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12 Benefícios da Pitaya e 7 formas de consumir
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Pitaya é uma fruta originária da América Central, muito consumida e de popularidade crescente no Brasil. É rica em vitamina C, B1, B2, B3 e minerais, como ferro, cálcio e fósforo. Apesar de seu sabor doce, não é rico em açúcares. Tendo em conta as suas características, o seu consumo apresenta vários benefícios.

Há três variedades da fruta: amarela com polpa branca, rosa com polpa vermelha e, a mais comum no Brasil, pitaya rosa com polpa vermelha.

12 Benefícios da Pitaya1. Melhora o sistema imunológico

A pitaya é rica em vitamina C e é esta a vitamina a responsável pelo reforço das defesas do organismo, efetuada pelo sistema imunológico. Em 100 gramas da fruta, é possível adquirir quase 35% da vitamina C diária que o organismo necessita. Além disso, a vitamina C estimula a atividade de outros antioxidantes, colaborando com a eliminação de radicais livres.

2. Ajuda no emagrecimento

Para quem está querendo emagrecer, a pitaya pode ser uma aliada, uma vez que em 100 gramas deste fruto são encontradas apenas 50 calorias. O consumo de pitaya também acelera o metabolismo, pois tem propriedades termogênicas.

3. Promove a sensação de saciedade

O glucagon e a grande quantidade de fibras solúveis, presentes na pitaya, provocam a sensação de saciedade e potencializam o emagrecimento.

4. Inibe o apetite

A pitaya também é rica em tiramina, um inibidor natural do apetite, especialmente por doces. Esta propriedade é importante para quem pretende emagrecer.

5. Excelente fonte de antioxidantes

Estudos mostraram que os antioxidantes auxiliam a neutralização dos radicais livres. A pitaya é rica em vitamina C, um dos mais seguros antioxidantes e eficazes para realizar esta função.

6. Fortalece a saúde cardiovascular

A pitaya pode ajudar a melhorar a saúde cardíaca, uma vez que reduz os níveis de colesterol ruim (LDL) e, ao mesmo tempo, eleva os níveis do bom colesterol (HDL).Deste modo, esta fruta pode prevenir doenças cardíacas e hipertensão.

7. Mantém o bom funcionamento cardíaco

A fruta é também uma boa fonte de gorduras monossaturadas que ajudam a manter a musculatura cardíaca em boas condições.

8. Auxilia no combate ao diabetes

O alto teor de fibras da pitaya ajuda a regular os níveis glicêmicos. Estas fibras auxiliam na estabilização dos níveis de açúcar no sangue e na redução dos picos de glicose.

9. Propriedades antinflamatórias

O consumo de pitaya pode aliviar dores e inchaços nas articulações decorrentes de artrite.

10. Estimula o bom funcionamento intestinal

A alta concentração de fibras presentes na pitaya estimula o funcionamento intestinal.

11. Colabora no processo de digestão

As fibras solúveis da pitaya podem auxiliar na digestão e no processo de desintoxicação por minimizar os efeitos de substâncias tóxicas ao organismo, a exemplo dos metais pesados.

12. Previne a anemia

Por ser rica em vitamina C, a fruta pode ajudar a prevenir a anemia.

7 formas de consumir pitaya
  • Polpa natural
  • Sucos
  • Geleias
  • Doces
  • Tortas
  • Iogurtes
  • Acompanhamento de saladas
Tomar vinagre para emagrecer faz mal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tomar vinagre para emagrecer pode fazer mal à saúde, pois o vinagre é muito ácido e, em excesso, pode irritar a gargante, o estômago e até ferir as mucosas, causando azia e dor de estômago.

Além disso, não existem evidências científicas de que o consumo de vinagre antes das refeições ajuda a emagrecer, como sugere a dieta do vinagre.

O vinagre de maçã tem sido muito usado em dietas de perda de peso, pois há indícios de que o ácido acético, principal componente do vinagre, tenha ação termogênica acelerando o metabolismo.

Outros supostos benefícios atribuídos ao vinagre é a diminuição da absorção de carboidratos e o prolongamento da sensação de saciedade, o que também poderia contribuir para o emagrecimento.

Contudo, mesmo que o vinagre tenha propriedades que interfiram no metabolismo e ajude a emagrecer, a perda de peso só será possível através da alimentação balanceada, com baixas calorias, de preferência associada a exercícios físicos.

Leia também: O que fazer para emagrecer?

Não existe nenhum alimento capaz de fazer emagrecer por si só. Mesmo os alimentos termogênicos, que de fato aceleram o metabolismo, como a canela e o chá verde, não são capazes de produzir uma perda de peso perceptível na balança.

Se pretende emagrecer de forma saudável, consulte um profissional nutricionista para seguir um plano alimentar personalizado, adequado às suas necessidades calóricas e nutricionais.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na tentativa de emagrecer rápido, é comum as pessoas cometerem erros que não só atrapalham o emagrecimento como também podem prejudicar a saúde. Confira 7 erros que você não pode cometer se pretende perder peso de forma saudável.

1. Pular refeições

Pular uma refeição principal, como café da manhã, almoço ou jantar, pensando que assim vai comer menos e emagrecer é um erro muito comum, mas o efeito é exatamente o oposto. Ficar muitas horas sem comer deixa o corpo com falta de energia e sem nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento.

Como consequência, o organismo usa as proteínas dos músculos para obter energia e ao invés de você perder gordura, perde massa muscular.

Além disso, da próxima vez que você comer, o seu corpo vai tentar armazenar o máximo de energia e nutrientes possível, acumulando gordura.

Para não cometer esse erro, faça 6 refeições por dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) e não fique mais de 3 ou 4 horas sem comer.

2. Fazer dietas muito restritivas

Dietas com pouquíssimas calorias ou que retiram algum tipo de alimento importante da alimentação, mais cedo ou mais tarde serão prejudiciais para a saúde e não contribuem para um emagrecimento saudável.

Para funcionar adequadamente e até para emagrecer o corpo precisa de todos os nutrientes. Por isso, dietas que cortam um alimento por completo ou dietas específicas como a da proteína, sopa, suco, entre tantas outras, devem ser evitadas ou rigorosamente acompanhadas por um profissional da saúde.

Além de privar o corpo de nutrientes essenciais e prejudicar a saúde, esse tipo de regime alimentar é difícil de ser mantido, portanto não funciona a longo prazo.

As dietas para perder peso devem ser balanceadas, completas e ter como objetivo um emagrecimento gradual, através de uma reeducação alimentar para evitar o efeito "sanfona", de emagrecer e engordar constantemente.

3. Cortar totalmente os carboidratos

Os carboidratos (pães, massa, arroz, batata, mandioca) devem estar presentes em pelo menos duas das três principais refeições do dia, são eles que fornecem a única fonte de energia usada pelo cérebro e pelos músculos, que é a glicose (açúcar), por isso são essenciais na alimentação.

É verdade que o seu consumo em excesso engorda, mas nem por isso ele deixa de ser essencial para o funcionamento do corpo quando consumido em quantidade adequadas. Por isso, o segredo está em comer menos carboidratos, diminuindo as doses em cada refeição.

4. Dormir com fome

Mesmo que você já tenha jantado, faça uma ceia leve antes de dormir. Dormir com fome pode prejudicar o seu sono e fazer você acordar com muita fome, o que aumenta as chances de exagerar no café da manhã ou outras refeições.

Além disso, não se esqueça que você irá ficar cerca de 6 a 8 horas em jejum enquanto dorme e, mesmo dormindo, o seu corpo ainda necessita de energia para funcionar adequadamente.

5. Exagerar nos fins-de-semana

Se você quer mesmo emagrecer, é importante cuidar da alimentação até mesmo nos fins de semana. Deixe para comer doces e comidas mais calóricas em dias específicos em que tenha uma festa ou um jantar com amigos, por exemplo. Caso você tenha cometido algum excesso, compense no dia seguinte com uma alimentação balanceada e mais leve, mas não faça disso uma rotina.

6. Não fazer exercícios físicos

A atividade física é muito importante para quem quer emagrecer, pois a combinação entre dieta e atividade física são fundamentais para um bom resultado. Além de auxiliar na perda de peso, a atividade física é uma fonte de motivação e autoestima para dar continuidade à reeducação alimentar iniciada.

Além das calorias gastas durante o exercício, dependendo do tipo de treino, o metabolismo continua acelerado mesmo depois da atividade, aumentando o gasto energético do corpo.

7. Não consultar um profissional

Se você quer emagrecer, mas não procura ajuda de um profissional, corre o risco de fazer dietas que não funcionam ou prejudicam a sua saúde e de sofrer lesões causadas pela prática inadequada de atividade física.

Como emagrecer rápido e com saúde?Consumir 2 peças de fruta por dia

As frutas são fontes de vitaminas, minerais, energia e fibras. As vitaminas e os minerais são nutrientes essenciais para a saúde. As fibras prolongam a sensação de saciedade, ajudando a controlar a fome, além de regular o funcionamento do intestino.

Aumentar a ingesta de água

A ingesta de água promove um bom funcionamento renal, estimulando a produção de urina, o que impede a retenção de líquido, tão comum sobretudo nas mulheres. A quantidade de água recomendada por dia para uma boa hidratação corporal, são de no mínimo 1litro e meio a 2 litros de água nas 24h.

Aumentar o consumo vegetais

Fontes naturais de vitaminas, minerais e fibras, os legumes e as verduras devem fazer parte de toda dieta para quem quer emagrecer de forma saudável, pois saciam, não engordam e trazem benefícios para a saúde. A dose recomendada em cada refeição deve equivaler a 2/3 do prato.

Aumentar o consumo de proteínas

Para emagrecer de forma saudável, é fundamental manter ou aumentar a massa muscular. Uma vez que os músculos são formados por proteínas, é muito importante ter uma alimentação com a dose certa de proteínas. A falta desse nutriente provoca degradação dos músculos e perda de massa magra.

Além disso, uma dieta rica em proteínas favorece o aumento de massa muscular, principalmente se a pessoa praticar atividade física. Quanto mais músculos, mais calorias o corpo irá queimar, potencializando o emagrecimento.

Incluir carboidratos nos lanches e nas refeições

Os carboidratos são açúcares, encontrados em pães, massas, arroz, batata, entre outras fontes. O consumo de carboidratos em excesso engorda, mas o nutriente deve ser mantido nas dietas para emagrecer, já que os carboidratos são fonte de energia, nas doses certas.

Retirar completamente os carboidratos da alimentação pode causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, tonturas, cansaço, dificuldade de concentração e perda de massa muscular.

Evitar frituras, gordura animal e alimentos industrializados

As gorduras de origem animal, presentes nas carnes gordas, carne vermelha, queijos e embutidos, os alimentos industrializados e as frituras são altamente calóricos e, quando consumidos em excesso, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares.

Fazer uma refeição a cada 3 horas

Para emagrecer é importante manter o metabolismo alto, por isso é importante comer várias vezes ao dia, de preferência a cada 3 horas, com um lanche entre cada refeição principal. Alimentar-se dessa forma mantém o apetite controlado, o que ajuda a diminuir as doses nas refeições e previne a fraqueza.

Praticar atividade física

A prática regular de exercícios físicos, 3 a 5 vezes por semana, durante pelo menos 40 minutos, ajuda a emagrecer mais rápido, não só pelas calorias queimadas durante o exercício, mas também porque depois do exercício o corpo continua com o metabolismo elevado, o que potencializa a perda de peso.

Dormir bem

Dormir apenas 5 horas por noite ou menos deixa o metabolismo mais lento. Como resultado, o corpo queima menos calorias e armazena mais gordura corporal.

Os profissionais indicados para orientar as pessoas quanto às dietas e exercícios físicos são os nutrólogos, endocrinologistas, nutricionistas e educadores físicos.

Leia também: Usar cinta, body ou modelador emagrece?

Como funciona a dieta do HCG?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dieta do HCG consiste em: aplicações de injeções do hormônio HCG associadas a uma dieta com pouquíssimas calorias (cerca de 500 Kcal/dia).

O programa completo da dieta dura 26 dias, com 3 injeções diárias de HCG.

Nos 2 primeiros dias não existe restrição alimentar. A partir do 3º dia de tratamento, a dieta começa, com apenas 500 calorias por dia. Açúcar e carboidratos (pães, massas, arroz, batata) estão proibidos.

O que é o HCG e como ele atua na dieta?

O HCG (sigla em inglês para Gonadotrofina Coriônica Humana) é um hormônio produzido pelo corpo durante a gravidez. Sua principal função é a manutenção da gravidez nos primeiros meses de gestação.

A forma sintética do hormônio HCG é aprovada pela ANVISA para ser utilizada no tratamento da infertilidade e não para emagrecer.

Segundo os médicos que utilizam a dieta do HCG, a substância "engana" o organismo, que começa a funcionar como se a mulher estivesse grávida.

Assim, o corpo começa a queimar gordura, principalmente nos locais onde ela se acumula mais, como barriga, braços e coxas, preservando a massa magra (músculos).

Outra justificativa para o uso do hormônio seria de combater a fome e manter o suprimento de nutrientes para o corpo, de maneira que a pessoa não se sinta fraca.

A dieta do HCG funciona?

Não existe comprovação científica. A dieta do HCG parece funcionar porque qualquer adulto que tenha uma dieta com apenas 500 calorias por dia irá emagrecer. Porém, se a participação do hormônio potencializa essa perda, ainda não foi comprovado. Na realidade, as evidências indicam que o HCG não tem nenhum efeito no emagrecimento, que toda a perda de peso é devida à restrição calórica.

Isso significa que a pessoa pode estar emagrecendo apenas devido à dieta pobre em calorias e não pelas injeções de HCG.

Além disso, uma restrição alimentar tão severa fará com que o corpo utilize as proteínas dos músculos e até órgãos, o que é contraindicado e pode trazer riscos para a saúde, embora os defensores do método garantam que o hormônio preserve a massa magra.

Mesmo assim, ainda que a dieta funcione, o emagrecimento rápido não permite que a pessoa crie novos hábitos alimentares para manter o peso perdido a longo prazo.

A melhor e mais indicada dieta para emagrecer é aquela que promove uma reeducação alimentar, baseada numa dieta balanceada associada à atividade física.

Quais são os riscos da dieta do HCG?

O uso do hormônio HCG aumenta os riscos de formação de coágulos, depressão, infertilidade, queda de cabelo, enfraquecimento de unhas, além de influenciar os níveis dos hormônios sexuais tanto no homem como na mulher.

As alterações hormonais causadas pelo uso do HCG também podem trazer complicações, como: irregularidade dos ciclos menstruais, sangramento vaginal, aumento das mamas, cistos no ovário, dor nas mamas, baixa produção de esperma e infertilidade (homens), além de aumentar o risco de câncer de mama a longo prazo.

Os riscos da dieta do HCG não estão apenas relacionados com o uso do hormônio. A própria dieta em si é muito pobre em calorias (cerca de 500 Kcal/dia) o que também causa vários efeitos colaterais, como fraqueza, cansaço, tontura, dor de cabeça e irritabilidade.

É importante ressaltar que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) não reconhecem a eficácia do método e consideram a dieta do HCG como perigosa e pode inclusive trazer sérias consequências ao paciente.

Para maiores esclarecimentos, consulte um/a médico/a endocrinologista.

Leia também: A dieta do HCG faz mal à saúde? Quais os riscos?

O que é anorexia e quais as suas causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso.

A pessoa com anorexia olha-se ao espelho e vê-se gorda, mesmo que esteja com o peso ideal ou muito magra, o que a leva a fazer dietas extremas, jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes e até tomar laxantes e diuréticos para não "ganhar mais peso".

A anorexia nervosa pode causar desnutrição grave, afetando todos os principais órgãos do corpo. As complicações mais preocupantes estão relacionadas ao coração, aos líquidos corporais e aos sais minerais sódio, potássio e cloro.

Nesses casos, o coração enfraquece e bombeia menos sangue para o resto do corpo. Pode haver desidratação e desmaios. O sangue pode tornar-se ácido e os níveis de potássio no sangue podem baixar. O uso de laxantes ou diuréticos ou ainda os vômitos, podem agravar o quadro. Nos casos mais graves, pode haver morte súbita devido à ocorrência de arritmias cardíacas.

Quais as causas da anorexia?

A anorexia nervosa não tem uma causa específica. Muitas vezes ocorre em pessoas muito perfeccionistas, inflexíveis, ansiosas, depressivas, com tendências suicidas e que têm comportamentos obsessivos.

Contudo, o desenvolvimento desse transtorno alimentar pode estar associado a diversos fatores, tais como predisposição genética, imposições de padrões de beleza que enaltecem a magreza, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ainda abusos sofridos durante a infância.

Quais os sintomas da anorexia?

Um dos principais sinais da anorexia nervosa é a magreza exagerada que esses indivíduos normalmente apresentam. Em alguns casos, podem chegar à desnutrição severa e desenvolver transtornos psiquiátricos e alimentares, como a bulimia, por exemplo.

Indivíduos com anorexia apresentam emagrecimento rápido e acentuado, alimentam-se pouco, evitam comer com outras pessoas, são muito magros mas têm muito medo de engordar, além de terem uma visão distorcida da autoimagem, vendo-se gordos mesmo estando magros e recusando-se em assumir o emagrecimento extremo.

É comum essas pessoas praticarem muito exercício físico, podendo ainda recorrer ao uso de medicamentos laxantes e diuréticos.

Nas mulheres, que são as mais afetadas pela anorexia nervosa, sobretudo na adolescência, pode haver ausência de menstruação durante vários ciclos, além de diminuição da libido e perda das características femininas.

Nos homens, a anorexia pode causar ainda disfunção erétil e atraso na maturidade reprodutiva.

Qual é o tratamento para anorexia?

O tratamento da anorexia nervosa é feito com a recuperação do peso corporal, psicoterapia e medicamentos para controlar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas.

Se o emagrecimento ocorreu muito depressa ou for muito intenso, é fundamental recuperar o peso corporal. Nesses casos, a fase inicial do tratamento normalmente é feita em ambiente hospitalar. Nos quadros mais extremos, a pessoa é alimentada por via endovenosa ou através de uma sonda que vai do nariz ao estômago.

Após a recuperação do estado nutricional, tem início a segunda fase do tratamento da anorexia, que baseia-se sobretudo na psicoterapia. O tratamento pode incluir ainda terapia familiar e medicamentos psiquiátricos para ansiedade, depressão e compulsão.

A anorexia nervosa tem cura em cerca de 50% dos casos. Muitas pessoas com anorexia melhoram temporariamente e depois têm recaídas. Em alguns casos, a pessoa desenvolve uma forma crônica de anorexia. Prever como cada caso vai evoluir é muito difícil.

O tratamento da anorexia nervosa é feito com acompanhamento médico (psiquiatra, endocrinologista), nutricional e psicológico. É muito importante que toda a família esteja envolvida no processo.

A anorexia nervosa pode trazer várias complicações para a saúde, por isso, caso você esteja nessa situação, procure o/a clínico/a geral ou médico/a de família para maiores avaliações.

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Bioimpedância: o que é e como é feito o exame?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A bioimpedância é um exame que utiliza uma corrente elétrica para avaliar a quantidade de gordura corporal, massa muscular e o percentual de água que a pessoa tem no corpo.

A bioimpedância normalmente é usada nas consultas de nutrição e nas avaliações físicas. O objetivo é obter informações sobre a composição corporal da pessoa e avaliar assim o seu estado nutricional.

Os exames de bioimpedância devem ser feitos com intervalos mínimos de 30 dias entre um e outro, ou conforme a indicação do médico ou do nutricionista. A bioimpedância também pode ser feita isoladamente, de acordo com a orientação médica ou nutricional.

A bioimpedância é contraindicada para grávidas e pacientes com marcapasso, pinos ou placas metálicas.

Como é feita a bioimpedância?

Existem diversos tipos de aparelhos usados para fazer a bioimpedância, porém, o sistema é basicamente o mesmo em todos. Quanto mais tecnologicamente avançado for o aparelho, mais preciso é o resultado do exame.

Durante a realização do teste, são colocados 2 eletrodos nas mãos e 2 eletrodos nos pés. A pessoa pode estar em pé ou deitada, de acordo com o método de bioimpedância utilizado.

Antes de começar o exame, a pessoa deve permanecer deitada, em repouso, durante 10 minutos. Todos os objetos e acessórios metálicos devem ser removidos, como relógio, pulseiras, anéis, colares e tornozeleiras, para não interferir com os resultados do teste.

Uma vez iniciada a bioimpedância, o indivíduo não deve se mexer. Depois, a corrente elétrica atravessa o corpo da pessoa, enviando informações ao aparelho sobre a quantidade de massa gorda, massa magra e o grau de hidratação do indivíduo.

O exame de bioimpedância é rápido e não provoca nenhum tipo de dor ou sensação. A pessoa não sente a corrente elétrica passando pelo corpo.

Como é o preparo para a bioimpedância?

O preparo para fazer a bioimpedância inclui alguns cuidados. Nas 24 horas que antecedem a realização do teste, deve-se evitar ingerir bebidas alcoólicas, bebidas e alimentos estimulantes, e não realizar exercícios físicos.

Também recomenda-se um jejum de 4 horas de qualquer alimento ou bebida, mesmo que seja água. Antes de fazer a bioimpedância, a pessoa também deve urinar para esvaziar a bexiga.

A bioimpedância é realizada por médicos, nutricionistas e educadores físicos.

Cafeína estimula o apetite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em geral, a cafeína não estimula o apetite. Na maioria das pessoas a cafeína inclusive diminui o apetite. Porém, existem pessoas em que a cafeína por causar mais ansiedade e agitação, pode levar ao aumento da fome, ou "vontade de comer".

Portanto, cientificamente podemos dizer que a quantidade normalmente consumida de cafeína por dia, através do café, não altera o apetite a curto prazo.

Sabendo que o mecanismo de controle do apetite é bastante complexo e engloba diversos sistemas orgânicos, muitos estudos vêm se dedicando na compreensão da ação da cafeína nesse sistema.

Uma das formas descritas como ação da cafeína no controle do apetite, é o aumento da produção de um dos hormônios responsáveis por inibir o apetite quando em níveis elevados no sangue, o Peptídeo YY (PYY), entretanto esse aumento é mais evidente no café descafeinado (sem cafeína), o que sugere que existem mais substâncias capazes de interferir nesse metabolismo.

A cafeína é também um potente estimulante do sistema nervoso central, que aumenta o gasto energético do corpo e favorece a queima de gordura, justificando sua indicação nas dietas para redução de peso.

O uso de cafeína em cápsulas com o objetivo de emagrecer deve ser feito sob orientação de um profissional, nutrólogo ou nutricionista, devido aos riscos de efeitos colaterais como taquicardia, problemas vasculares e de pressão arterial.

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L-Carnitina emagrece? Para que serve e como tomar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A L-carnitina pode ajudar a emagrecer, pois transporta as gorduras para as mitocôndrias das células, onde são metabolizadas e usadas como fonte de energia pelo corpo. Alguns estudos com indivíduos obesos e mais velhos, apontaram uma perda de peso de 1,3 kg a mais em pessoas que usaram L-carnitina em relação àquelas que não tomaram o suplemento.

Além de poder auxiliar o emagrecimento, a L-carnitina pode ainda melhorar o desempenho nos exercícios físicos, a recuperação depois do treino, a resistência e a fadiga física e mental.

Contudo, os estudos são controversos e são necessárias mais evidências para confirmar a eficácia do uso da L-carnitina para emagrecer em pessoas mais jovens, magras e ativas. Isso porque pessoas obesas já possuem grandes quantidades de L-carnitina no fígado e nos músculos.

Além disso, uma vez que os idosos possuem menos massa muscular, aonde a substância fica armazenada, pode haver queda dos níveis de L-carnitina. As mulheres também perdem uma quantidade considerável de massa muscular com a idade. Por isso, nesses casos, o uso de L-carnitina pode auxiliar discretamente o emagrecimento.

Vale lembrar que a L-carnitina pode apenas contribuir para a perda de peso. Por isso, o uso do suplemento deve ser associado a uma dieta balanceada, com poucas calorias, além de exercícios físicos. O uso isolado de L-carnitina não emagrece.

O que é L-carnitina?

A L-carnitina é uma substância produzida pelo organismo a partir dos aminoácidos lisina e metionina, além de ferro e vitaminas B3, B6 e C.

A L-carnitina também está presente em alimentos de origem animal, como carne de vaca, carne de porco, peixe, frango e leite, sendo também consumida sob a forma de suplemento alimentar.

No entanto, cerca de 70% da L-carnitina armazenada no corpo é proveniente da alimentação. O organismo produz e utiliza a L-carnitina quando necessita usar a gordura como fonte de energia.

Como tomar L-carnitina?

A dose recomendada de L-carnitina é de 0,5 g a 2 g por dia. Doses de até 3 g por dia, durante 21 dias, também são toleradas e não causam efeitos colaterais.

É importante ressaltar que a ideia de que quanto mais L-carnitina a pessoa consumir, maior será o emagrecimento, está errada. O uso do suplemento não altera ou influencia o ritmo normal da queima de gordura corporal e o excesso de L-carnitina acaba sendo eliminado pela urina.

Também foi observado que, ainda que a L-carnitina aumente o transporte de gorduras, não significa que toda a gordura transportada seja metabolizada. Sabe-se que mais da metade dessas gorduras acabam retornando às reservas de gordura corporal ao invés de serem “queimadas” e transformadas em energia.

Portanto, para avaliar um real benefício e mais esclarecimentos do uso da L-carnitina no seu caso, recomendamos agendar uma consulta com médico/a nutrólogo ou consultar um nutricionista.

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