A furosemida serve para tratar pressão alta leve e moderada, além de inchaço causado por problemas cardíacos, hepáticos, renais e provocado por queimaduras. A furosemida tem propriedades diurética e anti-hipertensiva, por isso é indicada no tratamento da hipertensão arterial e diversos tipos de edemas (inchaço).
Como tomar furosemida?
Os comprimidos de furosemida devem ser tomados com 1 copo de água e com o estômago vazio. Recomenda-se tomar a dose diária de furosemida de uma só vez e num horário que não interfira com outras tarefas, já que a vontade de urinar depois de tomar o medicamento ocorre rapidamente.
Para adultos, a dose inicial de furosemida geralmente é de 20 mg a 80 mg por dia. Depois, a dose diária de manutenção passa a ser de 20 mg a 40 mg por dia.
Para crianças, a dose indicada de furosemida pode ser de 1 a 2 mg por kg, até uma dose máxima de 40 mg por dia.
Vale lembrar que a dose diária máxima de furosemida depende da resposta de cada pessoa ao medicamento. O tempo de duração do tratamento é estipulado pelo médico a depender do quadro clínico da pessoa.
Quais são as contraindicações da furosemida?
A furosemida está contraindicada nas seguintes condições: alergia à furosemida, sulfonamidas ou a algum componente da fórmula do medicamento, insuficiência renal com interrupção da eliminação de urina, pré-coma e coma causados por falência hepática, queda acentuada dos níveis de potássio ou sódio no sangue, desidratação ou redução do volume de líquido na circulação sanguínea.
Furosemida na gravidez e amamentação
A furosemida atravessa a placenta e chega à circulação do bebê. Por isso, o seu uso não é indicado na gravidez, exceto quando realmente for necessário e pelo tempo estipulado pelo médico. Grávidas que tomam furosemida devem controlar periodicamente o crescimento do bebê.
O uso da furosemida durante a amamentação é classificado como baixo, porém a mulher deve usar a medicação apenas com a indicação médica e com o devido acompanhamento.
Quais os efeitos colaterais da furosemida?
Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos casos)
- Alteração dos níveis de eletrólitos;
- Desidratação;
- Redução da quantidade de líquido nos vasos sanguíneos;
- Aumento nos níveis de creatinina e triglicerídeos no sangue;
- Diminuição da pressão arterial;
- Hipotensão ortostática (queda acentuada da pressão arterial ao ficar em pé).
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos)
- Redução dos níveis de sódio, cloreto e potássio no sangue;
- Elevação dos níveis de colesterol e ácido úrico no sangue;
- Crises de gota;
- Aumento do volume de urina;
- Encefalopatia hepática;
- Alterações na circulação sanguínea e linfática;
- Hemoconcentração.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos)
- Diminuição da tolerância à glicose, o que levar a um quadro de diabetes;
- Náuseas;
- Alterações transitórias na audição, surdez;
- Coceira, urticária, rash cutâneo;
- Dermatite bolhosa, eritema multiforme;
- Dermatite esfoliativa;
- Púrpura;
- Aumento da sensibilidade da pele à luz;
- Redução do número de plaquetas do sangue.
Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos)
- Inflamação nos rins;
- Vasculite (inflamação de algum vaso sanguíneo);
- Vômitos;
- Diarreia;
- Febre;
- Diminuição do número de glóbulos brancos no sangue;
- Eosinofilia;
- Choque anafilático (reação alérgica grave e aguda que pode levar a óbito);
- Colapsos circulatórios;
- Ardência, formigamento ou coceira sem razão aparente.
Efeitos colaterais muito raros (ocorrem em menos de 0,01% dos casos)
- Pancreatite aguda (inflamação no pâncreas);
- Interrupção ou dificuldade de excretar a bile;
- Aumento das enzimas transaminases, encontradas no fígado;
- Zumbido no ouvido;
- Queda acentuada do número de glóbulos brancos no sangue;
- Anemia aplástica (produção insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas pela medula óssea);
- Anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue).
O uso de furosemida só deve ser feito sob orientação médica. A presença de qualquer efeito colateral deve ser reportada ao médico que receitou o medicamento.