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Como deve ser a dieta para intestino preso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para combater a prisão de ventre, a receita principal é a ingestão adequada de água (pelo menos 2 litros por dia) para amolecer as fezes, associada a uma dieta rica em alimentos que contêm fibras, a fim de regular o trânsito intestinal.

Entretanto, o consumo aumentado de fibras, sem beber água suficiente, pode prejudicar ainda mais a constipação intestinal (prisão de ventre). Por isso fique atento a sua ingestão de água!

Existem também muitos alimentos que são bons laxantes naturais, pois favorecem a passagem do bolo alimentar pelo intestino, como frutas e alimentos integrais.

Outra dica valiosa, é manter uma rotina alimentar, não pular refeições e evitar alimentos processados ou fast food, como pães brancos, bolos, bolachas, salsichas, hambúrgueres, batatas fritas e salgadinhos.

Peixe, frango, peru ou outras carnes magras não têm fibra, mas não deixam o intestino preso nem pioram a prisão de ventre. Por isso, podem estar incluídos na dieta.

Frutas para intestino preso

A maioria das frutas ajuda a soltar o intestino, aliviando a prisão de ventre. As mais indicadas em casos de intestino preso incluem bagas (melancia, goiaba, uva, laranja, tomate), pêssego, damasco, ameixa, passas e ameixas secas. Lembrando que as frutas devem ser consumidas com casca, sempre que possível, pois as cascas possuem muitas fibras.

Alimentos integrais para intestino preso

A dieta para intestino preso deve contemplar alimentos integrais, como pães, arroz, biscoitos e massas. Cereais ricos em fibras como a aveia ou o farelo de aveia são altamente recomendados.

Vegetais para intestino preso

Os vegetais fornecem boas doses de fibras à dieta. Alguns vegetais ricos em fibras incluem aspargos, brócolis, milho, abóbora e batatas com casca. Saladas feitas com alface, espinafre e couve também são indicadas.

Leguminosas (feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha), amendoim, nozes e amêndoas são consideras excelentes fontes de fibra e devem ser parte integrante de uma dieta para combater a prisão de ventre.

Recomenda-se que os alimentos ricos em fibras sejam introduzidos lentamente à dieta, já que o aumento súbito do consumo de fibras, pode causar inchaço abdominal e gases.

Vale ressaltar ainda que as necessidades diárias de fibras são diferentes para homens e mulheres e variam conforme a idade da pessoa. Para saber as doses indicadas de cada alimento e receber um plano alimentar personalizado, de acordo com as suas necessidades, consulte um nutricionista.

Porém, para casos de intestino preso, sem evacuar por 3 dias, apresentar inchaço abdominal, dor de estômago, náuseas, vômitos ou sangue nas fezes, procure imediatamente atendimento médico, clínico geral ou médico de família, para avaliação mais detalhada.

Leia também: O que é prisão de ventre e quais são as suas causas?

Quais os benefícios da couve para a saúde?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A couve é um alimento muito nutritivo e, por este motivo, traz diversos benefícios à saúde. É rica em proteínas, cálcio, ferro, vitamina C, betacaroteno e fibras. Por ser um vegetal crucífero, possui altas concentrações de vitaminas e minerais que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.

1. Promove uma melhor digestão e funcionamento intestinal

O consumo de couve auxilia na manutenção da saúde do estômago. O fitoterápico chamado sulforafano, presente nos vegetais crucíferos, protege o estômago e impede a proliferação e a infecção por bactérias Helicobacter pylori, responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite, úlcera péptica e câncer de estômago.

As fibras presentes nas folhas de couve ajudam a manter o volume de água nos intestinos e a formar o bolo fecal. Deste modo, favorecem a motilidade, promovem a regularidade e o bom funcionamento intestinal.

2. Auxilia na redução do colesterol

As fibras, presentes em alta concentração nas folhas de couve, auxiliam no controle e redução do colesterol. Na medida em que estas fibras passam pelo intestino, a gordura ingerida com a alimentação é absorvida e, posteriormente, eliminada nas fezes.

A redução do colesterol ocorre também pela alta capacidade de ligação aos ácidos biliares no trato digestivo. Vale destacar que os ácidos biliares são constituídos a partir do colesterol e que a ligação adicional de colesterol aos ácidos biliares e a sua excreção provocam, portanto, uma redução efetiva dos níveis de colesterol no sangue.

Estudos demonstraram que as folhas de couve cozidas no vapor têm maior capacidade de se ligar aos ácidos biliares do que outros vegetais crucíferos como brócolis, repolho, couve de Bruxelas, mostarda e couve-flor.

3. Ajuda no controle da diabetes

Por ser rica em fibras, a ingestão regular de couve em um plano alimentar saudável pode auxiliar no controle dos níveis de insulina e, por consequência, no controle da diabetes. Estudos verificaram que pessoas portadoras de diabetes tipo 1 que consomem uma alimentação rica em fibras possuem reduzidos níveis de glicose.

Para quem tem diabetes tipo 2, a alimentação com alto teor de fibras tem a capacidade de reduzir os níveis de lipídios e de melhorar a concentração de insulina no sangue.

4. Atua na prevenção de câncer

Os glucosinolatos, compostos encontrados nos vegetais crucíferos (couve, couve de Bruxelas, brócolis, mostarda e couve-flor), têm sido estudados quanto ao seu poder de impedir a proliferação de câncer de pulmão, mama, próstata e colorretal em diferentes estágios.

Estas substâncias também estão sendo estudadas para o combate ao câncer de pele, esôfago e pâncreas. Entretanto, os resultados das pesquisas para estes tipos de câncer ainda são preliminares e necessitam ser mais bem estudadas.

5. Fortalece os ossos e protege as células nervosas

Por ser rica em vitamina K, a couve tem atuação importante para o aumento da massa óssea a para contenção de lesões dos neurônios.

A vitamina k atua como um importante modificador de proteínas da matriz óssea. Esta ação faz com que a absorção de cálcio aumente e a sua eliminação por meio da urina seja reduzida, o que propicia o aumento da massa óssea.

Além disso, a vitamina K é importante para pessoas com doença de Alzheimer uma vez que ela limita as lesões dos neurônios.

6. Benéfico para mulheres grávidas

A couve é rica em ácido fólico que tem como principal função a produção de novas células. Além de auxiliar na manutenção da saúde do sistema nervoso, o ácido fólico ajuda a fechar o tubo neural dos bebês durante a gestação. Alguns estudos demonstraram também que a vitamina K pode reduzir o risco de lábio leporino e distúrbios cardíacos em bebês.

Uma alimentação saudável é chave para a sua saúde. Priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras e não faça dietas radicais sem orientação nutricional.

Como deve ser a dieta para baixar o colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dieta para baixar o colesterol alto deve incluir alimentos ricos em gorduras “saudáveis” e fibras. Alimentos com alto teor de gordura animal devem ser evitados, bem como alimentos processados e fritos, pois são ricos em gorduras saturadas e trans.

Essas gorduras (animal, saturada e trans) são as principais responsáveis pelo aumento dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, podendo ainda diminuir os valores do colesterol bom (HDL). Lembrando que a dieta para baixar o colesterol tem como objetivos aumentar o colesterol bom e baixar o colesterol ruim.

Como baixar o colesterol através da alimentação?Escolha gorduras saudáveis

A gordura saturada é uma gordura prejudicial porque aumenta o nível de colesterol ruim (LDL). Pode ser encontrada em algumas carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos.

A gordura trans é outra gordura prejudicial. Pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom. A gordura trans é encontrada principalmente em alimentos feitos com gorduras e óleos hidrogenados, como margarina, bolachas e salgadinhos.

Por isso, recomenda-se substituir essas gorduras nocivas por gorduras mais saudáveis, presentes em alimentos como carnes magras, nozes, azeite e óleos de canola e açafrão.

Dependendo das calorias consumidas por dia, as quantidades máximas de gorduras que devem estar presentes na dieta são:

Calorias diárias Gordura total Gordura saturada
1.500 42-58 g 10 g
2.000 56-78 g 13 g
2.500 69-97 g 17 g
Diminua o consumo de alimentos com colesterol

O colesterol é encontrado em alimentos de origem animal, como fígado, miúdos, gemas de ovos, camarão e laticínios. Para baixar o colesterol, recomenda-se consumir menos de 200 mg de colesterol por dia.

Aumente o consumo de fibras

Os alimentos ricos em fibras ajudam a diminuir a absorção de gorduras pelo intestino. Esses alimentos incluem:

  • Cereais integrais (aveia e farelo de aveia);
  • Frutas (maçã, banana, laranja, pera, ameixa);
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha);
Coma muitas frutas e legumes

Uma dieta rica em frutas e legumes pode aumentar a quantidade de substâncias importantes para baixar o colesterol. Essas substâncias, chamadas estanóis ou esteróis vegetais, funcionam como fibras.

Coma peixes ricos em ômega-3

O ômega-3 é um tipo de gordura, porém, “saudável”. Embora não reduza o nível de colesterol ruim (LDL), podem ajudar a aumentar o nível de colesterol bom (HDL). Salmão, atum, sardinha e cavala são boas fontes de ômega-3. Para ajudar a baixar o colesterol, recomenda-se comer esses peixes duas vezes por semana.

Reduza o consumo de álcool

O álcool adiciona calorias à dieta, o que pode causar ganho de peso. Estar acima do peso pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom.

Para maiores informações sobre como seguir uma dieta para baixar o colesterol, consulte um médico clínico geral, médico de família ou nutricionista.

Dieta Dukan: como funciona e quais são os seus riscos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dieta Dukan consiste no aumento do consumo de proteínas e redução da ingestão de gorduras. Caracteriza-se por ser uma dieta hiperproteica que propõe um emagrecimento rápido, mas que não assegura uma boa condição de saúde e nem a manutenção do peso alcançado. Pode ainda causar importantes desequilíbrios nutricionais.

É também conhecida como Dieta Francesa ou Dieta Prototal e foi criada pelo nutricionista Pierre Dukan.

Dieta Dukan: caracterizada pelo consumo de grandes quantidades de proteínas. Como funciona a dieta Dukan?

A dieta Dukan é composta de 4 fases distintas e a duração de cada uma destas etapas depende da quantidade de peso que se deseja emagrecer.

Fase 1: Ataque

Esta é a fase de maior restrição da dieta e apenas são permitidos alimentos proteicos. Podem ser ingeridos: carnes vermelhas magras, peito de frango ou peru, fígado, rins, frutos do mar, ovos, leite, iogurtes e queijos. Esta etapa dura de 2 a 7 dias.

Fase 2: Cruzeiro

Na fase de cruzeiro são inseridos na dieta alguns legumes e verduras em dias alternados. Isto significa que é possível alternar os dias de consumo de proteínas, legumes e vegetais permitidos com dias de consumo restrito de proteínas. Nesta etapa deve-se beber 1,5 litros de água por dia, no mínimo. São permitidos: alface, acelga, espinafre, repolho, aipo, palmito, abobrinha, tomate, rabanete, pepino, berinjela, cogumelo escarola e alho-poró. Esta fase deve durar até que o peso alcançado seja atingido.

Fase 3: Consolidação

O objetivo desta fase é evitar o ganho de peso que ocorre quando se perde peso de forma muito acelerada. Este efeito é bastante comum.Esta etapa dura 10 dias para cada quilo de peso perdido na fase de ataque e de cruzeiro. São incluídos na alimentação: uma porção de pão integral, uma de frutas e uma de queijo. São também permitidas duas porções de cereais por semana.

Fase 4: Estabilização Permanente

Nesta fase recomenda-se seguir 3 regras: fazer a fase de ataque uma vez por semana, consumir 3 colheres de aveia por dia e manter a prática regular de atividade física. O objetivo é manter o peso alcançado, conforme o desejado, e deve durar por toda vida.

Quais são os riscos da dieta Dukan?
  • Por causa da ausência de carboidratos na dieta Dukan, o organismo busca energia por meio da quebra de gordura. Isto favorece a liberação de corpos cetônicos que, em grandes concentrações são prejudiciais ao organismo;
  • Na mesma medida em que a gordura é quebrada, provocando o emagrecimento rápido, o organismo também fica mais ácido. A acidez excessiva, especialmente em diabéticos e obesos, pode levar a sérias complicações, inclusive a morte;
  • Pode provocar o estado de acidose: náuseas, dor de cabeça, tontura e desidratação. Este quadro pode levar à morte e é uma tentativa de o organismo restabelecer o seu pH;
  • Por ser uma dieta muito restritiva, pode desencadear deficiência de vitaminas, minerais e desequilíbrio hormonal;
  • Por ser hiperproteica, a dieta Dukan pode provocar desconforto gástrico. Isto acontece porque as proteínas são de metabolização lenta e complexa, o que promove demora no esvaziamento gástrico e causa desconforto;
  • O consumo elevado de alimentos de origem animal (carnes e laticínios) provoca elevação do colesterol ruim (LDL) que favorece a obstrução dos vasos sanguíneos e aumenta o risco para as doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral;
  • Há risco de insuficiência renal, pelo excesso de proteínas na rotina alimentar quando o uso desta dieta é feito por longos períodos de tempo;
  • Estudos mostram que com a dieta Dukan as pessoas conseguem perder peso, mas não conseguem mantê-lo e voltam a engordar. Isto se deve ao fato de que esta dieta não promove uma reeducação alimentar;
  • Efeito sanfona: podem ocorrer grandes oscilações de peso que são maléficas para o corpo. Não é saudável nem perder e nem ganhar peso rapidamente, pois esta variação propicia a produção de radicais livres que causam lesão celular.

Para perder peso é importante se alimentar continuamente de forma saudável e manter a prática de atividade física. O nutricionista é o profissional mais indicado para orientar o seu plano alimentar.

Veja também:

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Abacate na redução do colesterol ruim
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Evidências científicas demonstraram que comer abacate reduz o colesterol ruim.

Associado a uma alimentação saudável e balanceada, o consumo regular de abacate traz benefícios à saúde, especialmente pela redução do colesterol ruim (LDL) no sangue. A redução do LDL está diretamente relacionada com a prevenção de doenças cardiovasculares.

A fruta possui alto valor nutricional. É rica em proteínas, vitaminas A, B1, B2, D e E, ácido fólico, ácidos graxos ômega, fitoesteróis, tocoferóis e esqualeno. Também tem boa quantidade de cálcio, potássio, magnésio, sódio, fósforo, enxofre e silício.

Abacate e a redução de colesterol

Compostos bioativos presentes na polpa do abacate como os fitoesteróis (β-sitosterol) são os principais responsáveis pela redução dos índices de colesterol. A ação desta substância se relaciona com a inibição da absorção de colesterol nos intestinos e com a redução da síntese de colesterol pelo fígado.

Alguns estudos mostraram ainda que os fitoesteróis atuam sobre os níveis de colesterol total no sangue e sobre o colesterol ruim (LDL), sem afetar o colesterol bom (HDL) e os triglicerídeos sanguíneos.

Planos alimentares ricos em fitoesteróis, presentes em abundância no abacate, podem diminuir os níveis de colesterol total e do LDL (colesterol ruim). Uma pesquisa realizada no México mostrou uma redução média de 17% nos níveis de colesterol no sangue de 45 voluntários que ingeriram abacate uma vez por dia durante uma semana.

Regulação da atividade muscular e proteção de doenças cardiovasculares

O abacate se destaca pelos elevados índices de potássio, o que ajuda a regular a atividade muscular e protege o corpo contra as doenças cardiovasculares.

Prevenção de câncer

A fruta parece também atuar positivamente na prevenção do câncer, por ser uma fonte de antioxidantes, como a glutationa. Esta substância tem ação sobre os compostos potencialmente cancerígenos. Já os fitoesteróis (β-sitosterol) atuam inibindo a carcinogênese (processo de formação do câncer).

Fortalecimento do sistema imunológico

O β-sitosterol, fitoesterol presente no abacate, parece ser benéfico para o fortalecimento do nosso sistema imunológico. Este composto aumenta a produção das células de defesa do organismo e, deste modo, desempenha importante contribuição no tratamento de infecções e de doenças como câncer e HIV.

Auxílio nos processos de emagrecimento

É também o β-sitosterol, abundante no abacate, que ajuda as pessoas que desejam emagrecer. A substância reduz a compulsão alimentar e o acúmulo de gordura na região abdominal. Além disso, por ser rico em fibras, o consumo de abacate promove a sensação de saciedade e melhora o trânsito intestinal.

Sabendo que se trata de um alimento com alto valor calórico e ser rico em lipídios (gorduras), embora nesse caso sejam gorduras boas, o alimento deve ser integrado a uma rotina alimentar saudável e abundante em frutas, verduras, legumes e carnes magras.

Para uma orientação nutricional direcionado ao seu caso, consulte um/a nutricionista ou nutrólogo/a.