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Hoje a tarde levei uma pancada na cabeça...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A princípio não. Somente se no momento do trauma, ou até 6 horas após, houver sinais de alerta ou de gravidade, como:

  • Perda de consciência,
  • Vômitos,
  • Dor de cabeça intensa e refratária a medicações,
  • Sonolência em horário não habitual,
  • Alteração de força ou sensibilidade ou
  • Confusão mental.

Ou em caso de fatores de risco, como:

  • Pacientes idosos ou
  • Uso regular de anticoagulantes.

Nesses casos está sim indicada uma avaliação no serviço de emergência, aonde caberá ao médico avaliar a necessidade ou não de realizar um exame de imagem.

O exame de imagem indicado para casos de trauma, é a tomografia computadorizada de crânio, com o objetivo de descartar hemorragias intracranianas. Como é um exame que emite carga elevada de raio-x, não deve ser indicado regularmente, mas nos casos de sinal de alerta ou alto risco de lesão, deverá ser submetido.

Leia também: Tomografia de crânio: como é feita e para que serve?

Nos casos de pessoas saudáveis ou sem fatores de risco, a ocorrência de hemorragia ou contusão cerebral determinam alterações clínicas evidentes, como episódios de vômitos, cefaleia intensa e perda da consciência. Na ausência desses sintomas está indicada apenas a observação.

As primeiras seis horas são fundamentais para manter o acompanhamento, uma vez que aconteça algum dos sintomas citados, procure uma emergência imediatamente.

Qual o tempo para recuperação de costela quebrada?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se a recuperação significa a consolidação óssea o tempo depende da idade da pessoa, quanto mais jovem mais rápido e fácil a recuperação. Em média a consolidação óssea ocorre dentro de 30 a 60 dias.

Qual o tempo de recuperação no caso de entorse do tornozelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de recuperação no caso de entorse do tornozelo é relativo e varia de acordo com alguns fatores como a idade da pessoa, a gravidade da lesão, a presença de outras doenças associadas e de lesões prévias na articulação acometida. Isso pode levar no mínimo 1 semana para alguns e até 1 mês para outros.

Cada pessoa apresenta uma resposta diferente à recuperação. A realização de exercícios de alongamento, juntamente com uso de gelo, compressão local e elevação do membro ajudam a reduzir a inflamação, o inchaço e permitir uma estabilidade do tornozelo, capaz de facilitar o apoio do pé no solo e a caminhada.

Na maioria das vezes, a entorse de tornozelo pode ser tratada em casa com essas medidas indicadas. Em casos de grandes deformidades, instabilidades ou dor intensa é recomendável procurar o/a médico/a para uma avaliação.

Fui arranhada por um gato na mão, lavei bem o local...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Deve ir a um médico para que ele examine você e tome as medidas cabíveis, na maioria dos casos de arranhadura de gato nada de especial acontece e a ferida cura como qualquer outro ferimento, mas em alguns casos o gato pode transmitir doenças, mesmo estando aparentemente sadio.

O rim pode se deslocar, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o rim pode se deslocar em decorrência de traumas de grande impacto, embora o mais comum seja a ocorrência de dor local e outros sintomas, após um trauma nessa região, sem que ele seja deslocado.

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com o grau de lesão no rim, estando os mais comuns citados abaixo:

  • Dor local;
  • Dor ao urinar;
  • Urina amarronzada ou avermelhada (pela presença de sangue);
  • Retenção de líquido, causando edemas;
  • Redução do fluxo de urina;
  • Fadiga, cansaço, perda de apetite;
  • Prurido (coceira no corpo);
  • Dor no peito;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Espasmos, dor muscular e convulsões;
  • Falta de ar, por acúmulo de líquido nos pulmões.

Se não houver lesão ao rim, os sintomas serão basicamente, dor intensa no local, por vezes dor ao urinar, e eventualmente pode haver sangue na urina, modificando a sua coloração.

Em caso de lesão renal, com comprometimento da função renal, o sintoma inicial será, além dos já citados, retenção de líquidos, que causa aumento de peso, inchaço nos tornozelos, pés, rosto e mãos.

Outro sintoma comum é de redução do fluxo de urina, podendo inclusive cessar completamente. Nos casos de lesão renal aguda grave, quando o paciente não urina nada, definimos como anúria, uma situação bastante perigosa, portanto, devendo procurar imediatamente um atendimento de urgência.

Contudo, há casos de lesões renais agudas em que a produção de urina não é sequer afetada.

Conforme a lesão no rim permaneça, os elementos naturalmente eliminados na urina vão se acumulando no corpo, causando outros sintomas, como a fadiga, perda de apetite, náuseas e coceira generalizada pelo corpo.

Nos casos mais avançados pode haver ainda dor no peito, espasmos musculares, convulsões e "água nos pulmões", gerando falta de ar.

Vale ressaltar que a maioria das dores que as pessoas acreditam ser de origem renal, são na verdade dores osteomusculares por causa de problemas de coluna.

Qual é o tratamento?

O tratamento da lesão no rim tem como objetivo aliviar os sintomas relatados, tratar a causa da lesão, sempre que possível, e auxiliar na restauração da função renal o mais precoce possível.

Em alguns casos, como em pequenos traumas, a prescrição de medicamentos, analgésicos, relaxantes musculares, com muita cautela, para não agredir o rim, costumam ser suficientes.

Nos casos mais graves, com comprometimento da função renal, pode ser necessário medidas de intervenção mais urgente, como a realização de filtração externa, diálise, mesmo que temporariamente, buscando evitar complicações mais graves.

Se a causa da lesão renal for uma obstrução, pode ser indicado a colocação de um cateter na bexiga ou realização de cirurgia, para remover a obstrução, restaurando o trajeto da urina.

Durante o tratamento da lesão renal, também são tomadas algumas medidas para evitar que a redução do funcionamento do rim provoque mais complicações, como suspender ou restringir o uso de medicamentos, além de diminuir a ingestão de líquidos, sódio e potássio na dieta.

Vale ressaltar que os rins também podem curar-se espontaneamente, sobretudo se a lesão permanecer por menos de 5 dias e não houver complicações, como infecções.

O/A nefrologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar lesões nos rins.

O que fazer quando uma pessoa tem uma parada cardiorrespiratória?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de parada cardiorrespiratória, a primeira coisa a fazer é:

  • Chamar imediatamente uma ambulância pelo número 192,
  • e iniciar os primeiros socorros: Reanimação cardiorrespiratória, seguindo os passos:
  1. Primeiro posicione a vítima deitada de barriga para cima sobre uma superfície plana e firme (a cabeça não deve estar mais alta que os pés para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral);
  2. Ajoelhe-se ao lado da vítima, de maneira que os seus ombros fiquem diretamente sobre o meio do tórax do paciente;
  3. Com os braços esticados e as mãos entrelaçadas, faça 30 compreensões fortes e ritmadas no meio do tórax (entre os mamilos), usando o peso do seu corpo;
  4. A cada 2 minutos, aproximadamente, reavalie a vítima, se responde ou se sente pulso, de preferência no pescoço;
  5. Sempre que possível peça ajuda, e reveze a cada 2 minutos, para que a reanimação seja o mais eficaz possível;
  6. Repita a sequência até a chegada do socorro ou a reanimação da vítima.

O ritmo das compressões torácicas deve ser de pelo menos 100 compressões por minuto. Recomenda-se contar em voz alta para evitar erros e deixar a ação mais eficaz.

Se for possível, você souber realizar respiração boca a boca, e se houver material para este procedimento, pode intercalar a cada 2 minutos, após as 30 compressões torácicas, duas respirações boca a boca. Entretanto, segundo a sociedade brasileira de cardiologia e emergências médicas, não está mais recomendado de rotina, pois muitas vezes a prática não é eficaz, promove riscos de saúde ao socorrista e reduz a frequência das massagens cardíacas, o que prejudica muito mais do que beneficia a vítima.

As massagens realizadas de forma ritmada e frequente, permite uma circulação sanguínea corporal mínima, para manter oxigenação pelo organismo, até a chegada da equipe médica.

A respiração boca a boca é um procedimento mais complexo do que aparenta, por isso foram feitas as novas recomendações priorizando as massagens cardíacas.

Pode ser necessário realizar a ressuscitação cardiorrespiratória durante bastante tempo, o que exige muita energia e resistência da parte do socorrista.

Por isso, a recomendação de revezar com outra pessoa para que o procedimento seja constante e não perca o vigor dos movimentos, que devem ser executados com força para simular de forma eficiente os batimentos cardíacos.

Leia também:

O que fazer em caso (ou suspeita) de ataque cardíaco?

Suspeita de AVC: o que fazer?

Quais são os primeiros socorros em caso de afogamento?

3 causas de caroço dolorido perto na nuca: saiba quando procurar o médico
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Se você tem um caroço dolorido perto da nuca, saiba que, para doer, ele é resultado de algum processo inflamatório. As causas mais comuns são:

  • Infecções ou inflamações que causam o aumento dos gânglios linfáticos (íngua)
  • Contusões / pancadas que causam os conhecidos "galos"
  • Tensão muscular

Veja quais são as características mais comuns em cada caso e o que fazer:

1. Infecções ou inflamações — ínguas

Se o seu caroço está localizado atrás da orelha, um pouco acima ou na região lateral da nuca e dói, ele pode ser uma íngua. A íngua (aumento dos gânglios linfáticos) é resultado de infecções ou inflamações.

Infecção por qualquer agente localizadas na boca, dentes, na garganta ou mais generalizadas são as causas mais frequentes. Nesse caso, os vírus são os agentes mais comuns para as ínguas, especialmente em crianças.

A mononucleose é uma infecção viral que está frequentemente associada à íngua na região atrás da orelha, acima e ao lado da nuca. Ela causa cansaço, febre e dor de garganta intensa. É possível observar também o aumento dos gânglios linfáticos embaixo dos braços (axilas), na região da virilha e do pescoço. As ínguas desaparecem entre 4 e 6 semanas.

As ínguas na região do pescoço são as mais comuns nas infecções respiratórias como os resfriados ou outras infecções virais. Elas desaparecem entre 1 a 2 semanas após o término dos sintomas.

Algumas infecções bacterianas também podem ser a causa do caroço dolorido perto da nuca, mas são mais raras. São alguns exemplos as infecções:

  • Transmitidas por carrapatos (febre maculosa)
  • Adquirida pelo contato com animais de fazenda ou pela ingestão de produtos à base de leite contaminado (brucelose)
  • Causadas por arranhões de gato

Nesses casos, alguns dos sintomas que podem estar associados são mal-estar, calafrios, febre e dor de cabeça. Procura um médico com urgência se suspeitar que pode estar com uma dessas infecções.

Câncer e problemas imunológicos são causas mais raras de íngua. O gânglio pode estar aumentado nesses casos devido ao processo inflamatório que causam.

Procure um médico quando a íngua persistir

Quando a íngua não desaparecer depois de algumas semanas, é importante que você procure um médico para investigar se tem alguma infecção viral crônica, algum problema imunológico ou câncer.

2. Pancadas ou contusões — "galos"

Quando você tem um caroço que dói na cabeça e levou uma pancada, sabe que pode ser um galo. Se o caroço for na cabeça de uma criança, pergunte se ela bateu a cabeça.

Quando procurar um médico?

Batidas na região da nuca podem ser perigosas. Se houver desmaio ou convulsão depois da batida, procure um médico com urgência.

No caso em que não houve desmaio, observe se a pessoa:

  • Enxerga bem
  • Consegue se mover e equilibrar-se
  • Está confusa ou tonta

Vomitar, ter dores de cabeça, problemas para falar ou de memória também são sinais de alerta. Estes sinais podem aparecem um tempo depois da pancada. Nesses casos, procure um médico com urgência.

3. Tensão muscular

A rigidez dos músculos dos ombros, nuca e pescoço pode causar dor. Quando você aperta a região, sente uma ou mais placas enrijecidas, não exatamente um caroço.

Alguns fatores, quando combinados, contribuem para aumentar a tensão e rigidez dos músculos da nuca e pescoço. Algumas vezes, eles estão relacionados com a sua ocupação (trabalho / emprego). Podem aumentar o risco de rigidez e dor na nuca:

  • Permanecer com a cabeça inclinada para a frente por muito tempo
  • Permanecer sentado por muito tempo
  • Falta de exercícios
  • Problemas de coluna
  • Estresse

Adotar cuidados para melhorar a postura e a prática regular de exercícios podem ajudar a resolver o problema. Massagens terapêuticas, acupuntura e relaxamento também ajudam.

Procure um médico quando houver dormência ou limitação de movimentos

Caso sinta dormência nas mãos ou dedos e limitação de movimentos, procure um médico de família, clínico geral ou ortopedista.

Outras causas de caroço na nuca

O caroço na nuca que não dói pode ser percebido desde o nascimento na maioria das vezes, mas pode aparecer ao longo da vida. Os caroços que aparecem na idade adulta podem ser um cisto de gordura ou câncer (linfoma, principalmente).

Quando procurar um médico?

O caroço preocupante é bem diferente das ínguas e dos galos. Além de não doer, geralmente ele é endurecido e imóvel, O principal motivo de preocupação é ser uma lesão sugestiva de câncer. Eles são comuns quando a pessoa tem um linfoma. Se esse for o seu caso, procure um médico para avaliar.

Você pode querer ver:

Caroço na cabeça: o que pode ser?

Caroço na nuca: o que pode ser?

Referências

UpToDate

Kocur P, Wilski M, Goliwąs M, Lewandowski J, Łochyński D. Female Office Workers With Moderate Neck Pain Have Increased Anterior Positioning of the Cervical Spine and Stiffness of Upper Trapezius Myofascial Tissue in Sitting Posture. PM R. 2019; 11(5): 476-482.

O que fazer em caso de choque elétrico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de choque elétrico, os primeiros socorros devem ser prestados rapidamente, pois os primeiros 3 minutos após o choque são vitais para socorrer e salvar a vítima.

A primeira coisa a fazer é interromper o contato da pessoa com a fonte de eletricidade sem encostar diretamente nela. O ideal é desligar a chave geral de força. Se não for possível, afaste a vítima utilizando algum material que não conduza corrente elétrica, como objetos de borracha ou madeira.

A seguir, chame o resgate através do número 192 e verifique se a pessoa está respirando, se consegue se mexer ou emitir algum som. Caso não verifique nenhum desses sinais, é provável que a vítima tenha sofrido uma parada cardíaca ou cadiorrespiratória.

Nesse caso, inicie imediatamente a reanimação cardíaca, enquanto espera pela ambulância:

⇒ Reanimação cardíaca:

  1. Deite a vítima em local seguro, com a barriga para cima;
  2. Com uma mão sobre a outra, faça 30 compressões fortes e ritmadas no meio do tórax da vítima. Em cada compressão, o peito da vítima deve afundar cerca de 5 cm. Para isso, recomenda-se usar o peso do próprio corpo para fazer a compressão;
    1. Tentando manter um ritmo de aproximadamente 100 a 120 compressões por minuto
  3. Após as 30 compressões observe se a pessoa está respondendo ou se encontra algum pulso, no punho ou pescoço da vítima; se não volte às compressões;
  4. Se houver mais alguém, o mais adequado é revezar a massagem a cada 2 minutos, para manter uma compressão eficaz e melhor resultado;
  5. Mantenha as compressões até a pessoa retomar a consciência ou até à chegada do socorro.

Quanto mais rápido for o atendimento à vítima de uma parada cardiorrespiratória, por choque elétrico, menores são os danos causados ao organismo.

Estudos recentes comprovam que a realização de massagem cardíaca nos primeiros socorros, possibilita a manutenção do fluxo sanguíneo e, portanto, oxigenação dos tecidos, inclusive pulmonar e cerebral, mesmo sem mais a indicação de respiração boca-a-boca, salvado muitas vidas.

Se o choque elétrico provocar queimaduras, lave a área afetada com água corrente à temperatura ambiente, até esfriar o local. Se puder mergulhar a queimadura na água, melhor.

Saiba mais em: O que fazer em caso de queimadura?

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