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O que significa o resultado desse exame de sangue...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Exames dentro do limite da normalidade.

No entanto, os exames realizados foram solicitados com um objetivo, seja como exames de rotina, ou na suspeita de alguma alteração identificada no exame clínico.

Por isso, apesar dos valores estarem todos dentro da normalidade, é importante que leve o resultado desse exame para o médico que o solicitou, que poderá interpretar esses valores de maneira mais detalhada e direcionada ao seu caso.

Exames de FSH e LH

Os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) são produzidos pela hipófise, com a função de coordenar o desenvolvimento e maturação puberal, processos reprodutivos e a secreção de esteroides sexuais nas gônadas (espermatozoides e óvulos).

Os valores normais de FSH e LH variam com a idade, sexo e período do ciclo, conforme detalhado abaixo:

FSH

Para o sexo feminino:

  • Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2,8 a 12 mUI/mL;
  • Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 12 a 25 mUI/mL;
  • Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 1,2 a 12 mUI/mL;
  • Menopausa: > 30 mUI/mL.

Para o sexo masculino: 0,7 a 10 mUI/mL.

Para crianças antes da puberdade: menor que 4 mUI/mL

LH

Para o sexo feminino:

  • Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2 a 10 mUI/mL;
  • Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 10 a 60 mUI/mL;
  • Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 0,5 até 12 mUI/mL;
  • Menopausa: entre 10 e 70 mUI/mL.

Para o sexo masculino: 1 a 9 mUI/mL.

Para crianças antes da puberdade: menor que 0,15 mUI/mL

Leia também: O que é FSH e qual a sua função?

Triglicerídeos

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas e também produzidas no organismo, capazes de armazenar energia. Não representam um problema, desde que estejam dentro dos limites de normalidade.

Os valores considerados normais para os triglicerídeos, são abaixo de 150 mg/dl.

Exame de TSH ultrassensível e T4 livre

O exame de TSH ultrassensível (hormônio estimulante da tireoide), é indicado para auxiliar no diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide. Produzido pela hipófise, o TSH estimula a glândula tireoide a produzir os hormônios T3 e T4.

O T4 livre por sua vez, é transformado em T3, que participa ativamente do metabolismo do corpo.

Seus valores considerados normais são de: TSH = 0,5 e 5,0 µUI/mL e T4 livre = 0,7 a 2,7 ng/dl, sabendo que os valores podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório.

Progesterona

A progesterona é um hormônio produzido pelo corpo lúteo após a ovulação e pela placenta durante a gestação. Tem como funções, a fertilidade feminina, ativar as células que revestem a parede uterina e aumentar o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.

Suas taxas consideradas normais, variam consideravelmente, de acordo com o ciclo menstrual, entre 0,15 a 20 ng/dl, na mulher não grávida, e na gestante, chega a mais de 200 ng/dl no terceiro trimestre. Na menopausa aparece menor do que 0,4.

Prolactina

A prolactina é outro hormônio produzido pela glândula hipófise, responsável pela estimulação de produção do leite, pelas mamas. O valor máximo normal da prolactina no sangue, normalmente não ultrapassa 20 ng/mL.

Glicemia

O valor normal para a glicemia de jejum, é constantemente reavaliado pela sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia, visto sua importância para o aumento de risco de diabetes e outras doenças crônicas comuns na população.

Atualmente, os valore considerado normal é abaixo de 100 mg/dl. A partir de 100 até 125 mg/dl, já é considerado um quadro chamado Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes).

Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.

Pode lhe interessar também: Como é feito o diagnóstico do diabetes?

Tratei sífilis, quando devo fazer novo exame de sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Deve fazer o exame de sangue, a cada 3 meses.

Segundo o novo protocolo de tratamento e monitoramento de cura da Sífilis, pelo Ministério da Saúde 2019, os exames devem ser repetidos a cada 3 meses. Dependendo do estágio em que iniciou a medicação, esse monitoramento pode levar até 72 meses, para definir a cura completa da doença.

Vale ressaltar, que mesmo com a cura da sífilis, não quer dizer que estará imune a uma nova contaminação. Portanto, deve seguir as seguintes recomendações:

  • O/A parceiro/a também deve ser tratado e acompanhado,
  • Manter acompanhamento no posto de saúde ou com médico de família,
  • Fazer uso de camisinha durante as relações.

A camisinha é a única maneira comprovadamente eficaz contra a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O que é a sífilis?

Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), ou doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão só ocorre via sexual ou da mãe para o bebê, na gestação ou no parto.

Quais os sintomas da sífilis?

A doença se apresenta de formas variadas, de acordo com seu estágio.

Sífilis primária = ferida e ínguas.

A sífilis primária, ocorre por volta de 10 a 90 dias após o contágio, com o aparecimento de uma ferida típica da doença (cancro duro), localizadas na região onde aconteceu a penetração da bactéria (pênis, vulva, colo do útero, boca, ânus) e ínguas (aumento de linfonodos),

A ferida não causa sintomas e desaparece mesmo sem qualquer tratamento. O que faz com que a pessoa acredite estar curada, mas a bactéria permanece "adormecida" no organismo.

Sífilis secundária = lesões de pele, febre baixa, mal-estar, falta de apetite.

Em torno de 6 semanas a 6 meses após a cicatrização da ferida, surgem novos sintomas, que caracterizam a sífilis secundária. São sintomas inespecíficos, semelhantes a um resfriado, como febre baixa, mal-estar e inapetência; mas também sintomas mais específicos, como as lesões cutâneo-mucosas (roséola, placas mucosas, papulosas, lesões em palma das mãos e planta dos pés), ainda, calvície (alopécia em clareira), madarose (perda de cílios ou sobrancelhas) e rouquidão.

A sífilis primária e secundária, são as fases de maior risco para transmissão da doença, pela presença de grande quantidade de bactérias, tanto na ferida quanto nas lesões de pele.

Sífilis latente = sem sintomas!

A fase de latência, é a fase em que a bactéria fica inativa, "adormecida", por isso não apresenta qualquer sintoma. É classificada ainda em fase latente recente, com menos de 2 anos do aparecimento da ferida (primária), e latente tardia (mais de 2 anos da fase primária).

A fase termina quando surgem os sintomas da sífilis secundária ou terciária.

Sífilis terciária = lesões nodulares de pele, artrites, cegueira, neurossífilis...

A fase terciária acontece com mais de 10 anos após o contágio, e representa a fase mais grave e perigosa da doença. Por isso é tão importante buscar o diagnóstico precoce e instituir o tratamento antes de chegar a fase terciária.

Nesse momento, os sintomas aparecem na pele, ossos, sistema cardiovascular e neurológico, levando a quadros de nódulos dolorosos, artrite, aortite (inflamação na parede da aorta), cegueira, meningite, quadro de neurossífilis, entre outras doenças.

Sífilis tem cura? Qual é o tratamento?

Sim. Sífilis tem cura.

O tratamento, assim como o monitoramento, é baseado no estágio em que se fez o diagnóstico. Deve ser administrado o antibiótico PENICILINA BENZATINA® 2,4 milhões UI intramuscular, sendo metade em cada glúteo, para evitar dor ou outros efeitos colaterais.

Na fase inicial, primária, secundária e latente recente, basta uma dose e o devido acompanhamento. Nas fases mais avançadas, terciária e latente tardia, são 3 doses, uma a cada semana, com o monitoramento mais prolongado.

Para neurossífilis, deve ser administrado o tratamento em ambiente hospitalar, e intravenoso, pela gravidade e riscos inerentes da doença. Nesse caso o antibiótico será a PENICILINA CRISTALINA® OU CEFTRIAXONE®.

Para alérgicos à penicilina, a opção é a doxiciclina®, porém essa medicação é contraindicada na gravidez.

Sendo assim, conforme citado acima, mantenha seu monitoramento de maneira adequada, e para maiores esclarecimentos, converse com seu médico assistente.

Leia também: Quem já teve sífilis pode ter filhos?

O que significa eosinofilia no comentário de exame?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Eosinofilia significa aumento do número de eosinófilos, geralmente os eosinófilos estão aumentados em casos de alergias, como rinite alérgica, dermatite atópica e asma ou verminoses, como aquelas causadas pelos parasitas Necator, Ancylostoma, Strongyloides ou Ascaris.

A eosinofilia, mais raramente, pode também estar presente em diferentes condições como doenças autoimunes, dermatites, leucemia, doença de Crohn, colite ulcerativa, lúpus, entre outras doenças. Além disso, alguns medicamentos podem causar também eosinofilia.

Em muitos casos, no entanto, um pequeno aumento no número de eosinófilos isoladamente pode não ter nenhum significado clínico, pequenas variações dos valores de referência podem ser normais.

Portanto, converse sempre com o médico que solicitou o exame, porque só ele poderá avaliar o resultado conforme o contexto clínico individual de cada pessoa.

O que são os eosinófilos?

Eosinófilos são um tipo de glóbulo branco, ou leucócitos, células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo e portanto relacionadas a resposta imunitária.

Medicamentos podem causar eosinofilia?

Sim, alguns medicamentos podem causar o aumento do número de eosinófilos no sangue, como: antibióticos betalactâmicos ou da classe das sulfa, anti-inflamatórios não esteroides, anti-retrovirais, ranitidina, fenitoína, hidroclorotiazida, aspirina e alopurinol.

Qual o tratamento da eosinofilia?

O tratamento para o aumento de eosinófilos será focado no tratamento da causa desse aumento, portanto, se for uma parasitose ou um processo alérgico que está causando a eosinofilia o médico irá fazer o planejamento terapêutico para combater essas doenças e assim o número de eosinófilos irá voltar ao normal.

Para mais esclarecimentos sobre a eosinofilia e suas possíveis causa consulte um médico de família ou clínico geral.

Grávida de 7 semanas e meu exame de CMV deu...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

IgG Positivo significa que já teve a infecção pelo Citomegalovírus (CMV) em algum momento da vida, o IgM negativo mostra que a infecção não é atual. Cerca de 90 a 95% das gestantes apresentam IgG positivo. Como o vírus do CMV permanece no organismo de forma inativa, há uma chance muito pequena de ser reativado e causar uma infecção fetal, no entanto, esse risco é minimo.

Citomegalovírus

O citomegalovírus, é um vírus da família do Herpes, geralmente causa uma infecção com poucos sintomas, ou mesmo assintomática, por isso, a sua infecção pode passar totalmente despercebida em pessoas que apresentam um sistema imunológico normal. A infecção pelo CMV costuma ser mais grave em pessoas imunossuprimidas.

Citomegalovírus na gestação

Quando o citomegalovírus é adquirido durante a gestação, pode também causar pouco ou nenhum sintoma na mãe, que pode apresentar sintomas gripais inespecíficos, apenas em gestantes que apresentam imunossupressão podem desenvolver formas mais grave de infecção pelo CMV.

No entanto, a presença do CMV na mãe aumenta o risco desse vírus também ser transmitido ao feto. Quando a infecção acontece um pouco antes da gravidez ou no seu início há um maior risco de aborto e mal formações.

As crianças com citomegalovírus congênito podem não apresentar nenhum sintoma ao nascer, no entanto, cerca de 5 a 10% dos recém nascidos infectados apresentam sintomas típicos como hepatoesplenomegalia, microcefalia, calcificações intracranianas, hidropsia, icterícia, convulsões, petéquias e púrpura.

Crianças acometidas pelo citomegalovírus congênito podem apresentar sequelas da infecção como deficiência auditiva e alterações neurológicas.

Para mais informações e esclarecimentos consulte o médico de família ou obstetra que está acompanhando o seu pré-natal.

Minha esposa fez exame de gravidez e não entendemos...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O resultado do exame é positivo, isso significa que sua esposa pode estar grávida.

O valor de 52.056 mUI/ml de Beta HCG no exame de sangue representa um resultado positivo para gravidez. Possivelmente sua esposa está grávida, e nesse caso, é importante buscar um serviço de saúde para realização de consulta médica.

No entanto, embora não seja comum, existem outras situações em que o hormônio Beta-hCG está aumentado sem que seja gravidez. Por isso, é importante levar o resultado do exame para o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista que saberá interpretá-lo, além disso, realizar um exame clínico e ginecológico para melhor avaliação.

Após o exame clínico, deverá solicitar exames complementares e, sendo confirmada a gravidez, poderá dar início às adequadas medidas de pré-natal.

Portanto, marquem uma consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma melhor avaliação.

Leia também:

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13 informações importantes sobre o exame de Papanicolau
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de Papanicolau, cientificamente chamado de colpocitologia oncológica, é um exame ginecológico utilizado para detectar precocemente o câncer de colo de útero. Para que a prevenção aconteça é preciso que você conheça os benefícios do exame Papanicolau e esclareça as suas dúvidas.

1. Para que serve o exame Papanicolau?

O exame Papanicolau, mais conhecido por exame preventivo, é utilizado como exame de rotina em todas as melhores, com objetivo de diagnosticar o câncer de colo de útero, mesmo nos estágios inciiais. É capaz também de identificar a presença de células pré-cancerosas no colo do útero, ou seja, células que podem se tornar câncer. Por isso dizemos que pode "prevenir" a doença.

2. O exame Papanicolau é também usado para o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis?

Não. O Papanicolau não é o exame adequado para detectar infecções sexualmente transmissíveis, nem mesmo provocadas pelo HPV. No caso do HPV, o Papanicolau identifica células pré-cancerosas provocadas pelo vírus.

Durante a consulta o ginecologista pode suspeitar da presença de doença sexualmente transmissível e realizar outros exames, para essa investigação, como o exame a fresco que consiste em coletar o material (secreção ou corrimento), colocar em uma lâmina e analisar com a ajuda de um microscópio. Este é um procedimento simples, feito no próprio consultório, que identifica infecções e não causa dor.

Os sintomas que sugerem uma IST são principalmente, a presença de corrimentos, coceira, ardor, sangramento fora do ciclo menstrual e dor durante a relação sexual.

3. Quem deve fazer o exame Papanicolau?

Todas as mulheres com idade entre 25 e 64 anos de idade que têm ou já tiveram vida sexual ativa, devem realizar o exame Papanicolau.

4. Quando devo fazer o exame Papanicolau?

Para o Ministério da Saúde, se você tem entre 25 anos e 64 anos e possui ou possuía vida sexual ativa, é importante fazer o exame Papanicolau obedecendo os seguintes intervalos:

  • Depois da realização do primeiro exame, o segundo deve ser efetuado após um ano;
  • Se os resultados destes dois exames forem normais, o exame seguinte somente precisará ser feito após 3 anos;
  • Se os resultados indicarem lesões provocadas por HPV ou lesão de baixo grau, é preciso repetir o exame após 3 meses;
  • Se o resultado do exame Papanicolau indicar lesão de alto grau, o seu ginecologista definirá a melhor conduta a ser tomada.
5. Preciso fazer algum preparo para fazer o exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum preparo especial para efetuar o exame de Papanicolau, embora seja importante ter atenção a alguns detalhes:

  • Não faça o exame Papanicolau enquanto estiver menstruada;
  • Evite a realização de duchas vaginais no dia e no dia anterior;
  • Não utilize medicamentos intravaginais como cremes e óvulos vaginais 72 horas antes do exame;
  • Evite relações sexuais nas 72 horas anteriores ao Papanicolau;
  • Para as mulheres que tiveram bebê, o ideal é aguardar entre seis e oito semanas para efetuar o Papanicolau.
6. Como é feito o exame Papanicolau? Exame Papanicolau

O Papanicolau é um exame simples, indolor, realizado no consultório do ginecologista.

A posição que você adotará para a realização do exame, é a posição ginecológica (deitada, com as pernas afastadas e os pés ficarão apoiados em um suporte).

Para efetuar o exame o médico introduzirá na vagina um instrumento chamado de espéculo vaginal. Este instrumento serve para afastar as paredes da vagina e possibilitar a visualização do colo do útero.

As células do colo do útero são colhidas, primeiramente com uma espátula e depois com uma escova endocervical, ambos descartáveis. O material é colocado em uma lâmina de vidro e enviado ao laboratório para análise.

7. O exame Papanicolau causa dor?

Normalmente, o Papanicolau não provoca dor. Entretanto, é comum que você sinta desconforto por causa da necessidade de inserir e ajustar o espéculo dentro do canal vaginal.

Mulheres que já passaram pela menopausa podem apresentar atrofia vaginal, ou seja, a vagina se torna mais estreita e seca, o que pode aumentar o desconforto.

Para reduzir o incômodo provocado pela introdução e ajuste do espéculo no canal vaginal, o médico pode utilizar vaselina ou lubrificantes à base de água, pois não alteram o resultado do exame.

8. Preciso efetuar algum cuidado especial após a realização do exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum cuidado específico. Um sangramento vaginal bem pequeno pode ocorrer e é considerado normal. Portanto, após o exame você pode ir para casa. Se sentir necessidade, faça um repouso leve.

9. Como entender os resultados do exame Papanicolau?

Os resultados do exame Papanicolau mostram as características das células visualizadas no microscópio:

Classe I

Indica resultado normal. As células do colo do útero não apresentam alterações e se encontram saudáveis.

Classe II

Aponta alterações benignas nas células, que na maior parte dos casos são provocadas por inflamação vaginal.

Classe III

Inclui também resultados descritos como NIC 1, 2 ou 3 ou LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau).

Estes resultados indicam a presença de alterações nas células do colo do útero. Em algumas situações estas lesões podem ser provocadas por HPV.

Classe IV

Também inclui resultados descritos como NIC 3 e HSIL (lesão intraepitelial de alto grau). Estes resultados indicam início de câncer de colo de útero.

Classe V

O resultado de Papanicolau Classe V confirma a presença de câncer de colo de útero.

Amostra insatisfatória

Quando o resultado indica ‘amostra insatisfatória’, significa que o material coletado não adequado e, por este motivo, não foi possível realizar a análise para o Papanicolau.

Com base no resultado do exame Papanicolau, o ginecologista avaliará a necessidade de outros exames e também definirá o tratamento mais adequado.

Quando há infecção por HPV ou alterações nas células, o exame deve ser refeito após 6 meses.

Nos casos em que a suspeita de câncer existe pode ser indicada a colposcopia. Neste exame, o ginecologista avaliará detalhadamente a vulva, vagina e colo do útero.

10. Posso fazer o Papanicolau menstruada?

Não. Você não deve estar menstruada no momento do exame, pois a presença de hemácias (células do sangue) e/ou células do endométrio podem comprometer a visualização de células pré-cancerosas ou cancerosas no Papanicolau e alterar o resultado do exame.

O Papanicolau deve ser feito antes ou 10 dias após a menstruação.

11. Posso fazer o exame Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia?

É possível sim fazer o Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia. Fique atenta somente se você tiver, por exemplo, o exame Papanicolau e uma ultrassonografia transvaginal no mesmo dia. Neste caso, faça primeiro o Papanicolau e depois o ultrassom transvaginal, pois o gel utilizado para fazer a ultrassonografia pode interferir no resultado de outros exames.

12. Mulheres grávidas precisam fazer o Papanicolau?

Sim. As mulheres grávidas devem seguir a mesma rotina para a realização do exame preventivo, pois têm a mesma chance de desenvolver câncer de colo de útero que as mulheres não grávidas.

13. Mulheres virgens devem fazer o Papanicolau?

De acordo com o Ministério da Saúde, não. Mulheres que nunca tiveram relação sexual não correm o risco de desenvolver câncer de colo de útero, por não terem sido expostas aos fatores de risco como, por exemplo, a infecção por HPV.

Se você tem entre 25 e 64 anos de idade e tem ou já teve vida sexual ativa, faça o exame de Papanicolau. Ele é muito importante na prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino.

Em caso de dúvidas, converse com o seu ginecologista.

O que é o exame eletroneuromiografia (ENMG)? Que doenças detecta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A eletroneuromiografia (ENMG) é um exame que avalia a função dos nervos e dos músculos, através de estímulos, que são registrados em gráficos. Depois são analisados pelo médico que emite um laudo final.

O exame é realizado pelo médico, em duas etapas. Uma analisa a condução nervosa e a outra a resposta e força dos músculos, em qualquer parte do corpo, sendo os mais comuns, braços, pernas e rosto.

Tipos de exames

ENMG de MMSS - Nome do exame que avalia os membros superiores, os braços. As indicações para pedir esse exame, mais comuns, são a dor e dormência nas mãos, fraqueza e atrofia dos músculos nos braços.

ENMG de MMII - Exame dos membros inferiores, ou seja, as pernas. As principais indicações são dor e dormências nas pernas, inchaço nos pés, dores na coluna, diminuição de força nos membros inferiores e atrofia desses músculos.

ENMG dos quatro membros - A avaliação dos quatro membros é um dos principais exames para avaliar a neuropatia diabética. Pacientes diabéticos de longa data que apresentam dormência e diminuição de força nos membros, costumam realizar esse exame.

Casos de dores no corpo, braços e pernas, também são uma indicação comum.

ENMG de face - O exame analisa os músculos do rosto. Geralmente solicitado para avaliar o grau de lesão em uma paralisia facial e as possibilidades de melhora da paralisia com o tratamento adequado.

A eletromiografia, pode ser pedida ainda em casos mais específicos, como avaliação do músculo diafragma, em pacientes graves internados em CTI com dificuldade de sair do respirador, respirar sozinho. Músculos do dorso, após traumas e acidentes automobilísticos, entre outros.

Quais as doenças encontradas no exame de ENMG?

O exame é indicado para confirmar as doenças neurológicas e musculares, principalmente:

  • Síndrome do túnel do carpo
  • Hérnia de disco
  • Neuropatias
  • Paralisia facial periférica
  • Miopatias (doenças do músculo)
  • Miastenia gravis
  • Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
  • Doenças musculares de origem genética
Qual é o preparo para a realização do exame?

O principal cuidado para antes do exame, é não usar cremes ou produtos hidratantes na região que será examinada. Os cremes fazem uma barreira de proteção na pele, que atrapalha a avaliação da condução nervosa.

Não é necessário fazer jejum, ao contrário, é importante que se alimente para permanecer o tempo necessário no exame.

Importante ainda, informar ao médico e técnicos do exame, quando faz uso de medicamentos anticoagulantes. Dependendo da dose diária, pode ser preciso suspender a medicação ou reavaliar a necessidade desse exame, pelo pequeno risco de sangramento na etapa do estudo com eletrodo de agulha.

As demais orientações e cuidados antes do exame são determinados por cada serviço e equipe médica.

Aonde posso fazer o exame de ENMG?

O exame é disponibilizado no serviço público, através de um pedido médico, ou em clínicas particulares, com serviço de Neurofisiologia.

Quanto custa uma ENMG?

O exame está disponível no serviço público, gratuitamente.

Nos serviços particulares, os valores podem variar bastante, dependendo das cidades, do custo dos materiais utilizados em cada região, e procura.

Uma estimativa média é de R$ 200,00 (duzentos) a R$ 400,00 (quatrocentos) reais para o exame de dois membros (MMSS ou MMII) e R$ 500,00 (quinhentos) a R$ 1.000,00 (hum mil) reais para o exame dos quatro membros (MMSS e MMII).

O exame de face custa na faixa de R$ 200,00 (duzentos) a R$ 300,00 (trezentos) reais.

ENMG dói?

O exame causa um incômodo, especialmente na etapa em que é feito o estímulo com o eletrodo de agulha, porém para a maioria das pessoas, é totalmente tolerável.

A sensação de dor depende da sensibilidade de cada pessoa. De qualquer forma, o exame pode ser interrompido a qualquer momento, se for de desejo do paciente, portanto não deve se preocupar ou evitar o exame por esse motivo.

Como é feito o exame de ENMG?

O exame é realizado em duas etapas, uma que estuda a condução dos nervos, através de estímulos com pequenos choques, chamado eletroneurografia. A outra etapa que estuda os músculos, com a inserção de agulhas bem finas, na região a ser analisada, a eletromiografia.

Não existe uma regra para qual a primeira ou segunda etapa, é uma questão de preferência de cada médico.

Eletroneurografia:

Após a limpeza da região com solução antisséptica, são colocados eletrodos de adesivo na pele, em cima do músculo a ser avaliado, e com um aparelho estimulador, são emitidos choques de baixa intensidade, para avaliar a condução do impulso nervoso.

Eletroneurografia Eletromiografia:

Nessa etapa, é inserida uma agulha bem fina, específica para esse exame, no músculo a ser estudado e pedimos que faça um movimento. Esse movimento é registrado pelo eletrodo encontrado nessa agulha, possibilitando analisar a força e a resposta do músculo ao estímulo nervoso.

Ambas as respostas são captadas e enviadas para um computador, que transforma esses dados em gráficos. Os resultados são avaliados pelo médico.

Cabe ao neurofisiologista analisar todos os dados para definir o resultado.

Quanto tempo dura esse exame?

O exame leva em média 30 a 40 minutos para ser realizado, mas varia de acordo com o número de membros e músculos a serem estudados.

O médico que realiza o exame define essa necessidade de acordo com a queixa e com as respostas encontradas no decorrer do exame.

Existe alguma contraindicação para ENMG?

Sim. Pessoas que tem marcapasso, fazem uso de anticoagulantes ou tenha alguma doença de coagulação, devem passar por uma avaliação prévia com o médico que realiza o exame.

Para maiores informações, converse com o seu médico de família ou neurologista.

Fui atendida na emergência, será que fizeram exame de gravidez?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Exame de gravidez não é realizado nestes casos, é sua obrigação contar ao médico que há possibilidade de estar grávida (se é que há.) e é obrigação do médico perguntar se pode estar grávida. Acho que os dois esqueceram desse detalhe.

Exame Toxicológico: como é feito, tempo de detecção, substâncias detectadas, ...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame toxicológico de larga janela de detecção, ou apenas exame toxicológico, é um exame que detecta a presença de substâncias tóxicas ou drogas numa amostra biológica como sangue, ou urina, portanto, é utilizado para verificar se a pessoa consumiu alguma dessas substâncias.

1. Como é efeito o exame toxicológico?

O exame toxicológico é feito através da coleta de uma amostra de tecido biológico que pode armazenar vestígios da substância consumida. Pode ser colhido fios de cabelo, pelos, raspado de unha, urina ou sangue.

Nos exames solicitados para obtenção de CNH do tipo C, D e E o processo de coleta é através do cabelo, geralmente cortam-se alguns fios de cabelo com uma tesoura. Portanto, nesse caso o exame é totalmente indolor.

2. Quais substâncias o exame toxicológico detecta?

Em geral, o exame toxicológico é capaz de detectar:

  • Cocaína e derivados (como a merla e o crack);
  • Ecstasy (MDMA, MDA, MDE);
  • Maconha e derivados (como Haxixe e o Skunk);
  • Anfetaminas;
  • Metanfetamina;
  • Heroína e outros opióides como morfina, codeína, hidrocodona, hidromorfina;
  • PCP (Fenciclidina)

Portanto, essas são as substâncias que quando detectadas podem levar o motorista a reprovar no processo de obtenção da CNH.

3. O que fazer se tomo medicamentos que são detectados pelo exame?

Algumas das substâncias detectadas pelo exame são usados como medicamentos, como é o caso da codeína, morfina e alguns tipos de anfetaminas. Por isso, caso faça uso de algum medicamento, solicite a prescrição médica com o médico responsável pelo tratamento quando for realizar o exame e apresente no laboratório.

4. Álcool e cigarro aparecem no exame toxicológico?

O consumo de álcool e de cigarro não aparecem no resultado do exame toxicológico.

5. Qual o tempo de detecção da droga pelo exame após o seu consumo?

O período no qual é possível detectar o uso de drogas após o seu consumo varia conforme o método do exame realizado.

Amostra de Sangue: 24 horas

Exames que utilizam amostras de sangue são aqueles que apresentam menor janela de detecção, ou seja, só consegue detectar o consumo de substância que ocorre de 24 horas até a realização do exame.

Amostra de Urina: 10 dias

O exame que utiliza urina como amostra consegue detectar o consumo de substâncias que ocorreu até 10 dias da realização do exame.

Amostra de Cabelo: 90 dias

Já exames que são realizados com amostras de cabelos podem detectar o consumo de substâncias que ocorreu nos últimos 90 dias.

Amostra de Pelos Corporais: 180 dias

O teste que pode detectar substâncias consumidas há mais tempo é aquele que utiliza pelos corporais, nessa situação é possível detectar o consumo de substâncias em 180 dias.

6. Qual a validade do exame toxicológico?

O exame toxicológico apresenta validade de 90 dias para uso no Detran.

Para mais informações sobre o exame toxicológico converse com um médico.

Resultado do exame deu Gardnerella, será que é Vaginose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.

A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.

A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.

Qual o tratamento da vaginose bacteriana?

O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.

Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.

O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.

E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.

Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?

A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.

A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.

Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.

Como saber se tenho vaginose bacteriana?

A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".

Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.

A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.

O que pode causar a vaginose bacteriana?

Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:

  • Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
  • Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
  • Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
  • Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
  • Ter vários parceiros sexuais,
  • Tabagismo.
A vaginose pode ter complicações?

Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.

Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.

As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.

Leia mais:

Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Qual exame detecta nervo ciático inflamado?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A inflamação do nervo ciático é geralmente identificada através do exame físico e dos sintomas apresentados. O exame físico serve para verificar se os reflexos e a força dos músculos estimulados pelo nervo estão afetados.

Em algumas situações específicas, o médico pode ainda pedir outros exames, como ressonância magnética, tomografia ou eletromiografia.

Se quiser saber mais sobre a dor no nervo ciático, leia também:

Referência:

Moley PJ. Ciática - Diagnóstico. Manual MSD

Exame de colesterol: O que é? Para que serve? Quais os valores normais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de colesterol, também conhecido por lipidograma ou perfil lipídico, é um exame que avalia as concentrações de gordura no sangue.

A sua principal função é ajudar na prevenção de doenças vasculares, como o infarto cardíaco e o derrame cerebral (AVC). O colesterol ruim alto, aumenta o risco para essas doenças. O exame permite identificar essas alterações e iniciar um tratamento preventivo, que reduz esse risco.

Os valores normais de colesterol variam de acordo com os fatores de risco e estilo de vida de cada um, porém é fundamental que o colesterol ruim (LDL), esteja pelo menos abaixo de 130 mg/dl, enquanto o colesterol bom (HDL), deve estar acima de 40mg/dl.

Não é preciso de jejum para realizar o exame de colesterol!

Atualmente já não é mais recomendado o jejum de 12 horas para a realização de diversos exames, um deles é o exame de colesterol.

Sendo assim, deve manter a alimentação habitual até o dia do exame, evitando apenas:

  • Consumo de bebidas alcoólicas pelo menos 3 dias antes e
  • Prática de exercícios físicos, no dia anterior à coleta do sangue.

A única exceção é quando o exame de triglicerídeos encontra-se alterado. Se o valor dos triglicerideos estiver acima de 440 mg/dl, é preciso repetir esse exame, com o jejum de 12 horas, para reavaliação.

Valor normal de colesterol

Recentemente foram atualizados os valores considerados ideais de colesterol, que variam de acordo com os fatores de risco, estilo de vida e condições de saúde de cada um. O médico deverá calcular esse valor de risco na consulta médica e através de exames clínicos e laboratoriais.

Dessa forma, pessoas consideradas com alto risco para doenças vasculares, precisam manter as taxas de colesterol ruim (LDL) mais baixas do que aqueles considerados de baixo risco.

VALORES IDEAIS DE COLESTEROL
Tipo de colesterol Valor ideal
Colesterol total Abaixo de 190 mg/dl
LDL
Muito alto risco Abaixo de 50 mg/dl
Alto risco Abaixo de 70 mg/dl
Médio risco Abaixo de 100 mg/dl
Baixo risco Abaixo de 130 mg/dl
HDL Acima de 40 mg/dl
Triglicerideos (sem jejum) Abaixo de 175 mg/dl
Triglicerideos (com jejum de 12 h) Abaixo de 150 mg/dl
Quais são os fatores de risco para doenças vasculares?
  • Idade (Homens a partir de 45 anos e Mulheres a partir dos 55 anos);
  • Tabagismo;
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • História familiar de colesterol aumentado;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade e
  • Doença cardíaca prévia, especialmente história de infarto agudo do miocárdio.

Quanto mais fatores de risco apresentar, maior a exigência de controle do colesterol ruim, e os níveis considerados normais, devem ser mais baixos.

A mudança de hábitos de vida, é a principal medida para diminuir o colesterol ruim (LDL).

O tratamento e medidas para diminuir a taxa de colesterol ruim começa na mudança de hábitos de vida.

A atividade física regular, alimentação balanceada, evitar bebidas alcoólicas e abandonar hábitos ruins como o cigarro, são fundamentais para reduzir o colesterol ruim.

A prática regular de exercícios, também favorece o aumento do colesterol bom (HDL), colesterol que contribui para a redução do LDL.

Quando é indicado fazer o exame de colesterol? O primeiro exame de colesterol deve ser feito ainda na infância.

De acordo com as diretrizes atuais das associações de cardiologia, o primeiro exame de colesterol já deve ser feito na infância, entre os 9 e 11 anos de idade. No caso de crianças com história familiar de hipercolesterolemia ou diabetes, deve ser feito ainda antes dos 9 anos.

Para adultos, é indicado começar o rastreio aos 20 anos, repetindo a cada 5 anos, enquanto mantiver valores dentro dos limites adequados. Contudo, se o exame se apresentar alterado, esse acompanhamento deve ser anual e não mais a cada 5 anos.

Para realizar o exame do colesterol é preciso um pedido médico. Converse com o médico da família para avaliar a sua necessidade, calcular o risco real e valores adequados de colesterol no sangue.

Saiba como se alimentar de forma saudável e contribuir para a redução do colesterol ruim, no seguinte artigo: Como deve ser a dieta para baixar o colesterol?

Referências:

  • American Heart Association - What Your Cholesterol Levels Mean. May 22, 2020.
  • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2017.
  • Sociedade Brasileira de Diabetes.