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Histeroscopia dói?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

A histeroscopia geralmente não dói. Grande parte das mulheres sente apenas um pouco de desconforto (pressão na região genital ou dentro da barriga) ou uma pequena cólica durante o exame. Contudo, a intensidade da dor e do incômodo varia em cada paciente. Se forem muito intensos, o médico pode realizar a histeroscopia com sedação e a mulher já não sentirá dor.

Lembrando que a histeroscopia pode ser feita no consultório, sem necessidade de anestesias ou internação. 

Após o término do procedimento, pode ser que a mulher sinta um pouco de dor ou cólicas causadas pela manipulação do útero. Mas esse incômodo em geral é leve e dura apenas algumas horas, e pode ser tratado com medicação analgésica.

Contudo, em alguns casos, pode haver um pequeno sangramento acompanhado por cólicas, que podem durar até 5 dias.

O tempo total de duração da histeroscopia normalmente não ultrapassa os 15 minutos. Após o exame, não é necessário ficar de repouso ou se afastar das atividades diárias. No entanto, o procedimento pode durar mais tempo, dependo da doença que está sendo investigada e do que o médico encontrar na cavidade uterina durante o exame.

A histeroscopia é um exame que permite visualizar o interior da cavidade uterina através de um aparelho que possui uma microcâmera instalada na sua extremidade, chamado histeroscópio. O exame serve para diagnosticar e tratar doenças, bem como colher amostras para biópsia e fazer pequenas cirurgias.

O médico ginecologista é o especialista responsável pela realização da histeroscopia e poderá esclarecer mais dúvidas sobre o exame.

Saiba mais em: O que é histeroscopia?

Desconforto nas axilas, que especialista procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Procure um médico clínico geral ou médico da família.

Desconforto e/ou dor nas axilas podem ser decorrentes de um esforço muscular exagerado, inflamação, infecção local ou até um caso de câncer, o linfoma ou câncer de mama.

Para cada caso descrito, existem outros sinais e sintomas que ajudam a direcionar na investigação médica. Como a presença de dor, vermelhidão, caroço, febre, entre outros.

Cabe ao médico durante a consulta e exame médico, avaliar as possíveis causas, solicitar exames complementares e iniciar o tratamento mais adequado para cada caso.

Dor nas axilas

Nos casos de dor nas axilas associada a sinais de inflamação local, como vermelhidão, calor local e dificuldade de movimentar os braços, deve ser investigado um processo inflamatório ou infeccioso, como:

  • Foliculite: Inflamação de um folículo piloso da axila;
  • Abscesso: quando a inflamação já evoluiu para infecção, com conteúdo de pus organizado e encapsulado abaixo da pele.

Nesses casos é necessário o tratamento com compressa morna, anti-inflamatórios e analgésicos. Para os abscessos pode ser necessário ainda, a drenagem do conteúdo líquido e antibioticoterapia.

Caroço na axila

Quando o desconforto na axila vem associado a presença de um caroço na palpação, além da foliculite e abscesso, deve ser investigado o cisto sebáceo inflamado e tumores.

O câncer de gânglios linfáticos (linfoma) ou de mama, como acometimento ganglionar, pode inicialmente apresentar apenas "caroço" na axila.

No caso de cisto sebáceo, serão evidenciados sinais de dor e inflamação local. O tratamento deve ser de drenagem, analgésicos e por vezes, antibióticos.

Na suspeita de câncer, além do nódulo, pode haver história de febre, sudorese noturna e ou emagrecimento repentino. Nesses casos de ser realizada a biópsia do gânglio para definição diagnóstica e tratamento o mais breve possível.

O mais importante é suspeitar, para possibilitar o diagnóstico precoce!

Íngua nas axilas

A íngua, ou aumento dos gânglios linfáticos é um sintoma inespecífico. Pode indicar tanto um processo inflamatório simples, como a foliculite e cisto sebáceo, como pode ser também o sinal inicial de um câncer. Portanto nesses casos é fundamental que a íngua seja sempre avaliada por um médico clínico geral ou médico de família.

Leia também: Íngua na axila: o que pode ser?

Dor no seio

A causa mais comum de dor no seio é a contratura muscular, ou tumores benignos, como o fibroadenoma. Entretanto, existem outras causas, como distúrbios hormonais, traumas, câncer, entre outros.

Saiba mais em: O que é um fibroadenoma mamário e quais os sintomas?

Sendo assim, na presença de desconforto na axila, recomendamos procurar um médico clínico geral, ou médico da família, para dar início a investigação e solicitação de exames, se achar necessário.

Fazer endoscopia dói?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, fazer endoscopia não dói. A pessoa pode sentir incômodo, mas não dor.

Para evitar dores e incômodos, são aplicados produtos anestésicos na área da garganta por onde passa o endoscópio, e na maioria dos serviços atualmente é preferível além dos anestésicos locais, a administração de medicamentos sedativos, para que o paciente se sinta mais confortável durante o procedimento. Portanto, a pessoa dorme durante todo o exame e não sente nada.

Após o exame, há um período de recuperação de até meia hora. A garganta pode estar anestesiada devido aos medicamentos usados no procedimento, mas gradualmente a sensibilidade vai voltando ao normal.

Há casos em que é necessário administrar oxigênio ao paciente durante a endoscopia. Nessas situações, pode haver espirros e congestão nasal após o exame.

Embora a dor não seja um efeito adverso da endoscopia, alguns sinais e sintomas podem indicar complicações, tais como mal-estar, náuseas, vômitos ou sangramentos. Na presença dessas manifestações, o médico responsável pelo exame ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado com urgência.

Como é feita a endoscopia?

A endoscopia é feita através de um aparelho (endoscópio) formado por um tubo flexível de aproximadamente 1 metro de comprimento e 1 centímetro diâmetro, com uma microcâmera instalada na sua extremidade.

A microcâmera emite imagens do interior do tubo digestivo para um monitor, permitindo ao médico detectar e tratar doenças no esôfago, no estômago e na porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia começa com um jejum de pelo menos 8 horas. Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento de uso contínuo ou for alérgico a alguma substância, o médico deverá ser informado. 

Durante o procedimento, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, recebe medicação sedativa por via venosa, e spray de anestésicos na garganta. A seguir, coloca-se um bocal de plástico entre os dentes da pessoa e instala-se um cateter de oxigênio no nariz.

O endoscópio é então introduzido através desse bocal de plástico, e as imagens são então transmitidas pela câmera para um monitor aonde o médico consegue avaliar o sistema digestivo alto da pessoa. O exame de endoscopia dura, em média, de 5 a 10 minutos. 

Depois da endoscopia não é permitido dirigir e a pessoa deve seguir as orientações de uma alimentação mais leve.  

O médico responsável pela realização da endoscopia é o gastroenterologista.

Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.

Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.

Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer?1. Diverticulite

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.

A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.

O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.

O que fazer?

Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.

2. Problemas no baço

O baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).

Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.

O que fazer?

Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.

3. Gases em excesso

O acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.

Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.

O que fazer?

A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.

Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).

4. Pedras nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.

A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).

O que fazer?

O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

5. Cólicas menstruais

As cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.

Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.

O que fazer?

Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.

6. Cisto no ovário

Existem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).

Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.

O que fazer?

O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.

7. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.

Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.

O que fazer?

O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.

8. Pancreatite aguda

A pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".

A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.

O que fazer?

O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.

Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.

Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.

Quando procurar o médico?

Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Náuseas e vômitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Pele amarelada (icterícia)

Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.

Referência:

  • Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
  • Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
  • UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
Febre e dor na nuca há dois dias o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A febre de 38,5º associada a dor na nuca, são sintomas que podem representar desde doenças graves até uma infecção viral.

Por isso é necessário que procure um atendimento médico, para avaliação criteriosa e principalmente descartar doenças de alto risco, como a meningite.

Podemos citar como doenças possíveis para esses sintomas:

  • Meningite
  • Sinusite
  • Infecção viral (viroses)
  • Otite média aguda (à direita)
  • Amigdalite
  • Reação alérgica ou tóxica (por algum medicamento), entre outras.
Meningite

A meningite é uma inflamação da meninge, película que recobre o cérebro, que pode causar febre alta, dor na nuca e rigidez de nuca (pescoço rígido). Pode ser de origem viral, bacteriana ou fúngica. No caso de meningite bacteriana, a evolução do quadro pode ser bastante agressiva, com risco de morte, se não iniciado tratamento com antibióticos a tempo.

Portanto trata-se de uma situação de emergência médica. Na suspeita de meningite deve procurar um serviço de emergência médica.

Leia também: O que é meningite?

Sinusite

A sinusite é um processo infeccioso da região dos seios da face, frontal e maxilar são os mais atingidos. Costuma ser uma complicação de um resfriado mal curado. Clinicamente se diferencia de outras causas, por apresentar além de febre e dor no pescoço, dor na face, especialmente quando abaixa a cabeça ou comprime a região com os dedos. Para o tratamento é necessário o uso de antibióticos.

Infecção viral

A infecção viral, popularmente chamada de viroses, são infecções originadas de vírus, que dependendo da gravidade apresentam quadro de febre alta e dores no corpo, dor atrás dos olhos, ou mesmo no pescoço. Costumam melhorar espontaneamente após 3 a 5 dias, entretanto podem evoluir com piora e situações graves, como a própria meningite viral.

Se a febre se mantiver por mais de 48 h, procure uma emergência para uma avaliação.

Otite média aguda

A otite média aguda, se caracteriza por dor intensa no ouvido, associada a febre, dor no pescoço mais localizada no lado acometido e náuseas ou vômitos. Porém nesses casos a dor no ouvido é o sintoma mais marcante, como não foi relatado na pergunta parece ser uma possibilidade pouco provável. O tratamento deve ser feito com antibióticos.

Amigdalite

A amigdalite, infecção nas amígdalas, é uma causa comum de febre alta e dor no pescoço, porém associada a dor na garganta e dificuldade de deglutir sólidos ou líquidos. O tratamento também deve ser feito com antibióticos.

Reação alérgica / toxicidade medicamentosa

Ainda é preciso avaliar a possibilidade de reações alérgicas ou toxicidade a medicamentos. Remédios como alguns antipsicóticos ou anticonvulsivantes, podem apresentar como efeito colateral, quadro de febre alta e dor no corpo, por vezes associada a manchas na pele.

Portanto, visto a grande variedade de doenças e situações que podem causar febre e dor no pescoço, e visto principalmente o risco de doenças graves, é fundamental que procure um médico da família ou clínico geral, para avaliação e conduta.

Costocondrite causa dor no esterno?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a costocondrite é uma causa comum de dor no esterno, que é o osso do peito, localizado no meio do tórax. Todas as costelas, exceto as duas últimas, estão ligadas ao osso esterno por uma cartilagem. Essa cartilagem pode ficar inflamada e causar dor no osso externo. A inflamação da cartilagem da costela é chamada costocondrite.

Se a área em que as costelas se unem ao esterno apresentar sensibilidade e dor durante a palpação, é provável que a costocondrite seja a causa da dor no esterno. A dor da costocondrite pode ser semelhante à dor de um ataque cardíaco.

Costocondrite é a inflamação da cartilagem (em vermelho) que liga as costelas ao esterno

A síndrome de Tietze também causa inflamação nas cartilagens que unem as costelas ao esterno. Além de causar dor no osso esterno, a síndrome deixa o tórax inchado. Contudo, embora seja muito semelhante à costocondrite, a síndrome de Tietze é bem mais rara.

Quais são os sintomas da costocondrite?

Os sintomas mais comuns da costocondrite são a dor no esterno e o aumento da sensibilidade no peito, principalmente na junção entre as costelas e o osso do tórax (esterno). Muitas vezes a pessoa diz que está com “dor nas costelas” ou “dor no osso do peito ”.

A dor no osso esterno é aguda, aumenta ao respirar fundo ou tossir e localiza-se no meio do tórax, podendo irradiar para as costas ou para o estômago. A dor tende a diminuir quando a pessoa fica em repouso ou respira rapidamente.

Quais as causas da costocondrite?

Muitas vezes, a costocondrite não tem uma causa conhecida. Em outros casos, a inflamação pode ser causada por:

  • Lesão no tórax;
  • Exercício vigoroso;
  • Trabalho pesado;
  • Infecções virais, como infecções respiratórias;
  • Esforço para tossir;
  • Infecções após cirurgia ou devido ao uso de medicamentos intravenosos;
  • Alguns tipos de artrite.
Qual é o tratamento para costocondrite?

A costocondrite quase sempre desaparece espontaneamente em alguns dias ou algumas semanas. Em alguns casos, pode demorar meses. O tratamento da costocondrite concentra-se no alívio da dor e inclui:

  • Aplicação de compressas quentes e frias;
  • Evitar atividades que pioram a dor;
  • Uso de analgésicos, como ibuprofeno e paracetamol: podem ajudar a aliviar a dor e o inchaço no tórax.

Se a dor no esterno for intensa, pode ser prescrito um analgésico mais forte. Em alguns casos de costocondrite, a fisioterapia pode ser indicada.

O reumatologista é o especialista indicado diagnosticar e tratar casos complexos de costocondrite.

Sou‌ ‌mulher‌ ‌e‌ ‌estou‌ ‌com‌ ‌dor‌ ‌na‌ ‌virilha.‌ ‌O‌ ‌que‌ ‌pode‌ ‌ser?‌
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor na virilha nas mulheres pode ter origem no aparelho reprodutor. As causas mais comuns são as cólicas no período próximo ao início da menstruação e a dor de ovulação.

Mas há alguns problemas nos ovários, tubas / trompas, útero e vagina que podem causar a dor na virilha. O mais comum é a doença inflamatória pélvica, causada por infecções não tratadas. Veja quais são os outros problemas ginecológicos que podem causá-la.

Problemas de ovários que podem causar dor na virilha

Alguns dos problemas que podem ser responsáveis pela dor são:

  • Cistos de ovários
  • Torções de ovário e tuba
  • Endometriose
  • Tumores de ovários

Nesses casos, a dor na virilha pode ser apenas em um dos lados.

A ruptura de um cisto (folículo) em um dos ovários é normal. Ela acontece quando você não toma pílula, por volta do meio do ciclo menstrual. Mas há alguns cistos formados devido a problemas nos ovários que podem romper e causar a dor na virilha. Eles podem ser causados devido a:

  • Endometriose (formando um endometrioma nos ovários)
  • Teratoma e cistoadenomas (são tumores benignos de ovário)
  • Câncer

Nesses casos, pode haver sangramento vaginal, corrimento marrom ou rosado associado à dor na virilha. Pode ser necessário tomar analgésicos, mas alguns casos requerem cirurgia. Por isso, precisam ser acompanhados por um médico.

A endometriose acontece quando células e glândulas do útero se desenvolvem em outros lugares, causando inflamação. Ela pode causar cólica no período próximo à menstruação, dor durante as relações sexuais e infertilidade. Os sintomas podem ser suportáveis ou muito intensos.

A torção do ovário é uma causa que requer cuidados urgentes. Ela causa dor muito intensa na virilha e abdômen. É mais comum quando a mulher passa por algum tratamento para engravidar com estimulação exagerada da produção de óvulos.

A dor na virilha pode acontecer, ainda, com a ovulação. Ela surge no meio do ciclo menstrual (caso seu ciclo seja regular e de 28 dias). É leve e normalmente só de um dos lados da virilha. Dura pouco tempo e é normal.

Problemas das tubas / trompas que causam dor na virilha

A causa mais comum para a dor na virilha devido a um problema nas tubas é a gravidez ectópica. Isso acontece quando o embrião se fixa e se desenvolve no lugar errado. Pode levar ao rompimento da tuba quando ele se fixou lá.

A dor pode iniciar de 6 a 8 semanas depois da última menstruação. Ela é intensa e pode ser acompanhada de sangramento.

A ruptura da tuba é uma situação grave, que precisa de cuidados médicos urgentes.

Problemas do útero e vagina que podem causar dor na virilha

Alguns problemas do útero podem causar dor na virilha, cólicas e sangramento menstrual intenso. Miomas, adenomiomas e tumores são alguns exemplos.

As infecções ginecológicas também podem causar a dor na virilha. Alguns sintomas que podem estar associados, nesse caso, são corrimento e dor durante as relações sexuais.

Alterações na formação dos órgãos do sistema reprodutor também podem causar dor na virilha. É comum que, nesses casos, a dor apareça em algum momento durante o ciclo menstrual e comece na adolescência.

A alteração mais comum é o hímen sem perfuração, que causa o acúmulo da menstruação no útero, fazendo com que ele aumente e causando a dor. Outras alterações que podem causar dor na virilha são o útero com duas cavidades (útero septado ou bicorno) ou útero didelfo (são como dois úteros).

A dor na virilha também pode acontecer caso algo tenha sido introduzido na vagina e fique preso lá. Essa causa para a dor deve ser investigada em crianças, principalmente.

Os meses finais da gravidez também estão associados a dores na virilha. Isso acontece devido ao aumento do útero e do peso do bebê. A dor aumenta quando você senta ou abaixa e é normal. Se é o seu caso, pergunte ao seu médico quais são os exercícios que ajudam a diminuir esse desconforto.

Quando a dor na virilha nas mulheres não está associada a problemas ginecológicos?

Como a região corresponde à articulação do quadril, ao pé da barriga e parte da coxa, há muitas causas para a dor na virilha. Outras causas possíveis são as que acometem ambos os sexos, como:

  • Apendicite (a dor na virilha é só do lado direito)
  • Distensão muscular
  • Problemas da articulação do quadril
  • Hérnias
  • Ínguas e infecções
  • Pedras nos rins

Você pode querer ler também:

O que pode ser dor na virilha e o que fazer?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Tenho um caroço na virilha. O que pode ser?

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Minha barriga está dolorida quando aperto. O que pode ser?

Referências:

UpToDate. Ectopic pregnancy: Clinical manifestations and diagnosis

UpToDate. Congenital uterine anomalies: Clinical manifestations and diagnosis

UpToDate. Evaluation of acute pelvic pain in the adolescent female

Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor abdominal do lado esquerdo, costuma estar relacionada a situações corriqueiras como excesso de gases, má digestão, cólica menstrual ou até ansiedade.

No entanto, quando a dor é muito forte ou vem acompanhada de outros sintomas como vômitos, diarreia ou febre, deve ser avaliada por um médico para descartar um problema mais grave, como a gastroenterite ou pancreatite.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga

As causas mais comuns de dor no lado esquerdo da barriga são:

  • Gases;
  • Gastroenterite (infecção intestinal);
  • Pedra nos rins à esquerda;
  • Diverticulite;
  • Cólica menstrual;
  • Endometriose;
  • Cisto de ovário à esquerda;
  • Gravidez ectópica à esquerda (trompa);
  • Dor no testículo esquerdo e
  • Doenças do pâncreas.
Gases

A queixa de dor por acúmulo de gases pode ser bastante intensa, que por vezes se confunde com um problema cardíaco. Tem como característica uma dor intermitente, ou seja, que vem forte e depois alivia. Não costuma ser uma dor contínua e melhora após massagem abdominal e eliminação dos gases.

Gastroenterite

A infecção do sistema gastrointestinal apresenta como sintomas a dor na barriga, que pode ser apenas de um lado ou pode variar a localização, associada a náuseas, vômitos, febre e mal-estar.

Pedra no rim esquerdo

O cálculo renal que se desloca e obstrui a passagem de urina, causa uma dor intensa que começa na região lombar, do lado afetado, e segue para a barriga, depois virilha. Além da dor, a cólica renal vem acompanhada de náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina.

Na suspeita de cálculo renal, procure um atendimento de urgência, para aliviar os sintomas e definir o melhor tratamento. O médico urologista é o responsável por tratar essa doença.

Diverticulite

Divertículo é o nome dado a pequenas saculações do intestino grosso, mais comuns em pessoas idosas e com dieta pobre em fibras. A diverticulite é uma inflamação neste região.

Pode não causar nenhum sintoma, sendo encontrado acidentalmente, ou no caso de inflamação, desencadear sintomas como: dor abdominal, mais comum à esquerda, alterações no trânsito intestinal, febre e presença de sangue nas fezes.

O tratamento, consiste em dieta rica em fibras e aumento no consumo de líquidos. Na diverticulite complicada, com sintomas de infecção, é indicado o uso de antibióticos e/ou tratamento cirúrgico.

Cólicas menstruais e Endometriose

A cólica menstrual ou a endometriose, são doenças comuns da mulher, associadas ao ciclo menstrual, que deve ser investigada e tratada pelo ginecologista.

Cisto no ovário à esquerda

A formação de cistos no ovário a cada ovulação, pode levar a um incômodo ou dor abdominal na mulher, embora não seja tão comum.

Gravidez ectópica à esquerda

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fecundado, fora da cavidade abdominal. O local mais acometido são as trompas. Os sintomas são de dor intensa na região pélvica ou abdominal baixa, localizada de um dos lados (no lado da trompa acometida), acompanhada de náuseas, vômitos e por vezes, febre.

A história de atraso menstrual e sintomas iniciais de gravidez, febre, mal-estar, queda da pressão e nos casos mais graves, de ruptura da trompa, pode haver hemorragia interna, coma e risco iminente de óbito.

Portanto, é uma situação de emergência! Na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de urgência médica.

Dor no testículo esquerdo

Nos homens, não é raro a queixa de dor no testículo, e essa dor pode ser irradiada para a região pélvica, a "dor no pé da barriga" ou para a virilha.

As causas mais comuns são a varicocele, torção testicular e hérnia inguinal. Pode haver ainda casos de prostatite, epididimite e outros casos de inflamação.

No caso de dor no testículo, recomendamos procurar um médico urologista, para avaliação e tratamento mais adequado.

Doenças do pâncreas

As doenças mais comuns do pâncreas são a pancreatite aguda e o tumor de pâncreas. A principal queixa é a dor intensa, que se inicia à esquerda ou no meio da barriga, com irradiação para o dorso, formando um grande "cinturão apertado" de dor.

Isso acontece porque se trata de um órgão com formato comprido, que se estende do lado esquerdo da barriga o meio da barriga, aonde se localiza a sua parte mais anterior, a cabeça do pâncreas.

Outros sintomas comuns às doenças do pâncreas são as náuseas, vômitos, perda de peso, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos).

Para maiores esclarecimentos de dor na barriga, localizada do lado esquerdo, converse com o seu médico de família ou gastroenterologista.

Referências:

  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
7 Remédios eficazes e medidas caseiras para dor de barriga
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Os remédios indicados para dor de barriga como Buscopan®, Luftal® e Floratil® ajudam a reduzir o movimento intestinais, acúmulo de gases e restabelecem a flora intestinal. Por este motivo, estes e outros medicamentos ajudam a aliviar a dor abdominal, cólicas e diarreia.

Entretanto, é importante que a causa da dor de barriga seja investigada para que o melhor tratamento seja indicado. Evite usar qualquer um destes medicamentos sem orientação médica.

1. Buscopan® (butilbrometo de escopolamina)

Indicações: usado para o alívio rápido e prolongado de dores de barriga, cólicas e desconforto abdominal.

Contraindicações: Buscopan® é contraindicado em casos de fraqueza muscular grave (miastenia gravis), não funcionamento do intestino (íleo paralítico ou obstrutivo) estreitamento do aparelho digestivo, dilatação do intestino grosso (megacólon), intolerância a frutose e alergia a componentes presentes na fórmula.

Além disso, crianças com diarreia também não devem usar Buscopan®.

2. Luftal® (simeticona)

Indicações: utilizado para reduzir o excesso de gases no aparelho digestivo. Quando os gases se acumulam no estômago e no intestino, provocam dor de barriga, cólicas, desconforto abdominal, aumento do volume do abdome.

Contraindicações: Não utilize Luftal® se você apresentar aumento do volume abdominal, cólicas intensas, dor de barriga que dura mais de 36 horas, massa palpável no abdome, suspeita de perfuração ou obstrução intestinal.

3. Floratil® (Saccharomyces boulardii)

Indicações: Floratil® é usado para restaurar a flora intestinal e para o tratamento de diarreias de causas diversas.

Contraindicações: Alergia às substâncias da fórmula. Não há condições conhecidas que contraindiquem o uso da medicação.

4. Duspatalin® (cloridrato de mebeverina)

Indicações: Indicado para o tratamento da dor de barriga, de espasmos abdominais, desconforto intestinal causados pela Síndrome do Intestino Irritável. Esta síndrome incluem sintomas com dores no estômago e câimbras, sensação de inchaço, presença de gases, diarreia, constipação ou combinação dos dois. Além disso, apresenta fezes redondas, endurecidas como nozes, ou em forma de fita.

Contraindicações: Duspatalin® é contraindicado para pessoas alérgicas aos componentes da fórmula.

5. Imosec® (cloridrato de loperamida)

Indicações: Imosec® é indicado para diarreia aguda sem infecção e diarreia crônica associadas a doenças que provocam inflamação como a Doença de Crohn e retocolite ulcerativa (doença inflamatória que afeta o intestino).

Contraindicações: Imosec® é contraindicado em casos de diarreia com sangue ou acompanhada de febre, prisão de ventre, ou se você estiver com o abdome distendido. Deve ser utilizado exclusivamente por adultos. Não devendo, portanto, ser administrado para crianças. Pessoas com alergias aos componentes da fórmula também devem evitar o uso do medicamento.

6. Tiorfan® (racecadotrila)

Indicações: Indicado para o tratamento de pessoas com diarreia aguda.

Contraindicações: Tiorfan® é contraindicado para pacientes com alergia aos componentes da fórmula e intolerância à lactose. É preciso procurar um médico de família ou clínico geral se você apresentar sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos prolongados ou incontrolados. Pessoas que têm problemas nos rins ou fígado não devem usar Tiorfan®.

Mulheres grávidas somente devem usar este medicamento sob orientação médica.

7. Maiorad®(cloridrato de tiropramida)

Indicações: Maiorad® é indicado para diarreia aguda não infecciosa, diarreias crônicas associadas a doenças inflamatórias como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa. É recomendado somente para adultos.

Contraindicações: Pessoas com dor abdominal e ausência de diarreia, com disenteria aguda caracterizada por sangue nas fezes e febre alta, com colite ulcerativa aguda e com enterocolite bacteriana.

Medicamentos como Imosec®, Tiorfan®, Maiorad® podem ser usados em casos de diarreias não associadas a infecções. Entretanto, em algumas situações estes medicamentos podem piorar o quadro de diarreia e somente devem ser usados sob prescrição médica.

Medidas caseiras para aliviar a dor de barriga Chá de erva-doce

O chá das sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare) ajuda aliviar a dor de barriga, especialmente, pela redução dos gases. Para fazer o chá coloque 1 colher de sopa de sementes de erva-doce em uma xícara de água fervente, tampe e deixe descansar de 10 a 15 minutos. Logo após, basta coar e ingerir o líquido morno. Beba de 2 a 3 vezes ao dia.

Chá de boldo

Além de amenizar a dor de barriga pela redução dos gases, o chá de boldo também alivia cólicas intestinais.

No preparo do chá você deve utilizar uma colher de chá de folhas secas de boldo. Pique as folhas e coloque em 150 ml de água fervente. Deixe descansar por 10 minutos. Após esse período de descanso, coe e tome o chá ainda morno de 3 a 3 vezes ao dia.

Associado a estes cuidados aumente a ingestão de água e alimente-se de forma leve e saudável dando preferência a alimentos como caldo de carne ou frango sem gordura, arroz, torradas e banana-maçã.

Quando devo buscar uma emergência?

Se mesmo fazendo tratamento com algum destes medicamentos, é importante que você busque um serviço de emergência se começar a apresentar: sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos

Presença de sangue na fezes,

  • Febre acima de 38oC,
  • Diarreia que persiste por mais de 36 horas,
  • Dor abdominal intensa acompanhada de vômitos.

Nestes casos, busque o serviço de emergência o mais rapidamente possível e não use nenhum medicamento sem orientação médica.

Para saber mais sobre dor de barriga, você pode ler:

O que é bom para dor de barriga?

Dor de Barriga: o que fazer?

O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Referências

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Cafeína tira a dor de cabeça?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a cafeína pode tirar a dor de cabeça. Acredita-se que a propriedade que a cafeína tem de dilatar os vasos sanguíneos do corpo e contrair os vasos sanguíneos do cérebro, seja, pelo menos em parte, responsável pelo alívio de algumas dores de cabeça conseguido pela ingestão de cafeína.

Substâncias que dilatam os vasos sanguíneos, como o álcool, pode causar dores de cabeça vasculares. Já a cafeína tem ação vasoconstritora, ou seja, contrai os vasos sanguíneos, o que pode ajudar a combater a dor causada pela dilatação dos vasos sanguíneos da cabeça.

A cafeína é frequentemente adicionada a medicamentos para dor porque melhora a absorção e aumenta o efeito analgésico do remédio.

Muitos pacientes afirmam que uma xícara de café forte pode ajudar a aliviar uma enxaqueca ou até mesmo acabar com ela, quando tomada logo no início da dor de cabeça.

Falta de cafeína dá dor de cabeça?

É importante lembrar que pessoas que consomem grandes quantidades de cafeína, como as que bebem café em excesso, podem apresentar vários sintomas quando deixam de ingerir a substância durante mais tempo que o habitual.

Um dos sintomas da abstinência da cafeína é a dor de cabeça. Nesses casos, a dor de cabeça costuma surgir principalmente quando a pessoa acorda mais tarde que o normal.

Isso acontece porque depois de tantas horas, os níveis de cafeína na circulação sanguínea já baixaram muito, causando sintomas, entre eles a dor de cabeça.

Este tipo de dor de cabeça geralmente é latejante, semelhante à dor da enxaqueca, e só costuma passar depois de uma ou duas xícaras de café.

Outros sintomas que a falta de cafeína pode causar:

  • Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos);
  • Alterações na pressão arterial, metabolismo e apetite;
  • Insônia;
  • Agitação;
  • Tremores.

Para maiores esclarecimentos sobre os efeitos da cafeína no tratamento da dor de cabeça, fale com o/a seu/sua médico/a de família ou com o/a médico/a neurologista.

Ansiedade causa falta de ar constante e dor de cabeça?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A ansiedade é uma possibilidade sim, devido aos efeitos secundários do distúrbio, no entanto, esse é um diagnóstico de exclusão, ou seja, todas as outras causas possíveis para esses sintomas devem ser devidamente excluídas para poder confirmá-lo.

O médico responsável por confirmar o diagnóstico de transtorno de ansiedade é o psiquiatra, mas pode procurar também um clínico geral ou médico da família para descartar outras causas que não o transtorno de ansiedade.

Quais são as causas de falta de ar e dor de cabeça constantes?

Causas comuns de falta de ar são: Bronquite; asma; infecção pulmonar (pneumonia); doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), comum nos tabagistas de longa data; doença do refluxo gastroesofágico; problemas cardiológicos (infarto, pericardite, angina); viroses e problemas psicológicos (ansiedade e estresse).

A própria falta de ar, quando leva a um distúrbio respiratório, com dificuldade na troca gasosa pulmonar, gera uma retenção maior de gás carbônico e consequentemente uma menor absorção de oxigênio. Com isso, menor oxigenação cerebral, justifica o quadro de dores de cabeça.

O que é a ansiedade?

A ansiedade e o medo, são sentimentos normais experimentados por todas as pessoas, como resposta adaptativa do corpo, a alguma situação de estresse ou de risco. Essa resposta é mediada pelo sistema nervoso autônomo e eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que liberam neurotransmissores estimuladores, durante sua reação.

A liberação desses neurotransmissores, são responsáveis pelos sintomas de agitação, taquicardia, suor frio, tremores, espasmo esofagiano (levando a sensação de "bolo na garganta"), por vezes aumento da pressão arterial, confusão mental e esquecimentos.

Essa sensação se torna um problema, ou um "transtorno", quando a resposta passa a ser exagerada, ou sem motivos aparentes, causando uma sensação de ansiedade constante, desagradável e prejudicial à vida da pessoa. Quadro que definimos como Transtorno de ansiedade generalizada.

Portanto, recomendamos que, tendo sido avaliada quanto a essas queixas por diversos médicos e a suspeita foi de transtorno de ansiedade, deve agora procurar um médico psiquiatra, para avaliação e definição dessa possibilidade, ainda, dar início ao tratamento mais adequado.

O transtorno de ansiedade pode sim ter cura, por isso seu tratamento não deve ser postergado.
Sinto os seios e músculos endurecidos e doloridos, o pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Deve ser uma dor osteo-muscular decorrente de algum esforço físico ou alguma outra situação que afete seus nervos, músculos e tendões, pode procurar um clínico geral.