite é uma infecção bacteriana superficial do folículo capilar ou piloso. Por isso, em qualquer região do corpo que contenha pelo, a foliculite pode acontecer, apesar de ser mais frequente em regiões submetidas à depilação ou raspagem frequente como barba, axilas, virilha e coxas.

Quais os sinais e sintomas da foliculite?

A foliculite caracteriza-se pela formação de pequenas espinhas com a extremidade branca ao redor de um pelo. A infecção pode ser superficial ou profunda.

A foliculite superficial atinge somente a porção superior do pelo e se manifesta pela formação de espinhas vermelhas pequenas que podem ou não conter pus. O local fica avermelhado, dolorido e mais quente. Também pode haver coceira e aumento da sensibilidade no local.

A foliculite profunda atinge camadas mais profundas da pele e pode levar à formação de furúnculos. Nesses casos, as lesões são semelhantes a grandes espinhas elevadas, com pus amarelo no centro. Atinge uma área maior de pele, que fica vermelha e dolorida. Também pode haver coceira e a dor pode ser intensa.

A foliculite profunda pode deixar cicatrizes e provocar a destruição permanente do pelo ou cabelo.

O diagnóstico e tratamento da foliculite é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral ou dermatologista.

Saiba mais em: O que é um furúnculo e como se forma?

Risperidona: para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A risperidona é um antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia, psicoses agudas e crônicas, transtorno bipolar, irritações decorrentes do autismo, estresse pós traumático e outros distúrbios psiquiátricos. A risperidona também tem efeitos positivos sobre a ansiedade, o estresse e as alterações mentais causadas por esses transtornos.

A risperidona serve, portanto, para tratar psicoses em geral, atuando sobre diversos transtornos, como confusão mental, alucinações, delírios, excesso de desconfiança, isolamento social, timidez excessiva, entre outros.

A risperidona também é utilizada no controle de transtornos do comportamento, como agressões físicas e verbais, excesso de desconfiança e agitação.

A risperidona é indicada ainda para pessoas com mania, cujos sintomas incluem humor muito expansivo ou irritável, excesso de autoestima, pouca necessidade de sono, pensamentos acelerados, diminuição da atenção, concentração ou capacidade de julgamento, atitudes inadequadas ou agressivas.

Em crianças e adolescentes com autismo, a risperidona pode ser utilizada para tratar a irritabilidade relacionada ao transtorno autista, como agressões, autoagressão, surtos de raiva e angústia, além de mudanças bruscas de humor.

O uso do medicamento é indicado para casos agudos (início súbito) e crônicos (longa duração).

Mesmo depois de uma melhoria dos sintomas, a risperidona costuma ser mantida para controlar os transtornos e evitar recaídas.

Quais são as contraindicações da risperidona?

A risperidona é contraindicada para pessoas alérgicas ao medicamento ou a alguma substância da sua fórmula. Em caso de alergia, pode haver erupções na pele, coceira, respiração curta ou inchaço no rosto. Na presença dessas manifestações, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser contactado/a imediatamente ou a pessoa deve se dirigir a um serviço de urgência.

Essa medicação é um antipsicótico atípico ou de segunda geração que comparado aos de primeira geração tem menos efeitos adversos. Por outro lado, a nova classe de medicação tem outros efeitos também indesejados e um valor comercial mais elevado.

A risperidona é uma medicação que precisa ser acompanhada de perto, com possíveis ajustes de dose e suspensão temporária em alguns casos. Não tome medicação sem indicação médica. Converse com o/a médico/a psiquiatra para tirar suas dúvidas.

Cirurgia de adenoide: como é feita e quando é indicada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de adenoide (adenoidectomia) é feita sob anestesia geral, em centro cirúrgico, através de um procedimento rápido e simples que remove a adenoide pela boca, com duração de aproximadamente 10 a 20 minutos.

Após o procedimento, o paciente deve permanecer em observação por algumas horas e, não havendo complicações, já recebe alta para casa no mesmo dia. As complicações no pós-operatório da cirurgia de adenoide são raras.

Quando a cirurgia de adenoide é indicada?

A cirurgia de adenoide é indicada quando o aumento da adenoide provoca:

  • Entupimento frequente do nariz;
  • Infecções recorrentes na garganta, no nariz ou nos ouvidos (otites e sinusites);
  • Acúmulo de catarro no ouvido, com prejuízos para a audição;
  • Dificuldade respiratória, levando à respiração pela boca, o que gera desconforto na garganta, dores de cabeça, pela oxigenação inadequada, e roncos à noite;
  • Sono não reparador, fragmentado pelos roncos e pelos despertares noturnos, que prejudica a atenção e o humor durante o dia.

Na grande maioria dos casos, a pessoa evolui bem após a cirurgia de adenoide. São indicados analgésicos e ou anti-inflamatórios para controlar a dor durante alguns dias. O local da cirurgia pode demorar algumas semanas para cicatrizar completamente.

Quando uma criança muito nova é submetida à cirurgia de adenoide, os sintomas podem voltar a aparecer, pois a adenoide pode voltar a crescer. Porém, esses casos são raros.

A cirurgia reduz a ocorrência de infecções e melhora a qualidade de vida da criança, embora em algumas situações específicas, a retirada da adenoide possa ser prejudicial, como em crianças com lábio leporino ou Síndrome de Down.

A adenoidectomia pode ser realizada isoladamente ou junto com outros procedimentos cirúrgicos, como a retirada das amígdalas, por exemplo

Nos primeiros dias de pós-operatório, a alimentação deve ser pastosa, líquida e gelada para ajudar no alívio da dor.

Podem ocorrer episódios de vômitos e indisposição, considerados normais pelo manuseio da cirurgia. Porém, o aparecimento de febre ou sangramento não é normal e deve ser comunicada ao médico assistente imediatamente.

O que é adenoide?

A adenoide é um tecido esponjoso localizado no final do nariz e que ajuda o corpo a se defender contra doenças respiratórias, reconhecendo vírus e bactérias e produzindo anticorpos.

Porém, a adenoide pode crescer demais e prejudicar a respiração pelo nariz, causando obstrução nasal, o que desencadeia outros problemas de saúde.

O aumento da adenoide pode causar obstrução ou até interrupção da respiração, além de obstrução da tuba auditiva, que liga a faringe ao ouvido. O entupimento da tuba pode causar otites de repetição e sinusites.

O aumento da adenoide pode provocar ainda dificuldade para engolir, diminuição do olfato e do paladar, distúrbios da fala e anomalias no crescimento do crânio e da face.

Cabe ao médico otorrinolaringologista avaliar o caso e indicar o momento mais adequado para a cirurgia, quando esta for necessária.

Leia também: O que é adenoide?

Água oxigenada clareia os dentes? Faz mal usar na boca?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Água oxigenada não clareia os dentes, apesar do peróxido de hidrogênio, que é a água oxigenada, ser utilizado na composição do gel clareador. Porque a água oxigenada vendida em farmácias possui uma concentração muito baixa de peróxido de hidrogênio e não contém os compostos que dão mais estabilidade à essa substância.

Para clarear os dentes, a água oxigenada deveria ter uma concentração muito mais elevada, sendo um produto completamente diferente do gel clareador, o que sem os devidos cuidados, poderia causar danos a mucosa de dentro da boca.

A sensação de dentes limpos que as pessoas referem está relacionada com o fato de a água oxigenada remover o esmalte do dente e, com ele, as manchas e a sujeira.

A desmineralização do esmalte deixa-o poroso e favorece o acúmulo de alimentos e a formação de manchas, aumentando a necessidade de mais bochechos. É um ciclo vicioso.

Faz mal usar água oxigenada na boca?

Sim. Faz mal usar água oxigenada na boca, por diversas razões:

  • O peróxido de hidrogênio, quando quebrado dentro do corpo, libera radicais livres, que estão associados ao envelhecimento dos tecidos e alguns tipos de câncer;
  • Pode provocar irritação e lesão na mucosa bucal, garganta e gengiva, com maior risco de efeito carcinogênico, ou seja, pode levar ao desenvolvimento de câncer de boca àquele que tenha predisposição genética;
  • Pode destruir o esmalte, dentina, cemento, polpa e gengiva;
  • Além da água oxigenada promover o desenvolvimento de câncer bucal, ela potencializa o efeito de outros agentes indutores do câncer de boca, garganta, esôfago, estômago e intestino, como cigarro, álcool, vírus, entre outros;
  • A água oxigenada deixa as mucosas bucais e a gengiva vermelhas devido à agressão, com início de dissolução dos tecidos e inflamação;
  • Queima e pode até necrosar (matar as células) das papilas gengivais;
  • Desmineraliza o esmalte do dente, deixando-o mais poroso, o que faz com que o alimento se acumule provocando um aspecto de sujeira.

O clareamento de dentes deve ser feito por um dentista e mesmo que o paciente opte por um método caseiro, com gel clareador, deve haver supervisão e orientação do profissional.

Pode lhe interessar também:

Sulfato ferroso usado para anemia escurece os dentes?

Falta de dentes pode prejudicar o intestino?

Qual o tratamento para mordida de rato?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para mordida de rato consiste, primeiramente, na lavagem da ferida com água e sabão, deixando que a água escorra por alguns minutos sobre o local da mordida. Após a lavagem, o sabão deve ser totalmente removido para não atrapalhar a ação dos medicamentos que poderão ser aplicados. 

A irrigação com soro fisiológico a 0,9% e a imobilização do membro afetado, com elevação do mesmo, também fazem parte da conduta em caso de mordida de rato. Além de não colocar nenhum produto na ferida como pó de café, açúcar ou outras substâncias.

É provável que a vítima receba vacina ou soro antirrábico, evitando doenças que embora sejam raras, podem ser transmitidas por mordedura de roedores, como as infecções em geral, a raiva, e a febre por mordida de rato (FMR), esta então, uma doença ainda menos frequente, causada pela bactéria Streptobacillus moniliformis. 

A FMR se caracteriza por febre, erupção cutânea e artrite. Se não for tratada, pode evoluir com  pneumonia, endocardite e sepse, com prognóstico muito ruim, em média 10% dos casos chegam ao óbito.

O tratamento da febre por mordida de ratos é feito com antibióticos, sendo a penicilina o medicamento de escolha.

Em casos de mordidas de rato ou qualquer outro mamífero, a vítima deve dirigir-se ao serviço médico de urgência o mais rápido possível.

Também pode lhe interessar:

Picada de borrachudo é perigosa?

O que fazer em caso de mordida de gato?

O que fazer em caso de picada de escorpião?

Quais os exercícios físicos para eliminar gases?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um exercício simples para eliminar gases intestinais é se deitar de barriga para cima e puxar as pernas contra a barriga com os joelhos completamente flexionados, abraçando e puxando as pernas contra o abdômen.

Pode fazer um movimento de balanço, com as pernas abraçadas, para ajudar ainda mais na eliminação dos gases.

Outro exercício com boa resposta, é a massagem abdominal. A auto massagem deve ser feita com movimentos circulares e profundos na barriga, no sentido da direita para a esquerda, como se os gases estivessem sendo empurrados para fora do corpo. Insista nas regiões que estão mais doloridas e inchadas.

Quais as outras formas de eliminar gases?

1. Exercícios: as massagens abdominais e exercícios específicos, como abraça as pernas contra a barriga, auxiliam na peristalse intestinal, evitando o acúmulo dos gases.

2. Alimentação balanceada: adotar medidas como o aumento do consumo de água e alimentos menos gordurosos, facilitando na digestão.

3. Medicamentos: para eliminar os gases, podem ser usados medicamentos, como a Simeticona®.

4. Chás: alguns trabalhos indicam certos chás como facilitadores da eliminação de gases intestinais, porém não existem comprovações científicas e além disso, vale lembrar que alguns chás são contraindicados para pessoas que fazem uso de anticoagulantes, gestantes ou certas doenças crônicas como a hipertensão. Por isso é fundamental que fale com seu médico antes de qualquer tratamento, mesmo que naturais.

Como eliminar gases na gravidez?

Fazer exercícios físicos regularmente, como caminhadas, é uma boa maneira de eliminar gases intestinais na gravidez. A atividade física moderada estimula a musculatura lisa responsável pelos movimentos intestinais, favorecendo a eliminação dos gases, sobretudo em casos de prisão de ventre.

Os gases são muito comuns durante a gestação especialmente nos casos de constipação associada, o que causa grande incômodo. Sendo assim, nos casos em que apesar das atividades regulares, os sintomas persistirem, deve ser avaliado com o obstetra, a possibilidade de adicionar o uso de laxantes.

O que causa gases?

Os gases intestinais podem ser provocados por certos alimentos de difícil digestão, como alimentos ricos em fibras, por exemplo. Às vezes, o aumento repentino da ingesta de fibras na dieta pode provocar gases em excesso, embora o organismo se adapte e deixe de produzi-los com o passar do tempo.

Comer ou beber determinados alimentos ou bebidas que não são bem tolerados pelo corpo também podem causar gases. É o caso de pessoas com intolerância à lactose (açúcar do leite), que não devem consumir leite e derivados.

O uso de antibióticos, síndrome do intestino irritável, má digestão, incapacidade de absorver os nutrientes adequadamente, são outros fatores que favorecem a maior produção de gases.

Como evitar os gases?
  • Mastigue bem os alimentos;
  • Evite comer leguminosas (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilhas) e repolho;
  • Evite comer alimentos ricos em carboidratos, como doces e massas;
  • Evite lactose;
  • Não beba refrigerantes com gás ou bebidas gaseificadas;
  • Caminhe por 10 a 15 minutos depois de comer.
Quais os sintomas de gases?

O excesso de gases pode causar sintomas como barriga inchada, cólicas e dor no peito. Na ocorrência de gases intestinais com muita frequência, ou na presença de outros sinais e sintomas, como dor abdominal, dor no estômago ou no reto, azia, náuseas, vômitos, febre, emagrecimento, diarreia crônica, perda de apetite, anemia, fezes oleosas e fétidas ou fezes com sangue, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

Leia também:

Como aliviar os gases na gravidez?

Excesso de gases pode revelar algum problema grave?

Enxaqueca com aura tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Enxaqueca com aura não tem cura, assim como a enxaqueca sem aura. A enxaqueca é uma doença genética, associada a fatores externos, que não tem tratamento definitivo ainda conhecido, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado.

Com o tratamento adequado, as crises de enxaqeuca podem desaparecer por períodos longos. No entanto, em algum momento, seja por situações de estresse, uso de medicamentos ou alimentos estimulantes, as crises podem retornar.

Como tratar uma enxaqueca com aura?

O principal tratamento para a enxaqueca, com ou sem aura, é a prevenção das crises através de medicamentos e métodos não medicamentosos associados.

1. Prevenir as crises

O reconhecimento de causas precipitantes de cada indivíduo é fundamental para definir o seu plano de tratamento. Algumas pessoas desencadeiam a dor através de exposição solar por muito tempo, outras após consumir vinho tinto e queijo amarelo e situações de estresse ou emoção forte, também estão associadas a quadros de dor.

Portanto, sabendo os estímulos que podem causar a dor, basta evitá-los para diminuir as crises de enxaqueca.

Para isso, recomenda-se o uso de um diário da dor. Hoje existem inclusive aplicativos de diários da dor, que auxiliam tanto ao médico quanto aos pacientes, a identificar e evitar os fatores precipitantes de dor e também a acompanhar a resposta ao tratamento proposto.

O tratamento preventivo da enxaqueca tem como objetivo evitar novas crises, diminuir a intensidade e a frequência das mesmas, além de deixá-las mais responsivas ao tratamento da dor.

2. Remédios para crise de enxaqueca

Quando a crise está instalada, a dor de cabeça pode ser combatida com remédios analgésicos de efeito rápido.

3. Toxina botulínica na enxaqueca

Já existem indicações para tratamento com aplicação de toxina botulínica tipo A em casos de enxaqueca crônica, que não responde aos tratamentos convencionais.

A toxina age na musculatura promovendo um relaxamento dos músculos da cabeça e pescoço, reduzindo a frequência de episódios de dor.

Quais são os remédios usados para tratar a enxaqueca?

O tratamento da enxaqueca pode ser dividido em duas partes: tratamento da dor e prevenção das crises.

Medicamentos para aliviar a dor:

Analgésicos comuns: São úteis para aliviar a dor de cabeça durante uma crise de enxaqueca, normalmente não precisam de receita médica e causam poucos efeitos colaterais. Os mais comuns são o Paracetamol e a Dipirona;

Anti-inflamatórios: São utilizados para alívio da dor. Os mais usados para tratar enxaqueca e dor de cabeça são: Ibuprofeno, Diclofenaco, Indometacina, Naproxeno. Apesar de serem eficazes no alívio da dar, provocam efeitos colaterais indesejáveis no estomago e nos rins. Outros anti-inflamatórios como o Etoricoxib e o Celecoxib possuem ação mais específica para dor e provocam menos efeitos colaterais;

Ergotaminas: São remédios antigos usados para tratar dor de cabeça, principalmente enxaqueca. Apesar de serem eficazes em alguns casos, podem provocar efeito rebote, ou seja, o próprio remédio pode causar dor de cabeça;

Triptanos: São remédios específicos para tratar enxaquecas, melhorando as crises de forma mais rápida, com menos efeitos colaterais relatados.

Medicamentos para prevenção da dor:

Antidepressivos: O mais usado e eficaz para tratar enxaquecas é a Amitriptilina, um antidepressivo tricíclico, porém com adesão baixa pelos pacientes quando desenvolvem como efeitos colaterais a sonolência e aumento de peso;

Anticonvulsivantes: Foram fabricados para tratamento de epilepsia, mas produzem ótimos resultados na prevenção da enxaqueca. Os mais usados são o Ácido Valpróico, Topiramato e a Gabapentina;

Betabloqueadores: São remédios mais antigos usados no tratamento da enxaqueca, hoje estudos acreditam que sejam menos eficazes. Os mais utilizados são o Propranolol e o Atenolol;

Bloqueadores do canal de cálcio: Esses remédios atuam numa parte específica das células nervosas, bloqueando o sistema dos canais de cálcio e prevenindo a enxaqueca. Os mais prescritos são a Flunarizina e o Verapamil;

Outros medicamentos: Vitamina B2, magnésio, melatonina e toxina botulínica tipo A.

Como é o tratamento não medicamentoso da enxaqueca?

O tratamento não medicamentoso da enxaqueca inclui medidas para ajudar a aliviar a dor de cabeça e prevenir novas crises, tais como:

  • Aplicação de compressa fria no pescoço ou na testa (alívio da dor);
  • Técnicas de relaxamento;
  • Evitar ficar muito tempo em jejum;
  • Não fumar;
  • Diminuir o stress;
  • Ter uma boa qualidade de sono;
  • Fazer exercício físico regularmente;
  • Psicoterapia;
  • Hipnose;
  • Acupuntura.

Para prevenir a enxaqueca é muito importante identificar os fatores que desencadeiam as crises e evitá-los.

O médico neurologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento medicamentoso da enxaqueca.

Para entender ainda mais sobre o assunto, leia os artigos:

Referência:

Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Dor na sola do pé: o que pode ser e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor na sola do pé pode ter diversas causas. A causa mais comum de dor na planta do pé, próxima ao calcanhar, é a fascite plantar. Trata-se de uma inflamação na fáscia plantar, um tecido fibroso plano localizado na sola do pé. O processo inflamatório pode ser decorrente do estiramento dos tendões ou ligamentos da região, uso de sapato de salto alto, prática esportiva, entre outras.

A fascite plantar acomete principalmente pessoas de meia-idade e esportistas, sobretudo os corredores. A inflamação e, consequentemente, a dor, pode ocorrer apenas em um pé ou em ambos ao mesmo tempo.

O tratamento da fascite plantar é feito através de fisioterapia, medicamentos, aplicação de gelo, alongamentos, uso de órteses noturnas e palmilhas especiais. Além disso, é essencial dar descanso para os pés. Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma correção cirúrgica.

Se não for devidamente tratada, a fascite plantar pode provocar uma calcificação no osso do calcanhar, conhecida como esporão calcâneo.

Saiba mais em: O que é fascite plantar?Qual o tratamento para fascite plantar?

A dor na sola do pé também pode ser causada pela compressão do nervo tibial. É a chamada síndrome do túnel do tarso. Nesse caso, além de dor, a pessoa sente também formigamento ou queimação na planta do pé, que normalmente pioram com o movimento.

A compressão nervosa ocorre devido a inflamações, fraturas, presença de cistos, tumores e até pela dilatação dos vasos sanguíneos que acompanham o nervo no seu trajeto.

O tratamento da síndrome do túnel do tarso consiste em repouso e uso de anti-inflamatórios. Também podem ser indicadas palmilhas ortopédicas para ajudar a aliviar o desconforto.

O uso constante de calçados inadequados, que não favorecem uma pisada correta, também pode causar dor na sola do pé ou no calcanhar. Isso acontece devido ao esforço que o pé tem que fazer para controlar a postura, a distribuição do peso corporal e o equilíbrio, ao mesmo tempo que absorve impactos e impulsiona o corpo.

Se a dor na planta do pé permanecer por mais de 3 dias, o/a ortopedista deve ser consultado/a para avaliar o caso e prescrever o tratamento adequado.