Nível de leucócitos alto no sangue ou leucocitose pode ser indicativo de infecção, mas não necessariamente. O aumento do nível de leucócitos no sangue pode indicar a presença de um organismo ou substância estranha que precisa ser combatido e eliminado do corpo para não causar complicações.
Esse aumento também pode estar presente em algumas situações temporárias de estresse, como após exercícios físicos intensos, infarto, gangrena, queimaduras, pós-operatório, uso de medicações (lítio, corticoides, epinefrina), tabagismo, gestação, recém-nascido nos primeiros dias após o parto, além de situações crônicas, como alergias, artrite reumatoide, rinite, leucemia, parasitoses intestinais, Doença de Crohn, entre outras.
Os leucócitos atuam na resposta do organismo a agentes causadores de doenças, bem como a situações de estresse ou esforço físico intenso. Quando os níveis de leucócitos estão altos, com valores acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue, é um quadro denominado leucocitose. As causas desse aumento variam conforme as características da leucocitose e o tipo de leucócito que está alto.
Quando o aumento do número de leucócitos ocorre devido a uma situação de estresse para o organismo, como atividade física intensa, gravidez ou uso de anestesia, a leucocitose é fisiológica.
As infecções bacterianas, os processos inflamatórios e a gravidez causam as chamadas leucocitoses reativas. Doenças como leucemia e linfoma provocam um tipo de leucocitose denominada patológica.
O que são leucócitos?Os leucócitos são células de proteção do nosso organismo contra agentes externos, tanto mico-organismo que podem provocar infecções, quanto substâncias que provocam alergias.
Essas células de proteção são os glóbulos brancos do sangue e são divididos em 5 categorias: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos. Cada um desempenha um papel diferente no sistema imune. O aumento dos leucócitos pode ser acompanhado da predominância de algum desses subtipos.
A avaliação do número de leucócitos é útil para identificar a presença de processos inflamatórios ou infecciosos no organismo, avaliar a necessidade de se fazer uma biópsia de medula óssea ou a resposta ao tratamento com quimioterapia, radioterapia ou outras formas de terapia.
O resultado de um exame sempre deve ser interpretado de acordo com os sintomas e sinais clínicos que a pessoa apresenta. Além de avaliar as características do aumento dos leucócitos, também faz parte do diagnóstico o exame clínico do/a paciente. Por isso, é importante levar o resultado do exame para que o/a médico/a que solicitou faça a correlação adequada e tome as medidas apropriadas em cada caso.
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Leucócitos baixos (leucopenia) podem significar uma série de condições, fisiológicas ou não. Trata-se da redução no número de células de defesa do corpo, chamadas leucócitos ou glóbulos brancos. Não é uma doença, embora possa ser a manifestação de uma, mas sim um resultado de exame laboratorial (exame de sangue). Seu valor de referência normal é de 4000 a 10000 leucócitos por milímetro cúbico (mm3) de sangue.
Quais são as principais causas de leucócitos baixos?FisiológicasAlgumas pessoas podem ter um número normal abaixo ou acima do valor de referência, sem nenhuma implicação clínica, como na leucopenia crônica idiopática benigna. O valor de referência abrange a maioria da população, mas não toda. Algumas etnias como negros e judeus do Yemen e Sudão têm comumente leucopenia. Gestantes também podem apresentar este achado ou pessoas em jejum.
InfecçõesEm doenças como dengue e infecções virais geralmente ocorre leucopenia, com neutropenia (diminuição de neutrófilos), presença de linfócitos atípicos e trombocitopenia (diminuição de plaquetas), com valores abaixo de 100.000 plaquetas/µL.
Também pode ocorrer leucocitose (aumento dos leucócitos), mas precoce, e neutrofilia (aumento dos neutrófilos).
Também pode ocorrer queda de leucócitos na AIDS, febre amarela, rubéola, sarampo, febre tifoide, tuberculose, brucelose, malária, entre outras doenças.
Doenças da medula ósseaAnemia aplástica, leucemias, linfomas, mielofibrose, carcinomatose metastática e síndrome mielodisplásica.
Doenças da tireoide ou baçoHiperesplenismo e doença de Gaucher.
Doenças hepáticasCirrose hepática e hepatites.
Doenças autoimunesLupus Eritematoso Sistêmico; artrite reumatoide e linfoproliferativas.
Doenças genéticasAgranulocitose congênita de Kostmann, anemia de Fanconi e disgenesia reticular.
Outras causas comuns de leucócitos baixosDeficiência de folato ou vitamina B12, complicações do uso de alguns medicamentos (anti-tireoidianos, antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais), quimioterapia e radioterapia, alcoolismo, desnutrição e hemodiálise.
Quais são os sintomas de leucócitos baixos?Os leucócitos baixos não causam um sintoma específico. Contudo, é preciso ter atenção, pois se o número de leucócitos estiver muito baixo, há um aumento do risco de infecções.
Nesses casos, alguns sinais e sintomas podem estar presentes, como presença de gânglios ou nódulos no corpo, aumento de tamanho do baço, lesões na pele, além de manifestações que indicam doenças do fígado ou outras doenças.
Pessoas com febre e neutrófilos baixos (menos de 1.500 neutrófilos/µL), um tipo de leucócito, devem ser encaminhadas para um serviço de urgência para uma investigação.
Uma vez que existem diversas condições que podem deixar os leucócitos baixos, é preciso fazer um exame clínico em que se avalia a presença de sinais e sintomas e doenças, uso de medicamentos e complicações, nesse caso, infecções.
Em caso de leucopenia, um médico clínico ou um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento, quando necessário, vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se houver necessidade.
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Leucócitos altos na urina (leucocitúria) pode ter várias causas, sendo a mais comum delas a infecção do trato urinário. Pode ou não cursar com sintomas, inclusive quando não há sintomas, é chamada de bacteriúria assintomática.
Os leucócitos podem chegar ao trato urinário através de qualquer órgão ou estrutura do sistema urinário, como rim e uretra. Por isso, níveis de leucócitos altos na urina podem ser observados em quase todas as doenças inflamatórias que afetam os rins e o sistema urinário.
É considerada leucocitúria quando é observado número de leucócitos acima de 10.000 células/mL ou 10 células por campo. O nível de leucócitos pode ficar alto em situações, como:
- Infecção do trato urinário, geralmente causada pela bactéria Escherichia coli. A infecção pode afetar a bexiga (cistite), o rim (pielonefrite) ou a uretra (uretrite);
- Tuberculose do trato urinário;
- Febre;
- Após atividade física intensa;
- Presença de corpo estranho no trato urinário;
- Tumor de bexiga;
- Infecção por outros micro-organismos, como fungos, clamídia, leptospira, gonococo, Haemophilus, vírus;
- Nefrite intersticial e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
- Litíase renal (pedras nos rins);
- Rejeição de transplante renal;
- Contaminação por leucócitos da vagina;
- Câncer.
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa que protegem o organismo contra agentes infecciosos, como fungos, vírus, bactérias, parasitas, entre outros. Portanto se encontram aumentados na urina, quando o organismo precisa de auxílio por alguma problema na defesa do sistema urinário.
Durante a infecção do trato urinário, por exemplo, ocorre um processo inflamatório que tem por objetivo destruir o agente agressor. Esse processo inflamatório gera alterações na circulação sanguínea local, com migração de leucócitos e alterações no calibre dos vasos, aumentando a permeabilidade dos vasos e o extravasamento de leucócitos (sobretudo neutrófilos), para fora dos vasos sanguíneos. Por isso são encontrados no exame de urina.
Vele lembrar que a leucocitúria não significa obrigatoriamente a presença de infecção urinária. Nesses casos, além de leucócitos, também estão presentes bactérias na urina.
A presença de pedra no rim (cálculo renal) e tumor de bexiga também elevam os níveis de leucócitos na urina, por produzirem uma resposta inflamatória no organismo. Além disso, o cálculo renal obstrui o fluxo de urina, favorecendo a proliferação de micro-organismos e o maior risco de infecção urinária de repetição.
Embora o diagnóstico de infecção urinária seja basicamente definido pela avaliação clínica, pode ser necessário em alguns casos, a coleta de urocultura com antibiograma, para determinar a bactéria e o perfil de sensibilidade aos antibióticos.
Se você apresentar sintomas, como ardência para urinar, sensação de bexiga cheia e dor no baixo ventre, deve procurar um pronto atendimento para confirmar o quadro de infecção urinária, e iniciar o devido tratamento com antibióticos.
Na presença de alterações no exame de urina, você deve procurar o médico que solicitou o exame, um médico de família ou clínico geral, que avaliará a necessidade de tratamento e se necessário investigação complementar.
Leucócitos altos no exame de urina geralmente é sinal de infecção urinária. Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa do sistema imunológico.
Níveis elevados de leucócitos na urina normalmente indicam que há alguma inflamação no trato urinário, que pode ou não ser causada por algum agente infeccioso.
Algumas possíveis causas de leucócitos altos na urina:
- Infecção urinária, causada na maioria das vezes pela bactéria Escherichia coli;
- Febre;
- Atividade física muito intensa;
- Tuberculose do trato urinário;
- Infecção por outros micro-organismos, como fungos e vírus;
- Nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
- Cálculos renais (pedra nos rins);
- Uso de substâncias irritantes;
- Câncer.
Os valores normais de leucócitos no exame de urina devem estar abaixo de 10.000/ml. Acima desse valor é considerado leucocitúria (nível de leucócitos alto na urina).
Se a leucocito-esterase e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária.
A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.
A maioria dos casos de leucocitúria caracteriza-se pelo aumento do número neutrófilos, um tipo de leucócito, e tem como causa uma inflamação no trato urinário.
Os leucócitos podem chegar ao sistema urinário através de qualquer uma das suas estruturas, desde à uretra aos rins. Os leucócitos podem estar altos, temporariamente, em quase todas as doenças dos rins e do sistema urinário, quando são acompanhadas de inflamação.
Os leucócitos são células de defesa, sendo mobilizados pelo sistema imune em casos de infecção, gerando um processo inflamatório que tem o objetivo de destruir o agente invasor. A circulação sanguínea sofre alterações, com mudanças no calibre e na permeabilidade dos vasos sanguíneos, que levam ao extravasamento de leucócitos.
O número de leucócitos também pode estar elevado em quadros de febre e após exercícios físicos intensos.
Porém, a principal causa de leucócitos altos na urina é a infecção urinária, que pode ser causada por diferentes micro-organismos, mas principalmente por bactérias.
Algumas doenças e condições que podem causar inflamação do trato urinário também podem aumentar o número de leucócitos presentes na urina, como cálculos renais, câncer de bexiga e presença de corpo estranho. No caso dos cálculos renais, também ocorre obstrução da urina, o que favorece a proliferação de micro-organismos que podem provocar infecção urinária.
Apesar de o aumento dos leucócitos ter como principal causa infecções urinárias agudas, a verificação da presença dessas células na urina e o teste de leucocito-esterase são úteis para diagnosticar outras doenças urinárias.
Por isso, os resultados desses exames devem ser avaliados sempre em conjunto com outros exames e as manifestações dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.
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Células epiteliais raras ou bactérias raras na urina: o que significam?
Referências
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
Segmentados alto no leucograma geralmente indica a presença de uma infecção causada por bactérias ou fungos. Contudo, o aumento do número de segmentados no hemograma completo também pode ter como causa inflamações, tumores, hemorragias, uso de certos medicamentos, entre outras.
Além das doenças, o nível de segmentados também pode estar alto em algumas condições temporárias, como infarto, após atividade física intensa, pós-operatórios, uso de algumas medicações como corticoides, lítio e epinefrina, fumo e gestação.
Recém-nascidos também podem apresentar taxas elevadas de segmentados nos primeiros dias após o nascimento.
Os valores de referência de segmentados no hemograma são de 3.000 - 8.000/mm³ (valor absoluto) e 36 - 53% (valor relativo).
Lembrando que o aumento do número de segmentados não é uma doença em si, mas um sinal de que algo está ocorrendo no organismo. Uma vez que a elevação desses glóbulos brancos pode indicar doenças graves, ela precisa ser investigada.
O que são segmentados?Os segmentados são os neutrófilos maduros, células de defesa que fazem parte do sistema imune do corpo. Os neutrófilos compõem o grupo das células conhecidas como glóbulos brancos, juntamente com os eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.
Os neutrófilos têm a função de atacar e destruir micro-organismos invasores, sobretudo bactérias, através de uma ação conhecida por fagocitose. A grosso modo falando, os neutrófilos literalmente “engolem” os germes e a seguir os destroem. Por isso, quando os segmentados estão altos, é provável que haja um processo inflamatório ou infeccioso em curso no organismo.
Os neutrófilos segmentados são atraídos para os focos de infecção e chegam rapidamente a esses locais. Quando o organismo necessita mobilizar grandes quantidades de neutrófilos, a medula óssea aumenta a produção dessas células e em poucas horas os seus níveis são compensados, conforme a necessidade do corpo.
Qual a diferença entre segmentados e bastonetes?Os segmentados são neutrófilos maduros. Constituem a maioria dos neutrófilos e, muitas vezes, são os únicos neutrófilos presentes no sangue. Os outros neutrófilos encontrados na circulação são os bastonetes, que são neutrófilos jovens ou imaturos. O tempo de maturação dos neutrófilos na medula óssea é de 4 a 6 dias, quando só então entram na circulação sanguínea.
Os neutrófilos vivem durante cerca de 9 dias. Quando chegam à circulação sanguínea, já têm aproximadamente 6 dias, onde permanecem de 6 a 20 horas. Essas células estão constantemente saindo da circulação sanguínea e chegando a diferentes tecidos do corpo, onde permanecem vivas por mais 2 ou 3 dias.
Quando o leucograma detecta a presença de bastonetes, utiliza-se o termo "desvio à esquerda". Em geral, trata-se de um sinal de que o organismo está reagindo bem à inflamação ou infecção.
Porém, se o valor de bastonetes for superior ao valor total de neutrófilos, pode indicar que a medula não está produzindo e liberando neutrófilos maduros suficientes e, por isso, está enviando células mais jovens, que são uma espécie de neutrófilos de reserva.
O resultado do leucograma, bem como de todo o hemograma, deve ser interpretado pelo/a médico/a que solicitou o exame, juntamente com o exame clínico do/a paciente.
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Segmentados: qual o valor normal?
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Mielócitos altos ou baixos no leucograma, o que significa?
Referência
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
A leucocitose é o aumento do número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue. Pode ser causada pela presença de infecção no organismo, por situações como exercícios físicos, gravidez ou ainda leucemias. A leucocitose é confirmada quando o número de leucócitos está acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue.
Os leucócitos são responsáveis pela resposta do organismo a agentes causadores de doenças ou a situações estressantes e de esforço físico. São divididos em neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.
Quais as causas da leucocitose?- Uso de certos medicamentos (agonistas adrenérgicos, como salbutamol (ou albuterol), corticoides, epinefrina, fator estimulador de colônias de granulócitos, heparina e lítio);
- Tabagismo;
- Cirurgia para retirar o baço;
- Infecções, quase sempre causadas por bactérias;
- Doença inflamatória, como artrite reumatoide ou alergia;
- Leucemia ou doença de Hodgkin;
- Queimaduras.
A quantidade normal de glóbulos brancos é de 4.500 a 11.000 por microlitro de sangue. Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório.
O aumento da quantidade dessa células no sangue é considerado uma leucocitose. Porém, a causa depende das suas características e do tipo de leucócito aumentado.
Quais são os tipos de leucocitose e suas causas? Leucocitose fisiológicaA leucocitose fisiológica ocorre em resposta a um estresse agudo do organismo, como no caso de exercícios físicos vigorosos, anestesia e gravidez.
Leucocitose reativaA leucocitose reativa ocorre devido às infecções por bactérias, inflamações e em doenças que afetam o metabolismo do corpo.
Leucocitose patológicaJá as leucocitoses patológicas ocorrem em doenças como leucemia mieloide, leucemia linfoide e linfoma.
Leucócitos baixos: o que pode ser?Níveis de leucócitos baixos no sangue é uma condição chamada leucopenia. Ocorre quando há menos de 4.500 leucócitos por microlitro de sangue. A leucopenia pode ser causada por:
- Deficiência ou insuficiência da medula óssea, devido a infecção, tumor ou distúrbios de cicatrização;
- Medicamentos para o tratamento de câncer ou outras doenças;
- Doenças autoimunes, como lúpus;
- Doença do fígado ou baço;
- Tratamento com radioterapia;
- Certas doenças virais, como mononucleose;
- Infecções bacterianas muito graves (sepse);
- Estresse emocional ou físico intenso, como lesões ou cirurgias.
Os medicamentos que podem baixar a contagem de leucócitos incluem: antibióticos, anticonvulsivantes, medicamentos antitireoidianos, arsênio, captopril, medicamentos quimioterápicos, clorpromazina, clozapina, diuréticos, bloqueadores de histamina-2, sulfamidas, quinidina, terbinafina e ticlopidina.
O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela sua interpretação, que deve levar em conta a história do paciente, o exame clínico, o resultado de outros exames e a presença de outras doenças e condições.
Saiba mais em: Fiz exame de urina e o resultado dos leucócitos está elevado. O que pode ser?
O tratamento de leucócitos baixos é individualizado, dependendo da causa, e pode inclusive não ser necessário. No entanto, pode ser a manifestação de uma doença, sendo indicado um tratamento específico para o problema.
De qualquer forma, como os leucócitos são as nossas células de defesa, é importante adotar medidas que estimulem o organismo a produzir mais células e manter os valores ideais no sangue.
Medidas para aumentar os leucócitos no sanguePrevenir as doenças, para ajudar na manutenção dos leucócitos no sangue.
- Cuidados gerais de saúde como manter vacinação atualizada, principalmente a vacina contra o vírus influenza, evitando uma virose comum, que sabidamente consome muito as células de defesa.
- Promover higiene das mãos, higiene dental e cuidados dentários regularmente para prevenir infecções orais. Os enxaguatórios bucais com antibióticos, como o gluconato de clorexidina 0,12%, podem ser usados nos casos de gengivite, para reduzir o risco de complicações.
- Manter qualidade do sono, dormindo pelo menos 7 a 8 horas por dia, durante a noite, sempre que possível. O sono age no equilíbrio hormonal e no funcionamento do sistema imunológico.
AlimentosAdotar boa alimentação, de preferência com auxílio de um nutrólogo ou nutricionista, ajuda na oferta de substratos necessários para a produção de leucócitos e, ao mesmo tempo, auxilia no combate às infecções.
Lista de alimentos que já comprovaram benefícios para tratamento de leucócitos baixos:
- Frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi)
- Legumes (batata-doce, cenoura)
- Vegetais verde-escuro (couve, espinafre, brócolis)
- Oleaginosas (nozes, amêndoas, castanha-caju)
- Peixes
- Mel
Para os casos mais graves, com leucócitos entre 500 e 1.000/mm³ ou pessoas em quimioterapia, pode ser indicado um remédio que estimula a produção de novas células, o pegfilgrastim.
Esse medicamento precisa de receita médica e orientações específicas, devido aos possíveis efeitos adversos. Trata-se de um tratamento bastante específico.
Leucócitos abaixo de 4000 é normal? O que pode ser?Pode ser normal sim.
O valor considerado normal de leucócitos no exame de sangue varia entre 4.000 e 11.000 por milímetro cúbico (mm³), na maioria dos laboratórios.
No entanto, em algumas situações, pode estar abaixo de 4 mil, sem significar uma doença, como no caso da: gravidez e certas etnias como os negros e judeus do Yemen e Sudão. Populações que habitualmente apresentam valores de leucócitos entre 3 e 4 mil por mm³, sem interferir na imunidade ou na sua qualidade de vida.
Outras causas de leucócitos baixos são:
- Doenças infecciosas, quando as células de defesa estão sendo consumidas para combater o microorganismo,
- Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, diabetes),
- Doenças da medula óssea (órgão que produz os leucócitos) e
- Uso de certos medicamentos, como os quimioterápicos.
Portanto, a leucopenia é um resultado encontrado em um exame de sangue, que não significa obrigatoriamente uma doença.
Em caso de leucopenia, um médico clínico ou preferencialmente um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento (se necessário) vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se julgar necessário.
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Referência:
Nancy Berliner. Management of the adult with non-chemotherapy-induced neutropenia. UpToDate: Feb 21, 2020.
A presença de piócitos na urina geralmente é sinal de inflamação do trato urinário. Os piócitos são leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos. São as células de defesa do organismo.
Os níveis de piócitos na urina podem estar altos em diversas situações, sendo a principal delas a infecção urinária. Outras possíveis causas incluem: tuberculose do trato urinário, infecção por fungos e vírus, nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins), pedra nos rins, uso de substâncias irritantes, traumas, câncer, entre outras.
O nível normal de piócitos na urina é de até 5 por campo ou até 10.000/ml. Acima disso é considerado piúria. Para determinar a causa da inflamação ou infecção, é necessário avaliar outros dados do exame de urina.
Se a leucócito-esterase (também chamada esterase leucocitária) e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária. A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.
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Referências
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
Leucócitos elevados na urina (leucocitúria) durante a gravidez pode ter várias causas, sendo a mais comum delas a infecção do trato urinário. Pode ou não cursar com sintomas. Quando não há sintomas quaisquer, é chamada de bacteriúria assintomática.
É considerada leucocitúria quando é observado número de leucócitos acima de 10.000 células/mL ou 10 células por campo. Pode ocorrer em algumas situações, como:
- infecção do trato urinário, geralmente causada pela bactéria Escherichia coli;
- tuberculose do trato urinário;
- infecção por fungos, Chlamidia, Leptospira, gonococo, Haemophilus, vírus;
- nefrite intersticial;
- litíase renal (pedras nos rins);
- glomerulonefrite;
- câncer;
- contaminação por leucócitos vaginais.
É muito importante o diagnóstico de infecção do trato urinário na gestação, pois esta pode levar a sequelas maternas e para o bebê. Dentre as possíveis sequelas maternas, pode-se citar:
- pielonefrite (infecção dos rins);
- septicemia;
- pré-eclâmpsia;
- corioamnionite e endometrite (infecção das membranas que revestem o útero por dentro);
- anemia.
Para o bebê, pode trazer as seguintes sequelas:
- trabalho de parto prematuro;
- baixo peso ao nascimento;
- rotura prematura de membranas;
- restrição de crescimento intra-útero.
Sendo assim, é muito importante que seja realizado exame de urina 1 e urocultura em toda grávida durante o pré-natal, e que seja instituído o tratamento adequado com antibióticos o quanto antes. Se a gestante tiver ardência ao urinar, sensação de bexiga cheia o tempo todo ou febre, procure imediatamente um serviço de pronto atendimento.
Toda gestante deve realizar pré-natal.
Significa que o valor dos leucócitos está aumentado, e a causa mais comum de aumento dos leucócitos no exame de urina é a infecção urinária.
Exame de urinaO exame de urina é utilizado para avaliar o funcionamento e presença de doenças no sistema urinário. Nessa análise, existem dados já estipulados para avaliação, com os seus valores de referência para normalidade.
Os parâmetros usados na grande maioria dos laboratórios de análise são:
- Coloração;
- PH;
- Densidade;
- Glicose;
- Proteínas;
- Corpos cetônicos;
- Hemoglobina;
- Bilirrubina;
- Urobilinogênio;
- Nitritos;
- Leucócitos e
- Células epiteliais.
Os leucócitos são os nossos glóbulos brancos, células de defesa, portanto costumamos encontrar poucos, alguns ou nenhum leucócito na urina, em termos de valores, 5 por campo, ou menos do que 10.000 células por ml.
No caso de aumento dos leucócitos, a primeira hipótese diagnóstica é uma infecção urinária, porém existem outras causas, embora menos comuns, para esse achado. Podemos citar: Casos de trauma, uso de certos medicamentos e uso de substâncias irritantes, como para higiene íntima.
Dessa maneira, é fundamental que o exame seja avaliado por um médico clínico geral, médico da família ou urologista, que junto a história clínica e exame físico, será capaz de diagnosticar e oferecer as orientações necessárias.
Saiba mais sobre esse assunto em: Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
Leucócitos levemente diminuídos (pode ter ou não algum significado clínico) e VHS está dentro do normal (um pouco aumentado, mas é tão pouco que não deve ter nenhum significado), o mais importante do resultado dos exames é a interpretação que seu médico irá fazer baseado nas suas queixas (a simples verificação do normal ou fora do normal não tem muito sentido).
Leucócitos altos, com valores acima de 11.000 células por microlitro de sangue, é uma condição chamada leucocitose. Suas causas incluem:
- Infecções, quase sempre causadas por bactérias;
- Doença inflamatória, como artrite reumatoide ou alergias;
- Uso de certos medicamentos;
- Tabagismo;
- Pós-operatório de cirurgia para retirar o baço;
- Leucemia ou linfoma de Hodgkin;
- Danos nos tecidos, como queimaduras.
Os medicamentos que podem deixar os níveis de leucócitos aumentados incluem: agonistas adrenérgicos, como albuterol, corticoides, epinefrina, fator estimulador de colônias de granulócitos, heparina e lítio.
O que pode deixar os leucócitos baixos?Os leucócitos estão baixos quando o resultado do exame apresenta valores inferiores a 4.500 células por microlitro de sangue. Esta condição é denominada leucopenia. Os níveis de leucócitos podem estar baixos nas seguintes doenças e condições:
- Deficiência ou insuficiência da medula óssea devido a infecção, tumor ou cicatrização anormal dos tecidos;
- Tratamento com quimioterapia;
- Uso de certos medicamentos;
- Doenças autoimunes, como lúpus;
- Doença do fígado ou do baço;
- Tratamento com radioterapia;
- Doenças virais, como mononucleose ou dengue;
- Câncer que danifica a medula óssea;
- Infecções bacterianas muito graves;
- Estresse emocional ou físico intenso;
- Lesões ou cirurgias.
Dentre os medicamentos que podem baixar a quantidade de leucócitos no sangue estão: antibióticos, anticonvulsivantes, medicamentos antitireoidianos, arsênio, captopril, medicamentos quimioterápicos, clorpromazina, clozapina, diuréticos, bloqueadores de histamina-2, sulfamidas, quinidina, terbinafina e ticlopidina.
O que são leucócitos?Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa que fazem parte do sistema imunológico e ajudam o corpo a combater infecções. Existem 5 tipos principais de leucócitos: basófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e neutrófilos.
O exame para verificar se os leucócitos estão altos ou baixos pode ser solicitado para diagnosticar algumas doenças e condições, como infecções, reações alérgicas, inchaços e alguns tipos de câncer que afetam o sangue, como leucemia ou linfoma.
A quantidade normal de leucócitos é de 4.500 a 11.000 células por microlitro de sangue. Os valores de referência podem variar um pouco de acordo com o laboratório.
Existe ainda um exame mais específico que identifica qual o tipo de leucócito que está com valores altos ou baixos. Esse exame é feito para diagnosticar infecções, anemias ou leucemias, além de monitorar uma dessas condições ou avaliar se o tratamento está sendo eficaz. Nesse caso, os diferentes tipos de leucócitos são apresentados em porcentagem:
- Neutrófilos: 40% a 60%;
- Linfócitos: 20% a 40%;
- Monócitos: 2% a 8%;
- Eosinófilos: 1% a 4%;
- Basófilos: 0,5% a 1%.
Qualquer infecção ou estresse agudo pode causar um aumento na produção de leucócitos, como inflamações, respostas imunológicas ou leucemia.
É importante lembrar que o aumento anormal de um tipo de leucócito pode causar uma diminuição nas porcentagens dos outros tipos de glóbulos brancos.
Neutrófilos altos ou baixos: o que pode ser?Os neutrófilos podem estar altos em casos de infecção aguda, estresse agudo, convulsões ou coma na gravidez, gota, leucemia aguda ou crônica, doenças mieloproliferativa, artrite reumatoide, febre reumática, tireoidite, traumatismos e tabagismo.
Níveis baixos de neutrófilos podem ter como causas: anemia aplástica, quimioterapia, gripe, radioterapia ou exposição à radiação, infecção viral, infecção bacteriana grave e generalizada.
Linfócitos altos ou baixos: o que pode ser?Um aumento na quantidade de linfócitos pode ser causado por infecção bacteriana crônica, hepatite, mononucleose, leucemia linfocítica, mieloma múltiplo e infecção viral (caxumba, sarampo).
Os linfócitos podem estar baixos em casos de tratamento com quimioterapia ou radioterapia, infecção por HIV ou AIDS, leucemia, exposição à radiação, sepse (infecção generalizada) e uso de esteroides.
Monócitos altos ou baixos: o que pode ser?Um aumento na porcentagem de monócitos pode ser devido a doença inflamatória crônica, leucemia, infecção parasitária, tuberculose e infecção viral (mononucleose infecciosa, caxumba, sarampo).
A porcentagem de monócitos pode estar baixa nas seguintes doenças e condições: estresse, terapia com imunossupressores, leucemia aguda, uso de corticoides e anemia aplástica.
Eosinófilos altos ou baixos: o que pode ser?Os eosinófilos podem estar altos em casos de doença de Addison, reação alérgica, câncer, leucemia mieloide crônica, doença vascular do colágeno, síndromes hipereosinofílicas e infecção parasitária.
Níveis baixos de eosinófilos têm como principais causas o uso de medicamentos corticoides, estresse e inflamações ou infecções agudas.
Basófilos altos ou baixos: o que pode ser?Um aumento na porcentagem de basófilos pode ter como causas: cirurgia de remoção do baço, reação alérgica, leucemia mieloide crônica, doença vascular do colágeno, doença mieloproliferativa e catapora.
Os basófilos podem estar baixos em casos de infecção aguda, câncer e lesão grave.
O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela interpretação dos resultados, de acordo com a história e o exame clínico do paciente, além do resultado de outros exames.