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Pressão 11x6 é normal? O que fazer?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 11x6 é considerada normal. Mas quando apresenta sintomas como cansaço, sonolência ou tontura, ela é considerada baixa.

Quando a pressão baixa causa sintomas e é recorrente, é necessário consultar um médico de família ou cardiologista para saber qual é a causa e evitar problemas como quedas ou desmaios. Beber mais água pode ajudar em alguns casos. Para quem é hipertenso e faz tratamento, o ajuste de dosagem e da quantidade de medicamentos pode ser necessário para diminuir o risco de ter tais problemas.

Como a obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para desenvolver a hipertensão, emagrecer pode ajudar no controle da pressão arterial. Por isso, especialmente no caso de perda de peso, pode ser necessário um ajuste nas doses ou na quantidade de medicamentos usados no tratamento da hipertensão.

Você pode querer ler também:

Referências:

He J, Whelton PK, Appel LJ, Charleston J, Klag MJ. Long-term effects of weight loss and dietary sodium reduction on incidence of hypertension. Hypertension. 2000; 35(2): 544-9.

Sim JJ, Zhou H, Bhandari S, Wei R, Brettler JW, Tran-Nguyen J, Handler J, Shimbo D, Jacobsen SJ, Reynolds K. Low Systolic Blood Pressure From Treatment and Association With Serious Falls/Syncope. Am J Prev Med. 2018 Oct;55(4):488-496. doi: 10.1016/j.amepre.2018.05.026. Epub 2018 Aug 23.

Bromfield SG, Ngameni CA, Colantonio LD, Bowling CB, Shimbo D, Reynolds K, Safford MM, Banach M, Toth PP, Muntner P. Blood pressure, antihypertensive polypharmacy, frailty and risk for serious fall injuries among older treated adults with hypertension. Hypertension. 2017 August ; 70(2): 259–266.

O que é angina e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Angina é uma dor no peito, causada por uma diminuição da quantidade de oxigênio que chega ao músculo cardíaco, o que significa que há pouco sangue irrigando o coração naquele momento.

Normalmente a angina ocorre depois de grandes esforços físicos, exposição a baixas temperaturas ou alterações emocionais, podendo ainda ocorrer sem uma causa específica. Dependendo do grau de obstrução da circulação, a angina pode ocorrer mesmo em repouso.

Portanto, a angina não é uma doença em si, mas um sintoma decorrente do baixo fluxo sanguíneo que chega ao coração, que fica sem oxigênio para funcionar adequadamente. Em alguns casos, a angina pode ser um sinal que antecede um infarto.

Quais são os sintomas de angina?

Em geral, a angina provoca dor ou sensação de pressão, desconforto ou aperto no peito. Os sintomas também podem ser sentidos no pescoço, na mandíbula, no ombro, no braço ou nas costas.

Os sintomas que caracterizam a angina incluem:

  • Dor no peito, que pode irradiar para maxilar, braços ou nuca;
  • Normalmente ocorre após esforços físicos intensos ou emoções fortes;
  • Sensação de aperto ou peso no peito;
  • Queimação no peito;
  • Medo.

A dor da angina dura, em média, de 1 a 5 minutos, mas pode permanecer por até 20 minutos e passa com o repouso. Dores que persistem após 20 minutos podem sugerir infarto agudo do miocárdio.

Quais são as causas da angina?

A angina geralmente está associada a doenças que causam obstrução das artérias do coração, como a aterosclerose, e a fatores de risco para doenças coronarianas como hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e sedentarismo.

Quadros de anemia graves, que afetam significativamente o transporte de oxigênio pelo sangue, também podem causar angina.

Qual o tratamento para angina?

Normalmente a angina melhora com o repouso. Contudo, podem ser indicados medicamentos com nitratos, que relaxam as artérias do coração e melhoram a irrigação do músculo cardíaco.

O tratamento da angina também inclui medidas para impedir a evolução de doenças coronárias ou reverter o quadro, como não fumar, controlar os níveis de colesterol, controlando e afastando os fatores de risco.

Casos mais leves de angina são tratados com o controle dos fatores de risco e uso de medicamentos que melhoram a circulação e aliviam os sintomas.

Nas formas mais graves de angina, o tratamento pode incluir cirurgia nas artérias coronárias para melhorar a irrigação do coração.

O que fazer em caso de angina?

1. Sente-se; 2. Respire fundo e calmamente; 3. Descanse.

Caso a dor permaneça, procure um serviço de urgência ou chame uma ambulância o mais rápido possível.

É muito importante a avaliação da angina por um médico para que seja introduzido o tratamento mais adequado e assim diminuir o risco de infarto.

Saiba mais em:

Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?

Pode tomar losartana potássica com besilato de anlodipino?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A losartana e o besilato de anlodipina podem ser utilizados em conjunto e alguns médicos fazem esta combinação com frequência. Inclusive existe no mercado medicamento já com esta formulação dupla.

A associação de losartana e anlodipina é utilizada para tratamento de hipertensão arterial leve com ótimos resultados. Ambas as substâncias causam no organismo, por meios distintos, a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o aporte de sangue e oxigênio para o músculo do coração, reduzindo assim seu esforço em bombear o sangue para todo o corpo, consequentemente reduzindo a pressão arterial.

Lembre-se que a hipertensão arterial é uma doença muito comum na nossa população e de tratamento simples, entretanto ainda é responsável pela maioria dos casos de Acidente vascular cerebral (derrame) e infarto agudo do miocárdio, devido ao alto índice de tratamento irregular.

Portanto a hipertensão deve ser tratada com mais seriedade, seguindo as orientações não só quanto aos medicamentos, mas também orientações alimentares, atividade física regular e hábitos de vida mais saudáveis.

O médico/a cardiologista é o responsável pelo tratamento da hipertensão arterial e esclarecimentos quanto às medicações que prescreve. No caso de dúvidas agende uma consulta com seu médico/a.

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O stress aumenta o nível de colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o stress pode aumentar o nível de colesterol. Segundo alguns estudos científicos, pessoas que passam por situações de stress podem ter aumentos temporários dos níveis de colesterol sanguíneo.

Contudo, após 3 anos de situações agudas de stress, há uma maior chance dos níveis de colesterol ficarem elevados permanentemente. Isso porque, sob stress, o fígado produz uma quantidade maior de colesterol e em quadros de stress constante, o corpo apresenta dificuldades em retirar o colesterol do sangue.

Esse aumento do colesterol pode estar relacionado com o fato do colesterol ser utilizado pelo organismo como matéria prima na produção de células (o colesterol compõe a membrana celular).

Sabe-se que em situações de stress, o corpo entra num estado de luta ou fuga. É uma reação primitiva e automática que ocorre no ser humano. 

Assim, como uma resposta ancestral do organismo, uma maior produção de colesterol permite facilitar a reparação dos danos, dos ferimentos, das perdas teciduais e de outros traumas decorrentes dessas reações (luta ou fuga).

Além disso, muitas pessoas em situação de estresse constante tendem a se alimentar de maneira inadequada ou não praticar atividade física, sendo que dieta desequilibra e sedentarismo também podem contribuir para o aumento do colesterol.

Face a isso, é importante tentar controlar o stress, detectando as suas fontes. O controle do stress pode travar essa resposta do organismo, prevenindo assim o aumento dos níveis de colesterol.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso tenha dúvidas sobre o colesterol, stress e outros fatores de risco.

Saiba mais em: Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?

Como é o exame holter 24 horas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para fazer o exame holter 24 horas, a pessoa fica com um gravador portátil que registra os seus batimentos cardíacos durante 24 horas. Não é preciso ficar internado para fazer o exame. O paciente leva o holter para casa, não precisar alterar a sua rotina, dorme com o aparelho e preenche um diário em que relata os sintomas que apresentou nesse período.

O aparelho usado é pequeno e cabe na palma da mão. Dele saem 4 eletrodos que são posicionados no tórax e registram os impulsos elétricos dos batimentos cardíacos. O monitor fica fixo na cintura.

No interior do equipamento está um pequeno chip que transforma a atividade elétrica em imagens gráficas correspondentes às batidas do coração.

Trata-se, portanto, de um eletrocardiograma com duração de 24 horas. Contudo, uma vantagem do holter é poder detectar arritmias esporádicas que não são observadas no curto espaço de tempo de um eletrocardiograma normal.

Depois, um programa de computador seleciona as imagens mais sugestivas de arritmia, o que permite ao médico interpretar os dados colhidos pelo aparelho e avaliar se os sintomas apresentados durante as 24 horas estão associados a algum tipo de arritmia cardíaca.

Leia também: O que é arritmia?

Enquanto estiver com o holter, a pessoa não deve se deitar em colchões magnéticos ou usar travesseiros do mesmo gênero, pois irão interferir e impedir a gravação dos impulsos elétricos emitidos pelo coração. O uso de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, como celular e micro-ondas, é permitido. 

Após retirar o holter, recomenda-se aplicar creme hidratantena pele onde os eletrodos ficaram aderidos e evitar a exposição solar do tórax durante 3 a 5 dias. Se observar lesões no local, entre em contato com o médico.

Não existem contraindicações para fazer o holter 24 horas, exceto em caso de feridas ou alergias que possam impedir a permanência do eletrodo no tórax do paciente durante as 24 horas.

Antes do exame, a pessoa deve tomar banho e não passar cremes no peito antes de colocar os eletrodos. Pacientes portadores de marcapasso devem apresentar os dados de identificação do aparelho para serem devidamente registrados. Sem essas informações, a interpretação do exame fica prejudicada e pode até mesmo impedir a sua análise.

O exame holter 24 horas serve para avaliar e diagnosticar arritmias, que são descompassos elétricos verificados nos batimentos do coração. 

O holter geralmente é solicitado em casos suspeitos, com sinais e sintomas que podem incluir palpitações, desmaios, tonturas e sensação de que os batimentos cardíacos estão muito lentos ou fora de ritmo.

Veja também: Quais os sintomas de arritmia cardíaca?

Ao detectar a arritmia, o holter também permite ao cardiologista avaliar o risco de morte súbita.

Geralmente o médico cardiologista é o especialista indicado para solicitar o exame e interpretar os seus resultados, conforme a historia, o exame clínico e os sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, clínicos gerais e médicos de família também podem indicar e avaliar o exame. 

Saiba mais em:

Como interpretar o exame holter 24 horas?

Arritmia cardíaca tem cura?

Fiz um exame de holter e a conclusão foi: ...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame apresenta resultado dentro dos parâmetros da normalidade, porém é preciso levar para avaliação do médico que o solicitou, pois além desses dados, podem haver outras informações importantes para o seu caso.

Entendendo o exame de holter cardíaco Resultados

No exame de holter, o resultado descreve os parâmetros para análise do cardiologista que o solicitou. Dentre eles devem constar no mínimo:

  • Ritmo cardíaco
  • Frequência cardíaca
  • Presença ou ausência de atividade ectópica supraventricular
  • Presença ou ausência de atividade ectópica ventricular

O ritmo cardíaco normal é um ritmo regular, descrito como ritmo sinusal. A frequência cardíaca varia conforme a idade e presença de comorbidades, mas em média deve estar entre 60 e 100 bpm. A atividade ectópica, quer dizer que existe um estímulo em local diferente do "marcapasso natural" da pessoa, por isso trata-se de uma atividade anormal, no seu caso está ausente, ou seja, não existe anormalidade.

A presença de apenas 6 extrassístoles ventriculares, não define um diagnóstico, deverá ser avaliado em conjunto com seus sintomas e exame clínico cardiológico.

Portanto, através desses dados, o médico poderá diagnosticar o problema, seja ele arritmia, bloqueio de ramo, sinais de isquemia cardíaca (infarto), entre outras, e assim traçar a conduta ideal de tratamento e prevenção cardiológica.

Sabendo que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte na população, esse exame tem sido cada dia mais utilizado, dentro das indicações reconhecidas, e têm se mostrado bastante eficaz na prevenção dessas doenças e complicações.

Saiba mais em: Como interpretar o exame holter 24 horas?

Como é feito o exame de holter?

O exame de holter é uma espécie de eletrocardiograma que é registrado continuamente, durante 24 horas. Portanto, o aparelho é instalado no paciente através de eletrodos adesivos no tórax, e ligado a um gravador, que deverá estar fixo à cintura, por meio de um cinto.

Durante esse dia do exame, a pessoa é orientada a manter seus hábitos de vida normais, até para que o exame seja considerado fidedigno. Evitando apenas proximidade com colchão ou travesseiros magnéticos, para não alterar o registro do exame.

Após as 24 h, deverá levar de volta o aparelho ao laboratório, aonde serão retirados do chip do aparelho, todos os registros e seguirá para análise médica.

Quais as indicações do exame de holter?

Segundo a sociedade brasileira de cardiologia, as indicações para a solicitação do exame de holter 24 horas incluem: Confirmação de episódios de arritmia; detecção de sinais de isquemia miocárdica (infarto); documentar a resposta terapêutica às medicações e predizer o risco de eventos cardíacos futuros, possibilitando sua prevenção.

O exame costuma ser solicitado perante queixas de palpitações, desmaios, tonturas e sensação de coração acelerado e descompassado.

O cardiologista é o médico responsável por solicitar e avaliar um exame de holter cardíaco.

Veja também: O que é arritmia?

O que é coração grande?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Coração grande, também chamado de cardiomegalia, é uma condição em que o coração aumenta de tamanho e peso por alguma razão.

Quando o coração fica muito grande, ele perde a capacidade de bombear sangue com força suficiente para todo o corpo, provocando sintomas como cansaço intenso e falta de ar. Nos casos mais graves, a cardiomegalia pode levar à insuficiência cardíaca e morte.

O coração grande pode resultar de uma doença congênita, ou seja, já no nascimento o coração apresenta defeito nos seus compartimentos ou válvulas que provocaram um aumento de tamanho do órgão. Mas também pode se originar de doenças adquiridas durante a vida como Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca ou doença de Chagas.

A cardiomegalia também pode ter como causa doenças que não tem origem no coração, como:

  • Lúpus eritematoso;
  • Artrite reumatoide;
  • Distrofia muscular progressiva.
  • Hipotireoidismo;
  • Amiloidose;
  • Hemocromatose;
  • Leucemia;
  • Câncer metastático (que teve origem em outro órgão e chegou ao coração).

Em caso de cansaço e falta de ar ao fazer esforços ou mesmo em repouso, consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário o acompanhamento também por um cardiologista. O coração grande possui tratamento e quanto antes o problema for diagnosticado, melhores são os resultados.

Leia também: Coração grande tem cura? Qual o tratamento?

Pressão 14x8 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 14x8 não é considerada normal, pois é um valor ligeiramente aumentado que está muito próximo de 14x9, valor a partir do qual se começa a suspeitar de hipertensão.

O ideal é que faça medições diárias da pressão para saber se esse valor foi uma situação passageira ou se é recorrente. No caso do valor continuar por volta de 14x8, pode significar que você está desenvolvendo pré-hipertensão e, por isso, deve consultar o seu médico de família ou um cardiologista.

A pré-hipertensão pode levar à hipertensão e às suas complicações. Alguns dos fatores de risco para desenvolver hipertensão são:

  • Idade (o envelhecimento aumenta o risco de hipertensão);
  • Raça (pessoas negras têm um risco maior de desenvolver hipertensão);
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Consumo de alimentos com alto conteúdo de sal;
  • Consumo crônico e aumentado de álcool;
  • Sedentarismo.

Como a maioria destes fatores pode ser modificada, é possível reverter o quadro de pré-hipertensão e evitar a hipertensão. Para isso, é importante adotar cuidados com a alimentação, como reduzir o consumo de sal e de álcool; e fazer exercícios físicos regulares, pelo menos 20 minutos, 3 vezes por semana.

Você pode querer ler também:

Referência:

7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2016; 107(3, Suplemento 3): 1-5