Sim. O anticoncepcional injetável pode enfraquecer os ossos da mulher, principalmente quando iniciado na adolescência e utilizados por tempo prolongado.
Diversos estudos mostraram que o anticoncepcional injetável, devido a baixa dosagem de progesterona e ausência do estrogênio, age reduzindo a massa óssea ou acelerando o processo de calcificação do osso, o que na adolescência é ainda mais prejudicial, visto que a mulher ainda não atingiu o pico de massa óssea, que costuma ocorrer entre os 20 e 25 anos de idade.
Entretanto quando o uso é suspendo e se preciso repor vitaminas e cálcio, os efeitos são reversíveis. Por isso, todo início de tratamento contraceptivo deve ser muito bem avaliado pelo profissional, caso a caso.
Já a pílula anticoncepcional, com a combinação de baixas doses de estrogênio e progesterona, parece ter uma ação contrária, ou seja, ao invés de enfraquecer os ossos, reduz a perda de cálcio ósseo que ocorre depois dos 40 anos, ajudando a prevenir osteoporose.
Portanto, devido ao efetivo colateral de perda de massa óssea pelo anticoncepcional injetável, ele deve ser evitado por mulheres que já apresentam fatores de risco para osteoporose, como:
- Alcoolismo;
- Tabagismo;
- Uso crônico de medicamentos como anticonvulsivantes e corticoides;
- História familiar de osteoporose;
- Peso inferior a 57 kg e baixo índice de massa corporal (IMC menor que 19);
- Distúrbios alimentares como bulimia e anorexia;
- Doenças do metabolismo ósseo;
- Doenças crônicas como artrite reumatoide, mal de Parkinson, hipertireoidismo.
Veja também: Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?
Além disso, é recomendável que todas as pacientes que utilizem anticoncepcional injetável tenham uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
Informe ao médico ginecologista se observar algum dos fatores de risco para desenvolver osteoporose, antes de iniciar qualquer tratamento com anticoncepcionais hormonais orais ou, principalmente, injetáveis.
Sim, mulher com teratoma no ovário pode tomar anticoncepcional. O uso da pílula anticoncepcional não interfere no teratoma, não o faz regredir como ocorre com alguns cistos ovarianos benignos, mas também não contribui para o seu desenvolvimento.
O uso de anticoncepcional hormonal geralmente é permitido nos casos de tumores benignos do ovário, dos quais o teratoma faz parte.
Os teratomas são tumores originados de células germinativas, e acomete principalmente mulheres jovens. Existem três tipos de teratomas. O mais frequente, que corresponde a cerca de 95% dos casos é o teratoma maduro, também chamado de cisto dermoide, é geralmente um tumor benigno.
Existe uma outra forma, o teratoma imaturo, são mais raros e tem maior risco de se tornarem tumores malignos. Existe ainda um terceiro tipo que é o teratoma altamente especializado.
Leia também: O que é teratoma?; Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?
O tratamento é cirúrgico e consiste na retirada do tumor, a recorrência é rara, e a chance de cura é alta.
Caso apresente um teratoma e esteja em uso de anticoncepcional converse com o seu médico ginecologista.
Além de impedir a gravidez, a pílula anticoncepcional pode servir também para tratar algumas doenças e diminuir os riscos de outras.
Podemos citar alguns dos benefícios que o anticoncepcional pode trazer à saúde da mulher, como:
- Diminui a TPM (Tensão Pré-Menstrual);
- Protege contra o câncer de ovário e endométrio, uma vez que esses órgãos são pouco estimulados durante o uso do anticoncepcional;
- Pode reduzir a quantidade de pelos, principalmente aqueles que crescem em locais pouco habituais na mulher, como rosto e abdômen;
- Melhora a acne e a oleosidade da pele;
- Regula a menstruação, combatendo sangramentos irregulares ou excessivos e a diminuição do fluxo menstrual;
- Melhora cólicas menstruais;
- Pode ser usado no tratamento da síndrome dos ovários policísticos e endometriose;
- Reduz os riscos da mulher desenvolver: doença benigna da mama, cistos no ovário, artrite reumatoide, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e anemia por falta de ferro;
- Diminui a perda de massa óssea em mulheres com mais de 40 anos, prevenindo a osteopenia (enfraquecimento ósseo que antecede à osteoporose) e a osteoporose.
É importante lembrar que esses benefícios não estão todos reunidos num único anticoncepcional. Cada tipo de pílula, de acordo com os hormônios que possui, e respectivas dosagens é utilizada para um fim específico.
Por exemplo, a pílula anticoncepcional que contém em sua fórmula drospirenona e etinilestradiol é mais eficaz para amenizar e tratar tensão pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos.
Já as pílulas com os hormônios estrogênio e progesterona combinados são usadas para regular a menstruação.
O/A médico/a ginecologista é o responsável em definir quando existe ou não indicação do uso de anticoncepcional, assim como o mais indicado para cada situação de acordo com as características e objetivos da paciente.
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Existem diferentes métodos contraceptivos eficazes e seguros, que podem ser usados por mulheres que amamentam. Destacam-se as pílulas e injeções contraceptivas contendo progesterona, o dispositivo intrauterino (DIU) e o método da amenorreia lactacional. Este último é um método que consiste em usar o aleitamento materno exclusivo como forma de impedir a ovulação nos primeiros seis meses após o parto.
Outras possibilidades são: o uso de métodos de barreira, como os preservativos e diafragma ou a cirurgia de esterilização, caso haja indicação.
Além desses métodos, caso durante a amamentação se tenha relação sexual desprotegida e não se esteja usando nenhum anticoncepcional, é possível tomar a pílula do dia seguinte, desde que já se tenha passado 6 semanas do parto.
Vejamos as diferentes possibilidades de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados pelas puérperas e são considerados seguros para a mãe e o bebê.
Contraceptivos hormonais permitidos durante a amamentaçãoHá duas composições de anticoncepcionais: uma que inclui dois hormônios, o estrogênio e a progesterona e outra que inclui apenas a progesterona.
Durante os primeiros seis meses de amamentação está recomendado usar pílulas que contém apenas progesterona, caso o leite materno seja a principal fonte nutricional do bebê. Isto porque, a progesterona isoladamente não interfere na amamentação e não aumenta o risco de trombose significativamente.
Durante o período de aleitamento materno, é possível a utilização dos anticoncepcionais a base de progesterona através de pílula com progestágeno isolado em baixa dose (minipílula), pílula com progestágeno isolado em alta dose, injeção ou implante subcutâneo.
Pílulas com progestágenos isolados (Minipílula)Nomes comerciais: Norestin, Micronor
Essas pílulas são compostas por progestógenos em baixas doses. São usadas continuamente, sem pausa, e também são conhecidas como minipílulas.
As minipílulas apenas são eficazes para mulheres que estão amamentando exclusivamente até 6 meses após o parto. Quando se cessa a amamentação a sua eficácia diminui e deixam de ser um método contraceptivo seguro.
- Quando usar? Podem ser usadas entre a 6º semana e 6 meses após o parto.
Nomes comerciais: Cerazzete, Nactali, Juliet
São pílulas que contém uma maior quantidade de progesterona (75 mcg de desogestrel), por isso são mais eficaz que as minipílulas. Também são de uso contínuo, como as minipílulas. Podem ser usadas mesmo com o término do aleitamento materno exclusivo e após 6 meses do parto.
- Quando usar? Podem ser iniciadas a partir da 6º semana após o parto e permanecer o uso por tempo indeterminado.
Nomes comerciais: Contracep, Depo-provera
A medroxiprogesterona é um progestágeno que atua no organismo durante três meses, por isso, a aplicação da injeção é trimestral. É um método muito eficaz.
- Quando usar? Pode-se iniciar a aplicação das injeções trimestrais a partir de 6 semanas após o parto e manter o uso por tempo indeterminado.
Nome comercial: Implanon
Os implantes subdérmicos são métodos seguros, compostos por progestágeno. Não interferem durante a amamentação e permitem contracepção de longa duração (3 anos).
- Quando usar? Pode ser aplicado a partir da sexta semana após o parto e pode ser mantido por até 3 anos. Pode ser retirado antes, caso se deseje.
Nomes comerciais: Diane 35, Ciclo 21, Yasmin, entre outras
Durante a amamentação evita-se o uso de contraceptivos contendo estrógenos, devido ao aumento do risco de trombose e formação de coágulos e pelo risco de interferência na amamentação, visto que o estrogênio pode interferir na qualidade e quantidade de leite materno.
Por isso, os anticoncepcionais combinados estão indicados apenas após 6 meses de vida do bebê. Após esse período, as mulheres, se desejarem, podem voltar a usar a pílula que usavam antes da gravidez.
- Quando usar? Os anticoncepcionais hormonais combinados podem ser usados a partir do sexto mês de vida do bebê ou quando o leite materno já não for o alimento principal do bebê.
O dispositivo intrauterino é um método prático, altamente eficaz, duradouro e reversível, sendo seguro durante o período de amamentação. Consiste na introdução dentro do útero de uma haste em T, contendo ou cobre, ou hormônio, que são capazes de impedir por diferentes mecanismos a fecundação.
Existem dois modelos mais utilizados, o DIU de cobre, com eficácia de 10 anos, e o hormonal (Mirena), com eficácia de 5 anos.
Quando se pode começar a usar o dispositivo intrauterino?Há dois períodos em que se pode fazer a inserção do DIU dentro do útero: em até 48 horas após o parto ou depois de 4 semanas após o parto. Em algumas maternidades ou casas de parto é possível inserir o DIU logo após o nascimento do bebê.
Se passar mais de dois dias do parto, deve-se aguardar então pelo menos um mês para colocá-lo.
Método da amenorreia lactacionalO processo de sucção do bebê durante a amamentação causa o aumento de um hormônio chamado prolactina. Quando a prolactina está alta interfere no eixo hormonal que leva a ovulação, impedindo que a mulher ovule e torne-se fértil enquanto amamenta.
Portanto, o aleitamento materno exclusivo pode ser considerado uma forma de contracepção. Porém, para que a amamentação de fato seja considerada um método seguro, a ponto de impedir eficazmente uma gravidez, duas condições devem ser cumpridas:
- O aleitamento deve ser exclusivo, ou seja, a mãe deve ofertar apenas leite materno para o bebê a livre demanda durante os seis primeiros meses. Se a criança consumir fórmulas infantis ou outros alimentos, a frequência das amamentações diminui e o efeito contraceptivo do aleitamento perde eficácia.
- A puérpera não pode ter menstruado ainda. Caso ocorra a primeira menstruação após o parto, o método da amenorreia lactacional deixa de ser considerado eficaz para a proteção contra a gravidez.
O método da amenorreia lactacional está indicado desde o retorno a atividade sexual até 6 meses após o parto, depois desse período perde-se a eficácia.
Métodos de barreira (camisinha e diafragma)Os métodos de barreira são métodos seguros durante o puerpério, não interferem com a amamentação e podem ser eficazes se usados corretamente. Entre os métodos de barreira mais conhecidos estão a camisinha feminina, a camisinha masculina e o diafragma.
Além disso, os preservativos, tanto o masculino quanto o feminino, são capazes de proteger durante doenças sexualmente transmissíveis.
Os métodos de barreira são eficazes se forem usados em todas as relações sexuais durante todo o ato sexual, caso contrário pode-se atingir um grande índice de falha.
Quando se pode usar os métodos de barreira?Os preservativos masculino e feminino podem ser usados a partir do retorno as atividades sexuais por tempo indefinido.
O diafragma só pode ser utilizado após 6 semanas do parto, que é o tempo para o útero e canal de parto voltarem à conformação antes da gravidez.
Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte?Sim, quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte desde que já tenham passadas 6 semanas do parto.
A pílula do dia seguinte apresenta em sua composição um progestágeno em alta dose, que não interfere na amamentação, por isso pode ser usada em segurança durante o período de aleitamento.
Caso apresente mais dúvidas sobre a escolha do melhor método contraceptivo durante a amamentação, consulte o seu médico de família ou ginecologista.
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Norestin é eficaz contra gravidez?
Dúvidas sobre anticoncepção e amamentação: Posso engravidar amamentando?
Referências bibliográficas
1 Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS, 2007.
2 Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Amamentação. Série Orientações e Recomendações. São Paulo 2018.
Não. O óleo de cártamo não interfere na ação dos anticoncepcionais.
O óleo de cártamo vem sendo estudado mais recentemente como substrato para auxiliar no emagrecimento e como suplemento na alimentação, porém sem benefícios cientificamente comprovados.
Os anticoncepcionais quando utilizados de forma adequada, sem esquecimento e sempre que possível no mesmo horário conferem uma proteção contra gravidez acima de 95%, e poucos medicamentos interferem nessa ação.
Veja nesse link quais são as medicações que cortam o efeito dos anticoncepcionais:
Interação dos Anticoncepcionais com outros Remédios
Outras situações como vômitos e diarreia também podem reduzir o efeito dos anticoncepcionais caso tenha sido feito uso menos de 2h antes. Saiba mais sobre esse assunto em:
- 5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional
- Anticoncepcional vencido perde o efeito?
- Anticoncepcional perde o efeito com o tempo?
Em caso de dúvidas sobre anticoncepcional e gestação, agenda uma consulta com médico/a da família, clínico geral ou ginecologista.
Remédios homeopáticos não cortam efeito dos anticoncepcionais.
Você pode tomar homeopatia e continuar tomando o seu anticoncepcional normalmente. Sempre é importante informar ao/à médico/a quais os remédios que você faz uso. Isso inclui o anticoncepcional.
Durante a consulta, tanto o/a médico/a homeopata quanto o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderão informar as interações possíveis que podem acontecer com o uso do anticoncepcional.
A homeopatia está enquadrada dentro da Medicina Integrativa ou Completar. Ela aplica a teoria de que as mesmas substâncias naturais capazes de desenvolver sintomas e doenças também têm o poder de curá-las. Com isso, é possível utilizar as mesmas substâncias que causam os sintomas das doenças para tratá-las. Essas substâncias são bem diluídas em água, até que fique uma quantidade que seja o suficiente para aliviar esses sinais, em vez de intensificá-los.
A homeopatia pode ser indicada para diversos tratamentos que podem incluir: alergias, infecções virais, doenças ginecológicas, respiratórias, dermatológicas e de trato gastrointestinal. Ela também pode ser indicada como um tratamento complementar à depressão, quando a pessoa já está incluída em um tratamento multidisciplinar com psicoterapia.
Lembre-se de utilizar medicamentos apenas com indicação médica e na dosagem, frequência, e período indicados na receita médica.
É um efeito colateral do anticoncepcional.
O implante anticoncepcional subdérmico é uma pequena cápsula ou bastão de material plástico, permeável, que contém um hormônio (etonogestrel), sendo utilizado como método contraceptivo de longa duração e alta eficácia.
É inserido no tecido subcutâneo, na região interna do antebraço, por meio de um procedimento simples, que pode ser feito no consultório médico. Existem implantes que duram 6 meses, 1 ano e 3 anos. Após estes prazos, se faz necessária a troca.
O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.
O implante anticoncepcional é um bastão pequeno com cerca de 2 mm de diâmetro e 4 cm de comprimento, semelhante a um palito de fósforo. Como funciona o implante anticoncepcional?O implante contraceptivo libera o hormônio de forma lenta e contínua na corrente sanguínea e desempenha duas ações para evitar a gravidez:
- Atua sobre os ovários impedindo a liberação do óvulo e
- Torna o muco cervical mais espesso, o que dificulta a movimentação dos espermatozoides pelo canal vaginal.
Sim. A colocação do implante anticoncepcional subdérmico é bastante simples e pode ser feita no consultório pelo próprio do ginecologista.
O procedimento é feito com anestesia local. O implante é introduzido sob a pele na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada e material descartável.
Após a colocação não é necessário nenhum cuidado específico.
O implante anticoncepcional é introduzido na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada descartável, após anestesia local. Qual o período mais adequado para a colocação do implante?O melhor período para a colocação do implante é no intervalo de até 7 dias após o início da sua menstruação. Se por acaso você colocar o implante após este prazo, é importante o uso de métodos de barreira – camisinha masculina ou feminina – durante os próximos 7 dias.
Quais as indicações do implante contraceptivo?O implante hormonal pode ser utilizado por mulheres de qualquer idade. As indicações para uso do implante incluem:
- Dificuldade de adaptação aos anticoncepcionais orais
- Mulheres que esquecem de usar continuamente a pílula
- Mulheres que não podem usar anticoncepcionais com estrógeno
- Mulheres que sofrem com sintomas de tensão pré-menstrual (TPM)
- Adolescentes
- Mulheres no pós-parto e que estão amamentando
As contraindicações do implante incluem:
- Suspeita de gravidez ou gravidez
- Mulheres com história de câncer de mama
- Pessoas com doenças no fígado (tumor hepático ou doenças hepáticas graves)
- Mulheres com tendência ao desenvolvimento de trombose
- Mulheres com sangramento vaginal ainda sem diagnóstico
- Alergia ao princípio ativo do implante
Sim. As mulheres que utilizam o implante hormonal podem apresentar alguns efeitos colaterais, entretanto, a maior parte destes efeitos fazem parte da adaptação ao medicamento e podem desaparecer em até 6 meses.
Os efeitos colaterais mais frequentes são:
- Irregularidade menstrual,
- Pequeno aumento de peso,
- Dor de cabeça,
- Dor nas mamas,
- Aumento da oleosidade da pele,
- Possível surgimento de acne e
- Manchas na pele.
O implante hormonal é um método de longa duração, com alta eficácia e efeito rapidamente reversível.
É importante lembrar que o implante não previne as infecções sexualmente transmissíveis.
Ao ser retirado, o efeito contraceptivo do implante passa rapidamente com o retorno da fertilidade e a mulher retoma a possibilidade de engravidar. A retirada é feita de forma fácil pelo próprio ginecologista.
É importante que antes de inserir o implante você converse com seu ginecologista para avaliar se ele é melhor método contraceptivo para você.
Para saber mais sobre implante e como escolher o melhor anticoncepcional para você, acesse
É possível engravidar tendo implante contraceptivo?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
O Rivotril nem potencializa e nem corta o efeito do anticoncepcional. Algumas medicações sabidamente interagem com os anticoncepcionais, porém não é o caso do Rivotril.
Os anticoncepcionais quando utilizados de forma correta, uma vez ao dia, sem falhas, e sempre que possível no mesmo horário, a eficácia chega a 99%.
Sobre os medicamentos ansiolíticos, como é o do Rivotril, podemos destacar como efeitos colaterais mais comuns:
- Lentidão
- Sonolência
- Fadiga, fraqueza muscular
- Incoordenação motora
- Perda de equilíbrio
- Náuseas
- Dependência física e psíquica
- Mais raramente, diminuição da libido
O médico que prescreve os medicamentos, principalmente se medicamentos controlados como este, deve ser informado de todos os medicamentos que porventura faça uso regularmente, como os anticoncepcionais.
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O metronidazol só afeta o efeito do anticoncepcional se causar diarreia ou vômito. Isso porque, o vômito e a diarreia podem afetar a absorção do anticoncepcional.
Se o vômito ocorrer entre 3 a 4 horas após tomar o anticoncepcional, é como se ele não tivesse sido tomado. Por isso, neste caso, veja na bula o que deve fazer quando esqueceu de tomar o comprimido e siga estas instruções.
Se precisar tomar metronidazol enquanto estiver tomando o anticoncepcional, pode evitar problemas tomando em horários bem distantes. O indicado é tomar o metronidazol no mínimo 4 horas após tomar o anticoncepcional. Se precisar tomá-lo 2 vezes ao dia, um esquema possível é tomá-lo às 10h e às 22h e, se for necessário, ajustar o horário do anticoncepcional ao indicado.
Saiba mais sobre o que pode cortar o efeito do anticoncepcional em:
- Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional
- Interação dos Anticoncepcionais com outros Remédios
Referências:
Metronidazol. Bula do medicamento.
Yaz. Bula do medicamento.
Carbamazepina é um medicamento anticonvulsivo. É indicado no tratamento de alguns tipos de crises convulsivas (epilepsias), de algumas doenças neurológicas (neuralgia do trigêmeo - dor facial) e de alguns distúrbios psiquiátricos, como a fase maníaca do distúrbio afetivo do bipolar, e em um tipo específico de depressão. É também utilizado em casos de síndrome de abstinência alcoólica e neuropatia diabética dolorosa.
O uso de carbamazepina pode interferir na eficácia dos anticoncepcionais orais.
Carbamazepina e uso de anticoncepcionaisO uso de carbamazepina pode tornar ineficaz a ação do anticoncepcional oral. Neste caso, para prevenir uma gravidez indesejada é importante conversar com seu médico para a escolha de outro método contraceptivo.
Como usar carbamazepinaA dosagem diária de carbamazepina depende do quadro clínico apresentado: epilepsia, fase de mania aguda dos distúrbios afetivos bipolares, síndrome de abstinência alcoólica, neurologia do trigêmeo, neuropatia diabética, entre outras.
O medicamento deve ser administrado durante, entre ou após as refeições acompanhado de um pouco de líquido.
É importante que a dose diária de medicamento seja respeitada.
Se alguma das doses for esquecida, deve tomar o comprimido logo que possível e respeitar os horários das doses seguintes.
Não suspenda o medicamento sem orientação médica.
Não consuma bebidas alcoólicas durante o tratamento com carbamazepina.
Os comprimidos podem ser tomados durante, após ou entre as refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido. É importante tomar o medicamento regularmente.
Se o paciente esquecer de tomar uma das doses, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for a hora de tomar a próxima dose, deve tomá-la normalmente sem dobrar o número de comprimidos. A retirada do medicamento deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.
Contraindicações da carbamazepinaCarbamazepina é contraindicada em casos de:
- Alergia à carbamazepina e demais componentes da fórmula;
- Pessoas com bloqueio átrio-ventricular;
- Portadores de doenças hepáticas;
- Pacientes com histórico de depressão da medula óssea;
- Pessoa em uso de medicamentos inibidores da monoamino-oxidase.
São reações adversas comuns:
- Vertigem;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Ataxia (perda do controle muscular durante movimentos voluntários);
- Sonolência;
- Fadiga;
- Diplopia (visão dupla);
- Náusea;
- Vômito;
- Boca seca;
- Edema;
- Retenção de líquido;
- Aumento de peso;
- Letargia.
Carbamazepina deve ser utilizado com cautela nos seguintes casos:
Distúrbios sanguíneos;
- Pessoas com histórico de distúrbios renais, hepáticos e cardíacos;
- Portadores de glaucoma (pressão do olho aumentada);
- Pessoas em quadros de psicose.
Respeite a dose prescrita pelo/a seu/sua médico/a.
Não tome carbamazepina sem orientação médica.
Anticoncepcional masculino ainda não, contraceptivos sim. Por enquanto, os únicos métodos contraceptivos existentes e aprovados para um homem, que asseguram evitar uma gravidez, são a camisinha (preservativos) e a vasectomia.
Embora diversos estudos sobre anticoncepcionais masculinos estejam bem avançados, em fase II e III (última fase), com respostas favoráveis, precisam ainda cumprir todas as normas que determinam eficácia e segurança, para posterior liberação do produto.
O primeiro método parece que será apresentado ainda em 2020. Pesquisadores da Índia prometem o lançamento do primeiro anticoncepcional masculino, após encerrar a última etapa de estudos, com um grande número de homens testados, que será o RISUG (anticoncepcional injetável).
Camisinha (preservativos)A camisinha masculina, preservativo masculino ou condom, ainda é o único método contraceptivo masculino que não interfere na fertilidade, e é também o mais utilizado. Confere uma eficácia acima de 99%, quando usada de forma correta e protege da gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Portanto, é um método eficaz, simples, facilmente encontrado e disponibilizado no serviço público, que não deve ser desencorajado ou substituído mesmo com a chegada de novos métodos anticoncepcionais. Eles devem ser feitos em conjunto.
VasectomiaA vasectomia é um método de contracepção definitiva, porque compromete a fertilidade do homem, portanto um método de esterilização. Embora exista a cirurgia para tentar reverter a vasectomia, quando é de desejo do homem, a resposta geralmente não é satisfatória.
A cirurgia se caracteriza pelo fechamento do ducto deferente, canal por onde passam os espermatozoides produzidos nos testículos, até o pênis. Com o bloqueio, os espermatozoides não chegam ao canal vaginal, encerrando qualquer possibilidade de uma gravidez.
Contraceptivos masculinos em estudo 1. Anticoncepional masculino injetável (RISUG)A injeção RISUG, abreviação de reversible inhibition of sperm under guidance, deve ser o primeiro anticoncepcional reversível, lançado para os homens. Desenvolvido na Índia, encontra-se no final de fase II, entrando na fase III ainda no ano de 2020, e se obtiver os resultados favoráveis, poderá ser fabricado e disponibilizado no mercado até o final de 2020.
O produto deve ser injetado no ducto deferente, causando um bloqueio na passagem dos espermatozoides e promete incapacitar o espermatozoide que ultrapasse essa barreira, impedindo a fecundação do óvulo.
O método é semelhante a vasectomia, realizado por cirurgia sob anestesia local, e a sua maior vantagem é a possibilidade de reversão, caso seja o desejo do homem.
2. Gel anticoncepcional para homem (VASALGEL)O Vasalgel, é um método contraceptivo para o homem, bastante semelhante ao RISUG, também em fase de estudo, com a diferença de ser um gel apenas de bloqueio do canal deferente, que impede, mas não interfere nas propriedades dos espermatozoides.
Aplicado por injeção nos testículos sob anestesia, pode ser facilmente revertido se por injeção de bicarbonato de sódio no ducto obstruído. O bicarbonato consegue dissolver o gel, revertendo a passagem dos espermatozoides e fertilização.
Os estudos precisam demonstrar ainda o tempo de proteção, comprovar grau de eficácia e efeitos colaterais.
3. Pílula anticoncepcional masculinaAs pílulas hormonais e não hormonais para o homem vêm sendo estudadas há anos, porém não alcançaram a eficácia esperada, ou causam efeitos colaterais intoleráveis, interrompendo o estudo.
Os efeitos colaterais mais comuns apresentados, foram semelhantes às pílulas femininas, como a acne, distúrbios de humor, queda da libido, dores de cabeça, e nos homens, a dificuldade erétil.
4. Gel anticoncepcional tópico para homensO anticoncepcional masculino na forma de gel tópico, é composto por uma associação de progesterona e testosterona. A progesterona reduz a produção de testosterona pelo organismo, inibindo a produção dos espermatozoides, enquanto a testosterona do gel, busca impedir os efeitos colaterais da falta desse hormônio, como perda da libido ou disfunção erétil.
O gel deve ser aplicado na região dos ombros ou das costas uma vez ao dia, e já vem sendo testado em homens voluntários, com resultados positivos e pouco relato de efeitos colaterais, até o momento.
Para maiores esclarecimentos, converse com o médico de família ou com o especialista, urologista.
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Referências:
Sociedade Brasileira de Urologia.