Perguntar
Fechar
Ejacular várias vezes sem trocar a camisinha, pode estourar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O ideal é uma camisinha para cada vez que ejacula. Inclusive precisa cuidar ao retirar e higienizar o pênis e as mãos antes de colocar a próxima camisinha para não ter risco de contaminar a parte externa da camisinha com os fluídos.

Vou fazer o exame transvaginal, quantos dias devo ficar sem relação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não há uma indicação exata quanto à abstinência sexual antes da realização da ultrassonografia.

Por isso, não há necessidade de evitar relações sexuais antes de fazer o ultrassom.

Para realização do exame transvaginal a mulher não precisa ficar alguns dias sem ter relação sexual.

A mulher que vai fazer exame transvaginal pode ter relação sexual no dia anterior ao exame ou até mesmo no próprio dia pois isso não irá interferir no resultado.

Algumas informações sobre o exame transvaginal:

  • Informe o/ médico/a se você tiver alguma sensibilidade ou alergia ao látex;
  • Use roupas confortáveis;
  • Esteja atenta à higiene local após o ultrassom, pois pode ficar um pouco de gel no canal vaginal;
  • Após o procedimento não é necessário fazer nenhum tipo de repouso e você pode voltar às suas atividades normalmente logo a seguir ao exame.

O preparo para a realização do exame transvaginal é simples, sendo geralmente feito com a bexiga vazia ou parcialmente cheia. O procedimento não costuma provocar dor, nem antes nem depois.

O/a profissional de saúde poderá explicar os passos para a realização do exame transvaginal e dar oportunidade para que você tire possíveis dúvidas em relação ao ultrassom.

O que é tricomoníase e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A infecção pode ser assintomática tanto no homem quanto na mulher. Quando presentes, os sintomas são notados em até 28 dias após a infecção, podendo incluir:

⇒ Na mulher: corrimento amarelo-esverdeado com mau cheiro, dor durante a relação sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira na vagina. A tricomoníase na mulher também pode afetar o colo do útero.

Contudo, a maioria das mulheres infectadas com Trichomonas vaginalis pode não manifestar nenhum tipo de sinal ou sintoma.

⇒ No homem: irritação na extremidade do pênis, aumento da necessidade de urinar (o que pode tornar-se doloroso), corrimento branco, claro ou purulento, desconforto após a relação sexual, com possível inflamação do prepúcio.

Grande parte dos homens infectados não manifesta nenhuma alteração. Quando presentes, o principal sintoma é uma irritação na extremidade do pênis.

Como ocorre a transmissão da tricomoníase?

A transmissão da tricomoníase ocorre através de relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada. O contágio acontece pelo contato direto das mucosas com as secreções infectadas pelo Trichomonas vaginalis.

A prevenção da tricomoníase é feita pelo uso de preservativo em todos os tipos de relações sexuais.

Qual é o tratamento para tricomoníase?

O tratamento da tricomoníase é feito com medicamentos antibióticos e quimioterápicos. É importante que o tratamento seja feito em conjunto, tanto da pessoa que está com os sintomas como do seu/sua parceiro/a, para prevenir novas infecções. Durante o tratamento e enquanto houver a presença de sinais e sintomas, as/os parceiras/os não devem ter relações sexuais.

No homem, os sintomas podem desaparecer em poucas semanas, mesmo sem receber tratamento. Contudo, o indivíduo pode infectar outras pessoas, mesmo sem ter manifestado qualquer sintoma de tricomoníase.

Sem tratamento, a tricomoníase aumenta o risco de transmissão pelo vírus do HIV, além de causar complicações durante a gravidez, com parto prematuro e peso baixo do bebê ao nascimento.

O tratamento da tricomoníase pode ser prescrito pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, urologista, ginecologista ou infectologista.

Quais os alimentos ricos em vitamina B12?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os alimentos ricos em vitamina B12 incluem essencialmente produtos de origem animal como carne vermelha, fígado, peixes, frutos do mar.

A vitamina B12 pode ser encontrada também em carne de aves, ovos e produtos derivados do leite (queijo, iogurte, requeijão, manteiga), além de cereais para café da manhã e outros alimentos enriquecidos com vitamina B12.

Para que serve a vitamina B12? 

A vitamina B12 é importante na fabricação de novas células, como os glóbulos vermelhos do sangue, além de ser essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso.

Dentre as funções da vitamina B12 estão a participação no desenvolvimento do sistema nervoso e na comunicação entre os neurônios, bem como na melhoria da memória. 

Durante a gravidez, a vitamina B12 exerce um importante papel no desenvolvimento do sistema nervoso do feto, prevenindo malformações fetais.

Quais as consequências da falta de vitamina B12? 

A falta de vitamina B12 pode causar anemia perniciosa e afetar o sistema nervoso, causando problemas neurológicos. 

A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em pessoas que não possuem uma alimentação adequada ou em pessoas com incapacidade de absorver corretamente o nutriente. 

A carência da vitamina também pode ocorrer em casos de abuso de bebidas alcoólicas, como efeito colateral de algumas medicações ou como consequência da cirurgia de redução do estômago.

Nas pessoas com alimentação equilibrada e saudável, é muito rara a deficiência da vitamina B12.

Vale ressaltar ainda que a vitamina B12 fica armazenada no fígado, o que pode permitir à pessoa uma reserva de vitamina B12 de até 6 anos após a parada da ingestão de alimentos de origem animal.

Caso tenha alguma dúvida com relação à sua alimentação e as fontes de vitamina B12, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral para uma avaliação pormenorizada.

Quais tipos de sangue combinam? Tipos de sangue e compatibilidade sanguínea
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para saber se uma transfusão sanguínea pode ser realizada sem riscos de reações de incompatibilidade, que podem ser prejudiciais à pessoa que recebe o sangue doado, os tipos sanguíneos entre doador e receptor devem ser compatíveis.

As duas formas mais comuns de avaliar a compatibilidade entre diferentes tipos sanguíneos é através do Sistema ABO e do sistema Rh.

O sistema ABO classifica o sangue em quatro grupos ou tipos: A, B, AB e O. Já no sistema Rh há dois tipos de sangue Rh + (positivo) e Rh - (negativo).

De maneira geral o sangue tipo A pode ser doado para pessoas com o mesmo tipo sanguíneo e sangue AB.

Já alguém com sangue tipo B também pode doar para o mesmo tipo sanguíneo B e para pessoas com sangue tipo AB.

Por sua vez, pessoas com sangue AB podem receber sangue dos quatro tipos, mas só podem doar para o próprio tipo AB.

Enquanto, o sangue tipo O pode ser doado para os quatro tipos, mas só pode receber sangue também tipo O.

Portanto, têm-se as seguintes possibilidades:

Compatibilidade Sistema ABO
Tipo de sangue Pode doar para Pode receber
A A, AB A, O
B B, AB B, O
AB AB A, B, AB, O
O A, B, AB, O O

Em relação ao fator sanguíneo, pessoas com o fator Rh + podem receber tanto sangue Rh positivo quanto Rh negativo, desde que haja compatibilidade também no sistema ABO. Entretanto, pessoas com fator Rh - apenas podem receber sangue que também é Rh negativo.

Portanto, se considerarmos essas duas formas de compatibilidades é possível saber quais tipos de sangue "combinam" e podem ser transfundidos.

A tabela abaixo exemplifica as possibilidades de compatibilidade sanguínea.

Compatibilidade sanguínea
Tipo de sangue Pode doar para Pode receber
A+ A+, AB+ A+, A-, O+ e O-
A- A+, A-, AB+ e AB- A- e O-

B+

B+ e AB+ B+, B-, O+ e O-
B- B+, B-, AB+ e AB- B- e O-
AB+ AB+ A+, B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB-
AB- AB+ e AB- A-, B-, O- e AB-
O+ A+, B+, O+ e AB+ O+ e O-
O- A+, B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB- O-
Classificação do tipo sanguíneo no sistema ABO

O sangue humano pode ser classificado em 4 grupos: tipo A, B, AB e O. Essa forma de classificar o sangue humano chama-se sistema ABO e é feita com base na presença de duas estruturas moleculares:

  • Os antígenos: estruturas moleculares presentes nas hemácias (glóbulos vermelhos).

  • Anticorpos: moléculas presentes no plasma, com função de defesa.

Por exemplo, o sangue tipo A contém glóbulos vermelhos que possuem na sua superfície antígenos A e no plasma possuem anticorpos anti-B, já o tipo sanguíneo B possui antígenos B e anticorpos do tipo anti-A.

Isto significa que se misturarmos ao sangue tipo A, o sangue tipo B os anticorpos anti-B presentes no sangue A irão reconhecer os antígenos presentes no sangue tipo B e causar uma reação que leva a destruição das hemácias.

Da mesma forma, se uma pessoa com sangue tipo B receber sangue tipo A, os anticorpos anti-A presentes no sangue B irão reconhecer os antígenos A presentes nas hemácias do sangue tipo A e destruí-las.

Tipo sanguíneo AB e O

Já o sangue tipo AB é um sangue que possui antígenos A e B nas suas hemácias e não possui nenhum anticorpo. Por isso, uma pessoa com sangue AB pode receber sangue de todos os outros tipos sanguíneos, já que não terá nenhum anticorpo capaz de interagir com as células do sangue doado.

O sangue tipo O, por sua vez, não possui antígenos, mas possui os dois tipos de anticorpos anti-A e anti-B no plasma. Portanto, pessoas de sangue tipo O só podem receber doações de sangue O.

Classificação do tipo sanguíneo no Sistema Rh

Outra forma de classificação envolve outro tipo de antígeno presente nas hemácias chamado de fator Rh. Há pessoas que tem o fator Rh, então o seu tipo sanguíneo é chamado de Rh + (positivo), e outras que não tem o Rh então o tipo sanguíneo é o Rh - (negativo).

Pessoas que não possuem o fator Rh no sangue, que tem o tipo sanguíneo Rh negativo, se recebem sangue com o fator Rh irão produzir anticorpos anti-Rh contra as células sanguíneas.

Também pode ser do seu interesse:

Como saber meu tipo sanguíneo?

Irmãos podem ter tipo sanguíneo diferente?

Referência bibliográfica

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

O que é uma psicose e quais são os seus sinais e sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Psicose é um termo usado para identificar transtornos psiquiátricos em que a pessoa perde o contato com a realidade. O funcionamento mental de uma pessoa psicótica fica comprometido em vários níveis, provocando sinais e sintomas que incluem alucinações, delírios, confusão mental, perda de memória, comportamentos fora do comum, entre outros.

O termo "psicótico" também pode ser usado para designar distúrbios nos relacionamentos pessoais e sociais ou comportamentos isolados num determinado momento.

Perder o contato com a realidade significa que a pessoa não avalia corretamente as suas percepções e pensamentos, o que a leva a tirar conclusões incorretas em relação ao mundo real, mesmo que as evidências provem o contrário.

Existem diversos tipos de transtornos psicóticos, como esquizofrenia, transtorno delirante, transtorno psicótico induzido por substâncias, transtorno psicótico breve, entre outros.

Mesmo pessoas com transtornos mentais não-psicóticos podem apresentar sintomas psicóticos, como em casos de depressão grave, por exemplo.

São observadas alterações nos pensamentos e na afetividade, com um comprometimento de todo o comportamento, o que atrapalha a vida do indivíduo, podendo torná-lo incapaz de desenvolver-se plenamente e viver bem em sociedade.

Nas psicoses, pode haver uma negação total da realidade, que é substituída por conceitos únicos e particulares que caracterizam a doença.

Quais são os tipos de psicose?

Os transtornos psicóticos mais comuns, de acordo com a faixa etária, são:

  • Transtornos esquizofrênicos e psicoses reativas: sintomas começam geralmente na adolescência (idade entre 11 e 18 anos) ou em jovens adultos (entre 18 e 30 anos);
  • Depressão com sintomas psicóticos: mais comum em adultos, mas pode acometer outras faixas etárias;
  • Psicoses orgânicas: pode acometer qualquer faixa etária, mas se destaca entre os idosos.
Quais são os sintomas de uma psicose?

O sinal mais evidente de uma psicose é a manifestação de delírios ou alucinações sem estar ciente da origem patológica desses sintomas. Para entender a diferença entre delírio e alucinação, pode-se utilizar o seguinte exemplo:

Uma pessoa entra num local, vê um policial e, sem motivo algum, quer sair correndo porque acha que a polícia está ali para lhe prender. Neste caso, a polícia é real mas não está ali para prender a pessoa em questão. Foi ela que imaginou essa situação e acreditou ser verdade. Trata-se de um delírio. Alucinação seria ver o policial ou ouvir uma sirene da polícia sem que esses existissem, já que é isso que define a alucinação: ver ou ouvir algo que não existe.

Porém, é importante diferenciar uma síndrome de um transtorno psicótico. Uma síndrome psicótica apresenta os sintomas básicos de uma psicose mas não é a doença propriamente dita. Existem vários transtornos ou doenças mentais que englobam os sinais de um transtorno psicótico, sem que a pessoa seja necessariamente psicótica.

Quais são os sinais e sintomas que caracterizam uma síndrome psicótica?
  • Aparecimento súbito de alucinações, principalmente quando acompanhadas de ideias delirantes e incoerência na organização de ideias, além de desorientação no espaço e no tempo;
  • Desconfiança excessiva, isolamento, falta de interesse por atividades sociais, hostilidade e agressividade;
  • Tristeza acentuada, insônia, autoacusação, ideias ou tentativas de suicídio, descuido com a higiene pessoal;
  • Euforia, insônia, planos ou ideias grandiosas, excitação ou agitação psicomotora, eloquência exagerada;
  • Estar alheio(a) ao mundo exterior, com predomínio significativo do mundo interior, comportamentos bizarros ou estranhos, dificuldade em expressar emoções e sentimentos.
Esquizofrenia

A esquizofrenia, por exemplo, é uma forma típica de psicose. Trata-se de uma doença da personalidade, que altera toda a vivência da pessoa. Pessoas esquizofrênicas são consideradas “estranhas” ou “loucas”, devido à sua alienação da realidade. Menosprezam a razão e vivem nas suas fantasias.

Os sintomas que caracterizam a esquizofrenia, para fins de diagnóstico, incluem:

  • Ouvir os próprios pensamentos sob a forma de vozes;
  • Ouvir vozes que falam sobre o comportamento da pessoa;
  • Alucinações somáticas;
  • Sensação de controle dos pensamentos;
  • Sensação de ser controlado e influenciado por coisas externas.

A esquizofrenia é uma psicose que afeta o comportamento, a afetividade e o pensamento, sendo os delírios uma causa ou consequência das alterações sofridas nessas áreas.

O delírio mais comum da esquizofrenia é do tipo paranoide ou de referência. No primeiro caso, a pessoa acha que os outros estão tentando prejudicá-la ou a estão perseguindo. No segundo caso (referência), a pessoa acha que tudo e todos estão se referindo a ela (televisão, rádio, vizinhos…), o que a leva a ter um pouco de aversão a esses elementos.

Os delírios na esquizofrenia começam a se manifestar aos poucos, sendo percebidos gradualmente por amigos e familiares do paciente.

Já as alucinações visuais e auditivas são as mais comuns da esquizofrenia. Alucinações desse tipo caracterizam-se por ouvir vozes dos próprios pensamentos, ouvir vozes que falam e dão respostas, além de ouvir vozes que fazem observações sobre as ações da pessoa.

Porém, a esquizofrenia pode causar ainda alucinações ao nível do tato, olfato, paladar, movimentos, entre outras alucinações somáticas.

Essa transformação dos pensamentos em sons, outros sinais e sintomas de alucinação auditiva e a sensação de ter os pensamentos controlados por fatores externos, caracterizam um quadro típico de esquizofrenia.

Um indivíduo com esquizofrenia pode passar o dia inteiro ouvindo a sua própria voz, que faz comentários e previsões daquilo que foi ou será feito por ele.

Outro sintoma típico da esquizofrenia é a sensação de que o pensamento está sendo sugado para fora por alguma coisa do exterior ou está irradiando para fora da mente.

A sensação de ter as ações sendo controladas por forças ou agentes externos é outra característica marcante da esquizofrenia.

Em geral, as alucinações auditivas surgem em primeiro lugar e são as últimas a desaparecer com o tratamento.

Qual é o tratamento para psicose?

O tratamento das psicoses pode incluir medicamentos, psicoterapia, orientações para a família e prática de exercícios físicos. O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das síndromes e transtornos psicóticos.

Com o anticoncepcional a menstruação diminuiu muito...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É possível que mulheres que iniciam o uso de anticoncepcional oral apresentem dor de cabeça e redução do fluxo menstrual. No entanto,qualquer dor de cabeça que piora em intensidade ou frequência precisam ser avaliadas por um médico.

Da mesma forma, quando ocorrem dores de cabeça que caracterizam enxaqueca o anticoncepcional com estrógeno deve ser descontinuado e substituído por outro método contraceptivo.

A dor de cabeça da enxaqueca é uma dor aguda, latejante, na maioria das vezes ocorre apenas de um lado da cabeça, barulhos, luz e odores podem piorar a dor. Também podem ocorrer náusea e vômitos. Os episódios podem durar algumas horas ou até 3 dias.

Quais as possíveis mudanças no padrão menstrual causados pelo anticoncepcional oral hormonal?

Em relação ao fluxo menstrual também é comum ocorrer mudanças no padrão menstrual que a mulher apresentava até então. É possível que ocorra:

  • Sangramento em menor quantidade e menos dias de sangramento
  • Sangramento irregular, que pode ser caracterizado sangramento que ocorra fora da pausa do anticoncepcional, em momentos inesperados.
  • Sangramento ocasional
  • Ausência de menstruação

Todas essas são alterações esperadas durante o uso do anticoncepcional oral hormonal, não representam nenhuma ameaça a saúde ou fertilidade e tendem a melhor com o decorrer do tempo.

Caso essas alterações no fluxo menstrual se agravem com o decorrer do uso da pílula ou estejam gerando muito incomodo é recomendado procurar um médico de família ou ginecologista para avaliar se de fato o sangramento é decorrente do anticoncepcional ou se existe alguma outra causa para esses sintomas.

Também pode ser do seu interesse:

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.

O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.

Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.

Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?

A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.

Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.

Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.

Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.

A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?

Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
  • Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
  • Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
  • Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
  • Sintomas de gripe, resfriado e febre.

Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.

O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

Também podem lhe interessar:

Quem tem HPV pode engravidar?

Quais são os sintomas do HPV?

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?

O que é fibrose pulmonar? Tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fibrose pulmonar é uma doença crônica não infecciosa, que se caracteriza pela substituição do pulmão por tecido cicatricial (fibrose), interferindo na capacidade pulmonar de realizar as trocas gasosas. O tecido fibroso é bem menos elástico que os pulmões, dificultando a respiração.

A fibrose pulmonar tanto pode evoluir lentamente, ao longo de anos, como pode apresentar uma progressão mais rápida, de poucos meses.

Apesar da evolução lenta e progressiva ser a mais comum, a fibrose pulmonar não deixa de ser fatal, provocando a morte do indivíduo cerca de 2 a 4 anos após o diagnóstico.

A doença afeta sobretudo homens com mais de 60 anos, fumantes ou ex-fumantes.

Fibrose pulmonar tem cura? Existe tratamento?

A fibrose pulmonar idiopática não tem cura. Uma vez instalada, a fibrose não desaparece. Entretanto, em 2016, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma medicação promissora, capaz de retardar a progressão da doença.

Até o momento, não foram apresentados estudos suficientes para definir resultados confiáveis em relação a resposta ao medicamento, especialmente quanto ao aumento do tempo de sobrevida média. Porém, os resultados evidenciaram melhora na qualidade de vida desses pacientes, pela primeira vez após outras opções de tratamento.

Se houver um processo inflamatório significativo, podem ser usados ainda medicamentos como corticoides, azatioprina e a ciclofosfamida.

A possibilidade de um transplante de pulmão também deve ser avaliada, principalmente nos casos de demora no diagnóstico e nos casos já mais avançados. O transplante pode melhorar a qualidade de vida do paciente e aumentar o tempo de sobrevida.

Indivíduos que apresentam uma diminuição da oxigenação sanguínea são tratados com administração de oxigênio. Nos casos em que a redução da oxigenação só acontece durante um esforço, o paciente pode utilizar dispositivos portáteis de oxigênio.

A fisioterapia respiratória pode melhorar a qualidade de vida do paciente e também pode ser indicada.

Quais as causas da fibrose pulmonar?

A fibrose pulmonar idiopática tem causa desconhecida (idiopática quer dizer “causa desconhecida”).

Porém, alguns casos de fibrose pulmonar são consequência de doenças que afetam os pulmões. Nesses casos, a fibrose não é idiopática e não é considerada uma doença em si, mas sim uma complicação de uma doença pulmonar anterior.

Além das doenças pulmonares, a fibrose pulmonar pode ser causada por:

  • Doenças autoimunes, como artrite reumatoide, esclerodermia e polimiosite;
  • Exposição a substâncias tóxicas como metais pesados, alcatrão, asbesto e sílica, bactérias, fungos ou radiação;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Infecções virais;
  • Contato frequente com aves;
  • Fatores genéticos.
Quais são os sintomas da fibrose pulmonar?

Os sintomas mais comuns da fibrose pulmonar são:

  • Falta de ar, que piora progressivamente;
  • Respiração curta e rápida;
  • Tosse seca durante mais de 6 meses;
  • Dedos em baqueta de tambor;
  • Perda de peso e apetite.

Com o tempo, as extremidades do corpo, como as pontas dos dedos, podem ficar azuladas devido à falta de oxigenação. Algumas pessoas referem ainda dores musculares e articulares.

Inicialmente os sintomas da fibrose pulmonar podem ser leves e passar despercebidos. No entanto, com a evolução da fibrose, os sintomas vão piorando e a pessoa apresenta dificuldade e falta de ar para realizar tarefas simples, como trocar de roupa ou tomar banho.

É possível prevenir a fibrose pulmonar?

Não. Não há maneiras de prevenir a fibrose pulmonar idiopática, mas sabe-se que o tabagismo está fortemente associado à doença e, por isso, deve ser evitado.

Além disso, o afastamento de fatores de risco, como a exposição a certas substâncias tóxicas, bem como o tratamento precoce de doenças pulmonares associadas à fibrose pulmonar, também podem ajudar a prevenir alguns casos.

Existe uma forma familiar de fibrose pulmonar idiopática (representa menos de 5% dos casos), em que pelo menos 2 membros da família são acometidos. Assim, se uma pessoa tiver um familiar de 1º grau com a doença e apresentar algum dos sintomas, deve procurar um médico imediatamente o pneumologista para uma avaliação.

O pneumologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da fibrose pulmonar.

Logo após a relação sexual tenho dor de cabeça. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É preciso observar se a dor de cabeça começa mesmo logo após a relação sexual ou se ela tem início durante o ato. Existem muitos tipos de dor de cabeça (cefaleia) e um deles está relacionado ao orgasmo (cefaleia orgástica).

Este tipo de dor de cabeça atinge homens e mulheres, podendo acontecer antes do orgasmo (menos comum), no início da excitação ou da relação sexual, com aumento progressivo à medida que a pessoa vai se excitando. No entanto, o mais comum é que essa dor de cabeça aconteça durante o orgasmo, no momento do clímax.

Caracteriza-se como uma dor explosiva, sentida em toda a cabeça ou apenas na nuca. Este tipo de cefaleia pode durar até 2 dias, podendo desaparecer em até uma hora se o indivíduo interromper a atividade sexual. Pode ter intensidade tão forte que em muitos casos é preciso interromper a relação sexual.

A principal causa dessa dor de cabeça ainda não é conhecida. Pode estar relacionada com o aumento da pressão sanguínea durante a relação sexual, enxaquecas ou até estresse.

O melhor é procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial. Em casos de maior gravidade, quando as crises são muito intensas e frequentes, pode ser necessário o acompanhamento pelo neurologista para uma investigação mais aprofundada da causa dessa cefaleia após as relações sexuais.

Também pode ser do seu interesse:

Dor de cabeça frequente: o que pode ser?

Enxaqueca e cefaleia

Faço uso de cafeína anidra 420mg, mas estou preocupado...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A cafeína é um estimulante e como tal pode interferir no sono e causar insônia. O uso regular da cafeína pode levar ao vício e a descontinuidade da ingestão de café nessas situações leva a sintomas de abstinência como dor de cabeça, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração e rigidez muscular.

O consumo exagerado pode levar a alguns malefícios que são atribuídos ao uso do café. Efeito diurético e perda de minerais e vitaminas, causando enfraquecimento do organismo. Possui uma relação direta com a doença fibrocística que é precursora do câncer de mama.

Veja também: Cafeína tira a dor de cabeça?

Pode causar irritação da pele e outras doenças dermatológicas como verrugas e psoríase e favorecer o aparecimento de pólipos intestinais. Provoca aumento da secreção de ácido cloridrico (azia constante) no estômago levando ao aparecimento de gastrite e úlcera.

Queria saber qual dia provável que eu engravidei?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente a gravidez ocorreu no dia 29 porque não houve proteção. A pílula do dia seguinte para a relação anterior ao seu uso. A eficácia é mais alta quanto antes fizer uso, e deve ser feita dentro de 72 horas, ou para as apresentações mais novas, até 5 dias após a relação.

A eficácia chega a 90% se tomar em até 24h, como foi feito na primeira relação, por isso é provável que tenha protegido para o dia 24 de abril, mas para o dia 29 provavelmente não.

A pílula do dia seguinte não protege contra a gravidez, em relações posteriores ao seu uso. Para prevenir é preciso tomar anticoncepcional oral diariamente, ou fazer uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).

Outro ponto importante é avaliar o seu período fértil, se o dia 29 estava dentro do seu período fértil, aumenta as hipóteses de ter sido o dia provável da gravidez.

Calculamos o período fértil a partir do último dia de menstruação, que no seu caso foi dia 14 de abril. O dia mais fértil é o dia do meio do ciclo, depois somamos 3 dias antes e 3 dias depois, que correspondem a semana mais fértil.

Para os períodos regulares de 28 dias, somamos 14, para os ciclos de 30 dias, somamos 15. Para os ciclos irregulares o cálculo é um pouco mais complexo, mas também é possível ser calculado.

Supondo que o seu ciclo seja de 28 dias, somamos 14 ao dia 14 de abril, o que resulta em 28. Podemos dizer que o dia 28 mais 3 dias e menos 3 dias foi o seu período fértil, ou seja, do dia 25 de abril até 01 de Maio, eram os dias com maior chance de engravidar. Se houve relação no dia 29 de abril, sem proteção, a probabilidade de gravidez era alta.

Embora não seja possível confirmar exatamente em qual dia foi a gravidez, porque o organismo pode levar de 24 a 72 horas após a relação, para fecundar o óvulo, todos os dados apontam para o dia 29 de abril.

O exame de ultrassonografia pode apontar para essa data de acordo com as características do bebê, de maneira ainda mais confiável.

De qualquer forma, o mais importante agora é que siga as orientações do pré-natal rigorosamente, para promover boas condições ao bebê e a sua saúde.

Saiba mais sobre o pré-natal e cuidados durante a gestação nos artigos:

Referências:

Ministério da Saúde do Brasil.