Popularmente, dizem que o gosto amargo na boca pode ter origem em problema de fígado ou de digestão. As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca, apesar de não serem as causas mais comuns.
Alguns sinais e sintomas associados ao gosto amargo na boca podem ajudar a perceber quando ele é causado por problemas de fígado:
Fraqueza, cansaço e digestão difícilEsses são os sintomas que podem estar presentes quando você come muito, mas quando são constantes podem indicar pedras na vesícula e doença hepática gordurosa não alcoólica (gordura no fígado). Ter diabetes, colesterol alto, doença cardíaca ou ter retirado a vesícula são outros sinais associados a essas doenças.
Diminuição do apetite e alterações de paladarAlém de fraqueza e cansaço, esses são outros sinais que podem estar presentes para quem tem doenças crônicas do fígado, como a hepatite C. A percepção de alguns sabores, como o doce, pode estar aumentada e o prazer em comer diminui. Outros sinais possíveis são:
- Perda de peso
- Náuseas
- Vômitos
Algumas hepatites são causadas por vírus. Você pode pegar a doença se algum líquido do corpo de uma pessoa doente (sangue, sêmen e muco vaginal) entrar no seu corpo. Isso pode acontecer no contato sexual e no uso de drogas com seringas ou agulhas compartilhadas.
Você também pode ficar doente quando um dentista, manicure, pedicure, quem coloca seu piercing ou faz sua tatuagem não lavar e esterilizar da forma adequada o material que utiliza. As hepatites virais podem ser transmitida para o bebê durante a gravidez, se a mãe tiver a doença.
Pele e branco dos olhos amareladosVocê pode perceber que a pele e branco dos olhos estão amarelados no início de uma hepatite viral ou quando uma doença hepática crônica se agrava (como no caso da cirrose). Outros sintomas, além do gosto amargo na boca, podem ser:
- Perda de peso e de apetite
- Fraqueza
- Cansaço
Na cirrose, podem aparecer, ainda:
- Inchaço, principalmente na barriga (ascite)
- Efeitos no sistema nervoso central (confusão, problemas psiquiátricos, de equilíbrio e de locomoção)
A cirrose hepática pode ser consequência de muitos anos de alcoolismo, de uma hepatite causada por vírus ou por medicamentos, principalmente.
O que fazer para diminuir o gosto amargo na boca?O tratamento da doença que está causando o gosto amargo é a medida mais adequada. Isso já ajuda a diminuir o gosto amargo na boca. Para identificar qual é o seu problema e iniciar o tratamento, você precisa procurar um médico de família ou clínico geral.
Há algumas medidas indicadas para diminuir a sensação:
- Escovar os dentes e a língua
- Beber água em quantidade suficiente
O nível de zinco no sangue normalmente diminui com os problemas do fígado. Isso é uma das causas da sensação de gosto amargo na boca. O nível baixo do mineral também pode causar piora da doença hepática, entre outros efeitos. Por isso, é indicado o uso de um suplemento à base de zinco quando você tem uma doença hepática e sente o gosto amargo na boca.
Se tiver um diagnóstico de doença do fígado, consulte o médico para saber se pode usar essas ervas que costumam ajudar no seu funcionamento e podem diminuir o gosto amargo da boca:
- Chá de boldo do Chile e de alcachofra
- Berinjela e alcachofra (há remédios de venda livre que contêm esses alimentos)
- Tianma Gouteng (é uma planta usada na medicina chinesa)
As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca. Entretanto, é mais comum que ele esteja associado a:
- Problemas na boca: cáries, língua com placa bacteriana (quando a língua fica branca) ou inflamações e sangramentos na gengiva e na boca
- Alterações hormonais na gravidez
- Transtornos de ansiedade e depressão
- Fumo
- Uso de alguns medicamentos: anti-hipertensivos, antidepressivos, remédios para gota, anti-inflamatórios, antibióticos, antialérgicos, anticonvulsivantes, antiparasitários são os principais
- Doenças: doença do refluxo gastroesofágico, diabetes, gripe ou dor de garganta são alguns exemplos
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Referências:
Cherkashchenko NA, Livzan M A, KrolevetsT S. Clinical features of the comorbid course of non-alcoholic fatty liver disease and gallstone disease. Ter Arkh. 2020; 92(8): 29-36.
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Tuerk MJ, Fazel N. Zinc deficiency. Curr Opin Gastroenterol. 2009; 25(2): 136-43.
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A esteatose hepática normalmente não apresenta sintomas. Muitas vezes, o diagnóstico é feito por acaso, quando são feitos alguns exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas.
É relevante referir que por vezes não dá para distinguir os diferentes tipos de esteatose, quando estão em fase avançada ou quando o fígado está inflamado e não tem apenas acumulação de gordura. Isto acontece no caso da ultrassonografia, que permite a visualização da gordura mas não permite confirmar a inflamação do fígado. As imagens obtidas em exames também não permitem diferenciar a esteato-hepatite das outras causas de hepatite. Por esse motivo, para o diagnóstico é essencial conhecer a história clínica e fazer exames físicos e laboratoriais.
As análises laboratoriais servem para avaliar o grau de lesão do fígado através das enzimas hepáticas ou transaminases (TGO ou AST e TGP ou ALT). Quando uma pessoa sofre de esteatose hepática, as enzimas do seu fígado estão em um nível normal, e no caso da esteato-hepatite os níveis estão elevados.
Pacientes com obesidade, ou outros fatores de risco, e aumento de transaminases, deverão ser submetidos à realização de ultrassonografia abdominal, para determinar se há acúmulo de gordura no fígado. Até o momento, não é recomendada a realização de ultrassonografia ou outro exame de imagem para pacientes sem fatores de risco ou que não apresentem alterações laboratoriais.
O médico gastroenterologista deverá avaliá-lo e determinar o tratamento a ser seguido.
Fezes roxas podem ocorrer devido à digestão de beterraba, repolho roxo ou outro alimento que tenha pigmento roxo. As fezes do adulto normalmente têm coloração amarronzada. A mudança da cor das fezes pode indicar a ingestão de algum alimento ou medicamento colorido ou com corante, que é eliminado nas fezes, ou de algum distúrbio no organismo.
Alguns problemas, como a hepatite, podem deixar as fezes esbranquiçadas ou cinzas. Os sangramentos na boca, esôfago ou estômago deixam as fezes com coloração muito escura. Já o sangramento na parte final do intestino e ânus aparece nas fezes num tom vermelho vivo.
As alterações nas fezes quando causadas por um distúrbio no organismo, geralmente são acompanhadas de outros sinais e sintomas. Nessas situações, deve-se procurar atendimento médico.
O gastroenterologista é o médico responsável por diagnosticar e tratar os problemas relacionados aos intestinos.
Sangramento ao defecar tem como causa mais comum a presença de hemorroida. Pode também ocorrer em outras doenças, o ideal é procurar um médico para uma avaliação e investigação sobre a causa do sangramento retal.
Entre as possíveis causas de sangramento retal estão a doença hemorroidária, fissuras anais, trauma local, parasitoses intestinais, presença de pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa, ou mesmo tumores.
Para o correto diagnóstico algumas características do sangramento retal são avaliados pelo médico como se o sangramento é em pequena ou grande quantidade, se o sangue é vermelho vivo ou apresenta-se digerido (escuro) e outros sintomas que possam acompanhar esse quadro como dor para evacuar, dor abdominal, diarreia ou constipação, vômitos, perda de peso entre outras.
A presença de hemorroidas é umas das principais causas de sangramento retal. As hemorroidas são varizes anais que eventualmente podem sangrar, principalmente com o esforço evacuatória. Além do sangramento pode ocorrer dor no local.
Já as fissuras anais são pequenas fissuras que podem acometer a região anal e causam dor intensa durante a evacuação, eventualmente também podem causar sangramento em pequena quantidade.
Tanto as hemorroidas e as fissuras anais causam um sangramento vermelho vivo. Ambas as doenças também se beneficiam da adoção de uma dieta rica em fibras que permite o adequado funcionamento intestinal, já que os sintomas pioram com o esforço evacuatório.
A adequada ingesta de água e líquidos também é essencial para o funcionamento intestinal, da mesma forma que a prática de atividade e a longo prazo contribuem para a melhora dos sintomas.
Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso esteja apresentando sangramento retal.
A colite ulcerativa é uma doença inflamatória autoimune que acomete o intestino grosso. É autoimune porque o sistema imunológico do próprio indivíduo, por razões ainda desconhecidas, ataca os tecidos dessa região intestinal, provocando úlceras (lesões).
Essa resposta anormal do sistema imunológico pode ser desencadeada por vírus ou bactérias, mesmo que os micro-organismos já não estejam presentes.
Contudo, acredita-se que existem fatores hereditários que podem favorecer o desenvolvimento da colite ulcerativa, além de fatores de risco, como idade inferior a 30 anos e história de colite ulcerativa na família.
A colite ulcerativa pode afetar pessoas de qualquer idade, homens e mulheres. Porém, os sintomas tendem a aparecer entre os 15 e os 40 anos de idade e entre os 50 e os 80 anos. Pessoas que têm algum parente de 1º grau com doença inflamatória do intestino têm mais chances de desenvolver colite.
Quais são os sintomas da colite?Os sinais e sintomas da colite incluem diarreia com presença de muco ou sangue nas fezes, cólica, urgência para evacuar, dor causada pela contração do esfíncter anal e desconforto abdominal.O estresse normalmente piora os sintomas.
Nos casos mais graves, podem surgir complicações como hemorragia, cansaço, febre, infecção intestinal, feridas na cavidade oral, perfuração do intestino, osteoporose, pedras nos rins, doenças da pele e das articulações, dilatação do intestino provocada por infecção (megacólon tóxico), perda de peso e até desnutrição.
A colite afeta a mucosa que recobre a porção interna do intestino grosso, que inflama e desenvolve pequenas feridas que podem sangrar. A inflamação do intestino também produz uma quantidade excessiva de secreção, que pode vir acompanhada de pus e sangue.
O tamanho da porção do intestino grosso afetada pela colite ulcerativa pode variar de poucos centímetros à totalidade do intestino, estando o reto (porção final do intestino) envolvido na maioria dos casos.
Os sintomas da colite ulcerativa podem variar conforme a gravidade da doença e com o tamanho da porção do intestino afetada. Os sinais e sintomas também apresentam uma variação na sua manifestação, alternando períodos ativos com outros assintomáticos.
Colite pode evoluir para câncer?O processo inflamatório que acompanha a colite, associado ao tempo de duração e à extensão da enfermidade, pode resultar em câncer intestinal.
O risco de câncer de intestino é maior nos casos em que todo o intestino grosso é afetado e a doença já se instalou há mais de 10 anos.
Para prevenir a evolução para câncer intestinal, é muito importante avaliar frequentemente o intestino através do exame de colonoscopia, que também é utilizado para diagnosticar a colite ulcerativa.
Qual é o tratamento para colite?O tratamento da colite é feito com restrições dietéticas e medicamentos para tratar ou prevenir as inflamações intestinais. A colite ulcerativa não tem cura. O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e aumentar o tempo de intervalo entre as crises.
O tratamento da colite depende da gravidade e da extensão da doença, da quantidade e da gravidade das crises, bem como da resposta aos tratamentos que já foram realizados.
Nos casos agudos graves ou com crises muito frequentes, em que há lesões no intestino com grandes chances de evoluir para câncer, pode ser necessário realizar uma cirurgia. Algumas pessoas podem precisar ficar internadas para que as crises mais graves possam ser controladas adequadamente.
Vale lembrar que a alimentação das pessoas com colite ulcerativa é normal, sem restrições. A exceção é para os períodos de diarreia, em que se devem evitar as fibras e a lactose (açúcar presente no leite e seus derivados).
Os medicamentos mais usados para tratar a colite são os aminossalicilatos, que atuam no controle da inflamação, os corticoides, os imunomoduladores, entre outras medicações para alívio das dores e da diarreia ou para tratar outras infecções.
O/a gastroenterologista é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da colite ulcerativa.
Vamos esperar o resultado do exame, aparentemente parece tratar-se de uma parasitose intestinal. As parasitoses intestinais são frequentes em áreas pobres sem saneamento básico, como na sua cidade. Diferentes parasitas intestinais podem ser eliminados pelas fezes, o exame parasitológico pode identificar e orientar o melhor tratamento.
Existem parasitas de forma arredondada (nematelmintos), como parece ser o seu caso, e aqueles de forma achatada (platelmintos). Há ainda parasitas microscópicos, como os protozoários. Entre as infecções parasitárias mais frequentes destacam-se a ascaridíase, (lombriga), amebíase (ameba), giardíase (Giardia), teníase (Tenia), ancilostomíase (amarelão) e enterobíase.
Quais os sintomas das parasitoses intestinais?Podem causar inúmeros sintomas gastrointestinais como dores e desconforto abdominal, diarreia ou constipação, náuseas, vômitos, inapetência, perda de peso e fraqueza. Em situações mais graves pode desencadear casos de anemia, desnutrição e obstrução intestinal.
O tratamento das parasitoses intestinais costuma ser simples, envolve a tomada de anti-helmínticos ou antibióticos e medidas de higiene para evitar uma nova contaminação.
Como se prevenir das parasitoses intestinais?Existem algumas medidas de higiene que ajudam a se prevenir da contaminação por parasitas intestinais, são elas:
- Lavar as mãos sempre após ir ao banheiro e antes das refeições;
- Lavar as frutas antes de comê-las;
- Lavar e cozinhar adequadamente os alimentos. Pode-se usar água sanitária para a higienização de verduras;
- Andar calçado em locais de terra ou onde estejam animais;
- Cortar as unhas e mantê-las limpas;
- Sempre vacinar e tratar verminoses de animais domésticos.
Na presença de sintomas sugestivos de parasitose intestinal consulte o seu médico de família, clínico geral ou pediatra.
Eu vou me limitar a responder exatamente sua pergunta tendo em vista que sua dor abdominal pode ter várias causas, algumas simples e outras mais complexas. Pode ser gases? Sim pode ser gases. Se for posso tomar luftal de barriga vazia? Sim se for pode tomar Luftal de barriga vazia.
O soluço é uma contração vigorosa e involuntária do diafragma, o músculo responsável pela inspiração e que separa o tórax do abdômen. Esse espasmo do diafragma faz com que o ar entre nos pulmões a uma velocidade muito maior que o normal, seguido pelo fechamento súbito da glote que produz o som característico do soluço.
Contudo, a causa do soluço ainda não é totalmente conhecida. Sabe-se que o mecanismo está relacionado com um reflexo que envolve o nervo frênico, que inerva o diafragma, o nervo vago, que inerva boa parte do aparelho digestivo, e as conexões desses nervos no sistema nervoso central.
As situações mais comuns que podem provocar soluço incluem estresse, comer ou beber demais, fumar, mascar chicletes, alteração no nervo do diafragma, uso de medicamentos (anestésicos, corticoides, ansiolíticos) e refluxo gastroesofágico.
Porém, o soluço também pode ter origem em alterações metabólicas causadas por alcoolismo ou diabetes não controlado, além de doenças do sistema nervoso central como meningite ou tumores.
Os soluços podem ser classificados em 3 tipos: episódicos, persistentes e intratáveis. Os episódicos podem ocorrer quando a pessoa come demais (hiperdistensão do estômago), ingere bebidas com gás, engole ar ao mascar chicletes ou fumar, ou quando é submetida a uma insuflação gástrica durante uma endoscopia.
Já os soluços persistentes e intratáveis podem causar desnutrição, emagrecimento, insônia, cansaço e estresse, interferindo negativamente na qualidade de vida do indivíduo. Esses tipos de soluço ocorrem principalmente em homens idosos com doenças associadas.
Saiba mais em: Soluço constante, o que pode ser?
Ainda não foi encontrada nenhuma função fisiológica para o soluço. Acredita-se que os soluços do bebê, enquanto ainda está no útero materno, sejam um tipo de exercício respiratório.
Veja também: Soluço constante em bebê é normal? O que pode ser e o que fazer?
O soluço episódico desaparece espontaneamente e não precisa de nenhum tipo de avaliação ou tratamento. Contudo, soluços que persistem por mais de 48 horas precisam ser investigados. Se houver alguma doença associada, o tratamento é direcionado para a doença.
Existem algumas técnicas que podem ajudar a parar o soluço, como prender a respiração, soprar contra uma resistência, beber água gelada, ou ainda manipular o diafragma pressionando as coxas sobre o abdômen ou apoiando o tórax contra uma superfície.
Veja aqui qual é a melhor forma de parar o soluço.
Soluços persistentes ou intratáveis podem ser tratados com medicamentos, hipnose e acupuntura.
Em caso de soluço persistente por mais de 48 horas, consulte um médico de família ou um clínico geral para investigar as possíveis causas do soluço.
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