A dieta do HCG consiste em: aplicações de injeções do hormônio HCG associadas a uma dieta com pouquíssimas calorias (cerca de 500 Kcal/dia).
O programa completo da dieta dura 26 dias, com 3 injeções diárias de HCG.
Nos 2 primeiros dias não existe restrição alimentar. A partir do 3º dia de tratamento, a dieta começa, com apenas 500 calorias por dia. Açúcar e carboidratos (pães, massas, arroz, batata) estão proibidos.
O que é o HCG e como ele atua na dieta?
O HCG (sigla em inglês para Gonadotrofina Coriônica Humana) é um hormônio produzido pelo corpo durante a gravidez. Sua principal função é a manutenção da gravidez nos primeiros meses de gestação.
A forma sintética do hormônio HCG é aprovada pela ANVISA para ser utilizada no tratamento da infertilidade e não para emagrecer.
Segundo os médicos que utilizam a dieta do HCG, a substância "engana" o organismo, que começa a funcionar como se a mulher estivesse grávida.
Assim, o corpo começa a queimar gordura, principalmente nos locais onde ela se acumula mais, como barriga, braços e coxas, preservando a massa magra (músculos).
Outra justificativa para o uso do hormônio seria de combater a fome e manter o suprimento de nutrientes para o corpo, de maneira que a pessoa não se sinta fraca.
A dieta do HCG funciona?
Não existe comprovação científica. A dieta do HCG parece funcionar porque qualquer adulto que tenha uma dieta com apenas 500 calorias por dia irá emagrecer. Porém, se a participação do hormônio potencializa essa perda, ainda não foi comprovado. Na realidade, as evidências indicam que o HCG não tem nenhum efeito no emagrecimento, que toda a perda de peso é devida à restrição calórica.
Isso significa que a pessoa pode estar emagrecendo apenas devido à dieta pobre em calorias e não pelas injeções de HCG.
Além disso, uma restrição alimentar tão severa fará com que o corpo utilize as proteínas dos músculos e até órgãos, o que é contraindicado e pode trazer riscos para a saúde, embora os defensores do método garantam que o hormônio preserve a massa magra.
Mesmo assim, ainda que a dieta funcione, o emagrecimento rápido não permite que a pessoa crie novos hábitos alimentares para manter o peso perdido a longo prazo.
A melhor e mais indicada dieta para emagrecer é aquela que promove uma reeducação alimentar, baseada numa dieta balanceada associada à atividade física.
Quais são os riscos da dieta do HCG?
O uso do hormônio HCG aumenta os riscos de formação de coágulos, depressão, infertilidade, queda de cabelo, enfraquecimento de unhas, além de influenciar os níveis dos hormônios sexuais tanto no homem como na mulher.
As alterações hormonais causadas pelo uso do HCG também podem trazer complicações, como: irregularidade dos ciclos menstruais, sangramento vaginal, aumento das mamas, cistos no ovário, dor nas mamas, baixa produção de esperma e infertilidade (homens), além de aumentar o risco de câncer de mama a longo prazo.
Os riscos da dieta do HCG não estão apenas relacionados com o uso do hormônio. A própria dieta em si é muito pobre em calorias (cerca de 500 Kcal/dia) o que também causa vários efeitos colaterais, como fraqueza, cansaço, tontura, dor de cabeça e irritabilidade.
É importante ressaltar que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) não reconhecem a eficácia do método e consideram a dieta do HCG como perigosa e pode inclusive trazer sérias consequências ao paciente.
Para maiores esclarecimentos, consulte um/a médico/a endocrinologista.
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